quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Jornalista acusa abuso de sargento da PM

A jornalista Neuciane Lima, do Diário do Amapá, da Rádio 102 FM e Diário FM e ainda do programa Bronca Pesada (TV Tucuju) denunciou ontem ao Sindicato dos Jornalistas do Amapá e ao Comando da Polícia Militar do Estado, um caso de constrangimento e abuso por parte de um sargento da corporação. Ele simplesmente recusou-se a dar informações à jornalista alegando que ela seria uma "foca", ou seja, repórter iniciante.
De fato, a Neuciane passou mais tempo atuando como produtora d eredação do que propriamente uma repórter, mas há pelo menos dois anos ela virou a "Danadinha" da imprensa, diante de sua atuação ligeira e busca incessante pela notícia e o furo de reportagem. Mas mesmo que ela fosse mesmo uma foca de redação, isso não justificaria a descompostura do sargento. Leia a íntegra da nota:

Nota de Repúdio

Senhor Comandante,

Venho por meio desta, expressar minha indignação quanto à atitude tomada por um de seus comandados que me expôs ao ridículo ao fazer chacota do meu trabalho, quando do pleno exercício da atividade jornalística. Na madrugada desta quarta-feira, 10, o Sargento PM Ozimael, que comandava a VTR 1109 do 1º BPM, se dirigiu à minha pessoa como “foca”, uma expressão comumente utilizada na linguagem técnica jornalística e que é atribuída para os profissionais recém saídos das universidades.
O termo em nada me diminuiria - apesar de já estar há anos no exercício da profissão, em absolutamente nada, não fosse à forma como seu comandado se dirigiu a mim. De modo desrespeitoso, ele disse em bom e alto som que; “...não concederei entrevista para uma pessoa que não conheço. Falo apenas com as estrelas...”, referindo-se aos repórteres da área policial.
Desnorteada pelo tratamento repugnante que recebi da autoridade policial, me senti totalmente constrangida diante dos demais colegas de imprensa que também trabalhavam durante a madrugada cobrindo a área policial.
Diante do fato exposto, quero dizer que em particular, sempre elevei o trabalho da instituição policial militar, quer seja na Tv, no rádio e até mesmo no jornal impresso do qual também faço parte há mais de dez anos. Por tanto, como profissional, penso que mereço a menor consideração possível de alguém que tem a função de primar pelos direitos éticos, físicos e morais do cidadão, independente de quem ele seja. Em suma, peço que se posicione diante de seu comandado para evitar que outros fatos, lamentáveis, como esse, arranhem a imagem desta tão importante instituição militar.

Com apreço,

Neuciane Lima

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