quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

AMAPÁ | Como o "Selo Amapá" pode garantir competitividade aos produtos tucujus

Governador Waldez e o presidente da Agência Amapá, com o empreendedor Jairo Almeida | Foto: Marcelo Loureiro
Jairo Almeida é proprietário da empresa Empório Miranda que atua na venda de especiarias de temperos na capital amapaense e no Estado do Pará. No mercado há 19 anos, ele conta que é a primeira vez que recebe apoio do Governo do Amapá para expandir seu negócio, principalmente no mercado externo. O empresário foi um dos 23 que receberam das mãos do governador Waldez Góes, o Selo Amapá – “Produto do Meio do Mundo – Amapá – Amazônia – Brasil”. Ele viu na iniciativa a oportunidade de ampliar as atividades fora do Brasil.
“Quando iniciamos nosso trabalho em 1999, não tivemos apoio de nenhum órgão que pudesse nos orientar. Mas hoje, como estávamos estudando a possibilidade de exportar os nossos produtos, tivemos a grata satisfação de sermos acolhidos pelo Estado que lançou este Selo que irá fortalecer a nossa marca. E uma marca forte, vende mais, gera mais empregos, mais renda e, sem dúvidas, fomenta o desenvolvimento”, avaliou Jairo Almeida.
A Empório Miranda iniciou no mercado local com a venda de produtos derivados da macaxeira como farinha d’água, goma e tucupi, contando com apenas um funcionário. Ao longo do tempo, o proprietário foi observando as necessidades do mercado interno, consolidou os investimentos na região e resolveu expandir a variedade de seus produtos.
Contando com 23 funcionários, a empresa também passou a fazer o beneficiamento de alho (4 toneladas/mês) trigo (1 tonelada/mês) e o molho de pimenta (6 mil unidades/mês). O objetivo de Jairo Almeida é triplicar esses números e se tornar uma marca referência, principalmente no mercado exterior.
“O meu objetivo é crescer junto com o meu Estado. Estou muito feliz em poder utilizar o Selo nas minhas embalagens, pois agora o consumidor vai poder identificar nas prateleiras do supermercado um produto com a validação do Governo do Amapá. E isso nos traz muita credibilidade”, comemorou o empresário.

Selo Amapá
O Selo Amapá é uma marca que identifica os produtores de origem amapaense e que vai permitir o reconhecimento nacional e internacional, especialmente, dos que têm benefícios na Zona Franca Verde de Macapá e Santana, incentivando o aumento das vendas. A certificação é concedida a todas as empresas que cumprirem os requisitos legais exigidos para o funcionamento das atividades em seu local de produção e beneficiamento.
Os interessados em aderir ao Selo devem procurar a Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá (Agência Amapá), na Avenida Cônego Domingos Maltês, no bairro do Trem, em Macapá, para receber as informações necessárias. O diretor-presidente da Agência Amapá, Eliezir Viterbino, informa que o processo é rápido e prático.

Filme oficial

CULTURA | Começa amanhã em Macapá a inédita "Semana do Japão no Amapá"

A arte do tradicional 'Taiko', um tambor japonês, será apresentada em Macapá
A população amapaense terá a oportunidade de conhecer um pouco mais da cultura japonesa e sua diversidade, na programação da Semana do Japão no Amapá – Diversidade Cultural na Linha do Equador, a ser aberta amanhã em Macapá. Primeiro evento no Amapá com o selo dos 110 Anos da Imigração Japonesa no Brasil apresenta programação que inclui demonstração e oficinas de Ikebana (arranjo floral), Origami (dobradura de papel), Yukata (vestimenta japonesa típica de verão), Mangá (gibis japoneses), dança folclórica japonesa, Taiko (tambor japones), Shodo (caligrafia) e Soroban (ábaco), este último inédito em Amapá.
No dia 1º, a partir das 18h30, está previsto a abertura da Semana com apresentações de dança ao som do tambor, seguida da breve palestra proferida pelo cônsul principal do Japão, Sr. Keiji Hamada. No dia seguinte, às 18h30 está prevista a apresentação sobre bolsas de estudo oferecidas aos estudantes brasileiros pelo Governo do Japão. Nos dias 1º e 2, em diferentes horários, serão realizadas as oficinas e exposições acima. Nos dias 2 e 3, será oferecido Serviço Consular. Tudo com entrada franca, na sede do Sebrae em Macapá.
O evento é uma parceria entre o Consulado do Japão em Belém, Fundação Japão e Sebrae no Amapá, com o apoio da Associação Nipo-Brasileira do Amapá, Amcel e Colégio Intergenius.

Programação
Data: 1º de Fevereiro (Quinta-Feira)
Hora: 18h30
Evento: Abertura da Semana com apresentação de dança folclóricas japonesas e dos sons do taiko (tambor japones), com a participação também dos artistas locais.

Data: 2 de Fevereiro (Sexta-Feira)
Bolsas de Estudo
Hora: 18h30
Evento: Apresentação de diversas modalidades de bolsas de estudo oferecidas pelo Governo do Japão aos estudantes e pesquisadores locais. O Consulado do Japão em Belém recebe inscrições para concurso de bolsas de estudo no Japão para a modalidade de pesquisador, graduação, escola técnica, curso profissionalizante, educação escolar e língua e cultura japonesa. Nesta palestra, os interessados poderão tirar as suas dúvidas para candidatar a uma vaga e estudar em universidade do Japão.

Yukata 浴衣 (vestimenta japonesa típica de verão)
Data: 2 e 3 de Fevereiro (Sexta-Feira e sábado)
Hora: das 9h às 10h30, das 10h30 às 12h
Hora: das 9h às 10h30, das 10h30 às 11h30
Venha experimentar o Yukata e tirar uma foto para guardar de lembrança. Nos festivais de verão japonês (matsuri), geralmente encontramos pessoas usando yukata. Yukata é utilizado após o banho e continua sendo usado em hotéis tradicionais (ryokan) e em estação de águas termais (onsen) do Japão. Yukata pode ser usado por homens, mulheres e crianças.

Minyo 民謡 (dança folclórica japonesa)
Data: 2 e 3 de Fevereiro (Sexta-Feira e sábado)
Hora: das 9h às 10h30, das 10h30 às 12h
O Minyo era entoado no Japão antigo durante as inúmeras celebrações das comunidades, incorporando a perseverança no trabalho, enaltecendo as alegrias alcançadas e sublimando as dores do cotidiano. Existe também uma estreita relação entre as músicas e a vida cotidiana dos japoneses, como nas cantadas em celebrações tradicionais. Uma das mais conhecidas acontece em agosto, no Finado (Obon) do Japão, destinada a receber os espíritos dos antepassados, cada região do Japão executa as danças chamadas de Bon-Odori, ao som de tambores e canções. Aprenda os passos dessas danças e caia na roda da dança.

Ikebana生花 (arranjo floral)
Data: 2 e 3 de Fevereiro (Sexta-Feira e sábado)
Hora: das 10h30 às 12h
Hora: das 14h30 às 16h, das 16h às 17h30
Há diversos estilos de Ikebana, tais como Sangetsu, Ikenobo e Ohara. Ikebana, em japonês significa "flores vivas", também é conhecida como KADO - a via das flores. A arte foi desenvolvida de modo a incluir o vaso, caules, folhas e ramos, além das flores. A estrutura de um arranjo floral japonês está baseada em três pontos principais que simbolizam o céu, a terra e a humanidade, embora outras estruturas sejam adaptadas em função do estilo e da Escola. Aprenda esta arte e decore seus ambientes de forma harmônica.

Mangá (漫画)
Data: 2 e 3 de Fevereiro (Sexta-Feira e sábado)
Hora: das 16h às 17h30
Hora: das 14h30 às 16h, das 16h às 17h30
O Mangá é a "história em quadrinhos" no estilo japonês. Sua origem está no Teatro das Sombras, que na época feudal percorria diversos vilarejos contando lendas por meio de fantoches. Essas lendas acabaram sendo escritas em rolos de papel e ilustradas, dando origem às histórias em sequência, e consequentemente originando o Mangá. Vários Mangás dão origem a animes para exibição na TV, vídeo e em cinema, assim como há o processo inverso em que os animes tornaram-se edições impressas.

Origami 折紙 (dobradura de papel)
Data: 2 e 3 de Fevereiro (Sexta-Feira e sábado)
Hora: das 9h às 10h30, das 10h30 às 12h
Hora: das 9h às 10h30, das 10h30 às 11h30
Palavra de origem japonesa vem do verbo “oru” = dobrar e “kami” – papel. Atualmente, além de ser uma das artes transmitidas nas escolas, é também um dos exercícios praticados pelos portadores de necessidades especiais e de idade, com excelente resultado. Serão repassados dobras para entreter crianças e adultos.

Soroban 算盤 (ábaco)
Data: 2 de Fevereiro (Sexta-Feira)
Hora: das 9h às 10h, das 10h30 às 16h
Aprenda a calcular e desenvolver habilidades de raciocínio e memorização com a calculadora japonesa.

Taiko 太鼓 (tambor japonês)
Data: 2 e 3 de Fevereiro (Sexta-Feira e sábado)
Hora: das 9h às 10h, das 10h às 11h, das 15 às 16h30 e das 16h30 às 17h30
Hora: das 9h às 10h, das 10h às 11h
O taiko é um instrumento de percussão, cuja superfície é confeccionada com pele de animal. É tocada com a mão ou com o uso de uma baqueta, mas sempre exige do músico a habilidade rítmica e o preparo físico para sustentar batidas homogêneas e obter som satisfatório.

Shodo 書道 (arte da caligrafia)
Data: 2 e 3 de Fevereiro (Sexta-Feira e sábado)
Hora: das 14h30 às 16h
Hora: das 14h30 às 16h, das 16h às 17h30
A arte caligráfica japonesa, o shuji, é feito com pincel e tinta especial, e constitui-se simplesmente na principal arte do oriente e num mecanismo de grande importância para a compreensão da cultura japonesa.

Serviço Consular Itinerante
Recebimento de comunicados civis (nascimento, casamento, etc.de japoneses), além pedidos de passaporte japonês, título eleitoral do Japão e de certidões diversos e informações sobre visto japonês

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

ESPORTE | Ação da Hyundai vai escolher frase para ônibus do Brasil na Copa da Rússia

Faltando pouco mais de 130 dias para o início da Copa do Mundo FIFA, que acontece na Rússia entre 14 de junho e 15 de julho, a Hyundai lança nesta quinta-feira (1) campanha nacional em seus canais digitais com o objetivo de incentivar ainda mais os brasileiros a participar do concurso “Be there with Hyundai” (“Esteja lá com a Hyundai”, em tradução livre), que vai escolher a frase para estampar o ônibus do Brasil no torneio.
A iniciativa é promovida pela Hyundai para fãs de futebol do mundo todo desde o mundial de 2006. Para a Copa deste ano, a participação foi aberta aos torcedores das 32 seleções classificadas em 4 de dezembro do ano passado e vai até 28 de fevereiro. Em 16 de abril, três finalistas para cada país serão anunciados. Uma votação aberta ao público pela internet vai escolher os ganhadores em 14 de maio.
“Com esse concurso, damos o pontapé inicial às diversas ativações que iremos promover no Brasil antes e durante o mundial, envolvendo torcedores, clientes e potenciais compradores dos nossos produtos”, afirma Angel Martinez, diretor-executivo de Vendas, Marketing e Pós-venda da Hyundai Motor Brasil. “Além de divulgarmos esta ação exclusiva, que já se tornou uma tradição no mundo todo, reforçamos o patrocínio da Hyundai à Copa do Mundo FIFA”, completa.
As frases selecionadas estarão presentes em cada um dos ônibus que serão utilizados durante a Copa do Mundo FIFA 2018 para transportar os jogadores das seleções participantes. Os criadores dos slogans vitoriosos ganharão uma viagem para a Rússia com direito a acompanhante e assistirão a um dos jogos da sua seleção, fazendo parte da comitiva que vai do hotel até o estádio. Aqueles que ficarem na segunda e terceira colocações receberão brindes oficiais.
A campanha acontece no site da Hyundai Motor Brasil (www.hyundai.com.br), no Facebook (www.facebook.com/hyundaibr) e no Instagram (www.instagram.com/hyundaibr).

Hyundai Motor e FIFA
Desde que assinou o contrato em 1999 para patrocinar as competições da FIFA, a Hyundai Motor tem sido a parceira oficial das Copas do Mundo da FIFA™ em 2002, 2006, 2010 e 2014, bem como de outros torneios da FIFA, com sucesso. Em 2010, a empresa ampliou seu contrato de patrocínio estratégico com a FIFA para cobrir as Copas do Mundo de 2018 e 2022.

Sobre a Hyundai Motor Brasil
A Hyundai Motor Brasil está presente no País desde 2012, quando inaugurou sua fábrica em Piracicaba (SP), com investimento de US$ 700 milhões. Com capacidade produtiva de até 180 mil carros por ano, operando em três turnos, a montadora conta com 2,7 mil colaboradores e é responsável pela fabricação e comercialização da família de veículos desenvolvida especialmente para o consumidor brasileiro, composta pelo HB20, HB20X, HB20S e HB20 R spec. Em 2017, iniciou a produção nacional do SUV compacto Hyundai Creta em versão exclusiva para o Brasil, com aporte adicional de US$ 130 milhões. Para saber mais sobre a Hyundai Motor Brasil e seus produtos, acesse www.hyundai.com.br. Acompanhe também o dia a dia da marca nas redes sociais: www.facebook.com/hyundaibr. Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC): 0800 770 3355.

DEFESA | Comandante do Exército diz que Brigada no Amapá visa proteção à Amazônia

General Villas Bôas, comandante do Exército Brasileiro
Macapá (AP) – A inauguração da mais nova Grande Unidade Operacional do Exército Brasileiro na Região Amazônica, a 22ª Brigada de Infantaria de Selva (22ª Bda Inf Sl), a “Brigada da Foz do Amazonas”, ocorrida no dia 26 de janeiro, sexta-feira última, mais que materializar os esforços de racionalização da Força, permite ao Exército Brasileiro fazer-se presente em todo o território nacional, particularmente nas regiões de fronteira do País.

Essa é mais uma das medidas tomadas pelo Exército Brasileiro, em sintonia com a Estratégia Nacional de Defesa (END), para proteger a Nação contra possíveis ameaças externas, em especial contra a Amazônia Brasileira e nossas riquezas naturais. De acordo com essa premissa, e seguindo as orientações da END, a presença militar tem sido fortalecida em todo o território nacional, em especial a Região Amazônica.

O Comandante do Exército, General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, enfatizou como de suma importância essa medida e parabenizou os órgãos que permitiram mais essa concretização da END, em especial, o Estado-Maior do Exército pelo planejamento e acompanhamento da criação da Brigada, o Departamento de Engenharia e Construção e o Comando Militar do Norte por sua implementação.

Fonte: Agência Verde-Oliva

Mais fotos da inauguração da 22ª Brigada de Infantaria de Selva









JUSTIÇA | Desembargador aposentado do Amapá 'explica' decisões de Gilmar Mendes



"Problema com o Min Gilmar Mendes, do STF, não é pelos entendimentos que ele tem, é por aqueles que ele muda, a depender de quem esteja julgando. Falo, pois, de parcialidade", escreveu.

O magistrado do Amapá, hoje afastado da chamada 'liturgia do cargo', costuma opinar sobre os temas da atualidade, sempre com uma postura cidadã. Mas quando ainda estava na ativa, deu o que falar ao postar no Twitter um comentário sobre a passagem de uma fiscalização do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) pelo Amapá: "A repercussão da visita do CNJ foi igual a pum de mosquito", postou Vales.

  Dentro de avião, passageiros voltam a criticar ministro do STF

OPINIÃO | Notas da coluna ARGUMENTOS, terça-feira, dia 30 de janeiro de 2017.


Política

Este ano de eleições promete muitas costuras e composições para acomodar projetos pessoais, coletivos e institucionais. Da enorme lista de postulantes ao Senado, por exemplo, se afunila e quem tem mais o que acrescentar vai sendo acomodado em chapas.

Claros

Alguns nomes tidos como candidatos a senador estão recuando e migrando para eleições proporcionais (deputado federal ou estadual). É que, via de regra, as chapas devem ter candidato a governador e senador juntos.

Desafio

Você passaria o Carnaval na Suíça? Pode parecer até uma pegadinha, mas saiba que a cada ano mais e mais brasileiros estão embarcando nessa época do ano para a folia que acontece no interior do país.

Blog

Na cidade de Lucerna durante os dias de carnaval, rola o tradicional desfile ‘Fritschi’, que acontece desde o século XV e perdura por gerações atraindo pessoas ao redor do Mundo. Mais em www.cleberbarbosa.net.

Números

Com cerca de 70 mil habitantes, Lucerna é a oitava maior cidade do país. Tamanho, localização e potencial econômico a faz ser considerada como a capital da Suíça Central, atraindo mais de 2,5 milhões de turistas.

Era hora
 As obras viárias da Prefeitura alcançam o bairro Parque dos Buritis e essa via da foto, onde está a tradicional Capela de Santo Expedito, começa a receber obras de terraplanegem, pois jamais foi asfaltada. Resta saber se as poucas ruas que faltam também merecerão essa atenção do poder público. A gente está de olho!

Marca

O governo lança hoje o Selo Amapá – Produto do Meio do Mundo, uma certificação para valorizar os produtos de origem amapaense. Será uma marca que vai permitir o reconhecimento nacional e internacional dos produtos locais, especialmente, o que é produzido na Zona Franca Verde.

Nome

O selo será identificado com a inscrição “Produto do Meio do Mundo – Amapá – Amazônia – Brasil” e será concedido às empresas locais interessadas e que cumprirem os requisitos legais exigidos para o funcionamento das atividades voltadas para o seu local de produção e beneficiamento.

Política

A iniciativa é para valorizar as potencialidades locais, agregar valor e elevar a competitividade do que é produzido no Amapá. E, também, fortalecer as características e identidades geográfica, histórica, ambiental, cultural, social e econômica das regiões produtoras do Estado.

POLÍTICA | Temer diz que votação da Previdência vai "quase" encerrar ciclo de reformas

Presidente Michel Temer, do MDB | José Cruz | Ag. Brasil
(Reuters) - O presidente Michel Temer disse nesta terça-feira que a reforma da Previdência, cuja votação está marcada para fevereiro na Câmara dos Deputados, vai "quase" encerrar o ciclo de reformas conduzidas pelo seu governo.
"A Previdência Social... é algo que está na pauta, que deverá ser votado muito proximamente pela Câmara dos Deputados e depois pelo Senado Federal, fechando, por assim dizer, ou quase fechando, o ciclo de reformas que nós estamos fazendo no Brasil”, disse Temer, durante cerimônia do anúncio do custeio antecipado da safra 2018/2019, em Rio Verde (GO), um dos principais polos do agronegócio no país.
Ainda sobre a Previdência, Temer lembrou que os trabalhadores rurais não serão atingidos pela reforma, como estava previsto na proposta original apresentada pelo governo, reforçando o discurso do Executivo agora de que a atual proposta de mudanças previdenciárias não prejudica os mais pobres e visa a acabar com privilégios.
"Aliás, pensando precisamente no trabalhador rural, vocês sabem que no caso da Previdência Social, nós excluímos os trabalhadores rurais. Eles não serão alcançados pela reforma da Previdência, ou seja, é uma reforma que nós estamos fazendo para os mais pobres”, disse.
Temer aproveitou também para repetir que um candidato que se apresentar na eleição presidencial deste ano contra o governo terá que dizer ser contrário aos bons indicadores econômicos alcançados, como inflação e juros baixos e a recente criação de empregos. Terá também, segundo o presidente, que se colocar contra a modernização trabalhista e o teto dos gastos públicos, entre outras medidas adotadas pelo governo.
Também discursou no evento o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que tem sua base política em Goiás e tenta se viabilizar como o candidato da base governista na corrida pelo Palácio do Planalto. Meirelles já declarou que decidirá entre o final de março e início de abril se disputará a Presidência.

(Por Alexandre Caverni, em São Paulo)

ESPORTE | Jogadora amapaense Aline Calandrini assina contrato com o Corinthians

A jogadora amapaense, que também já defendeu a seleção brasileira | Divulgação/RV Sports
A jogadora de futebol Aline Calandrini, 29, já é jogadora do Corinthians. Ela havia anunciado sua saída do Santos F.C. no fim de semana, depois de dez anos no clube que a revelou. As bases do contrato com o Timão, bem como mais detalhes da apresentação da craque amapaense ainda serão divulgados, mas segundo a família da jogadora em Macapá o contrato será de um ano.
Aline é o que se chama de uma jogadora que nasceu para jogar futebol, pois ainda criança demonstrava habilidade e talento para brilhar nos gramados. “Mas ela começou no Futsal pois não tinha futebol de campo na escola que ela estudava e disputou os Jogos Escolares”, diz o pai de Aline, Gastão Calandrini, que é militar e boleiro.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

TURISMO | Passaria o Carnaval na Suíça? Saiba que cada vez mais brasileiros vão pra lá

Imagine uma cidade com ruas enfeitadas, ritmos variados, pessoas super fantasiadas, expressões artísticas fascinantes que carregam anos de tradição, pessoas jovens dançando por horas e muito entusiasmo. É assim que se traduz Lucerna durante os dias de carnaval. Nessa época acontece o tradicional desfile Fritschi, que acontece desde o século XV e perdura por gerações atraindo pessoas ao redor do Mundo.
As origens do Carnaval de Lucerna são marcadas pela figura de Fritschi, um homem idoso e a sua família que não podem faltar nos dias de folia. Se o desfile outrora simbolizava temas patrióticos, históricos ou folclóricos, agora tem um toque mais satírico. Esse desfile é a grande atração do carnaval da cidade que tem a participação dos Guggemuusige, bandas improvisadas que usam roupas e máscaras imponentes e tocam músicas atuais com instrumentos de percussão em tons muito elevados e por vezes descordenados.
O primeiro desses grupos foi formado por volta de 1950, tendo como exemplo a cidade de Basileia. No início era um pequeno grupo que cresceu muito e hoje torna a comemoração animada e inesquecível. As bandas não marcham simplesmente pelas ruas em formação coordenada, mas fazem paragens frequentes representando cenas e misturando-se com a multidão. Há também muitos indivíduos ou pequenos grupos disfarçados que tocam um instrumento musical, ou fazem uma brincadeira para animar as pessoas. E pelo que dá pra sentir, visitar a cidade nesse período é a certeza de viver momentos animados e inesquecíveis. O carnaval acontece de quinta a terça-feira, de 8 a 13 de fevereiro.

Conheça o destino: 
Com cerca de 70.000 habitantes, Lucerna é a oitava maior cidade do país. Devido ao seu tamanho, à localização e seu potencial econômico, a cidade pode ser considerada como a capital da Suíça Central, e é uma das capitais turísticas do mundo, atraindo mais de 2,5 milhões de visitantes todos os anos. Lucerna é ladeada por lagos e montanhas, e conta com uma grande pluralidade cultural. A arquitetura permeia entre o contemporâneo e construções datadas de 1178. Com vida noturna efervescente, luxo representado através dos diversos restaurantes e lojas, gastronomia local e internacional, cercada de história e tradições a cidade é a porta de entrada para a região de Lago Lucerna, e parada obrigatória, por ao menos 3 dias. Esse é o tempo mínimo sugerido para quem quer conhecer a cidade e as regiões ao redor.
Com a sua característica acolhedora e hospitaleira, Lucerna fervilha e é palco para os inúmeros festivais de música, artísticos e culturais que envolvem todos os ritmos e tribos. O setor hoteleiro da região, composto por mais de 50 hotéis, comporta de forma luxuosa, aconchegante e confortável, os visitantes durante os períodos festivos, seja no verão ou no inverno.

domingo, 28 de janeiro de 2018

TURISMO | Amapá ao natural é descoberto por uma família de turistas cariocas

A visita da família da advogada carioca Letícia, no Cabo Orange, limite extremo do Brasil com a Guiana Francesa, com o registro para a posteridade em uma experiência única para quem quer conhecer novos destinos.
Cleber Barbosa
Da Redação

Quem recebe algum visitante no Amapá costuma ficar todo orgulhoso quando essa pessoa sai com boa impressão sobre este pedaço de Brasil. Quando isso envolve então turistas profissionais e guias credenciados como Marcelo Sá, aí isso vira objeto de registro e celebração. É o que o Diário do Amapá faz hoje, quando localizamos turistas cariocas entre nós, depois de passeios por um estado rico por natureza – e de natureza.
A advogada Letícia e sua família, que são do Rio de Janeiro, dizem não terem hesitado na hora de escolher o destino de um viagem à Amazônia: o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque. “Também fui ao Parque Nacional do Cabo Orange, então foram dois passeios inesquecíveis que certamente vou levar para a minha vida e vou querer contar para os meus filhos”, resume a moça.
Ela conta que para chegar ao Cabo Orange foi preciso sair ainda de madrugada, com tudo escuro, pegar uma embarcação e sair navegando. “Com um breu total, mas com um céu estrelado que te dá uma sensação super especial como se você estivesse vivenciando um momento único e que poucas pessoas têm a oportunidade e que muita gente no Brasil não vivencia porque não sabe, desconhece um dos locais mais incríveis nacionalmente falando”, complementa.

Roteiro
Assim que o dia amanhece a natureza ainda oferece surpresas aos visitantes, brindandos-os com um alvorada coordenada por uma revoada de pássaros, como os guarás. “E isso tudo a caminho do Cabo Orange, que eu até hoje não sei dizer se é onde termina ou onde começa o Brasil”, diz a advogada, em tom descontraído, destacando a natureza ainda selvagem que o Amapá apresenta.

Técnico
O guia de turismo Marcelo Gomes de Sá, da Guia Norte Turismo, explica que diversos parceiros do Trade Turístico local estão mobilizados e agindo consorciados para promover esses passeios por áreas de conservação. “O projeto Eco Trilhas de ordenamento de visitações às unidades protegidas que consiste em colocar as agências de viagem e os guias de turismo que atuam no Amapá para junto com as comunidades atenderem os visitantes, seja para esses parques, sejam para atrações mais próximas, no próprio Rio Amazonas, na Ilha de Santana e na APA da Fazendinha” diz Marcelo.



Turista diz que o país deve atenção ao Amapá
Na visita ao Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, os turistas cariocas dizem que o lugar tem encantos e um potencial para de fato virar um point de visitações para turistas brasileiros e estrangeiros. “É um lugar super especial, que faz fronteira ali com a Guiana Francesa, então de um lado você tem Vila Brasil, do lado brasileiro, e do lado francês tem Camopi, então é incrível conhecer, primeiro por ser uma aventura você atingir esse local, pois são quatro horas subindo o Rio Oiapoque”, diz a advogada Letícia.
No caminho, o grupo ultrapassou várias corredeiras, algo muito emocionante e emoldurada por uma natureza muito exuberante, segundo narra a turista. “Algo que nós brasileiros deveríamos estar muito mais acostumados e deveríamos procurar conhecer”, acrescenta. Por fim, a turista carioca diz que os dois passeios foram de fato muito bons e que não tem nada a reclamar, turisticamente falando. “Agora é claro que existem algumas críticas construtivas, nunca pejorativas, primeiro pro nosso governo, para olhar o que tem aqui dentro do país e das pessoas que moram lá”, diz.

Acompanhe o vídeo com o relato da turista carioca


Um pouco mais sobre o lado formal do Parque Nacional do Tumucumaque
O Parque Nacional (Parna) Montanhas do Tumucumaque é o que se define tecnicamente como uma Unidade de Conservação (UC) de proteção integral, criada com o objetivo de assegurar a preservação dos recursos naturais e da diversidade biológica, bem como proporcionar a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação, recreação e turismo ecológico. Trata-se de uma das maiores áreas protegidas de floresta tropical em área contínua do mundo. Por essa razão, sua criação destaca-se como uma grande oportunidade de projetar o Amapá no cenário mundial.
Foi criado pelo Decreto federal s/nº, de 22 de agosto de 2002, com aproximadamente 3,9 milhões de hectares. Sua área abrange os territórios dos municípios de Oiapoque, Serra do Navio, Pedra Branca do Amapari, Laranjal do Jari e Calçoene, no Estado do Amapá; e uma pequena área do município de Almeirim, no Estado do Pará. Sua gestão é responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio).
A UC é favorecida pela existência de fronteiras e áreas protegidas em seu entorno. Ao norte, estão a Guiana Francesa e o Suriname. No limite situado no Estado do Amapá, ao norte e sul, está a Floresta Estadual (Flota) do Amapá; a sudeste está a Floresta Nacional (Flona) do Amapá; e a sudoeste, a Terra Indígena (TI) Waiãpi. No lado paraense, a parte oeste do Parna, estão a Reserva Biológica (Rebio) Maicuru e a Flota do Paru, as quais atuam como um grande conector entre as áreas protegidas dos dois estados. O Parna exibe um relevo acidentado, com altitudes entre 16 e 625 metros, além de áreas mais elevadas como a Serra do Tumucumaque e a Serra Lombarda.
Fonte: ICMBio

NÚMEROS
– O Tumucumaque é o maior Parque Nacional do Brasil e uma das maiores áreas de floresta tropical protegidas do mundo.
– O principal objetivo desta área é a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, que possibilitem a realização de pesquisas científicas, o desenvolvimento de atividades de educação e turismo ecológico.
3,8milhões
Área total em hectares do Parna Tumucumaque

TUMUCUMAQUE

Turista grava vídeo de agradecimento ao guia Marcelo Sá

OPINIÃO | Notas da coluna ARGUMENTOS, domingo, dia 28 de janeiro de 2018.


Militares

Com a presença de dois oficiais generais no estúdio, a Diário FM promoveu ontem um amplo debate sobre a chegada de uma Brigada ao Amapá. Os generais foram Oswaldo Ferreira, hoje na reserva, e o primeiro comandante da 22ª Brigada, o general Viana Filho.

Exército

Estimativas dão conta de que depois de totalmente instalada, essa Grande Unidade terá alocado aqui cerca de 3 mil militares, demandando serviços, consumo e tributos que injetariam R$ 300 mi/ano na economia.

Olhar

O diretor do Sebrae, Waldeir Ribeiro Garcia, também foi ao rádio ontem, falar a respeito das perspectivas para 2018. Um olhar para os pequenos e micro empreendedores projeta retomada do crescimento.

Macro

Waldeir tem sido bastante requisitado para proferir palestras e tem entabulado muitas informações valiosas a respeito do estado, sua economia, seus potenciais. E os resultados concretos alcançados, é claro.

Setores

Indagado no rádio ontem, diz estar otimista em relação ao que setores como o agronegócio e o turismo ainda podem proporcionar ao Amapá. Ele também acredita em uma retomada da mineração por aqui.

No rádio
Ilustres convidados de ontem do radiofônico Conexão Brasília, na Diário FM. Waldeir Garcia (Sebrae), Glauco Cei (Soamar), General Ferreira (R1), Edyr Pacheco (Sindetur), General Viana Filho (22ª Bda Inf Sl), Lucas Fonseca (Aore), com os integrantes do programa, Lilian Azevedo e o colunista. Muitas informações no sábado.

Asfalto

Governo e Prefeitura de Macapá avançam com obras viárias, o que tem gerado muitos resultados para a população, especialmente a mais carente. Na zona norte, bairro do Infraero 2 recebe terraplanagem e asfalto em ruas que fazia tempo um prefeito não passava. Aliás o último por lá foi Barcellos.

Mobilidade

Ainda na zona norte, secretário Jorge Amanajás e as máquinas da Setrap dão uma repaginada em bairros como o Parque dos Buritis, que ganha uma saída para o Oeste, através da Linha Verde, que está recebendo pavimentação. Ele planeja inclusive arrumar um balneário a partir de um lago natural que tem lá.

Estrada

Já no perímetro urbano da BR 210 a iluminação de Led ainda não foi totalmente entregue. Obras estão a cargo do DNIT e trazem soluções modernas, como drenagem, paisagismo, sinalização e agora passarelas para a transposição das seis pistas com toda a segurança.

ENTREVISTA | "A questão do lixo será um dos grandes problemas do terceiro milênio”

Alcir Matos. O arquiteto e urbanista nos estúdios da Diário FM passeia por questões ligadas do desenvolvimento.
A atual gestão estadual tem adotado como slogan de governo a máxima de cuidar das pessoas e das cidades, o que proporciona ainda mais expectativa em torno dos resultados e das políticas públicas do Governo Waldez. Para a pasta do Desenvolvimento das Cidades, o agente escalado é um técnico dos quadros do próprio estado, mas de bom trânsito e de uma retórica fácil que lhe garante muita habilidade na interlocução com todos os setores da vida pública e da sociedade civil. O arquiteto e urbanista Alcir Matos foi ao rádio prestar informações ao programa Conexão Brasília, da Rádio Diário FM. Na conversa com o jornalista Cleber Barbosa, aponta alguns dos desafios do setor e como é importante que todos participem do debate em busca de soluções para as cidades. Os principais trechos o Blog publica hoje.

Cleber Barbosa
Da Redação

Blog do Cleber – A sua pasta no Governo do Amapá, surgiu a reboque do Ministério das Cidades?
Alcir Matos – Na verdade tem o Ministério mesmo, que cuida das cidades, afinal temos mais de cinco mil municípios no país, e no primeiro mandado no presidente Lula ele foi criado para administrar principalmente a questão habitacional, que estava sempre ligada à Caixa Econômica [Federal] no antigo Sistema Financeiro de Habitação, com o BNH e os antigos bancos e que depois virou um sistema por dentro do processo da Caixa com financiamentos través do Ministério que na realidade hoje o Ministério da Integração faz a parte dele, cabendo ao Ministério das Cidades mais propor soluções habitacionais nas cidades, principalmente através do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento].
Blog – O que era uma marca dos governos desde aquela época.
Alcir – Sim, tanto que as principais obras dentro do Ministério das Cidades são habitacionais, se você for ver o montante a questão habitacional é preponderante. Mas também é um ministério bastante abrangente, para mexer com áreas degradadas e propor soluções. Mas existem peculiaridades que são mais do Ministério da Integração mesmo, com uma visão urbana. Já a nossa Secretaria das Cidades, apesar de ter esse nome, ela não é para as prefeituras, pois muita gente associa isso como filosofia pela própria terminologia. Para as administrações municipais a ASMEAP faz essa função. A Secretaria das Cidades é para todas as instituições que compõem o espaço urbano das cidades, ela foi feita para dar um bom atendimento às prefeituras, o apoio técnico e até mesmo a captação de recursos, mas também ter uma boa relação com as Câmaras de Vereadores, apoiando na elaboração das leis de proteção ao patrimônio, como esta semana quando visitamos Mazagão. Então o governo e o governador têm olhos para isso, então essa secretaria foi criada também para ter essa relação institucional com a sociedade civil organizada e com todos os que fazem as cidades, os conselhos de classe, sindicatos de empresas de ônibus, taxistas e moto taxistas, enfim, trazer todos que estão no espaço urbano para essa discussão.
Blog – Então a estratégia é mesmo um grande compartilhamento de informações e soluções?
Alcir – Exatamente, hoje não se discute as cidades isoladamente, com o poder público federal numa esfera, o estadual em um e o municipal em outro. Ao contrário, todos juntos. Nós temos que colocar na cabeça que a sociedade precisa se engajar no processo, todos têm sua responsabilidade. Um exemplo disso é a escola, que não é sua, não é minha, não é de ninguém, é de todos nós, da sociedade, alunos, professores, pais, do estado, do município, do governo federal, enfim, todo mundo tem recurso investido numa escola. Escola não era nem para ter muro, não era para ser roubada, se a gente bem pensar, uma filosofia.
Blog – É, e se cobra muito a esse respeito do poder público.
Alcir – Sim, devido a um modelo paternalista que nem o nosso, a gente está falando de uma cultura enraiada dentro do processo, mas eu acho que a sociedade civil tem que fazer a sua parte, como por exemplo na questão do lixo na rua. Eu acho super errado jogar lixo na rua, então defendo u avanço nisso, reduzindo o consumo até de papel, de canudinho por exemplo, com conceitos de modernidade e sustentabilidade que pode parecer uma coisa insignificante, mas que somando milhares de pessoas já vai dar várias bobinas a menos de papel e com isso várias árvores a menos para ser derrubadas.
Blog – Por falar em modernidade como o senhor está vendo esse novo momento do Amapá, com a chegada, por exemplo, do agronegócio?
Alcir – Pois é, excelente, além dos grãos, existem toda a questão da verticalização dessa produção, como na indústria dos farelos, com matéria-prima para a indústria de ração a partir daí a geração de proteína animal em cativeiro, não só o peixe, mas o camarão, o frango, o porco, enfim, são “n” coisas que vem nessa cadeia produtiva, então eu acho que o Amapá das oportunidades está nascendo, pois recentemente a gente passou a ter autossuficiência energética e a energia é fundamental para se desenvolver  indústria, então não adiantava a gente ter oportunidades com o porto, oportunidade de espaço e de mercado se a gente não tinha energia que é o principal combustível da indústria, não é? Vai ficar queimando combustível fóssil? Não, isso inviabiliza a indústria. Então com esses projetos das três usinas, Paredão, Ferreira Gomes e Caldeirão, você passa a ter autonomia energética, o Linhão do Tucuruí foi para levar nossa energia que a gente produz no inverno daqui quando lá não está chovendo.
Blog – Daí a importância desse diálogo que o senhor falava anteriormente? 
Alcir – Sim, são cenários macros que a gente só sabe o que acontece com planejamento, com a participação de todos, com o envolvimento de toda a bancada federal por exemplo, da classe política no geral, e aí eu acho que não existe cor partidária, pois existe a sociedade no final.
Blog – Falta mesmo a sociedade se apropriar desse debate, desse protagonismo, não é secretário?
Alcir – Exatamente, outro dia eu estava conversando com um grupo de quase 500 diretores de escolas, quando pude passar um pouco da minha experiência com a escola pública nos seis anos em que estive à frente da Secretaria de Infraestrutura do Estado. Lembrei que em 2009 nós entregamos uma escola em Cutias do Araguari que é linda, grande, ela grita dentro da cidade de tão grande que é, e a gente chegar agora em 2017 nessa mesma escola e ver que oito anos depois ela está em perfeito estado de conservação, como se a gente tivesse entregue o mesmo dia. Estava apenas com um guarda-corpo deteriorado que liga com um passarela porque bate a chuva de lado, então ver isso, um prédio público que a sociedade conserva, enquanto que há outras que você faz a reforma e logo já está deteriorada a gente se pergunta onde está o erro? É nosso? Tem que ver, tem que prospectar, se é todo o entorno, se as crianças estão violentas, estão sujando, deteriorando sua escola, tem que educar, acho que tudo começa na escola, como a própria questão do lixo, que ainda vai ser um dos grandes problemas do terceiro milênio, assim como a produção de alimentos.
Blog – Falta de comida mesmo, ameaça.
Alcir – Sim, quando você vê chineses querendo investir no Amapá, gente, não é à toa isso, nós somos um grande celeiro de produção de alimentos, um grande potencial para o país, com uma localização estratégica do nosso porto. Aliás, tudo produzido acima do paralelo 34 será escoado ou pelo Porto de Belém ou pelo Porto de Santana, então a tendência do porto nosso é sempre crescer, nos vários cenários, não apenas na questão dos grãos, mas nos produtos industrializados, no cimento, material betuminoso, asfalto enfim, tudo que pode entrar via porto para desenvolver a infraestrutura.
Blog – Ainda pagamos um cimento muito caro mesmo por aqui.
Alcir – Sim, a hora que nós tivermos fábrica de cimento aqui a gente vai parar com isso. Agora na sazonal a gente paga R$ 34 numa saca de cimento, quando no Centro-oeste está R$ 16 a R$ 19 uma saca de cimento, como é que vamos produzir, como construir. Então vamos sair dessa, se Deus quiser.

PERFIL

Entrevistado. Alcir Figueira Matos graduou-se em 1991 em Belém (PA) pela Unama (Universidade da Amazônia) em Arquitetura e Urbanismo. Possui MBA em Gestão Pública pela Fundação Getúlio Vargas. Ocupou o cargo de Diretor Técnico das empresas municipais Endesur e extinta Urban. Exerceu a função de secretário estadual de infraestrutura (Seinf) na gestão do Governador Waldez Góes no período de 2004/2010. Ele é analista de infraestrutura do governo do Estado lotado na Seinf. Assumiu em 2015 a Secretaria Estadual do Desenvolvimento das Cidades, que tem exercido forte interlocução com prefeituras, câmaras e demais segmentos do poder público e da sociedade civil para propor soluções para os problemas urbanos dos municípios do estado do Amapá. 


DEFESA | Reservistas podem ter prioridade na futura Guarda Nacional, diz ministro

Defesa.net

O ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS), declarou em entrevista ao programa "Debate da Super Manhã" da Rádio Jornal que o presidente Michel Temer (MDB) solicitou estudos sobre a criação da Guarda Nacional Permanente. Formada por um efetivo permanente, a Guarda atuaria no combate ao tráfico de drogas e de armas nas fronteiras e na preservação da ordem pública em casos extraordinários. Especialistas entendem que reservistas das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) poderão ser recrutados a integrar essa tropa especial.
Segundo o ministro, esse efetivo atenderia a demandas de segurança no país com uma capacitação especializada em atuação policial, uma solução intermediária entre as Polícias e as Forças Armadas. Atualmente a Força Nacional de Segurança, formada por oficiais do Exército de todo o país, cumpre o papel de preservação da ordem pública, combatendo grandes rebeliões em presídios federais ou auxiliando na segurança de Estados em que a polícia se encontra em greve, por exemplo. Porém, eles só são convocados de acordo com alguma eventual necessidade.
"A Constituinte de 1988 era oito ou 80. Ou você ficava com as forças de segurança locais, na situação ordinária, ou extraordinariamente você convoca as Forças Armadas, não tem nada no meio. Deveria ser a Força Nacional de Segurança, mas a Força Nacional de Segurança é uma coisa que você organiza para a tarefa, ou seja, eu tenho um problema no Pará, então eu pego 100 de Pernambuco, 500 de São Paulo, que é o que acontece hoje", afirmou o ministro.

Reunião
A criação da Guarda Nacional Permanente foi discutida em reunião no início de janeiro com Temer, Raul Jungmann, representantes da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Os estudos concluídos devem ser enviados ao presidente ainda no mês de Janeiro. Para ser viabilizada, a Guarda deve ser aprovada por meio de Projeto de Lei pelo Congresso Nacional.

sábado, 27 de janeiro de 2018

OPINIÃO | Notas da coluna ARGUMENTOS, sábado, dia 27 de janeiro de 2018.


Valendo

Agora é oficial. Um general já comanda a guarnição militar de Macapá – e não mais apenas coronéis, como antes. O militar escalado é o general Viana Filho, que assumiu ontem a 22ª Brigada de Infantaria de Selva, chamada também de Brigada da Foz.

Presença

Olha, esse é um feito histórico, pois aumenta o poder estratégico do Amapá no contexto da defesa, na proteção às riquezas e também a presença do estado brasileiro por aqui. De 800 para 3,8 mil militares.

Público

E foi bastante concorrida a cerimônia de ontem, tanto para prestigiar os novos comandantes, como para render homenagens a quem lutou muito para o projeto sair do papel, como o general Ferreira, hoje na reserva.

Campo

Alunos do curso Técnico em Agroecologia, da Escola Estadual Igarapé da Fortaleza, de Santana, participaram de uma ação do programa chamado Embrapa & Escola, na Sede da empresa, em Macapá.

Experiência

Evento incluiu na programação informações valiosas sobre manejo de açaizais, horticultura comercial agroecológica e manejo de tracajás. Bem enriquecedora essa experiência para a moçada.

Exército
Aspecto da cerimônia histórica de ontem nas novas instalações da 22ª Brigada de Infantaria de Selva. Na prática, uma ascensão histórica para Amapá, que assume agora um protagonismo de ter um general aqui comandando três batalhões de infantaria de Selva: o 34º BIS (Macapá), 2º BIS (Belém) e 24º BIS (São Luís).

Bolada

A Mega-Sena segue acumulada e segundo a Caixa Econômica Federal pode pagar um prêmio de R$ 24 milhões ao apostador que acertar as seis dezenas do concurso 2.008, que será realizado a partir das 20h (horário de Brasília) deste sábado (27). Este é o maior prêmio sorteado em 2018.

Onde

O sorteio será realizado no tradicional “Caminhão da Sorte da Caixa”, que estará estacionado no município de Concórdia (SC). Caso apenas um ganhador leve o prêmio da Mega-Sena e aplique todo o valor na Poupança da CAIXA, receberá mais de R$ 95 mil apenas em rendimentos mensais.

Facilidade

As apostas podem ser feitas até às 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio em qualquer lotérica do país. Clientes com acesso ao Internet Banking CAIXA também podem fazer suas apostas na Mega-Sena pelo seu computador pessoal, tablet ou smartphone.

NATUREZA | Pássaro raro encontrado no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque

Você sabia que a Choca-de-Cauda-Pintada (Thamnophilus melanothorax) é encontrada em matas úmidas, como no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque? A fêmea é ruiva, com face e peito negros inconfundíveis. O macho é preto com a ponta da cauda branca. A informação é do diretor do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, Christoph Jaster, que postou a foto do pássaro raro no perfil da maior unidade de conservação do planeta no microblog Twitter.

SERRA DO NAVIO | Ubam vai elaborar Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

A presidente estadual da União Brasileira de Municípios (UBAM), Alandy Cavalcante, garantiu hoje que a entidade já está celebrando convênio com os municípios amapaenses, para viabilizar a elaboração do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, o PMGIRS, que tem data final para ser entregue ao governo federal, no mês de agosto de 2018, após ser prorrogado duas vezes.
No Estado do Amapá, o primeiro município a sair na frente foi Serra do Navio, localizado a que tem como prefeito Élson Belo Lobato, que já acompanhou técnicos da entidade durante alguns dias, depois da visita que a UBAM fez a cidade.
Segundo Alandy, o município de Serra do Navio, que tem uma população estimada em 5.111 habitantes e área é de 7 713,046 km², possui peculiaridades e diferenciais importantes, com seus 98% de preservação de área verde, podendo ser considerado o município mais verde do planeta, com apenas 2% de área urbana, o que chamará a atenção de importantes órgãos ambientais estrangeiros, que financiam inúmeros projetos em defesa do ecossistema.
“A UBAM pretende conseguir na ONU uma premiação para o município de Serra do Navio, além de abrir as portas de organizações ambientais internacionais, como forma de fomentar um desenvolvimento sustentável para aquele município.”

CONSÓRCIOS MUNICIPAIS
Alandy que também coordena a UBAM em toda Região Norte,  defendeu a formação de consórcios como forma de viabilizar um trabalho e conjunto, para que cada município apresente seu plano de gestão desses resíduos, algo que tem sido um dos maiores desafios para os prefeitos, que administram com a metade da capacidade financeira que as prefeituras deveriam ter.
Ela desqualificou inúmeras empresas que cobram preços exorbitantes para elaboração desse tipo de projeto, inviabilizando que os municípios possam arcar com essas responsabilidades financeiras, e lamentou que para as menores cidades, com população abaixo de 10 mil habitantes, cobra mais de 200 mil reais, se tornando um grande abuso, já que as entidades sociais sem fins lucrativos podem formar equipes técnicas capazes de contribuírem com essa elaboração, representando as universidades, o ministério das cidades e a própria FUNASA, que tem recursos pra isso.
A UBAM estima que atualmente que dos 5.570 municípios, apenas 2.012 declararam possuir PMGIRS nos termos da política nacional de resíduos sólidos. E faltando apenas oito meses do prazo final, que será em agosto, ainda há mais de 3.000 lixões e aterros controlados no país, que possuem 58% dos resíduos gerados pela população brasileira.
Com relação à coleta seletiva, o presidente da UBAM lamentou a inércia do poder público municipal em todo país, já que menos de 20% das cidades mantêm uma coleta que possa estabelecer mecanismos de reutilização e destinação do lixo, como a separação de lixo orgânico, reciclável, industrial, hospitalar, comercial e lixo verde.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

ENTREVISTA | “A soja já é o terceiro produto na pauta de exportações do Amapá”

Empresário Daniel Sebben Filho, presidente da Aprosoja-AP
O setor do agronegócio vive um momento de franca expansão no Amapá, tendo registrado um volume de produção de grãos que chegou à casa das 50 mil toneladas no ano passado, levando a soja ao patamar de terceira maior riqueza exportada para países como China, Espanha, Israel e México. Mas segundo o presidente da Aprosoja-AP, empresário Daniel Sebben, esses números poderiam ser ainda mais arrojados, não fossem os problemas e gargalos que o setor enfrenta por aqui, alguns deles já nevrálgicos, como os licenciamentos ambientais. O representante dos produtores foi ao rádio ontem, esclarecer esses e outros pontos sobre o agronegócio, em entrevista ao jornalista Cleber Barbosa, durante audição do programa Conexão Brasília, pela Rádio Diário FM. Os principais trechos o Diário publica a seguir.

Cleber Barbosa
Da Redação

Blog do Cleber – O setor do agronegócio do Amapá fechou o ano de 2017 celebrando os números que garantiram uma boa safra, resultando em dois embarques para o exterior. Foi um ano bom então?
Daniel Sebben – É, realmente, no ano passado a produção de soja superou a marca das 50 mil toneladas aqui no Amapá, sendo necessários sim dois navios para dar vazão a toda essa produção, que foi levada a mercados como México, Israel, Espanha e também a China. Então a gente registra que a soja já ocupa, apesar de ainda muito aquém do nível de produção que nós podemos ter aqui, mas já é o terceiro produto na pauta de exportações do Amapá, o que é motivo de comemoração para produtores, empresas, enfim, todos os envolvidos na cadeira produtiva e as milhares pessoas que estão envolvidas aqui no processo de produção. Além disso tem o milho também, cuja produção 100% fica toda aqui no estado.
Blog – Já é o terceiro colocado entre os produtos que o Amapá exporta?
Daniel – Sim, o terceiro, com quase 8% das exportações do estado, alcançando aí U$ 22 milhões [de dólares] em exportações, ou seja, foram 22 milhões de dólares que saíram desses países que acabei de falar, China, México, Israel e Espanha, e que entraram diretamente aqui na economia do Amapá para remunerar todo o processo produtivo, não só os produtores, mas também fornecedores, a cadeia de combustíveis, mão de obra, insumos, prestação de serviços, enfim, toda uma cadeira produtiva.
Blog – O senhor disse que a soja já é o terceiro produto na pauta de exportações do Amapá, então a pergunta que fica é quem são os dois primeiros?
Daniel - Ficando atrás apenas do cavaco e do ouro. O cavaco de madeira, do eucalipto, o principal produto da Amcel, uma das maiores empresas aqui do Amapá. O ouro na verdade ainda é o principal produto de exportações aqui do estado, com mais de U$ 160 milhões de exportação. O problema é que o ouro, assim como o minério de ferro e os demais produtos da mineração têm uma cadeia produtiva muito curta né, como todos sabem só dá uma safra, como se diz, é extração, embarque e exportação; já a cadeia agrícola você observa que começa muito antes da produção, muito antes do plantio, e termina muito depois da colheita, enfim, o processo de produção envolve uma cadeia muito grande e à medida com que essa cadeia se consolida no estado possibilita que esses processos de verticalização, de transformação do grão, também cresçam e aumentem, gerando ainda mais movimentação financeira, gerando ainda mais agregação de valor, com isso gerando mais empregos, enfim, envolvendo uma cadeia cada vez maior, com a industrialização e a transformação dos grãos em farelos e posteriormente ração e proteína animal.
Blog – E o Amapá já possui mão de obra qualificada para atender essas demandas?
Daniel – Olha, o agronegócio tem por característica envolver uma cadeia de mão de obra bastante horizontal. Quando a gente fala especificamente no processo produtivo, aquele no campo mesmo, essa mão de obra que já existe no Amapá hoje é suficiente para suprir essa demanda. Alguma parte dessa mão de obra, inevitavelmente, teve que ser digamos assim importada, nesse processo de imigração que até hoje chegam pessoas ao Amapá com qualificação principalmente na área agronômica, na área técnica produtiva, em busca dessas oportunidades de emprego que a mão de obra local até bem pouco tempo não era capaz de atender. Mas essa é uma parte da mão de obra necessária, como eu disse, pois o agronegócio se espraia. O setor de comércio de combustíveis, por exemplo, já é consolidado no Amapá, tem mão de obra já especializada nisso, tem empresas especializadas, estão empregando mais e ainda empregarão mais pelo movimento do agronegócio; da mesma forma o setor de insumos, o setor de transportes também, aliás, 100% do transporte feito pelo agronegócio do estado do Amapá, pela soja, milho, seja dos insumos que vêm, o calcário, o fertilizante, sementes, defensivos, seja o produto final que sai, que são os grãos, tudo isso é feito por mão de obra local. Só no transporte, o número de mão de obra empregada é maior do que o processo produtivo. Então a grande demanda de mão de obra do agronegócio não é para dentro da porteira, mas fora dela, nas cidades, nesses processos que assessoram, que permitem que a cadeia de produção aconteçam lá no campo.
Blog – Então uma boa parte dessa demanda o estado já consegue atender, falta, então gente daqui para as demandas mais especializadas, é isso?
Daniel – Sim, o próprio processo de produção em si, ali no campo, até bem pouco tempo atrás o Amapá não tinha essa mão de obra, pois sequer existia um curso de agronomia aqui no estado, um curso de técnico agrícola, por exemplo, são cursos básicos que são necessários para a qualificação da mão de obra local.
Blog – Então vem em boa hora a notícia de que além da Universidade Estadual também a Unifap está preparando a oferta de cursos nessa área não é?
Daniel – Pois é, felizmente, mas ao longo do tempo isso iria naturalmente irá acontecer e com o crescimento do agronegócio o Amapá vai conseguir absorver essa mão de obra em formação, assim como já acontece hoje com os amapaenses aproveitando as oportunidades de emprego no setor.
Blog – Na Universidade Estadual o curso de agronomia já é uma realidade, e na Federal a oferta poderá ser ainda mais abrangente não é?
Daniel – Sim, seria um centro de ciências agrárias, não só com o curso de agronomia, mas zootecnia, veterinária, ciências agrárias, enfim, engenharia agrária; o que também é uma boa notícia pois a gente vê que a coisa realmente está acontecendo e que todos os elos da cadeia produtiva estão vislumbrando essa oportunidade do agronegócio futuro e estão se preparando para isso, inclusive na área acadêmica.
Blog – Mas tem tudo são rosas, não é? A gente tem notícia de que o setor passou por alguns perrengues este ano que passou, seja ainda por gargalos como o registro cartorário, mas sem dúvida por uma crise institucional que envolve os licenciamentos ambientais, com foco no Ibama?
Daniel – É, importante você levantar isso, pois a gente fala com entusiasmo sobre essa atividade, afinal trabalhamos com isso, acredita muito e quer ver acontecer. Então pode parecer que estamos voando em céu de brigadeiro, mas tem muita turbulência sim, são muitas dificuldades que colocam em risco a própria existência da produção agrícola no Amapá. E uma das grandes dificuldades é a questão institucional entre órgãos do próprio poder público, como aqueles de licenciamento estadual e os de licenciamento federal, entre entendimentos, entre diferentes correntes políticas, ideologias diferentes de alguns grupos políticos que acabem gerando problemas seríssimos para a produção. No ano passado tivemos muitos atropelos, cabeçadas digamos assim, entre Ibama e Imap; O Imap licenciou – e é quem tem que licenciar atividades no estado – e o Ibama por sua vez entendeu diferente e multou, embargou grande parte dessas áreas, o que só foi solucionado, mesmo que temporariamente, na Justiça Federal, que felizmente entendeu que os produtores não poderiam pagar essa conta por um erro do poder público. Então o Ibama e o Imap precisam corrigir isso definitivamente, por meio de adequações e diálogo, pois o tempo passa e daqui a pouco vem outro ciclo de plantio em março e a gente precisa de segurança jurídica.

PERFIL

Entrevistado. Vanderlei Daniel Sebben Filho tem 31 anos de idade, nasceu em Realeza-PR, formado em Administração de Empresas e também em Gestão de Agronegócio, pela Universidade Federal de Várzea Grande-MT, com duas especializações. MBA em Gestão Empresarial de Cooperativas Agrícolas (FGV) e em Mercado de Capitais e Derivativos (UFMT). É casado e pai de uma menina (Catarina) de 9 meses; Mudou-se para o Amapá em 2012 como produtor de grãos do Centro-Oeste em busca de novos mercados, tendo depois implantado uma fazenda de soja em Macapá, a Fazenda São Francisco, às margens da BR 156. Em 2015 ajudou a fundar a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Amapá (Aprosoja-AP), sendo o atual presidente da entidade.

OPINIÃO | Notas da coluna ARGUMENTOS, terça-feira, dia 23 de janeiro de 2018.


Rádio

A promotora Ivana Cei quebrou o silêncio e falou ontem sobre o assédio de políticos locais para que ela entre na disputa pelo voto popular nas eleições deste ano. Foi no programa LuizMeloEntrevista de ontem, num fato político que agitou os bastidores da política.

Setentrião

Mas Ivana surpreendeu a quem apostava que ela esteja mirando preferencialmente virar senadora. “Ser governadora poderia representar mais capacidade de promover mudanças”, disse a ex chefe do MP-AP.

Comunicação

Já em Santana, o prefeito Ofirney Sadala mostra que é um homem de fortes convicções e duro na queda. Mais próximos dizem ter sido essa característica que fez o marqueteiro Walter Júnior anunciar saída do time.

Volta

O publicitário, que passou os últimos anos formando no clã Capiberibe, agora poderia se reaproximar deles, afinal fechou o ciclo com o atual prefeito de Santana. Que aliás entrou após deixar a pré-campanha de Aline.

GEA

Já pelas bandas do Setentrião, o jornalista Gilberto Ubaiara acerta a mão e toca um time bem azeitado na comunicação governamental. Resta saber quem vai tocar a campanha eleitoral pela reeleição de Waldez.

Off-road
O coordenador do maior rally do Nordeste, Erlick Cordão, a presidente do Jeep Club de Macapá, Perpétua Mourão e o jipeiro Janilton, em Fortaleza (CE) durante a largada promocional do Cerapió 2018. Também acontece por lá a apresentação do Rally Internacional da Amazônia, que acontece por aqui em setembro.

Olhar

O Ministério Público Eleitoral emitiu Recomendação à Câmara de Vereadores de Macapá e à Assembleia Legislativa do Amapá para que as instituições regulamentem seus veículos oficiais. Os procuradores e promotores querem garantir o equilíbrio do pleito com quem está, claro, não usa carro oficial.

Telinha

Já em relação às emissoras legislativas de rádio e tv, é mais delicado, pois elas garantem um outro princípio que norteia o serviço público: o da publicidade. Os cidadãos e as cidadãs têm o direito de acompanhar o desempenhos dos parlamentares nas casas legislativas, daí as transmissões ao vivo.

Normal

A regra em relação a isso é idêntica ao que já acontece nas emissoras do Congresso Nacional. O que é atuação legislativa, como discursos, votações e atuação nas comissões, tem continuidade garantida. O que não pode é parlamentar de repente virar apresentador de programas.

TURISMO | Cidade de Mazagão completa hoje 248 voltas no calendário. Parabéns!

A Festa de São Tiago é uma tradição trazida da África pelas famílias de colonos portugueses, em decorrência dos conflitos político-religiosos entre portugueses (cristãos) e muçulmanos (mouros) | Fotos: Gabriel Penha
Cleber Barbosa
Editor de Turismo

Com população originariamente descendente da África e de Portugal, Mazagão é uma das mais importantes cidades no contexto histórico do estado do Amapá. A poucos quilômetros de Macapá aproximadamente 35 km, a paisagem atrai os amantes da natureza e as águas dos rios que cortam o município atraem para um banho refrescante ao som dos pássaros que povoam as matas. Na próxima terça-feira, acontecem lá as comemorações pela passagem de seus 248 anos de fundação.

História – Sua criação se deu por volta de 1770, às margens do rio Mutuacá por famílias que, em 7 de junho, foram transferidas da possessão portuguesa Mazagão em Marrocos para Belém do Pará e depois para “Vila Nova de Mazagão” criada em 23 de janeiro de 1770, hoje Mazagão Velho. Do total de 340 famílias, algumas com escravos, que chegaram à cidade de Belém em 1770 e em 1773 foram para Nova Mazagão. Nem todas seguiram o mesmo destino, algumas ficaram na capital paraense e em cidades do interior descumprindo a ordem inicial de se fixarem na nova povoação. Somente 136 famílias chegaram ao destino final, segundo Edgar Rodrigues, historiador.
Júnia Ferreira Furtado, professora do Departamento e Programa de Pós-graduação em História da UFMG diz que a saída das famílias de portugueses e dos seus escravos, da Mazagão africana, deu-se em conseqüência da situação de conflito vivida entre cristãos e mouros (islamitas), das terras inférteis e sob a justificativa portuguesa do uti possidetis – o direito de posse a quem efetivamente tiver povoado –, o que garantiria o efetivo domínio português das terras entre o norte do rio Amazonas e a Guiana Francesa. Assim, Portugal teria a obrigação do povoar todos cantos do Brasil para continuar a sua soberania na posse das terras “descobertas”.

Emancipação – Em 1833, Nova Mazagão perde o seu status inicial de vila retornando à condição de povoado com a denominação de Regeneração, subordinado administrativamente à Macapá. Já em 1890 é criado o município de Mazagão através da Lei 226 de 28 de novembro, com os distritos de Mazagão Velho (antiga Vila Nova de Mazagão e povoado de Regeneração), Maracá e Carvão; limitado pelos municípios de Santana, Porto Grande, Pedra Branca do Amapari, Laranjal do Jari e Vitória do Jari.

A vida que segue com a produção extrativista
As formas de subsistência predominantes em Mazagão são o extrativismo e agricultura, existem vários projetos de manejo do açaí, coleta e beneficiamento de Castanha-do-Brasil e piscicultura, mas, também há ocorrência de artesanato e marchetaria envolvendo comunidades das zonas rural e urbana. O turismo religioso é marcante principalmente durante o mês de julho, quando acontecem as festividades de São Tiago onde ocorrem encenações de batalhas travadas entre Mouros e Cristãos com destaque para a aparição de um soldado que, segundo a lenda, destacou-se na batalha levando os cristãos à vitória, esse soldado seria o santo padroeiro da cidade: São Tiago. A festa da piedade é outra manifestação que atrai muitos turistas, pois, ela ocorre a partir do dia 26 de junho se estendendo até início de julho sendo replicada nos distritos e comunidades. De 16 a 24 de agosto a população mazaganense também realiza a festa do Divino Espirito Santo em que o destaque da comemoração, no seu segmento profano, são as apresentações de Marabaixo, dança típica do Amapá, regadas à gengibirra, bebida à base de gengibre e cachaça.

Bons motivos para todos os turistas visitarem a bucólica vila de Mazagão
Como chegar – Para se chegar à Mazagão, sede do município e demais distritos, Mazagão velho, Carvão e Maracá partem vans e micro ônibus do centro de Macapá com preços a partir de seis reais. As viagens duram em torno de 45 minutos.

Onde ficar – No centro de Mazagão há hotéis e pousadas com diárias individuais a partir de 50 reais, incluindo café da manhã. No distrito de Mazagão Velho também há pousadas, área de acampamento e residências familiares que hospedam os visitantes para as festividades de São Tiago. As mais humildes custam por volta de 30 reais a diária e as mais sofisticadas 70 reais por pessoa.

O que comer – No café da manhã sempre se encontra tapioquinha com manteiga, queijo e outras variedades; pão caseiro e macaxeira cozida. No almoço e jantar prato típico local é o Camarão-no-bafo que pode ser o regional (Macrobrachium amazonicm) ou o Camarão Pitú (Macrobrachium carcinus), mas, também várias espécies de peixes são servidas, principalmente o pirarucu (Arapaima gigas), dourada (Sparus aurata) e pescada amarela (Cynoscion acoupa). O custo do café da manhã pode sair a partir de 2 reais e as refeições de 8 a 60 reais dependendo do preparo e tipo de alimento.

Arqueologia – Outra atração, mas, ainda com pouca visitação são os sítios arqueológicos onde é possível se encontrar artefatos de civilizações antigas, no distrito do Maracá, e as ruínas das antigas edificações do princípio da Vila Nova de Mazagão, também no cemitério e na velha igreja.

NÚMEROS
– A origem da toponímia “Mazagão” é controversa. João de Sousa afirma que o nome provem da expressão em língua árabe “El ma Skhoun”, com o sentido de “água quente”
– A versão mais plausível é que o nome seja de origem berbere uma vez que se encontra registado pelo geógrafo Muhammad Al-Idrisi, no século XI, o nome original pronunciado como “Mazergan” com o significado de “amolar”.
1770
Ano do início do povoamento da Vila de Mazagão

Pesquisa e fotos: Dércio Damasceno

O MAPA

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