segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Notas da Coluna Argumentos, domingo e segunda-feira (28 e 29.02.2016)


Unidade

Muito boa a mobilização em torno do combate ao mosquito transmissor da dengue, zicca e chikungunya, ontem, na orla de Macapá. Servidores públicos, autoridades e voluntários foram às ruas para combater focos e ajudar na conscientização da população.


Pequeno

Em várias frentes de trabalho pelo país, todos estão se unindo para dar cabo a esse mosquito que a gente cresceu lidando com ele sem muita preocupação, quando muito uns tabefes na perna para mata-lo.  


Ambiente

Até médicos andam com pavor do mosquito. Durante a semana, a doutora Conceição Nascimento, andava dando uma raquetadas em exemplares do Aedes que sobrevoavam o ambiente.


Volta

Por falar em Unimed, a presidente da cooperativa, Joana Aquino Leão, reassumiu a direção daquele que já foi o maior plano de saúde dos amapaenses. Ela esteve afastada por quatro meses, para tratamento da própria saúde.


Time

Falando à coluna, a médica Joana Leão disse que todos estão focados no resgate da cooperativa, que estes dias iniciou um processo de ampliação do quadro médico, com a entrada de profissionais recém-formados.


Destaques

 Após 15 dias estudando inglês na cidade de Denver, no Colorado (EUA), os alunos André Victor e Gilcivaldo Lima, voltam ao Brasil. Os estudantes foram selecionados pelo excelente desempenho durante a terceira edição do Programa Conexão Mundo realizado pelo SESI e pelo SENAI do Amapá.


Sereno

O ex senador José Sarney, alheio a qualquer polêmica sobre o tal ‘DNA’ da Zona Franca Verde, continua um otimista convicto sobre as perspectivas que ela abre para o Amapá. Diz que após o comércio, é a vez da indústria se desenvolver. “A área de livre comércio, que idealizei, foi o começo de tudo”, diz.


Olhar

Sarney, de fato, não pode ter a paternidade retirada à força sobre os grandes projetos que concebeu para o estado. Isso diferencia políticos de estadistas. Ele diz que o olhar sempre foi para o futuro e que a Zona Franca Verde, diferente da Área de Livre Comércio, abre as portas do Amapá ao capital. Competitividade.


Convergência

Sarney diz que quando decidiu não mais se candidatar, defendeu que as lideranças, os quadros que o estado formou, pudessem emergir, independentemente de sua saída. “Para o estado caminhar com suas próprias pernas”. Hoje, mesmo sem mandato, seu escritório continua concorrido.

ENTREVISTA | “O açaí aqui no Norte é mais conhecido do que a própria Coca-Cola”.

O músico Carlitão, líder da Banda Placa, acaba de superar um drama pessoal, relacionado à saúde. Mas este mazaganense faz jus à resistência e fibra de seus ancestrais que vieram habitar esta parte da Amazônia e dá a volta por cima. Premiado pelo Ministério da Cultura pelo trabalho de pesquisa e perpetuação das tradicionais representações culturais do Amapá, está de volta à cena. Suas pesquisas, especialmente sobre o Batuque, o Marabaixo e até a reza de Ladainhas feitas por representantes da tradicional Vila de Mazagão Velho, agora ganham o registro em vídeo. Com muita seriedade e organização, a trupe comandada por esse professor de educação física, funcionário público obstinado, segue em frente. Com todas as limitações, conseguiu dar saltos enormes para que as futuras gerações não percam o vínculo histórico com a cultura afro-amapaense. 

Por Cleber Barbosa, para o Diário do Amapá

Diário do Amapá - Carlitão você acabou tomando um grande susto quando passou por um grave problema de saúde que soubemos está superando. E a carreira já retomou?
Carlitão - Sim foi um grande susto realmente, que felizmente com a juda de Deus, dos médicos e o apoio da família e dos amigos estamos superando sim. O pior já passou podemos dizer e estamos retomando a carreira e os projetos da banda e também dos projetos sociais.

Diário - Como surgiu a Banda Placa?
Carlitão - A banda foi criada em março de 1983, portanto ao completar os seus trinta anos nós trabalhamos um projeto para celebrar nossa entidade, pois com o passar do tempo acabamos criando a Associação Cultural e Social Placa, que era onde nos daria todo o apoio jurídico para que nós pudéssemos desenvolver algumas atividades pelo grande número de projetos que a Banda Placa produzia.

Diário - Que tipo de projetos?
Carlitão - Em 1983, já no primeiro ano de criação da banda, nós criamos um projeto que era "A vida e a obra de Paulo Diniz", que a gente já fazia shows dentro das escolas. Ainda no mesmo ano, já no final de 1983, no Ginásio Paulo Conrado, nós fizemos um projeto que ficou três anos em cartaz, que foi o "Roque Luz", inclusive nós temos todo o acervo dele. E assim foi acontecendo, tanto que em janeiro de 1984 nós criamos um grande projeto de carnaval, que chama-se "Carnaval do Povo", que também já pasou dos trinta anos.

Diário - Então essa coisa de tocar projetos sociais vem de longa data, heim?
Carlitão - Exatamente, então praticamente o Placa viveu muito de criar projetos e executar projetos. Um deles era voltado para os CDs da Banda Placa, que a cada ano a gente gravava um disco elevava para dentro das escolas, com letra, com planejamento pedagógico, ou seja, a gente tinha uma proposta pedagógica mesmo. Sobre essa história atual, da realidade do palmito, no primeiro CD nosso tem uma música chamada "Amassadeira", uma composição do Bebeto Nande, que contava uma história, a sinopse dessa música já dizia que era bem melhor você incentivar as pessoas a tomar o açaí do que derrubar o açaizeiro, mas que da palmeira do açaizeiro você aproveita tudo, desde a parte da Jussara, que se utiliza nos assoalhos, como parede e o próprio cacho do açaí depois que você utiliza, que o caboclo chama "debulhar", que é a retirada do fruto, fica aquela vassoura, que serve para varrer o chão das casas e os terreiros.

Diário - Um mergulho na realidade regional, coisa genuinamente amapaense, é isso?
Carlitão - Isso, a música conta a história de uma máquina chamada amassadeira e que depois passou a ser chamada vitaminosa. A gente conta que o açaí aqui na região norte, especialmente Pará e Amapá, tem uma marca muito mais forte do que a Coca-Cola. Hoje você mandar um garoto ver se tem açaí ele vai à esquina e olha se tem aquela bandeira vermelha.

Diário - É o nosso marketing mais tradicional não é?
Carlitão - Isso, são coisas bem características nossas e que a Banda Placa sempre teve essa preocupação de ir trabalhando essas questões e incorporar em uma proposta de trabalho musical.

Diário - Me permita voltar um pouco na história da banda, mas em 1983 por uma questão de sobrevivência as bandas locais tinham é que fazer os grandes bailes, ensaiar e tudo mais. Não sei qual era a sua situação financeira, mas como era tocar esses projetos de cunho social?
Carlitão - Nós pertencemos ao grupo Os Setentrionais. Tocamos muito no Carnaval de 1983 e de lá nós decidimos sair pela necessidade de trazer propostas diferentes para a música amapaense. Só que naquele ano eu estava morando em Recife e decidi vir para Macapá, depois de ter sido demitido do Sesc na época.

Diário -Era comerciário?
Carlitão - Era, mas sou formado em Educação Física e trabalhei nessa área no Sesc, de 1980 a 1983.

Diário - E como músico, era autodidata?
Carlitão - Isso, isso mesmo.

Diário - Tocava que tipo de instrumento?
Carlitão - Não, na verdade eu toco violão só para mim hoje, na banda eu sou apenas vocalista. Mas voltando, quando eu vim de Brasília trouxe uma proposta muito boa de carnaval, com uma formatação muito diferente de carnaval de rua, uma coisa que até então Macapá não tinha. Foi então que no início de 1984 a gente implantou essa proposta de carnaval de rua voltado para a inclusão social realmente.

Diário - Qual o pújblico-alvo?
Carlitão - Dar acesso à comunidade que muitas vezes não tem dinheiro para comprar um ingresso, uma mesa, afinal naquela época nós tínhamos um carnaval fortíssimo no Círculo Militar, mas era carnaval de salão.

Diário - Bem, mas hoje em dia essa situação se consolidou e vocês já contam com o apoio institucional até mesmo do governo federal, como foi isso?
Carlitão - Nós participamos em 2009 de um edital [de subvenção] do Ministério da Cultura que foi trazido a Macapá através do deputado Evandro Milhomen, então o Estado do Amapá abriu editais e a nossa entidade foi contemplada com um Ponto de Cultura. Os recursos vieram no final de 2009, na ordem de R$ 40 mil, e nós então instalamos o nosso Ponto de Cultura dentro de Mazagão Velho.

Diário - O que foi feito lá então?
Carlitão - Nós fizemos uma doação já em 2010 para a comunidade através de uma entidade que se chama Raízes do Marabaixo, que é onde fica o nosso ponto de cultura, uma doação de um recurso de R$ 20 mil todo ele voltado para a aquisição de um kit de informática e audiovisual, formado por dois computadores, dois notebook´s, retroprojetor, datashow, impressora, máquina fotográfica, filmadora, caixa amplificada, onde a comunidade não tem mais aquela dependência nossa para filmar, de fotografar, afinal eles mesmos estão produzindo a cobertura do trabalho deles.

Diário - E os resultados vieram como esperado?
Carlitão - Sim, melhorou muito. Porque a gente sabe que é uma comunidade carente e achamos que ali funcionaria muito bem. Em 2012 nós entregamos para a comunidade em torno de 240 vídeos, que foi um trabalho de pesquisa do Placa, e que já vem com a logomarca Ponto de Cultura.

Diário - O que tem nestes vídeos?
Carlitão - São entrevistas com várias pessoas, agumas que até já faleceram, de Mazagão. Nós repassamos 800 cópias deste CD com o grupo Raízes do Marabaixo, uma parceria com a Banda Placa desde 1997, que foi quando levamos de volta para Mazagão Velho a festa de fundação da Vila, pois fazia mais de 60 anos que essa festa não acontecia mais dentro da comunidade, o que representava uma grande decepção para aquele povo, que desde a criação do município, com a Intendência eles comemoravam lá no Mazagão Novo, quando a criação do município de Mazagão Novo se não me engano é 13 ou 15 de novembro, portanto nada a ver com 23 de janeiro [data oficial de Mazagão Velho]. Foi aí que entrou a Banda Placa, desde 1997, com um trabalho de pesquisa que já produziu o terceiro CD, com músicas de dentro da comunidade.

Diário - Parabéns por ajudar a perpetuar toda essa tradição da cultura amapaense.
Carlitão - Nós é que agradecemos e nos colocamos à disposição para acessar todo o acervo que juntamos resultado de muita pesquisa e dedicação. - See more at: http://www.diariodoamapa.com.br/cadernos/editorias-i/entrevista/item/10285-o-acai-aqui-no-norte-e-mais-conhecido-do-que-a-propria-coca-cola#sthash.qtvVLhXM.dpuf

sábado, 27 de fevereiro de 2016

ARTIGO | Será possível viajar ao exterior em 2016?



Em 2016, devemos ter uma nova leva de turistas viajando ao Brasil, pois as Olimpíadas e o fator câmbio vão fazer com que o Rio de Janeiro entre ainda mais na berlinda. Recentemente, o Guia Travel Hacker do KAYAK apontou a capital carioca como um dos destinos com o maior aumento de interesse durante os últimos 12 meses, junto de cidades como Montreal, Atenas e Milão. O guia leva em consideração mais de 1 bilhão de buscas que acontecem no site.

No entanto, enquanto as pessoas ao redor do mundo planejam suas viagens ao Brasil este ano, a alta do dólar e o atual cenário do Brasil, de instabilidade econômica e política, está afetando o costume dos brasileiros de viajar ao exterior.

Aquela percepção que tínhamos nos anos 90, de que apenas ricos e milionários tinham condições de se banhar nas águas de Miami ou tomar um chocolate quente em Paris, voltou a assombrar alguns viajantes. Famílias que costumavam passar férias em Saint-Barthélemy e enviar seus filhos para Orlando durante o recesso escolar estão revendo planos e começando a buscar ferramentas para economizar. Já as famílias das classes mais baixas, que sonhavam com as águas do Caribe ou em conhecer o Mickey, parecem mais preocupadas com o desemprego que atingiu 1,7 milhão de brasileiros em 2015.

Com a recente volta do IR de 25% sobre remessas ao exterior e a desvalorização do real em mais de 50% frente ao dólar, muitas pessoas poderiam desistir dos seus planos de viagem, mas o fato é que apesar de todas as notícias desfavoráveis, nunca vimos tantas passagens aéreas internacionais em promoção como nos últimos seis meses.
Esse cenário trouxe a possibilidade para o consumidor comprar passagens de classe econômica para Nova York, por exemplo, por R$ 1.400 (já com todas as taxas) ou de classe executiva por R$ 4.000 – valores até 4 vezes menores do que os praticados em altas temporadas antes da crise.

Atualmente, somente no aeroporto de Guarulhos, 36 companhias aéreas fazem rotas para destinos internacionais. Muitas estão diminuindo a capacidade dos seus voos, mas mesmo assim, ainda devemos ver promoções para destinos internacionais em 2016, pois as empresas preferem vender os assentos em vez de decolarem com eles vazios. Talvez as promoções ocorram com menos frequência que em 2015; no entanto, é importante usar da tecnologia para ficar ligado nas promoções.  

Como encontrar as melhores promoções em 2016

Hoje em dia, não existe mais a necessidade de esperar as promoções da madrugada: basta utilizar um metabuscador – ferramenta já muito comum nos EUA, mas também presente no Brasil, para criar um Alerta de Preços. Por estar conectada com centenas de sites de companhias aéreas e agências de turismo online, a ferramenta alerta o consumidor assim que uma passagem entrar em promoção.
Selecionei alguns destinos internacionais com bom preço em 2016. São rotas que apesar da desvalorização do real, têm uma excelente relação custo-benefício:

1.       Europa – Portugal
Passagens a partir de R$ 2.035
Hotéis 4 estrelas a partir de R$ 120 (para duas pessoas)

2.       Europa – República Tcheca
Passagens a partir de R$ 2.175  
Hotéis 4 estrelas em Praga a partir de R$ 92 (para duas pessoas)

3.       América do Sul - Chile
Passagens a partir de R$ 844
Hotéis 4 estrelas em Santiago a partir de R$ 120 (para duas pessoas)

4.       Caribe – Curaçao
Passagens a partir de R$ 1.611
Hotéis 3 estrelas a partir de R$ 184 (para duas pessoas)

5.       América do Norte – Canadá
Passagens a partir de R$ 2.279
Hotéis 4 estrelas em Montreal a partir de R$ 208 (para duas pessoas)
Independente de para onde vai o dólar ou o euro, em tempos de crise planejamento é tudo. Ainda existem promoções a serem encontradas e a tecnologia existe para otimizar nossas vidas. 

Kaio Philipe é Country Manager do KAYAK Brasil, 
líder global de pesquisas de viagens online.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Viagem gastronômica para Pernambuco reúne chefs renomados e apaixonados por gastronomia



Chef Guga Rocha
Recife e Olinda receberão, entre 1 e 5 de abril, apaixonados por gastronomia no primeiro Rolê Gatro, um verdadeiro tour gastronômico criado com o objetivo de desbravar sabores em uma viagem com programação que une gastronomia e turismo. Comandado pelos renomados chefs Guga Rocha e Paulo de Carvalho, o tour inclui visita a tradicionais pontos turísticos das cidades, degustação de pratos típicos locais, oficinas de culinária e visita guiada a uma fábrica do tradicional bolo de rolo pernambucano.

Serão cinco dias de programação e o pacote inclui as passagens (para pessoas de outras cidades/estados), os traslados, a hospedagem, os passeios, as refeições e uma aula com os chefs. A viagem é organizada pela agência Travel Time e dela podem participar interessados de todo o Brasil, incluindo Recife e Olinda, de qualquer faixa etária.

Sobre os chefs
Guga Rocha é hoje um dos nomes mais celebrados da nova geração de chefs brasileiros. Com experiência em mais de 20 países – entre os quais, Itália, Portugal, Espanha, Tailândia, Grécia e Canadá –, faz uma cozinha criativa, imprevisível, leve e rica em sabores, fruto de sua contínua pesquisa da cultura nacional aliada à curiosidade pela diversidade e o exotismo da gastronomia mundial.

Chef Paulo de Carvalho
Paulo de Carvalho é chef de cozinha internacional pela Escola de Culinária e Gastronomia Nicolau Rosa e atua, desde 2008, como personal chef, professor e consultor. Possui ampla vivência internacional e idealizou, em 2013, o Programa Viagens Gourmands, em parceria com a Travel Time Viagens e Turismo. Já comandou tours gastronômicos em Buenos Aires, na Argentina, e na Capadócia e em Istambul, na Turquia.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

"O Amapá ainda tem sido penalizado pela perda das emendas parlamentares"

Milhomen. As declarações sempre muito diretas do político que passou quase três mandatos na Câmara dos Deputados.
Do alto da autoridade e da experiência de ter passado quase quinze anos no Congresso Nacional, o ex deputado federal Evandro Milhomen (PC do B) foi ao rádio ontem falar dessa e da nova experiência de sua carreira: ser o interlocutor político da Prefeitura de Macapá. O pomposo cargo de secretário de relações institucionais, na prática, reforça a interlocução política da gestão de Clécio Luiz, que está atualmente sem partido. Milhomen não hesita ao dizer que em seu partidos todos queriam ter o prefeito em seus quadros, na disputa natural pela reeleição deste ano. Mas nessa entrevista concedida ao jornalista Cleber Barbosa, no programa Conexão Brasília, o ex parlamentar conta mais detalhes da função e rechaça que o atual vice Allan Sales seja carta fora do baralho no jogo por um cenário favorável para a disputa deste ano. Um resumo a seguir. 

Cleber Barbosa 
Para o Diário do Amapá

Diário do Amapá – Na sexta-feira foi um dia importante lá em Brasília para a definição do objeto das emendas parlamentares deste ano, trabalho extra para a bancada federal não é?
Evandro Milhomen – Verdade. Essa é uma das atribuições parlamentares e você tem que estar atento. Ocorre que no mesmo dia foi publicado um decreto pelo governo federal de contingenciamento dos valores das emendas parlamentares o que é muito ruim para estados como o nosso que é muito dependente desses recursos. Você imagina que cada parlamentar tem o direito de por até R$ 15 milhões de emendas, então se você somar os onze parlamentares são quase R$ 170 milhões por ano que vem do governo federal.

Diário – Foi um balde de água fria então.
Milhomen – Isso mesmo. Mas tem acontecido isso nos últimos anos, mesmo que as emendas sejam impositivas, como foi aprovado, a liberação está condicionada a arrecadação por parte do governo, pois elas saem de um percentual sobre o arrecadado no ano anterior. Por isso que com a queda da arrecadação também cai o valor das emendas. E mesmo assim, com os problemas que a gente tem aqui de eficiência no uso desses recursos ou na elaboração de projetos, a gente ainda perde muitos recursos, então a gente precisa trabalhar mais essa eficiência, pois o estado tem sido muito penalizado por não dar a devida importância para isso, pois são recurso que chegam de graça praticamente.

Diário – São a fundo perdido?
Milhomen – Não a fundo perdido, pois ele é de investimento entende? Tem o recurso lá disponível para o estado e você não vai fazer nenhum esforço a não ser a elaboração do projeto e depois executar. Como disse, o Amapá ainda depende muito desses recursos externos, pois ainda não tem capacidade de geração de recursos internos suficientes para manter as nossas políticas públicas é importante lutar para acessar esses recursos federais.

Diário – Quando o senhor fala em estado inclui as prefeituras também, não é?
Milhomen – Sim, todos eles. Faço esse alerta no sentido de que é necessário o aprimoramento desses entes públicos. O governo do estado tem uma secretaria que cuida diretamente dessa questão de elaboração de projetos. A prefeitura de Macapá também tem, a de Santana idem, então a tendência é ir modernizando as máquinas e fazer com que elas possam dar respostas na hora de elaborar, apresentar e cumprir datas, atender diligências que vem dos ministérios, enfim, é tudo isso que vai melhorar o aproveitamento desses recursos.

Diário – E como é seu papel agora na prefeitura de Macapá, nessa pasta das relações institucionais?
Milhomen – Olha, eu tive a honra de ser convidado pelo prefeito Clécio ainda no ano passado para assumir essa pasta que trata da relação política especificamente. É da gestão com a política, então disse que precisava de alguém que pudesse assumir essa função para dar um certo conforto para ele, de modo a poder ir para as ruas fazer política direta. É uma pasta que você tem que fazer relação com a câmara de vereadores, com os poderes estaduais, com os poderes federais, então eu faço relação política e faço relação institucional.

Diário – E ainda tem o setor da iniciativa privada, sempre muito demandado para o município, né é?
Milhomen – Também, mas nós temos dialogado bastante com este setor também, fazemos várias reuniões e eventos com a Federação do Comércio, com quem temos uma parceria sempre muito salutar, ouvindo suas lideranças empresariais de onde tiramos várias sugestões que viram decisões executadas pela gestão pública. Mas também sabemos das dificuldades, por conta do tamanho que é a máquina do município para atender a grandeza que é hoje a nossa Macapá, uma cidade que cresceu muito em pouco tempo e de certa forma desordenada e horizontal faz com que a máquina pública tenha um custo maior. Quanto mais estica a cidade mais você tem problema com custos, pois aumenta o valor de investimento com pavimentação, estica mais o cano da água, o poste de luz, enfim.

Diário – O senhor fala da horizontalização, então é preciso incentivar a verticalização, ou seja, crescer para cima?
Milhomen – Sim, é preciso parabenizar os empresários dedicados a isso, a verticalização de algumas áreas para que a gente possa fazer concentração da população em setores como esse e o próprio município o faz, com o conjunto habitacional São José, assim como um conjunto que vai concentrar uma população que está saindo de uma área de risco, o Açucena, que é um outro visando o futuro, lá na frente também, um trabalho de organização, conhecimento e um trabalho de informação para as pessoas que vão morar lá, com a construção da relação interna, o condomínio, que precisa ter. Uma coisa assim importante e a gente fica fazendo essa interface com as instituições, que aquilo lá possa andar também, precisa a CEA fazer a ligação elétrica, vamos na Caesa, pois está com problema na ligação de água, enfim, muito trabalho, mas muito salutar.

Diário – O problema da verticalização é que não houve um planejamento com relação a rede de esgoto, que não atende sequer a parte mais antiga de Macapá. Como resolver isso?
Milhomen - Esse é um problema da gestão pública é não do empreendedor. A gestão pública que não fez e deixou de fazer ou que não se preocupou em fazer a tempo, um problema que nós temos que buscar solução, pois uma hora dessas vamos ter que corrigir, nós temos que nos preparar para essa verticalização não só por conta disso como você está falando, mas ter água, esgoto mas também segurança de quem mora nesses prédios, por exemplo. Uma coisa que tem preocupado e a gente até trabalhou com uma emenda parlamentar é comprar uma escada Magirus pois se você tiver um acidente com um prédio como esse que tem vinte andares, precisamos de um bombeiro ou a defesa civil esteja equipada com uma escada dessas para poder apagar um incêndio algum um dia, o que que esperamos não ocorra, claro.

Diário – Para fechar, um pouco de política partidária agora. O prefeito Clécio ainda não deu nenhuma pista sobre para qual partido deve ir? 
Milhomen – Olha, se dependesse do meu direcionamento ele já estaria no PC do B... [risos] A gente tem conversado muito sobre isso e até já foi feito convite ao prefeito. Ele, muito educadamente recebe os convites, do nosso e de outros partidos, tem avaliado muito e manifesta muito carinho com o PC do B, tanto que já manifestou isso a direção nacional e a bancada do partido em Brasília. Mas não definiu nada ainda.

Diário – O problema é que se o senhor for o vice dele este ano seria uma chapa de um partido só, não é?
Milhomen – Mas eu não serei o vice! [Mais risos] Estamos trabalhando o processo da reeleição dele então o vice tem que ser de um partido aliado.

Diário – E o atual vice, Allan Sales, está descartado mesmo? Ele até já ensaiou candidatura própria, alegando falta de espaço.
Milhomen – Não favas contadas em relação a isso. Ele é o atual vice e tem cacife para continuar sendo. Não existe esse descarte, isso vai ser discutido no momento certo, pois ele é um bom vice-prefeito, uma pessoa correta, digna e muito discreto quando tem que substituir o prefeito. Cumpre a liturgia do cargo então não temos problemas com ele na gestão.

Diário – E o senhor? O projeto político é só para 2018, para tentar o retorno à Câmara Federal?
Milhomen – Isso, só em 2018. Acho que essa parada é importante para reavaliarmos muita coisa e retomar no momento certo. 

Perfil

Entrevistado. Evandro Costa Milhomen tem 53 anos de idade, casado, é sociólogo formado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), atualmente secretário de relações institucionais de Macapá. É filiado ao PC do B. Foi vereador na Capital entre 1997 e 1999, eleito pelo PSB, mesmo partido pelo qual se elegeu deputado federal em 1999 e se reelegeu em 2003. Para a eleição de 2007 trocou de partido, ingressando no PC do B, por onde voltou ao Congresso Nacional. Além disso, havia passado dois anos na Câmara Federal, quando saiu da suplência para a titularidade. Também disputou o cargo de prefeito de Macapá em 2008 e em 2012, não tendo entrado para o segundo turno, ocasião em que aderiu a candidatura de Clécio Luiz, eleito prefeito, de quem virou secretário.

Uma agência de viagens filiada à ABAV oferece isso e muito mais.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

ALAP e TJAP anunciam medidas para dar agilidade aos registros cartorários

Aspecto da reunião na presidência da Assembleia Legislativa do Amapá.
Os dirigentes da Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP) e do Tribunal de Justiça do Estado (TJAP) anunciaram nesta sexta-feira (19) uma série de medidas visando dar mais agilidade aos registros cartorários e imobiliários no estado, visando desburocratizar e acelerar processos de licenciamentos para os empreendimentos. Eles estiveram reunidos no fim da tarde de quinta-feira com empresários e outras lideranças das entidades de classe como Fecomércio, Acia, Sinduscon, CDL e Sebrae, além de representantes das comissões de Comércio e Indústria, Direitos Humanos, Constituição e Justiça, como a de Turismo da ALAP.
O presidente em exercício do Parlamento Estadual, deputado Kaká Barbosa (PTdoB), além da presidente do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), desembargadora Sueli Pini, acompanharam pessoalmente as rodadas de reuniões com esses representantes da iniciativa privada. O pacote de medidas inclui a realização de uma reunião ampliada da Comissão de Comércio e Indústria da Assembleia Legislativa, no dia 10 de março, quando o juiz de direito auxiliar da Corte Estadual, dr. João Matos, fará uma apresentação de um cronograma de ações.
Durante a reunião, os representantes do Judiciário Amapaense falaram da importância de implementar um fundo de aparelhamento da Justiça, voltado a fiscalizar, visando modernizar e acelerar as respostas dos cartórios de registros públicos. “Os recursos viriam de um percentual sobre os serviços cartorários, que hoje toda a população já paga e com essa nova legislação apenas aqueles que efetivamente precisam acessar serviços dos cartórios é que o farão”, disse Sueli Pini, que destacou ser o início de um processo para garantir mais autonomia ao Judiciário e desonerar o orçamento público do estado. Ela lembrou que quase todos os estados já adotam essa contribuição e que o Amapá é um dos poucos a não fazê-lo.
Nem todos os serviços e emolumentos seriam taxados, bem como o percentual de 20% não seria linear, em transações imobiliárias ou mercantis envolvendo grandes somas. Por lei, a ser aprovada pela ALAP, ficariam amarradas essas contribuições para a Justiça no valor mínimo de R$ 3 e o máximo de R$ 1,5 mil. “No geral, tudo que envolve mais encargos não é bom, mas hoje é sabido que a morosidade dos cartórios atrapalha o desenvolvimento e se isso vier para ajudar nossa Justiça, que é uma das mais ágeis do país, certamente valerá a pena”, disse o vice-presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas, empresário Marcos Cardoso.
O representante do Sindicato da Construção (Sinduscon), Silvino Dal Bo, lembrou que o Tribunal de Justiça, através de sua Corregedoria, já vem implementando medidas de acompanhamento mais de perto dos cartórios e que isso já proporcionou avanços e agilidade, mas que ainda existem gargalos que esse pacote de medida poderá ajudar a sanar. A dirigente do TJAP anunciou que neste pacote de medidas está previsto também o lançamento de novos editais para concessões cartorárias, tanto de registros civis como de registros de imóveis, aumentando a concorrência e, claro, alternativas.
Também participaram da reunião os deputados estaduais Roseli Matos (DEM), Pedro da Lua (PMB), Edna Auzier (PROS) e Fabrício Furlan (PSOL), além dos secretários do Legislativo, Patrícia Aguiar, da Consultoria Geral, Riano Valente, da Procuradoria Geral, Aparecido Santos, bem como os empresários Waldeir Garcia (Sebrae e Fecomércio) e Juarez Oliveira (CDL).

Blog da Assembleia

Agência Ética Turismo anuncia promoção especial para este fim de semana

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Notas da Coluna Argumentos, quinta-feira, dia 18 de fevereiro de 2016.

Tabu

Quem já esteve em Serra do Navio certamente foi ou ficou com vontade de ir à Lagoa Azul. O lugar, além de belo, é também cercado de uma misteriosa dúvida: seria próprio para banho? Trata-se de uma velha mina que parou quando foi vencida pelo volume d’água.

Encheu

Quando a mina estava em plena operação, a mineradora Icomi já havia topado com o olho d’água. Usava bombas para tirar a água e poder extrair o minério. Depois que saiu, o buraco transbordou.

Fundo

Para fechar, sobre a lagoa, não existe essa história de contaminação. O banho é maravilhoso, pois a água é extremamente transparente, límpida. O risco mesmo é a profundidade, superior a 40 metros.

Rio

Isso nos faz lembrar que o ambientalista Almeida Júnior certa vez deu um pito num sujeito que lavava o carro na rampa do Santa Inês, sob pretexto de que curtia o rio Amazonas. Problema é a contaminação.

Gotículas

Na Macapá de outrora, muitos donos de carros lavavam o veículo na Lagoa dos Índios, despretensiosamente. Ambientalistas sustentam que partículas de óleo, graxa, enfim, podem provocar danos.

Patrulha
Depois de uma ampla reforma, o Navio Patrulha Amapá (foto), que compõe a Esquadra da Marinha do Brasil, volta a patrulhar os rios da Amazônia. E com resultados práticos como a apreensão de apetrechos e outros instrumentos que maus elementos usavam em delitos ambientais.

Itinerante

Enquanto ainda reclamam por mais atenção do poder público, de toda sorte de serviços, moradores do Macapaba receberam ontem técnicos do TRE. Foram atendimentos da 10ª Zona Eleitoral, com o apoio da Corregedoria da instituição, Secretaria de Tecnologia da Informação e Direção Geral.

Mudança

A ação da Justiça Eleitoral consiste em alistamentos, revisão biométrica e transferências. Os serviços são disponibilizados no ônibus da Justiça Eleitoral. Ontem a atividade contemplou um total de 122 cidadãos. Eles passarão a votar no Instituto Federal do Amapá (Ifap), localizado na Rodovia BR-210.

Números

De acordo com a chefe de Cartório da 10ª Zona, Ana Bela, o objetivo do itinerante é a transferência do local de votação de cerca de 5 mil eleitores que moram no Conjunto Macapaba e aproximadamente 1.400 cidadãos que residem no bairro Morada das Palmeiras.

Faculdade lança campanha de combate ao mosquito Aedes Aegypti

A luta contra o Zica Vírus e demais doenças vai envolver mais de 5.000 alunos, 250 professores e 150 colaboradores nas duas unidades no Amapá

        A campanha vai começar pelo dever de casa. Os próprios colaboradores vão realizar vistorias em todos os campi do Grupo no Brasil com o objetivo de combater a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela. No Amapá, as blitz vão acontecer, na manhã desta sexta-feira, nas duas unidades: Estácio Macapá e Estácio Amapá. A finalidade é identificar e eliminar possíveis focos do mosquito.

        A ideia é que a mobilização contra o mosquito, que se tornou inimigo nacional número 1, seja realizada durante todo o primeiro semestre de 2016. As primeiras ações, já planejadas pela Estácio, vão ser realizadas em fevereiro e março. Além das inspeções internas desta sexta-feira, no dia26 de fevereiro, vai haver uma campanha de conscientização envolvendo alunos veteranos, professores e coordenadores de cursos para que todos façam parte da cruzada contra o mosquito.

        Os calouros também vão ser envolvidos na campanha. No mês de março, o trote solidário vai extrapolar os muros das unidades da Estácio, levando informação à sociedade. A proposta é conscientizar sobre a importância da mudança de comportamento para que cada um faça a sua parte no combate ao mosquito. Veteranos e calouros vão distribuir folhetos com dicas de prevenção das doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti.

        Para a diretora do Núcleo Estácio Amapá, Aline Búrigo, a campanha de combate ao Aedes Aegypti é de extrema relevância. Segundo ela, “no nosso papel de instituição de educação é fundamental que estejamos engajados nessa causa, que é social e de saúde pública. Portanto, precisamos estar mobilizados e ajudar a mostrar que cada um deve fazer a sua parte no combate ao mosquito”.



Diani Correa
Comunicação Estácio - Núcleo Amapá
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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Novo comandante militar do Norte realiza primeira visita ao Amapá

Nesta quarta-feira (17) o Comando de Fronteira Amapá/34° Batalhão de Infantaria de Selva recebeu o general-de-exército Carlos Alberto BARCELLOS, novo comandante Militar do Norte, em sua primeira visita à guarnição de Macapá. Durante sua estada no Batalhão, o Gen Barcellos presidiu a formatura da Unidade, assistiu a uma apresentação do Comandante da Fronteira Amapá, tenente-coronel Robson Mattos, percorreu as instalações do quartel e realizou uma reunião com todos os oficias, subtenentes e sargentos. Ainda por ocasião de sua permanência na capital amapaense, o Comandante Militar do Norte realizou uma visita institucional ao Governador do Estado; concedeu uma entrevista, ao vivo, ao Jornal do Amapá, nas instalações da TV Amapá, afiliada à Rede Globo; e visitou as obras da 22a Bda Inf Sl - Brigada da Foz.

Esclerose múltipla: adultos jovens são os mais afetados pela doença

Diagnosticada principalmente a partir dos 20 anos, a doença já atinge cerca de 2,3 milhões de pessoas no mundo, segundo a Federação Internacional de Esclerose Múltipla
A partir dos 20 anos de idade a vida ganha novos desafios e se abre para novas descobertas. Os jovens passam por uma fase de transição, em que entram na faculdade, conquistam seu primeiro emprego e fazem planos para formar uma família. Justamente nessa etapa tão atribulada, esses objetivos correm o risco de serem interrompidos por uma doença que já acomete mais de 2 milhões (Federação Internacional de Esclerose Múltipla) de pessoas no mundo: a esclerose múltipla (EM).
Sem cura e de causa desconhecida, a EM é uma das mais comuns em adultos jovens no mundo. De acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla, 35 mil brasileiros são afetados pela doença. Apesar dessa incidência, muitos ainda a desconhecem, pois seus primeiros sinais são apresentados de forma muito sutil e transitória, dificultando o diagnóstico precoce. Idade, gênero, histórico familiar e outras doenças autoimunes são fatores que aumentam o risco de desenvolvimento da doença.
Os sintomas mais comuns, que são a perda de equilíbrio e coordenação motora, distúrbios da sensibilidade (formigamento/dormência pelo corpo), perda de força muscular (paralisias) e de visão, visão dupla, fadiga, incontinência ou retenção urinária podem ser as primeiras manifestações da EM e ocorrem de forma isolada ou em conjunto, ou seja, com "múltiplas" manifestações de acometimento do Sistema Nervoso Central.
Cerca de 80% dos pacientes apresentam manifestações agudas ou subagudas e melhoram, ou remitem o quadro neurológico, e essa evolução é denominada "surto-remissão" ou "recorrente-remitente". Quando esse conjunto de sintomas e sinais recorre, é chamado de "surto" ou "recorrência" da doença. Para essa forma da EM os tratamentos atuais estão cada vez mais eficazes, mas a melhor resposta ocorre quanto mais cedo eles se iniciam, o que se conhece como "melhor janela terapêutica", em que o diagnóstico precoce está associado à uma evolução mais favorável.
Para minimizar o impacto da EM o melhor caminho é a informação que leve à detecção precoce, e essa nova geração tem um papel fundamental no processo de disseminação e conscientização, pois a informação é algo que os mais jovens têm acesso diariamente. De acordo com a Professora. Soniza Alves-Leon, chefe do Centro de Referência em Esclerose Múltipla do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da UFRJ e pesquisadora CNPq sobre este tema, "uma geração que vive conectada, precisa saber que a esclerose múltipla vitima pessoas de todas as idades, mas especialmente, os indivíduos entre 20 e 40 anos que estão no auge da vida reprodutiva. Seus sintomas são imprevisíveis e nem sempre são levados a sério, por isso, a importância em atentar para qualquer um desses sinais".
Considerada uma doença crônica autoimune, rara e que costuma ser diagnosticada tardiamente, a EM compromete o sistema nervoso central e prejudica a neurotransmissão, provocando dificuldades motoras e sensitivas que impactam diretamente na qualidade de vida dessas pessoas. "A intensidade e o intervalo entre os surtos variam de acordo com o estágio em que o paciente se encontra, e pode deixar sequelas, dependendo da gravidade. O ideal é sempre buscar um neurologista para que possa avaliar o caso e recomendar o tratamento necessário", completa a Professora Soniza.
Tratamento
Apesar de não ter cura, existem tratamentos que minimizam os sintomas da doença. Os Interferons beta foram os primeiros medicamentos a surtirem efeito na EM, como mostraram estudos pivotais em 1993. A revisão de um sub grupo de pacientes incluídos nesses estudos, com doença recém diagnosticada, foi recentemente publicada. Este estudo, BENEFIT, acompanhado ao longo de 11 anos pelos Comitês Americano e Europeu para Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla em Boston, Massachusetts, revelou que o tratamento precoce com betainterferona-1b diminuiu os efeitos das complicações motoras e sensitivas dos portadores em estágio inicial.
O betainterferona-1b faz parte da primeira categoria de opções terapêuticas, os imunomoduladores, que tem por objetivo reduzir a intensidade dos surtos e o intervalo entre eles, agindo sobre os processos imunológicos. Esses dados corroboram a importância do diagnóstico e tratamento precoce para as formas de EM recorrente-remitente.
Entre as opções de tratamento adjuvante, está o Cognifit, uma ferramenta inteligente utilizada para minimizar alguns dos sintomas da esclerose múltipla e que pode ser acessado via computador, tablet ou smartphone. O mecanismo tem como função principal treinar e estimular os aspectos cognitivos, com jogos que permitem avaliar o estágio do comprometimento da doença e suas habilidades cognitivas. O dispositivo, que auxilia no desenvolvimento de atividades cognitivas, funciona como aliado na melhora da qualidade de vida dos pacientes.
Bayer: Se é Bayer, é bom (Science For a Better Life)
A Bayer é uma organização global com competências centrais focadas em Ciências da Vida nas áreas de saúde e agricultura. Os produtos e serviços da empresa são projetados para beneficiar a população e melhorar sua qualidade de vida. Ao mesmo tempo, o Grupo tem como objetivo criar valor através da inovação e crescimento. A Bayer está comprometida com os princípios do desenvolvimento sustentável e com sua responsabilidade ética e social como uma empresa consciente. Em 2014, o Grupo empregou 119.000 pessoas e teve um faturamento de EUR 42,2 bilhões. As despesas de capital chegaram a EUR 2,5 bilhões e os investimentos em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) totalizaram EUR 3,6 bilhões. Estes valores incluem dados do negócio de polímeros de alta tecnologia, que será lançado no mercado de ações como Covestro em meados de 2016, no mais tardar.

Alunos do SESI e SENAI retornam de intercâmbio nos Estados Unidos

Após 15 dias estudando inglês na cidade de Denver, no Colorado (EUA), os alunos André Victor da Silva e Gilcivaldo Lima, voltam ao Brasil. Os estudantes foram selecionados pelo excelente desempenho durante a terceira edição do Programa Conexão Mundo realizado pelo Serviço Social da Indústria (SESI) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) do Amapá.

O Conexão é inovador e facilita o ensino da língua inglesa com vistas a melhorar a qualificação dos jovens por meio do contato intensivo com o idioma. Para o deslocamento e o custeio de despesas extras, cada aluno recebeu ajuda de custos, além de kit com mala, roupas e acessórios para enfrentar o período de neve.

Durante a estadia no exterior, os jovens ficaram hospedados em casas de famílias adotivas e foram inseridos na cultura local. André e Gilcivaldo participaram de visitas a universidades, empresas, museus, laboratórios e escolas, e tiveram a oportunidade de conhecer pontos turísticos da cidade.

André Victor, 17 anos, ressaltou que ficou encantado com a organização de tudo nos Estados Unidos e disse que o hábito da prática do inglês diário fez com que seu desempenho melhorasse muito. “Desde que cheguei busco notícias em sites americanos, escuto músicas e assisto filmes sem legenda. Não quero perder a fluência e a pronúncia que adquiri”, ressalto o estudante.

Gilcivaldo Lima afirmou que o projeto realizou seu sonho, e que, o estímulo para o aprendizado da língua será essencial para seu futuro. “A troca de experiência foi muito estimulante. Ter participado do Conexão Mundo marcou minha vida e me proporcionou crescimento pessoal e profissional. Tenho certeza que muitas portas vão se abrir”, disse.

A superintendente do SESI, Alyne Vieira, ressaltou que a cada dia surgem inovações em todos os campos e faz-se necessário conhecer outro idioma, além do Português. “As empresas procuram profissionais que tenham bom desempenho no Inglês. A maioria das contratações é feita após uma série de avaliações, incluindo-se o domínio da língua, não só falada como escrita”, frisou.

O diretor de Operações, Adriano Cardoso, falou sobre as qualidades necessárias para uma boa colocação no mercado de trabalho. “Além do domínio de outro idioma, a proatividade, responsabilidade e o senso de liderança são qualidades essenciais. Participar do Conexão Mundo contribui para que nossos alunos se  tornem profissionais preparados”, explicou o diretor.

Conexão Mundo

O Conexão Mundo é um programa instituído pelo SESI e SENAI, em parceria com a organização não governamental US-Brazil Connect. O curso de cinco meses é dividido em três etapas, duas à distância e uma presencial.

No período de aprendizado, os alunos interagem com monitores americanos por meio de aulas virtuais realizadas por redes sociais, bate-papos com webcam e sites especializados no ensino da língua. A fase presencial dura um mês, ocasião em que os monitores ministram aulas diárias no Brasil.

OAB/AP recebe denuncia contra hidrelétricas de Ferreira Gomes

A Ordem dos Advogados do Brasil Secção Amapá recebe denuncia contra hidrelétricas do município de Ferreira Gomes, e realiza reunião com moradores das comunidades do entorno de Ferreira Gomes. 
A OAB/AP, por meio dos representantes das comissões de Direitos Humanos, Direito Ambiental, Direito Fundiário e Comissão do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, participaram de reunião na manhã desta quarta, 17, na Colônia dos Pescadores e Associação dos Atingidos por Barragens do município de Ferreira Gomes. O objetivo é acompanhar e garantir os direitos fundamentais das comunidades atingidas pela enchente que ocorreu em maio de 2015 no município.
“Nossa intensão é de preservar e manter a cultura da pesca familiar que era exercida abundantemente por essas comunidades da região, é esse o foco da OAB/AP, olhar as questões ambientais, mas substancialmente prestar atenção, observar e garantir o cumprimento dos direitos dessas comunidades que estão sendo fortemente atingidas pelas atuações das hidrelétricas da região do Araguari”, destaca o presidente da OAB/AP, Paulo Campelo.
Durante a reunião realizada na sede da Colônia dos Pescadores do município de Ferreira Gomes, a qual teve a presença do Presidente da OAB/AP, Paulo Henrique Campelo, e Vice-Presidente, Auriney Brito, a qual garantiram aos pescadores e associados o acompanhamento da OAB/AP para que tenha garantia dos direitos fundamentais relacionados a comunidade.
“Devida às várias denuncias legais realizadas através da imprensa contra as empresas de hidrelétricas do Estado, e em meio a isso levamos ao conhecimento da OAB/AP a situação em que as empresas se encontram e denunciamos a OAB/AP as três hidrelétricas. A população está ansiosa pelas ações das comissões da OAB/AP, eles são a ultima esperança da comunidade ferreirense para defender nossos direitos”, explica o presidente da Associação dos Atingidos por Barragens, Moroni Guimarães.
Para o Presidente da OAB/AP, Paulo Henrique Campelo, a participação das Comissões da OAB e o acompanhamento visam gerar transparência e garantia de direitos para toda a comunidade.
“Recebemos no dia 02 de fevereiro uma denuncia por parte da Associação dos Atingidos por Barragens, e viemos para uma reunião com toda comunidade atingida com a problematização que os afligem. Estamos aqui para garantir a preservação dos direitos fundamentais dessas comunidades, e essa é uma visão bastante humanística em que a OAB ao longo dos seus 85 anos”, finaliza o presidente.

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