sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Brigada no Amapá vai comandar três Batalhões de Infantaria do Norte

Brigada vai comandar batalhões do Amapá, Maranhão e Pará (Foto: Cassio Albuquerque/G1)
Brigada vai comandar batalhões do Amapá, Maranhão e Pará (Foto: Cassio Albuquerque/G1)

Unidade do Exército Brasileiro ficará pronta em 2017 e abrigará 3 mil militares.
Brigada vai comandar 34º BIS no AP, 24º BIL no MA e 2º BIS no PA.

Cassio AlbuquerqueDo G1 AP
A partir de 2017, os Batalhões de Infantaria do Amapá, Maranhão e Pará serão comandados por uma brigada militar que funcionará em Macapá. O projeto de construção da unidade batizada como "Brigada Foz do Amazonas" foi anunciada na quinta-feira (28), pelo Comando Militar do Norte (CMN) do Exército Brasileiro.

A brigada será construída na área do Comando de Fronteira do Amapá, localizado no 34º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS). As obras iniciarão em setembro e a previsão é que se conclua até janeiro de 2017. O local será um complexo operacional e administrativo que deverá abrigar cerca de 3 mil militares. O projeto está orçado em R$ 18 milhões.
Comandante do CMN, general Oswaldo Ferreira (Foto: Cassio Albuquerque/G1)Comandante do CMN, general Oswaldo Ferreira
(Foto: Cassio Albuquerque/G1)
A unidade também irá comandar as ações do 34º BIS no Amapá,  2º BIS, em Belém e o 24º Batalhão de Infantaria Leve (BIL), de São Luís, no Maranhão. As unidades atualmente são coordenadas pelo CMN.
Segundo o comandante do CMN, general Oswaldo Ferreira, devido a proximidade com a Guiana Francesa, o Amapá necessita que haja um reforço dos militares nas áreas de fronteira.

"Será um grande comando que terá autonomia e capacidade de atuar sozinho. Essa brigada terá logística, comunicações, engenharia e cavalaria. Ou seja, todas as partes que fazem funcionar uma organização militar para atuar de forma isolada", reforçou.
O comandante do 34º BIS, Alexandre Ribeiro, diz que com a construção da brigada e a integração dos três batalhões, haverá mais facilidade no cumprimento das missões do Exército no estado. Apenas o Amapá e o Acre, estados de fronteira do país, não possuem brigadas.
Houve cerimônia de lançamento da Pedra Fundamental da Brigada da Foz (Foto: Cassio Albuquerque/G1)Houve cerimônia de lançamento da Pedra Fundamental da Brigada da Foz (Foto: Cassio Albuquerque/G1)
"Será uma estrutura multidisciplinar que vai proporcionar um trabalho mais efetivo e intensificado", declarou.
No quartel ocorreu também a cerimônia de lançamento da Pedra Fundamental, no local onde será construída a Brigada da Foz, além da formatura de soldados e palestra para os militares.

Eymael diz que é preciso uma reforma tributária para desenvolver o AP

Candidato do PSDC desembarcou em Macapá nesta quinta-feira (28).
Presidenciável também comentou sobre políticas para a Amazônia.

Dyepeson MartinsDo G1 AP
Eymael é candidato pelo PSDC à presidência da República (Foto: Dyepeson Martins/G1)Eymael é candidato pelo PSDC à presidência da
República (Foto: Dyepeson Martins/G1)
O candidato pelo PSDC à presidência da República, Eymael, disse que, se eleito, realizará uma reforma tributária no Brasil. A medida, segundo ele, é indispensável para desenvolver o Amapá pois irá facilitar a implantação de industrias internacionais no estado. A declaração foi dada durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (28), quando o presidenciável desembarcou em Macapá para participar de uma reunião com os seus correligionários.
“Há uma necessidade absoluta de nós termos uma reforma tributária. Temos outros processos também na área de desenvolvimento e para qualificar a mão de obra local. As três amarras para o Amapá e o Brasil crescer são essas”, afirmou.
Indagado sobre as propostas de campanha para desenvolver a região Norte, o candidato disse que a Amazônia é “historicamente deserdada pelo governo central”. Ele ressaltou que com o PSDC na presidência da República será “enfatizada a democracia cristã" para a floresta.
“Por que o nosso candidato à vice-presidente é um homem do Norte, de Roraima? Exatamente para enfatizar e reforçar o compromisso da democracia cristã com o resgate da nossa região”, frisou.
Eymael ressaltou que, para ele, o Brasil é regido pela melhor constituição nacional. Porém, ainda de acordo com o candidato, os governos “não cumprem e fazem cumprir a lei”.

Cão da polícia dos EUA é enterrado com honras após morrer em serviço

Kye foi esfaqueado por suspeito que tentou perseguir em Oklahoma.
Policial que trabalhava com o animal matou o homem e é investigado.

Do G1, em São Paulo
O policial Ryan Stark homenageia o cachorro Kye durante seu funeral nos EUA. Animal era da polícia de Oklahoma (Foto: Sue Ogrocki/AP)O policial Ryan Stark homenageia o cachorro Kye durante seu funeral nos EUA. Animal era da polícia de Oklahoma (Foto: Sue Ogrocki/AP)
Um cachorro da polícia da cidade de Oklahoma, nos Estados Unidos, foi enterrado com honras nesta quinta-feira (29) após morrer em serviço. Durante o funeral de Kye, o sargento Ryan Stark, que trabalhava com o animal, levantou a tampa do caixão, que estava envolto pela bandeira norte-americana, para prestar uma última homenagem ao cão.
A morte do animal aconteceu no último domingo (24). Policiais faziam uma perseguição a um suspeito em um carro. O homem, Mark Salazar, acabou batendo o veículo e tentou fugir a pé. O policial Stark então soltou Kye para perseguir o suspeito.
Quando Stark se preparava para chamar Kye de volta, viu que Salazar estava esfaqueando o cachorro, segundo a emissora OKC Fox.
Foi quando o policial sacou sua arma e atirou no suspeito, que morreu no local.
Stark foi afastado do trabalho e é investigado pela morte de Salazar. A polícia quer saber se os disparos feitos por ele foram justificados.
Kye foi levado para cirurgia depois do ataque, mas morreu na segunda-feira (25). Ele trabalhava para a polícia de Oklahoma há cerca de dois anos.
Policiais passam pelo caixão do cachorro Kye durante seu funeral nos EUA (Foto: Sue Ogrocki/AP)Policiais passam pelo caixão do cachorro Kye durante seu funeral nos EUA (Foto: Sue Ogrocki/AP)

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Coluna Argumentos, terça-feira, 19 de agosto de 2014.

Vácuo

Causou indignação nas redes sociais o fato de algumas pessoas terem aproveitado o velório de Eduardo Campos, em Recife, pra fazer autorretratos, o selfie. O pior é que teve até autoridade amapaense fazendo o mesmo e, claro, dando margem a críticas de opositores.

Visita

O general Enzo Petri, comandante geral do Exército Brasileiro, ainda tem status de ministro e confirmou presença na cerimônia de lançamento da obra da Brigada da Foz, dia 28 deste mês em Macapá.

A pés

Um problema comum em grandes cidades ocorre aqui em Macapá. A falta de táxis no aeroporto, como mostrou ontem o Luiz Melo Entrevista. Só os cooperados do terminal não estão dando conta do recado.

Ops!

Vi um adesivo em um carro com a propaganda do advogado Evandro Gama, ex-AGU e ex-Sesa. Muito boa a foto, as fontes, o layout só faltou um detalhe: qual o cargo que ele concorre? Ato falho.

Nuances

Curiosa também a publicidade de um certo candidato a deputado federal. “Camilo S.O.S.” Já o Rocha do Sucatão volta a incorporar personagens que nem de longe lembram sua atuação parlamentar.

O sorriso
Esta imagem de Marina Silva sorrindo no velório de Eduardo Campos deu o que falar nas redes sociais. Pura maldade ou falta do que fazer. Aliás, a internet é quase terra sem lei diante de tanto humor negro que rola lá. Bisbilhotagem pura.

Turismólogo
Um suíço com sotaque hispânico, pois morou na infância na Argentina, e que veio morar no Amapá, Território Federal. Trata-se de Diego Born, que foi gerente do Novotel Macapá e que é especialista em turismo e hotelaria. No domingo, suas contribuições no Diário.

Futricas

Existe norma de etiqueta social para um velório? Na web surgiu o “sommelier de dor alheia”, dando pitaco sobre o sorriso de Marina, o equilíbrio da viúva e o pranto de Lula. O fato é que teve quem dissesse que só pobre dá piti em velório, que rico apenas usa um lenço para enxugar gotas de lágrimas no canto dos óculos escuros. Espetáculo deprimente a web.

Bruno Mineiro abre rodada de entrevistas na TV Amapá.

O candidato Bruno Mineiro(PT do B), participou na noite desta segunda-feira(18), da abertura da rodada de entrevistas com candidatos ao governo do Estado, que a TV Amapá, pertencente a Rede Amazônica, emissora afiliada da Rede Globo, estará fazendo durante a semana.

Bruno respondeu durante 6 minutos, à perguntas da jornalista Elaine Juarez, relacionadas a Habitação, Infraestrutura, Meio Ambiente e Segurança, que foram sorteadas durante a transmissão do Jornal do Amapá. A participação do candidato trabalhista seguiu com outra entrevista ao vivo por mais 10 minutos, transmitida pelo portal de notícias G1 Amapá.

Bruno Mineiro enfatizou a importância da série de entrevistas coordenada pela TV Amapá.

"É uma oportunidade de contribuir com o processo democrático, ouvindo todos os concorrentes, e também para o nosso povo conhecer um pouco mais das nossas propostas, já que a TV Amapá alcança os 16 municípios e alguns distritos”. Destacou Bruno.


O candidato também destacou a importância da Televisão, como formadora de opinião e pensamento, aliada a velocidade da informação. “A TV Amapá proporcionou este momento de extrema importância para quem acredita que o Amapá pode ser um Estado bem diferente do que estamos vivendo”. Concluiu.

Assembleia aprova por unanimidade Lei de Diretrizes Orçamentárias do AP

John Pacheco
Do G1 AP
Sessão contou com quórum de 16 parlamentares na Alap (Foto: John Pacheco/G1)Sessão contou com quórum de 16 parlamentares
na Alap (Foto: John Pacheco/G1)
O plenário da Assembleia Legislativa do Amapá(Alap) aprovou por unanimidade no fim da manhã desta segunda-feira (18) a matéria da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que norteia a aplicação do orçamento para 2015. Foram determinadas alterações nos recursos destinados ao Ministério Público e ao Tribunal de Justiça do Estado (TJ-AP), que passam a receber uma fatia maior do "'bolo orçamentário".
O texto para aprovação estava pronto desde 2 de julho e fixa R$ 5,4 bilhões previstos para o próximo ano, um aumento de 6,6% em relação à 2014. O percentual é o menor registrado nos últimos quatro anos, conforme o Plano Plurianual (PPA). A sessão foi presidida pelo presidente em exercício da casa Júnior Favacho (PMDB), e contou com o quórum de 16 parlamentares.
As alterações feitas pela casa de leis serão enviadas ao Poder Executivo que tem 15 dias para aprovar ou vetar a matéria. Entre as mudanças, está a solicitação de orçamento próprio para autonomia da Defensoria Pública do Estado, além de uma emenda para a realização de concurso público na Amapá Previdência (Amprev).
Deputado Keka Cantuária (PDT), relator da LDO (Foto: John Pacheco/G1)Deputado Keka Cantuária (PDT), relator da LDO
para 2015 (Foto: John Pacheco/G1)
"É hora da Defensoria possuir a mesma força que tem o Ministério Público, pois precisa de estrutura para responder a altura as pessoas que defende, para isso um plano de carreira é necessário. Já a Amprev tem urgência para realizar um concurso para recompor o quadro próprio e esse recurso está garantido", detalhou Keka Cantuária (PDT), deputado relator da LDO.
Na divisão dos recursos, o aumento do TJ-AP foi ajustado de 6,9% para 7,5% e do Ministério Público o crescimento partiu de 4,13% para 4,30%. Permanecem com o mesmo percentual o Tribunal de Contas (1,56%) e a própria Casa de leis (4,66%). Com isso, o Governo do estado fica com 81,98% do orçamento para 2015.
A gestão para o destino de parte da receita do estado foi determinada durante o Plano Plurianual, que realizou reuniões nos 16 municípios. Durante a discussão no plenário, o relator acrescentou que não foram "especificados" prazos para o cumprimento das ações determinadas.
"Essas metas já deveriam estar incluídas na LDO, pois foram definidas com base no orçamento, e havíamos solicitado isso ao poder executivo, porém não foi repassado nenhuma ação para incentivo ao setor comercial e industrial", acrescentou. Com base nas orientações da LDO, o governo tem o prazo até setembro para enviar à Assembleia a Lei Orçamentária Anual (LOA). Ela deve ser aprovada até 31 de dezembro pelos parlamentares.

Projeto que altera ISS pode gerar receita extra de R$ 6 bilhões anuais para os municípios

Proposta tomou por base reivindicações feitas pelos prefeitos sob a liderança da CNM
Tramita na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) o Projeto de Lei do Senado (PLS) 168/2014 – Complementar que tem como objetivo aprimorar a cobrança do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) pelos municípios. O projeto foi apresentado pela senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), após sugestão da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), e pode gerar para as prefeituras uma receita extra de pelo menos R$ 6 bilhões por ano.
A proposta tem por base o artigo 156, inciso III da Constituição, que atribui competência aos municípios e ao Distrito Federal para instituir e cobrar o imposto, desde que os serviços relacionados a ele estejam previstos em lei complementar. O relator da matéria é o senador Humberto Costa (PT-PE).
O projeto propõe que todas as atividades prestadas no domicílio do prestador fiquem sujeitas à retenção. Também define a base de cálculo de planos de saúde e arrendamento mercantil, a inclusão de novos serviços na Lei Complementar 116/2003, o fim da tributação diferenciada da sociedade de profissionais e a ampliação das atividades sujeitas à retenção pelo tomador de serviços.
No caso das atividades das administradoras de cartão de crédito, a aprovação do projeto possibilitará o recolhimento do imposto onde está domiciliado o tomador de serviços – lojista, restaurante, posto de gasolina etc. A CNM alega que essa mudança representaria um ganho médio de R$ 2 bilhões anuais aos municípios.
No caso de leasing (arrendamento mercantil), a proposta é alterar o local de recolhimento para o tomador de serviço, o que resultaria em ganho médio de R$ 4 bilhões aos cofres municipais. A medida também se justificaria em razão dos diversos processos judiciais em que se discute qual o local devido de recolhimento da operação.
Avanços
Em defesa da mudança, lideranças municipalistas observam que, embora a Lei Complementar 116/2013 tenha aperfeiçoado a legislação do ISS e trazido avanços, muitos contribuintes iniciaram batalhas judiciais para descaracterizar a cobrança do imposto e destituir autuações da fiscalização municipal, questionando formas de recolhimento e a base de cálculo da cobrança.
Historicamente, alega a CNM, os municípios vêm acumulando obrigações que geram demandas a serem cumpridas em setores como saúde, educação e cultura. Somam-se a isso o aumento de responsabilidade dos entes municipais e a estrutura sempre precária, que faz com que busquem alternativas para o aumento da arrecadação.
A CNM acrescenta que a atual crise financeira dos municípios demanda a real necessidade de aumento das receitas próprias, aliada à busca pela dependência cada vez menor dos repasses constitucionais, como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Uma das alternativas, avalia a CNM, é o aprimoramento da cobrança do imposto, que apresenta crescimento potencial, uma vez que o aumento de serviços prestados à população encontra-se em evidência. Os municipalistas destacam ainda o advento de novas atividades no rol de serviços nos dez anos de vigência da legislação atual, o que justifica as mudanças propostas pela confederação.
Agência Senado

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Coluna Argumentos, domingo e segunda-feira, 17 e 18.08.2014.


Capital

Fábio Vilarinho, superintendente do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transporte (Dnit-AP), está em Brasília, de onde só retorna na quinta-feira. Na bagagem, orientações do ministro sobre como fazer deslanchar as obras nas duas rodovias federais daqui.

Retorno

Macapá recebe de volta um velho conhecido, dos tempos do território federal do Amapá. Trata-se do suíço /argentino Diego Borne, que marcou época como gerente do Novotel. Tem larga experiência em hotelaria.

Didático

Com seu carregado sotaque hispânico, Diego Borne foi ao rádio ontem e deu uma verdadeira aula sobre o turismo. Foi no Conexão Brasília, que registrou muitos telefonemas de ouvintes satisfeitos. E um contra.

Lembra?

Lembra do jornalista mineiro que escreveu o artigo “Toalha de restaurante alemão”? Pois é, ele saiu do Hoje em Dia e atualmente escreve no jornal Estado de Minas. É persona non grata por aqui.

Aprontou

O jornalista em questão é Eduardo Almeida Reis, que sugeriu a venda do Amapá para se estabelecer aqui um estado palestino. O humor negro valeu multa ao jornal e uma retratação do autor.

Esperança
Mineiro aposentado, Antônio Cláudio Barbosa, o Padeiro, é um dos que engrossam o movimento “Volta Icomi” na velha vila da Serra do Navio. Ele diz que manganês ainda tem muito e também esperança nessa segunda chance da mineradora.

Presença
Dito ontem pelo comandante do 34º BIS, coronel Alexandre, que as obras de construção da Brigada da Foz iniciam na festa preparada para receber os mais altos generais da Força no próximo dia 28. Depois de pronto, a obra vai abrigar tropas maiores e um general comandante.

Retreta

Por falar em nosso glorioso Exército Brasileiro, uma apresentação da eclética Banda de Música do 34º BIS no Teatro das Bacabeira vai abrir as comemorações pelo Dia do Soldado. Será na próxima sexta-feira, dia 22, e contará com grupos de danças locais e até cantores regionais. Essa integração com a sociedade é tudo o que o Exército preconiza. Dez!

QUEM VAI AO PARÁ, PAROU! Viagem de jipe faz escala na terra das mangueiras

Uma visita ao Museu Paraense Emílio Goeldi dá a exata noção ao turista sobre toda a exuberância da natureza amazônica que o Pará (ainda) tem. Organismos de defesa do meio ambiente relutam em frear a ação de madeireiros lá
Cleber Barbosa
Editor de Turismo

O título dessa reportagem faz alusão a um dos maiores sucessos do cantor paraense Pinduca, pois no Pará a musicalidade grassa, as pessoas parecem se comunicar por música e, claro, são de uma enorme hospitalidade. Eu e minha família pudemos conferir de perto toda essa vocação turística do Pará, refletida em ações do poder público e da iniciativa privada em formatar os atrativos naturais e artificiais para receber o visitante.

TURISMO / Na última parte da viagem de jipe feita pelo editor de turismo do Diário do Amapá a gente conhece um pouco mais sobre Belém, a capital do estado do Pará.

Durante muito tempo, o Pará e o Amazonas meio que disputavam um nicho da indústria do turismo que era o ecoturismo. Mas de uns tempos pra cá a coisa mudou radicalmente, com os paraenses reinventando sua vocação para o turismo. Um velho hangar do Aeroporto Júlio César foi revitalizado e passou a abrigar o Centro de Convenções da Amazônia. A chave virava agora para o turismo de eventos e os resultados logo surgiram. Organismos oficiais dão conta de que a agenda de exposições, festas e grandes congressos no Hangar estão lotadas pelos próximos dois anos. A rede hoteleira deu um salto desde então, seja quantitativo, seja qualitativo.
"O Centro de Convenções da Amazônia, o Hangar, representa uma virada na história recente do turismo no estado do Pará".
Diego Born, especialista em turismo

Atrações - Entre as grandes atrações que a capital paraense oferece estão o Parque da Residência, o Mangal das Garças, o Bosque Rodrigues Alves, o Museu Paraense Emílio Goeldi, além da orla Ver-o-Rio, que adorna o centenário mercado Ver-o-Peso. Nas imediações do centro histórico de Belém, num bairro denominado Cidade Velha, até um bonde foi restaurado e proporciona aos visitantes uma viagem ao passado dos tempos áureos da borracha e do charme da aristocracia belenense da época. Mas não podemos esquecer que Belém é uma metrópole, tem seu lado moderno e industrializado. Há inúmeras opções de lojas de departamentos e também shopping centers pra todo lado.

Investimentos - Ao longo dos últimos anos, quando muita gente previa que o trânsito de Belém passaria por um colapso, a cidade resiste e o poder público vem adotando medidas e fazendo obras de infraestrutura que ajudam na mobilidade urbana. Cruzamentos antes caóticos como da Almirante Barroso com a Doutor Freitas, ou mesmo no Entroncamento da BR-316 com a Rodovia Augusto Montenegro receberam modernos elevados ou viadutos, assim como na Pedro Álvares Cabral com a Júlio César. Como é interligada com o restante do país por via rodoviária, Belém oferece conexão terrestre e aéreas – aliás está bem servida de oferta de voos. De Belém é possível acessar o Nordeste pela BR-316 e o Centro-Oeste pela BR-010.

Confira a letra da música ‘garota do tacacá’

Oi mexe, mexe menina 
Pode mexer sem parar 
Você agora é a minha 
Garota do tacacá (2x) 

Rala, rala a mandioca 
Espreme no tipiti 
Separa a tapioca 
Apara o tucupi 

Prepara meu tacacá 
Gostoso com açaí (2x) 

Oi mexe, mexe menina 
Vamos mexer sem parar 
Você agora é a minha 
Garota do tacacá (2x) 

Quem vai ao Pará, parou 
Tomou açai, ficou 
Quem vai ao Pará, parou 
Tomou açai, ficou 

Autor e intérprete: Pinduca

No Pará, dá para escolher entre banho de água doce ou de água salgada

O estado foi dividido em seis regiões turísticas distintas: Belém, Amazônia-Atlântica, Marajó, Tapajós, Araguaia-Tocantins e Xingu. Como não poderia deixar de ser, falando-se de um estado amazônico, o Pará está recheado de opções de balneários, rios, cascatas e igarapés. Há ainda um segmento em ampla expansão por lá, que é o turismo rural, com hospedagem no modelo hotel-fazenda. Mas o Pará também tem praias de mar, são mais de 20 quilômetros de costa atlântica só em Salinas. Há praias como Ajuruteua e a Ilha do Algodoal. Para procurar no mapa, os municípios que abrigam a água salgada são São Caetano de Odivelas, Curuçá, Marapanim, Maracanã, Salinópolis, Nova Timboteua, Bragança, Augusto Correa e Viseu.

Nuances - Com uma cultura de forte herança indígena, mesclada por levas de migrantes europeus, africanos e asiáticos, o Pará tem ritmos e paladares próprios: a generosa natureza amazônica fornece a matéria prima para uma gastronomia de toques exóticos, já presente em restaurantes internacionais; para instrumentos musicais, peças de decoração, e manifestações folclóricas exclusivas.

Interior - O Tapajós é uma das melhores opções de visita que o Pará possui, ideal para a prática do ecoturismo. Nessa parte oeste do Estado, dois grandes rios da região se encontram em frente a Santarém, causando um efeito curioso e quase inacreditável. De um lado, o Amazonas, um dos maiores rios do mundo com suas águas barrentas que cortam grande parte da floresta. Do outro, o Tapajós, com águas azuis, num tom quase esverdeado.

Hospedagem em Belém: Ibis Budget

CURIOSIDADES
"Durante muito tempo, o Pará e o Amazonas  disputavam um nicho da indústria do turismo que era o ecoturismo".
Cleber Barbosa, jornalista.
- Em dimensões geográficas, o Estado do Pará é maior que países como a Venezuela, a Colômbia e corresponde a mais que três vezes o tamanho da Alemanha. Por sua localização estratégica, o Pará é o portão de entrada natural da Amazônia Brasileira, o caminho histórico utilizado pelos portugueses no período colonial para garantir o domínio sobre a região Norte diante das ameaças de outras nações europeias.

1,2 Milhões de Km quadrados.
Tamanho da área territorial do Estado do Pará, o que o torna o segundo maior estado amazônico.

VISTA AÉREA

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