A foto histórica do sjipeiros no Meio do Mundo com o Jeep Willys de Manoel Mandi içado por guindaste |
EDITOR DE TURISMO
O complexo turístico do Marco Zero do Equador é o palco de mais uma edição do Fest Jeep no Meio do Mundo, comemorando em grande estilo a passagem do fenômeno natural do Equinócio da Primavera. O evento “Off-road”, que significa “fora-de-estrada” ocorre desde ontem num circuito indoor montado no estacionamento do Sambódromo de modo que os pilotos possam concorrer ora no Hemisfério Norte, ora no Hemisfério Sul.
A programação foi aberta no fim da tarde de sexta-feira, com a cerimônia de abertura e recepção aos pilotos, que estarão divididos em quatro categorias: Jeep Willys, Jeep Diesel, Jeep Gasolina e Picape. Ainda terá a estreia da categoria e Jeep Feminino. A pista tem 800 metros de comprimento, num traçado sinuoso e com duas pernas, ou seja, as baterias são duplas, com os pilotos correndo um ao lado do outro, um por fora e outro por dentro, com a inversão na volta seguinte. Os tempos são somados e os donos das melhores médias avançam para as finais, que ocorrem neste domingo, a partir das 14 horas.
Intercâmbio – O traçado é semelhante ao da cidade de Brusque (SC), onde acontece o maior evento do segmento no país, a FenaJeep, a Festa Nacional do Jeep. O coordenador daquele evento, inclusive, está em Macapá para ajudar os associados do Jeep Clube de Macapá no Fest Jeep no Meio do Mundo. Seu nome é Vilmar Valendowsky, conhecido como Negão. Também existem jipeiros do Rio de Janeiro, que cruzaram o país numa expedição até o Amapá.
Segundo o atual presidente do Jeep Clube de Macapá, Adriano Bosco, será o primeiro grande evento sem a presença de Manoel Mandi, idealizador da competição e que faleceu no mês passado. “Esse será outro desafio, mas ao mesmo tempo um incentivo seguir adiante com o grande legado deixado por nosso eterno presidente Mandi”, concluiu o dirigente do clube.
Emoção – Durante todo o evento, um guindaste de 30 metros de altura mantém içado um Jeep Willys ano 1974, que pertencia ao ex presidente do Jeep Clube de Macapá, o empresário Manoel Mandi, que faleceu há exatos 30 dias. “Essa foi a forma que nós encontramos para prestar uma justa homenagem ao Mandi, que idealizou o Fest Jeep, mais que isso, fez ele se transformar no maior evento do calendário anual do automobilismo amapaense”, diz José Maria Esteves, amigo e diretor técnico do evento deste ano.
As arquibancadas são cobertas e a entrada é franca, mas aberta a receber donativos.
Evento ajudará a Apae de Laranjal do Jari
Uma das marcas dos eventos promovidos pelo Jeep Clube de Macapá são as contrapartidas sociais. Para o 8º Fest Jeep no Meio do Mundo a entidade escolhida foi a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, a APAE de Laranjal do Jari, no sul do estado. A entidade passa por muitas dificuldades para manter-se em funcionamento e cuidando de quase 300 crianças especiais daquele distante município interiorano.
A partir da contrapartida dos associados e de parceiros do evento, estão sendo assegurados R$ 5 mil em gêneros alimentícios. Além disso, o publico que vai ao circuito no Meio do Mundo poderá levar voluntariamente 01 quilo de alimentos não perecíveis, que serão posteriormente encaminhados a outras entidades filantrópicas. “O Jeep Clube caminha sobre esse tripé, o esporte, claro, afinal todos somos apaixonados por jipes, como também o trabalho social e a promoção do Amapá como destino turístico, diz a jipeira Perpétua Mourão, que é membro da diretoria do clube.
Entre outras ações sociais, transporte de vacinas em áreas de difícil acesso, de donativos a vítimas de enchentes e, mais recentemente, o Jeep Noel, que há dois anos vai à Vila Velha do Cassiporé, em Oiapoque.
A trajetória do Jeep Clube de Macapá é marcada por ações sociais e turísticas
O Jeep Clube de Macapá foi fundado em 26 de dezembro de 2001, quando ganhou status de uma associação filantrópica, sem fins lucrativos. Mas antes disso já ocorriam informalmente reuniões de amigos com a mesma paixão por jipes e outros veículos com tração nas quatro rodas. Bastava um convite de um integrante do grupo para conhecer um sítio, uma fazenda ou mesmo uma trilha escorregadia para que se pudesse testar as habilidades dos pilotos e também a versatilidade dos carros. Nascia o esporte Off-Road no Amapá, que significa “Fora-de-estrada”.
Mas com a criação do clube também vieram as ações sociais, uma das principais marcas deste grupo de aventureiros. O transporte de vacinas em regiões de difícil acesso, a arrecadação de donativos para a Casa da Hospitalidade, para o Instituto do Câncer Joel Magalhães, para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, entrega de cestas básicas e brinquedos para moradores da Cachoeira de Santo Antônio, participação do sopão em Itaubal do Piririm, em parceria com o Rotary Club e o Exército Brasileiro, participação em campanhas educativas e de orientação sobre a dengue, entre outras ações, marcaram essa trajetória de solidariedade e amor ao próximo.
Os jipeiros também se tornaram verdadeiros embaixadores do turismo do Amapá, à medida que difundem a importância do turismo interno, ou seja, fazendo com que os amapaenses nascidos ou não aqui, despertem o desejo de conhecer o próprio Estado, com sua natureza intocada, seus rios e igarapés, cachoeiras e, claro, sua gente interiorana. Quando as expedições são para fora dos limites do Amapá, a ideia é sensibilizar outras pessoas de lá a virem nos visitar, e para isso os jipeiros sabem fazer as honras da casa. Costumam adesivar os carros com fotos de atrações turísticas do Amapá, para promove-lo.
PROGRAMAÇÃO
· DOMINGO:
– ÀS 14h – LOCAL: Pista de Prova – Início do segundo dia de provas do Indoor.
– ÀS 18h – Encerramento do Indoor.
– ÀS 19h – Premiação aos Campeões das modalidades.
800metros
Extensão da pista do 8º Fest Jeep no Meio do Mundo
ADRENALINA
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