quinta-feira, 27 de abril de 2017

Em nota, Fecomércio garante funcionamento de lojas em Macapá na sexta-feira

O presidente da Federação do Comércio, a Fecomércio, empresário Eliezir Viterbino, garante a abertura das lojas do centro comercial de Macapá nesta sexta-feira, dia 28, quando está programada uma greve geral chamada por sindicatos de trabalhadores e movimentos sociais, contra as reformas implementadas pelo país.
No documento, intitulado "Por um comércio mais forte", o dirigente lojista diz que o momento não é para se parar o país, mas sim trabalhar e produzir mais para sair da crise. Ele também reclama do excesso de feriados deste período, o que faz o movimento e, consequentemente, a arrecadação do setor diminuir consideravelmente.

A seguir, a íntegra da manifestação da Fecomércio.

"Por um comércio mais forte

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Amapá, comunica que os estabelecimentos comerciais do Estado funcionarão em seu horário normal na próxima sexta-feira, 28 de abril.
A greve geral anunciada para esta data é um contrassenso, pois o Comércio passa por um período de queda de vendas, acentuada por três feriados prolongados em série. Portanto, fechar as portas no dia 28/04 é uma atitude que só vai prejudicar os trabalhadores. Precisa-se de trabalho, de vendas que gerem receita para honrar as folhas de pagamento, evitando mais desemprego.

O que o Amapá precisa é de trabalho, pois é a única forma de se gerar emprego e oportunidades. O momento é de luta para deixar para trás a crise econômica que assolou o país por tanto tempo. É importante que a sociedade se una para fazer com que o país retome a geração de emprego e se recupere da crise econômica".

OPINIÃO | Notas da coluna ARGUMENTOS, quinta-feira, dia 27 de abril de 2017.


Operação
Viaturas e agentes da Polícia Federal de novo nas ruas e avenidas de Macapá ontem. Foi para deflagrar mais duas operações contra maus feitos de agentes públicos e empresários inescrupulosos. Desta vez a quadrilha dilapidava a mãe-natureza.

Natureza
Entre os alvos estavam funcionário do Imap, o instituto do meio ambiente estadual. O pior é descobrir que colonos que ralam a vida toda eram usados pelos bandidos para aumentar o desmatamento ilegal.

Prática
Enquanto a PF ainda cumpria mandados de prisão e apreensão de documentos, um deputado foi à tribuna da AL dizer que empreendedores locais já sofriam com a ação de grileiros e compadrio no Imap.

Um mal
Foi Júnior Favacho, que antes de ser político era atuante empresário do setor madeireiro e mineral. “Vejo com preocupação que isso é uma doença que contagia o estado do Amapá, de norte a sul”, disse ele.

De olho
Quem também se manifestou sobre a ação de ontem foi o Palácio do Setentrião. Em nota, ratificou apoio às investigações e, como salvo conduto, deu pistas de que já havia trocado a direção do Imap há uma semana.

Luto
O jornalismo do país perdeu ontem um de seus mais brilhantes representantes, o Carlos Chagas. Tive o prazer de conversar com ele em algumas ocasiões, além de assistir uma de suas palestras. Que inclusive inspirou a minha monografia de conclusão do curso de jornalismo. Vá em paz guerreiro!

Rigor
Além dessa manifestação oficial do Governo do Estado, através de uma nota, houve ainda o anúncio de que o Amapá terá maior controle na exploração e exportação de produtos madeireiros. O estado contará com sistema nacional que regula as atividades florestais por meio do Ibama.

Capacitação
Um workshop orientará cidadãos, empreendedores e técnicos institucionais sobre a implementação do Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor). Com isso, o GEA terá maior controle e transparência na exploração e exportação do setor madeireiro, além de licenciamentos.

Segurança
O Sinaflor integra o controle da origem da madeira, do carvão e de outros produtos e subprodutos florestais, sob coordenação, fiscalização e regulamentação do Ibama. As atividades florestais, empreendimentos da base florestal e correlatos serão efetuados por meio desse sistema.


quarta-feira, 26 de abril de 2017

Embora não confirme, Setentrião dá pistas de que desconfiava de irregularidades no Imap

O posicionamento do Palácio do Setentrião a respeito das operações de hoje da Polícia Federal no Imap (Instituto do Meio Ambiente e Ordenamento Territorial) foi no sentido de dar todo o apoio às investigações e até mesmo afastar preventivamente os servidores suspeitos de envolvimento com o grupo criminoso que fraudava processos para agredir a natureza. Mais que isso, a operação foi deflagrada uma semana depois do governador ter decidido trocar a direção do órgão.

A seguir, a íntegra da manifestação do Palácio do Setentrião.

Deputado denuncia que operação da Polícia Federal confirma ação de grileiros no Amapá

Por Paulo Silva
Para o Diário do Amapá

Nesta quarta-feira (26/4), quando a Polícia Federal deflagrou duas operações no Amapá, o  deputado Júnior Favacho (PMDB) usou o grande expediente da sessão da Assembleia Legislativa, para denunciar o que ele classificou de “forte esquema de grilagem de terras” em território amapaense, praticado por empresários de outros estados que estão se instalando no Amapá, com a conivência de agentes públicos encarregados de fiscalizar a ocupação fundiária.

Favacho lembrou que desde o ano passado já denunciava esse crime e que isso acaba de ser comprovado pela Polícia Federal, com as operações “Pantalassa” e “Quantum Debeatur”. “Fiz um pronunciamento no ano passado, após visitar propriedade que temos há mais de 30 anos em Pedra Branca do Amapari e verifiquei que um cidadão, conhecido como “Gaúcho”, de sobrenome Segato, havia requerido mais de 30 mil hectares de terras localizadas em área da União, vizinha à nossa propriedade. Relatei também que na região do Sucuriju estavam fazendo grilagem e, hoje, vejo com preocupação que isso é uma doença que contagia o estado do Amapá, de norte a sul, como foi comprovado pela Polícia Federal”, enfatizou.

O deputado disse ainda que já pediu informações sobre o assunto ao Instituto Estadual de Florestas (IEF). “Apresentei requerimento este ano ao IEF, para que nos encaminhe todas as certidões de anuência que já foram emitidas para os projetos de manejo desde 2014. Acho que o governador e a imprensa do Amapá já acompanham a movimentação dessa empresa que já estava fazendo georreferenciamento e tomando terras de colono. Isso tudo, com a conivência e a participação de agentes públicos. Isso é sério, é grave. Colonos que tem cerca de 100 ou duzentos hectares encontram muita dificuldade para regularizar suas terras devido a burocracia. Mas para os grandes empresários a porta se abre, e tudo é facilitado. Se não tomarmos providencias, eles vão tomar conta de tudo”, alertou.

Em aparte, a deputada Telma Gurgel (PRB) parabenizou Junior Favacho pela relevância do tema e lamentou a diferença de tratamento entre os colonos nativos e os grileiros “Tenho andado e acompanhando essa movimentação em todas as áreas. E identificamos a grilagem de terras. Estão enganando os colonos, expulsando-os de suas terras e as incorporando às propriedades griladas. Não podemos aceitar isso. As oportunidades e os financiamentos são negadas  para os locais, mas são concedidas facilmente para os de fora. Não sou contra os empreendimentos. Quero que venham indústrias para gerar emprego e renda, mas não podemos esquecer o povo que já estava aqui há muito tempo”, disse a parlamentar.

O deputado Jaci Amanjás conclamou todos os poderes do estado a agirem em conjunto para combater o crime. “Essa denúncia é gravíssima. O senhor, como parlamentar está alertando que esta Casa não pode ficar de braços cruzados. Temos que pedir que nossas autoridades, sejam elas do Legislativo, do Judiciário e do Executivo, tomem providencias necessárias para combater a prática da grilagem que é prejudicial à economia e a sobrevivência do nosso povo”, enfatizou.

Para o deputado Paulo Lemos (Psol), medidas precisam ser tomadas urgentes. “A deputada Roseli Matos (PP), que preside a Comissão de Políticas Agrárias deverá tomar medidas como ouvir a Polícia Federal e os agentes do estado que tenham sido arrolados na operação da PF.  Esse é uma alerta que precisa ser levado em conta pois estamos em processo de transição de terras da União para o estado. Felizmente, nenhuma medida poderá ser tomada sem antes passar pela Comissão de Políticas Agrárias desta Casa de leis. Precisamos impor limites, ficar atentos. Os grileiros recebem facilidades em todos os níveis, e acabam expropriando os pequenos agricultores”, destacou.

O deputado Jaime Perez (PRB) foi mais além e alertou para uma possível evasão de minérios de solo amapaense. “Precisamos aumentar a fiscalização. Cumprir nossa obrigação. Tenho observado com atenção esse movimento e tem chegado até nós denúncias de grileiros que querem tomar conta de nosso estado, inclusive em Calçoene. Façam o levantamento, façam o acompanhamento. Já fiz contatos com o Ministério de Minas e Energia sobre a denúncia de que a empresa Beadell estaria transportando ouro de helicóptero sem nenhum controle das autoridades competentes. Vamos fazer visita à empresa para fiscalizar mais. O governo do estado também deve priorizar essas ações. Roubam o minério e não fazem investimentos no estado”, denunciou Perez.

A deputada Roseli Matos lembrou que a Comissão de Políticas Agrárias, que ela preside, já está tomando providências sobre a questão agrária no Amapá. “Semana passada entregamos um manifesto ao governador Waldez Góes (PDT) sobre a nossa preocupação a respeito das transferências das terras para o estado. Queremos participar ativamente da operacionalização das terras para o patrimônio fundiário. Colocamos à disposição do Executivo um técnico da nossa comissão para auxiliar os técnicos do estado na elaboração e atualização da legislação agrária do Amapá, visando adequá-la à legislação federal. A comissão vai reunir na próxima semana para debatermos essa questão”, anunciou.

Júnior Favacho encerrou seu discurso denunciando uma manobra utilizada pelos grileiros que já ganhou o nome de “kit grilagem”. “O que foi estourado agora pela PF é somente a ponta do iceberg. É muito grande o número de grilagem, com agentes públicos envolvidos. Já existe até um kit grilagem, onde grileiro faz o georreferenciamento dentro de uma área de 750 hectares, derruba meio hectare, faz um barraco, planta dez mudas de coqueiro e pede a vistoria do Incra. O Terra Legal certifica a legalidade do lote e encaminha o processo ao Imap. Aí começam os projetos de manejo. Bastam vinte “laranjas” para o grileiro dispor de uma área de 15 mil hectares. Fica o alerta já pedi as cartas de anuência e espero que o governo peça auxílio de Exército brasileiro nesse processo de transferência de terras da União para o estado. Que venham os empresários de fora, mas que tenham acima de tudo responsabilidade social. Do contrário, passaremos do estado mais preservado para o mais devastado”, concluiu.

Nem minério ou madeira. Primeira indústria da Zona Franca Verde do Amapá produzirá sorvete

Foto: Cleber Barbosa | Área destinada à instalação da Zona Franca Verde, em Santana (AP)

Quando Eike Batista atuava no Amapá, com a MMX Mineração, havia a expectativa de que poderia ser o carro-chefe da recém criada Zona Franca Verde do Estado. Mas ele foi embora e a sucessora do negócio, a Anglo American, também foi. O setor madeireiro – uma vocação de décadas – também entrou em crise, fazendo com que uma sorveteria seja o primeiro empreendimento oficialmente habilitado a usufruir dos incentivos fiscais que a Zona Franca já disponibiliza.


Foto: Maksuel Martins | Diretores da Sorveteria Macapá

A empresa
A Sorveteria Macapá, empresa amapaense que atua desde 1975 na produção de sorvetes e picolés com frutas típicas da região, será a primeira indústria local a ser beneficiada pelo o novo ambiente econômico proporcionado pela Zona Franca Verde. A partir de agora, os produtos produzidos com a marca Q-Sabor serão contemplados com isenção do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), que, de acordo com a Lei de regulamentação, é o incentivo concedido para produtos cuja matéria-prima seja originária da Amazônia.  
Hoje, a sorveteria produz cerca 23 mil litros de sorvetes e picolés, por mês, com potencial de expansão. Pois, o número, representa apenas 40% do potencial da pequena fábrica. Com os sabores típicos da região amazônica e os incentivos da Zona Franca Verde, os sócios estudam a possibilidade transformar o negócio em franquia que levará os sabores do cupuaçú, bacuri e taperebá para o resto do Brasil e até para fora do país.
“É uma honra receber a chancela da Suframa [Superintendência da Zona Franca de Manaus] para industrializar nossos produtos com os incentivos da Zona Franca Verde. Nós que somos empresa genuinamente amapaense, há 41 anos no mercado e, há mais de 20, lutando para nos inserir em outros mercados de fora do Amapá e, até mesmo, fora do país. É uma conquista muito grande, não só para nós enquanto empresa, mas também para toda a população amapaense”, comemorou Sandro Ferreira, sócio da Sorveteria Macapá, que prevê nesta nova fase, a agregação de valor ao seu produto para facilitar a conquista de novos mercados.
De acordo com o sócio José Carlos Ferreira, o açaí é o sabor líder em vendas e, pela alta demanda, ele e o filho criaram variações bem peculiares como açaí com a castanha-do-brasil e, o mais curioso: feito de açaí com a goma de tapioca e camarão cozido, cuja combinação pode causar estranheza a quem vem de fora do Estado, mas é um sabor bem comum em terras tucujus.
Foto: Maksuel Martins

Novos Postos de Emprego
José Carlos conta que, mesmo com o processo de industrialização dos produtos, a matéria-prima utilizada para a fabricação dos picolés e sorvetes carece, necessariamente, do trabalho humano, o que vai permitir à empresa abrir 150 novos postos de trabalho diretos.
Para o diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá (Agência Amapá), Eliezir Viterbino, a instalação das duas primeiras empresas certificadas pelo Conselho de Administração da Suframa marca o início de uma era de desenvolvimento para o Amapá, o que comprova que ações estratégicas para alavancar a economia estão no caminho certo.
“Não tenho dúvidas de que focar no setor econômico como eixo principal para desenvolver, economicamente, o Estado foi a melhor escolha do governador Waldez Góes. Ver esse processo iniciando nos dá muito orgulho, primeiro porque estamos valorizando os nossos investidores locais e os que vêm de fora, como no caso do Thiago Verçosa que vai produzir ração animal. E, para finalizar a terceira frente de trabalho, em breve, teremos uma fábrica de cimentos e, assim, muitos outros virão” destacou o diretor-presidente.
Ainda de acordo com ele, outros 15 empreendedores já estão com documentos em tramitação na Agência Amapá, para o processo de instalação no Estado do Amapá, com os incentivos da Zona Franca Verde.

Colaborou: Lidiane Lamarão/Agência Amapá

INDÚSTRIA | Produção de ouro da Beadell no Amapá recua 11%, admite mineradora

Foto: NMB
A Beadell Resources produziu, no primeiro trimestre deste ano, 28.558 onças de ouro na mina Tucano. Na comparação com o primeiro trimestre de 2016, foram produzidas 32.074 onças.

Do site Notícias de Mineração

A Beadell Resources produziu, no primeiro trimestre deste ano, 28.558 onças de ouro na mina Tucano, em Pedra Branca do Amapari (AM). Na comparação com o primeiro trimestre de 2016, quando foram produzidas 32.074 onças, houve uma queda 11%.

"Espera-se que a produção no segundo semestre seja significativamente mais alta com o aumento dos teores na medida em que a cava Tap AB se aprofunda", diz a nota divulgada hoje (26). Segundo esse comunicado, a Beadell continua dentro do orçamento e no ritmo para atingir a meta anual de produção entre 140.000 e 150.000 onças.

O custo operacional no trimestre foi de US$ 1.085 por onça, sendo que o custo global, conhecido como AISC, chegou a US$ 1.161 a onça. Esses custos foram respectivamente, 51% e 29% mais altos em relação aos três primeiros meses de 2016.

"O custo total AISC por onça no trimestre foi negativamente impactado pelo fortalecimento da moeda local [frente ao dólar]. A taxa de câmbio média Real/USD para o trimestre foi 8% maior do que a taxa anual de consenso usada como orientação para o orçamento e ficou 20% acima do período correspondente no ano passado", diz a mineradora em comunicado.

Mas, de uma forma geral, os custos operacionais em reais estão em linha com o orçamento, apesar da apreciação frente ao dólar.

As vendas de janeiro a março totalizaram 30.476 onças ao preço médio de US$ 1.221 por onça vendida. No fim de março, a Beadell tinha em caixa ou na forma de ouro metálico cerca de 55,7 milhões de dólares australianos, cerca de US$ 42,33 milhões. No fim de dezembro, a mineradora tinha 33,6 milhões de dólares australianos em caixa e ouro.

A mineradora disse ainda que março foi o primeiro mês na história da mina de Tucano em que não houve acidente com perda de tempo, atendimento de primeiros socorros nem quebra de equipamentos.

Notas da coluna ARGUMENTOS, quarta-feira, dia 26 de abril de 2017.

Poesia

Estão abertas as inscrições para o Concurso Nacional Novos Poetas, Prêmio Sarau Brasil 2017. Podem participar do concurso todos os brasileiros natos ou naturalizados, maiores de 16 anos. Cada candidato pode inscrever-se com até dois poemas de sua autoria.

Regras

O tema é livre, assim como o gênero lírico escolhido. Serão 250 poemas classificados. A classificação dos poemas resultará no livro, Prêmio Sarau Brasil 2017. Tradicional concurso literário da língua portuguesa.

Caminho

Concurso Literário é uma importante iniciativa de produção e distribuição cultural, alcançando o grande público, escolas e faculdades. Inscrições gratuitas até 5 de junho elo site www.concursonovospoetas.com.br

Racismo

Robson, filho do saudoso cantor Lemos Coiê, vira uma voz firme contra o racismo. É que um menino de sua família sofreu injúria racial em uma rede social e agora Robson promete ir a fundo na apuração.

História

Lemos Coiê ficou famoso pela forma com que investiu o dinheiro de sua aposentadoria no sonho de gravar um cd, com músicas em que declarava seu amor ao Amapá em especial à Serra do Navio, onde morou.

Meditação
No último fim de semana, o SESI sediou o curso de iniciação em ioga. Realizado pela primeira vez no estado, na ocasião foram ensinadas técnicas de meditação, de respiração para cada dia da semana, além de dicas de posturas. Pessoas de várias profissões e estudantes participaram.

Academia

A Ueap inicia a avaliação para o recredenciamento dos cursos e departamentos administrativos da instituição. Responsável é o Conselho Estadual de Educação (CEE) que visitou a Ueap para a conclusão do primeiro ciclo referente aos cursos de Letras, Filosofia e Engenharia Ambiental.

Roteiro

Para o segundo ciclo está prevista a visita dos técnicos no período de 2 a 4 de maio, seguido do terceiro ciclo que deverá acontecer nos dias 16 e 17 de maio, para os cursos de Design, Licenciatura em Ciências Agrárias, Licenciatura em Ciências Naturais, Engenharia Florestal e Engenharia de Pesca.

De olho

Após o levantamento e as constatações in loco, os avaliadores fazem um relatório que deverá ser encaminhado para a Câmara de Educação Profissional do CEE, onde serão emitidos protocolos de compromissos com prazos para sanar eventuais inconsistências.

CORRUPÇÃO | Polícia Federal deflagra operação contra crimes ambientais no Amapá

Operações Pantalassa e Quantum Debeatur investigam esquema de exploração ilegal de madeira com a participação de funcionários públicos

Macapá/AP - A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (26) duas operações para reprimir crimes contra o meio ambiente no estado do Amapá, denominadas Operação Pantalassa* e Operação Quantum Debeatur*.

Cerca de 100 policiais federais cumprem 16 mandados de busca e apreensão, 20 mandados de condução coercitiva e um mandado de prisão preventiva, nos municípios de Macapá, Santana, Pedra Branca do Amapari e Porto Grande.

A Operação Pantalassa apura o envolvimento da empresa Pangea Mineração em esquema de exploração ilegal de madeira para exportação.

Segundo a investigação, que contou com o apoio do Ministério Público Federal e do Ibama, a empresa aliciava assentados de localidades rurais como Munguba, Nova Canaã e Nova Colina para a retirada de madeira ilegal em seus lotes e extraía matéria-prima florestal além do permitido pelos órgãos ambientais. 

Servidores públicos são suspeitos de facilitarem a tramitação de licenças e autorizações de desmatamento. Foram cumpridos 17 mandados de condução coercitiva coercitivas, 15 de busca e apreensão e um de prisão preventiva referente ao inquérito.

Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de desmatamento, lavagem de dinheiro, associação criminosa, usurpação de bem da União, extração/pesquisa ilegal de minério, corrupção ativa e transporte/armazenagem de madeira sem DOF. Se condenados, a pena pode chegar a 30 anos de prisão. 

QUANTUM DEBEATUR

A Operação Quantum Debeatur investiga o envolvimento de funcionários do Instituto do Meio Ambiente e de Ordenamento Territorial do Amapá (Imap) na concessão e transferência de créditos florestais indevidos a empresas madeireiras no estado.

A investigação apontou que 51.534 m³ em créditos de reposição florestal foram transferidos de forma irregular entre 2014 e 2016. Tal transferência permitiu que madeira extraída irregularmente fosse “esquentada” com os créditos indevidos.

Nessa operação, policiais federais deram cumprimento a três mandados de condução coercitiva e um de busca e apreensão. 

Os investigados podem ser condenados a até 18 anos de prisão pelos crimes de inserção de dados falsos em sistemas da Administração e elaboração de concessão florestal falso.

Pantalassa era o vasto oceano global que rodeava o supercontinente Pangeia, durante as eras do Paleozoico e início do Mesozoico. Quantum Debeatur, termo em latim para “quantia devida”, diz respeito aos créditos indevidos transferidos de forma irregular pelo Imap.
Será concedida entrevista às 11h na Superintendência Regional da Polícia Federal no Amapá.

Comunicação Social da Polícia Federal no Amapá
cs.srap@dpf.gov.br | www.pf.gov.br 

terça-feira, 25 de abril de 2017

Instituto de capacitação da ABAV alinha planejamento e apresenta seus novos instrutores

O Instituto de Capacitação e Certificação da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ICCABAV) reuniu nesta terça-feira (25) sua equipe de instrutores para a realização do Simpósio ICCABAV 2017, um encontro de profissionais do instituto voltado à troca de experiências, alinhamento de atividades e novos projetos.
A pauta do evento contou com vários temas estratégicos, entre eles o balanço de ações em 2016, período em que foram capacitados 9.351 profissionais em cursos presenciais, a distância e na Vila do Saber, e as atualizações nos cursos EaD, com o objetivo de fornecer um portfólio mais alinhado com as demandas do mercado.
A grande novidade do encontro foi a criação de grupos de trabalho ICCABAV, uma iniciativa que reunirá a inteligência e experiência dos instrutores em prol das agências de viagens  associadas à ABAV. O grupo fará reuniões periódicas para a troca de ideias e geração de conteúdos, como artigos, entrevistas, eventos, que facilitarão as atividades das agências de viagens.
Durante o Simpósio também foi anunciada a expansão do portfólio de cursos presenciais e a inserção de outras soluções para o atendimento das necessidades das agências de viagens, como a oferta de consultoria e cursos in company. Além disso, foram apresentados sete novos instrutores que agora se juntam ao grupo de profissionais já atuantes em 2017. Esses profissionais vêm reforçar as iniciativas do ICCABAV em favor do aperfeiçoamento, ampliação de temáticas e novas áreas de atuação para os alunos. São eles Andréa Nakane, Charles Calmucci, Francisco de Canindé Gentil Vieira, Gervásio Tanabe, Luiz Del Vigna, Kelly Malheiros e Shirley Salazar.
Neste ano o grupo também terá uma participação diferenciada no Congresso ABAV de Turismo, inserido na Vila do Saber, durante a 45ª ABAV Expo Internacional de Turismo e 48º Encontro Comercial Braztoa. Os instrutores contribuirão, juntamente com a curadoria do evento, com a idealização e apresentação de palestras, fóruns e debates alinhados com os eixos temáticos que regem o espaço.
Os participantes foram recepcionados pelo vice-presidente de Capacitação e Certificação da ABAV Nacional, Antonio Azevedo, que deu as boas-vindas ao grupo e compartilhou seu apoio e suporte para as diversas atividades programadas em favor da promoção do instituto e da capacitação dos profissionais de turismo.
"A realização deste primeiro Simpósio é muito importante para o ICCABAV, pois nos permite ter um contato mais próximo com nossos instrutores e receber o feedback de suas experiências na capacitação dos profissionais. Para este ano temos diversos projetos e contamos com a participação do grupo para o desenvolvimento de materiais que irão agregar ao dia a dia do nossos associados", afirma Azevedo.

Conheça os sete novos instrutores do ICCABAV:

Andréa Nakane
Comunicóloga (RP), com registro no Conselho Profissional de Relações Públicas, com especializações em Marketing. Educação do Ensino Superior, EAD e em Administração e Organização de Eventos, atua no mercado há mais de 24 anos com vivência expressiva na hotelaria, turismo e eventos corporativos. Leciona em cursos técnicos, graduação modular e pós-graduação (latu sensu e MBA) de instituições de renome nacional. Autora do livro Técnicas de Organização de Eventos (esgotado) e Segurança em Eventos: Não dá para Ficar Sem!. Mestre em Hospitalidade e Doutoranda em Comunicação Social.

Charles Calmucci
Formado em Ciências Políticas e Relações Internacionais, ambas pela Universidad Católica de Córdoba – Argentina. Conteudista e palestrante com marcada atuação no trade.

Francisco de Canindé Gentil Vieira
Turismólogo da primeira turma da Universidade Anhembi Morumbi, com mestrado em Educação. Atua no mercado de agenciamento, operadora turística e organização de eventos há mais de 44 anos. Participa do grupo de pesquisa sobre Negócios da Hospitalidade. Co-autor do livro "Hospitalidade: Turismo e Estratégias Segmentadas", da editora Cengage Learning, indicado para o prêmio Jabuti 2011, na categoria Turismo e Hospitalidade.

Gervásio Tanabe
Pós-graduado em Administração Empresarial pela UFF, com mais de 25 anos de experiência na gestão de pessoas e negócios, na área comercial & marketing, adquirida em É diretor executivo da Abracorp - Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas. Atua também como palestrante, com portfolio de programas de qualificação e desenvolvimento empresarial, business coach, consultor independente de empresas e consultor partner da GLG Consulting.

Luiz Del Vigna
Viajante Profissional, diretor da Nomad Brasil e Técnico em Turismo pela Fundação Bradesco. Especialista em Turismo de Aventura com veículos fora de estrada 4x4 pela ABNT Certificadora. Dedica-se ao turismo desde 1977, tendo exercido várias atividades e trabalhado para grandes empresas como Bradesco Turismo, VASP, FLOT Viagens e Itapemirim Turismo. Organiza e opera viagens temáticas sobre vinhos, café, arte, história, literatura e cultura popular brasileira, mescladas ao ecoturismo e turismo de aventura. Também desenvolve cursos e consultorias técnicas em turismo com foco em qualificação de capital humano, desenvolvimento de produtos e aprimoramento de serviços. É sócio fundador e atual vice-presidente da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura – Abeta.

Kelly Malheiros
Consultora Empresarial, educadora e palestrante. Mais de 120 mil pessoas treinadas em todo o Brasil.

Shirley Salazar
Bacharel em Turismo. Atua no segmento de eventos há mais de 30 anos. É docente em cursos de Tecnologia, Graduação e Pós-Graduação nos segmentos de Turismo, Hospitalidade, Gastronomia, Hotelaria e Eventos. É Mestre em Hospitalidade com especialização no segmento de feiras comerciais.

Fátima Gatoeiro
Supervisora de Comunicação / ABAV Nacional
E-mail: fatima.gatoeiro@abav.com.br
Site: www.abav.com.br

Prêmio Sarau Brasil 2017 abre inscrições do Concurso Nacional Novos Poetas.

Estão abertas as inscrições para o Concurso Nacional Novos Poetas, Prêmio Sarau Brasil 2017.  Podem participar do concurso todos os brasileiros natos ou naturalizados, maiores de 16 anos.
Cada candidato pode inscrever-se com até dois poemas de sua autoria, com texto em língua portuguesa.
O tema é livre, assim como o gênero lírico escolhido. Serão 250 poemas classificados.
A classificação dos poemas resultará no livro, Prêmio Sarau Brasil 2017. Antologia Poética.
 O certame está entre os mais destacados concursos literários da língua portuguesa.
Concurso Literário e uma importante iniciativa de produção e distribuição cultural,
alcançando o grande público, escolas e faculdades.
Inscrições gratuitas
Até 05 de junho de 2017 pelo site: www.concursonovospoetas.com.br

Realização: Vivara Editora Nacional
Apoio Cultural: Revista Universidade

COMPORTAMENTO | Pesquisa indica que brasileiros frequentam mais cinemas e teatros

Pesquisa divulgada pela Federação do Comércio (Fecomércio) sobre os hábitos culturais dos brasileiros revela que 56% dos entrevistados – o correspondente a cerca de 86 milhões de pessoas – frequentaram pelo menos uma atividade cultural no ano passado, com avanço de três pontos percentuais em comparação a 2015. Em relação a 2008, o resultado mostrou incremento de 13 pontos percentuais.

A sondagem foi feita em parceria com o Instituto Ipsos, entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro de 2016, com uma amostra de 1.200 pessoas, em oito capitais (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Florianópolis, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília) e em mais 64 cidades do país. A principal atividade mencionada foi a leitura de livros, revelando a prática por 37% dos entrevistados e aumento de seis pontos percentuais comparativamente ao início da série histórica, em 2007. Cinema foi a segunda atividade citada, com 34% das respostas e o maior aumento comparativamente à pesquisa de 2007: 17 pontos percentuais.

Pelo menos 29% dos entrevistados revelaram frequentar shows musicais,  mostrando a expansão de nove pontos percentuais ante 2007 na prática. Os frequentadores de peças de teatro aumentaram 11%, com crescimento de cinco pontos percentuais. Os que assistem espetáculos de dança aumentaram 11%, um crescimento de quatro pontos percentuais; e os que vão a exposições de arte, passaram a 11%, com aumento de três pontos percentuais em relação a 2007. No caso de museus, que começaram a ser pesquisados em 2015, as respostas totalizaram 10%, mostrando avanço de três pontos percentuais.

Avanços
O gerente de Economia da Fecomércio-RJ, Christian Travassos, disse que são avanços significativos em relação à série histórica. “Há dez anos temos acompanhado os hábitos de lazer e culturais dos brasileiros. Não há ruptura de um ano para outro mas, gradualmente, vemos uma melhora significativa. Então, aos poucos, percebemos uma melhora na frequência de ambientes culturais por parte do brasileiro”, disse o economista. Desde o primeiro ano da pesquisa, a maior adesão a bens culturais continua sendo a leitura de algum livro ou e-book (livro digital). “É mais acessível, a gente toma emprestado.

Na listagem, é o mais representativo, disse Travassos. Ele atribuiu a maior expansão do hábito de ir ao cinema nesta década (de 17% para 34%) não só ao desenvolvimento da linguagem visual, mas também ao boom (explosão) de filmes 3D. Em paralelo, ocorreram promoções e parcerias de salas de cinema com empresas de telecomunicações e bancos, que contribuíram para facilitar o acesso do consumidor, com ingresso mais em conta. A internet, também ajudou a dar maior visibilidade aos programas culturais. “É um complemento da atividade de lazer”, disse Christian Travassos,.

Televisão
Entre os 44% de brasileiros que não fizeram nenhum programa cultural no ano passado, a atividade mais procurada foi a televisão, com 80% das respostas. O gerente de Economia da Fecomércio-RJ destacou que o total de entrevistados que relataram não ter consumido nenhum bem cultural vem caindo de ano para ano. Em 2015, eram 47%; em 2008, 48%. Segundo Travassos, a não realização de uma atividade cultural se deve, historicamente, à falta de hábito.

O desafio é despertar o interesse de pessoas que nunca tenham lido um livro ou ido ao cinema, afirmou o gerente. “Pode ser um fator de mudança trazer crianças e adolescentes para os ambientes culturais para que isso tenha efeito entre os mais velhos. O preço das atrações culturais é uma questão secundária, até porque há muitos shows, exposições e espetáculos gratuitos.”

As atividades mais procuradas pelos que não consomem bens culturais, ao contrário, vem se ampliando. Assistir televisão passou de 52%, em 2008, para 80%, em 2016. Na mesma comparação, ir à igreja ou a algum centro religioso subiu de 11% para 24%; fazer almoço ou churrasco com amigos, de 9% para 21%; ir a bares, de 10% para 15%; e jogar futebol, de 9% para 10%.

Preços justos
O economista avaliou que o cenário econômico ainda adverso acaba impactando o lazer do brasileiro em geral. Por isso, disse ser razoável que, para manter o padrão de consumo, seja reservado um valor menor para o lazer, que não é visto como atividade essencial como ir ao supermercado ou farmácia.

Daí ser razoável que na passagem de 2015 para 2016 haja, para a maioria dos itens, uma redução de custo justo sugerido. A pesquisa revela que os consumidores declararam estar dispostos a pagar pelas atividades culturais listadas menos do que em 2015. Os preços considerados justos por eles variaram de R$ 13,31 para compra de CDs até R$ 35,61 para ingresso de shows musicais. No ano anterior, os mesmos itens tinham preços apontados de R$ 16 e R$ 41, respectivamente.



Portugal Digital, com agência

TURISMO | Parceria entre governo e prefeitura vai urbanizar orla do município de Oiapoque

O processo de licitação está em andamento e as obras devem iniciar no mês julho.

O governo do Amapá e a prefeitura de Oiapoque iniciaram as discussões sobre a reconstrução do muro de arrimo na orla da cidade. São cerca de 500 metros de muro que serão reconstruídos. A Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinf) será responsável pela obra, que deve iniciar no mês julho. O processo de licitação para a contratação da empresa está em andamento.
O secretário de Infraestrutura, João Henrique Pimentel, participou de uma reunião no município para definir, junto com a prefeitura local, como vai ficar a situação de catraieiros, mototaxistas, taxistas e ambulantes que trabalham ao longo da orla. Participaram do encontro, representantes de cada categoria e vereadores.
A Secretaria de Estado do Trabalho e Empreendedorismo (Sete) também participou do evento, orientando as categorias para que o impacto seja o menor possível. São trabalhadores que dependem, diretamente, dessa área da cidade para o seu sustento e a movimentação da economia na fronteira.
“Vamos fazer o possível para que ninguém saia prejudicado enquanto a obra estiver em andamento”, assegurou o titular da Seinf. A prefeita Maria Orlanda explicou que será construída uma rampa provisória de madeira em frente ao Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) da cidade, para ser usada pelos catraieiros. “Pois, a travessia não pode parar”, enfatizou a gestora municipal.
A prefeitura também ficou de fazer um cadastramento de todos os ambulantes que atuam na orla, para poder definir um local para o remanejamento deles. Os taxistas e mototaxistas, também terão um espaço definido antes do início das obras.
Após as discussões, os trabalhadores entenderam a importância da reconstrução do muro de arrimo. Principalmente, por causa do fomento ao turismo e por alavancar o comércio na orla. A obra também trará segurança para a população, uma vez que o muro atual está prestes a desabar.

DIA DO TRABALHADOR | Fecomércio, Sesc e Senac levarão ações de cidadania, saúde e lazer


A programação de 1º de maio, Dia do Trabalhador, contará com serviços gratuitos oferecidos à população pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amapá (Fecomércio), Serviço Social do Comércio (Sesc) e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). São atendimentos nas áreas da cidadania, saúde e lazer. O evento será das 8h às 14h, na área interna do Estádio Olímpico Milton de Souza Corrêa, o Zerão, em Macapá.
As instituições são parceiras do governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Trabalho e Empreendedorismo (Sete). O Sesc estará presente com atividades recreativas como cama elástica, pula-pula, jogos de salão de trilha e pintura facial, oficina de artes visuais, além da Unidade Móvel BiblioSesc. O trabalho será desenvolvido por 20 colaboradores do Sesc.
O Senac levará para o Estádio Zerão serviço de corte de cabelo masculino, feminino e infantil, verificação de pressão arterial, teste de glicemia e orientação sobre saúde. São 49 profissionais, entre alunos, instrutores, coordenadores e diretores da instituição presentes no Dia do Trabalhador.
“Mais uma vez vamos estar presentes e oferecendo uma série de atendimentos gratuitos ao trabalhador e seus familiares. É importante que as pessoas aproveitem este momento para cuidar um pouco mais da saúde, ter acesso aos nossos serviços e conhecerem mais sobre o Senac, Sesc e a Fecomércio, os cursos e as atividades disponíveis em diversas áreas do conhecimento”, pontuou o diretor regional do Senac, José Iguaraçu.
A Federação do Comércio do Amapá fará a seleção de pessoas para estágio, por meio do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio do Amapá (Ipdc).
O Dia do Trabalhador tem como tema este ano “O Trabalho Supera Desafios”. A meta é receber 10 mil pessoas e prestar 15 mil atendimentos nas áreas da saúde, cidadania, educação, cultura, lazer, esporte e outras atividades.

“Maio Amarelo” terá palestras e blitze educativas para prevenir acidentes de trânsito

Movimento internacional visa diminuir número de acidentes e mortes no trânsito.

O Governo do Amapá mobilizou os órgãos de trânsito do Estado para atuarem em pareceria com outras instituições na programação do “Maio Amarelo”. Quem está coordenando o movimento internacional no Amapá é o Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
O tema deste ano será “Minhas escolhas fazem toda diferença”. A programação acontecerá de 1º a 30 de maio e envolve atividades como palestras e mesas redondas, além das blitze educativas e de fiscalização nas ruas e escolas de Macapá. 
O gerente do Núcleo de Educação do Detran/AP, Fábio Souza, informou que desde o mês de março, os parceiros estão se reunindo para definir a programação da campanha e o cronograma de ações. “Estamos definindo os últimos detalhes para o trabalho que vamos realizar no Maio Amarelo. A nossa bandeira é apenas uma, melhorar cada vez mais a segurança no trânsito no Estado do Amapá”.
Para a realização das atividades, o Detran/AP conta com a parceria de entidades públicas e privadas entre elas, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), Batalhão de Policiamento Rodoviário Estadual (BPRE), Instituto Federal do Amapá (Ifap), Sindicato dos Corretores de Seguro do Estado do Amapá (Sincor) e as Secretarias de Estado do Trabalho e Empreendedorismo (Sete) e da Educação (Seed). 
O pré-lançamento do “Maio Amarelo” ocorrerá no dia 1º de maio, na Praça Floriano Peixoto, em Macapá, juntamente com ação em homenagem ao Dia do Trabalhador. Na ocasião, serão distribuídos panfletos e cartilhas informativas e laços amarelos que representam o símbolo da campanha, ressaltando a segurança no trânsito. 
Nos próximos dias, o Detran/AP irá divulgar o cronograma com os locais, horários e atividades do movimento em todo o Estado do Amapá.
Maio Amarelo
Instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o movimento internacional atende às metas da Organização das Nações Unidas (ONU), que visa à redução de acidentes de trânsito em todos os continentes até 2020.

Notas da coluna ARGUMENTOS, terça-feira, dia 25 de abril de 2017.

Mercado
Conforme a coluna havia revelado, após a reunião de investidores do Grupo Nippon Paper, no Japão, os controladores da multinacional Amcel anunciaram ontem que vão mudar sua linha de produção. Passam a entrar no mercado de grãos, diversificando seus negócios.

Tradição
A Amcel é remanescente de uma época de ouro da indústria no Amapá, quando o Grupo Caemi era uma potência nacional e até internacional. Instalada há exatos 40 anos, é a Amapá Florestal e Celulose.

Negócio
A coluna apurava rumores da venda da Amcel, quando levantou a informação de que na verdade se tratava de uma mudança radical nos negócios da empresa por aqui. O bater do martelo só veio depois de encontro no Japão.

Anúncio
É que lá na terra do sol nascente as grandes decisões corporativas, como o calendário de investimentos anuais, só ocorre em abril. E foi o que transcorreu com os atuais controladores da Amcel, que ontem foram a Waldez.

Palácio
No encontro com o governador, a empresa apresentou sua nova diretoria e falou dos primeiros resultados de um plantio experimental de soja numa área de 100 hectares. A produção de alimentos é sua aposta.

Pimpolho 
Mãe de primeira viagem, a deputada federal Jozi Araújo levou seu filho Vítor para uma reunião da Comissão de Trabalho da Câmara Federal. Disse que precisou levar o bebê no colo para não perder a votação do próprio parecer sobre projeto que versa sobre direito de férias entre Brasil e França.

Turismo
Não é só o segmento imobiliário, as lojas de departamento e até a indústria automobilística que está de olho no FGTS do trabalhador. O mercado do turismo também mira essa clientela, apostando ainda no acúmulo de feriados que está marcando o semestre. Leia mais a respeito no Blog do Cleber Barbosa.

Luto

Uma grande perda para o serviço público tucuju foi o falecimento ontem da servidora Rosalina Santos, da Câmara Municipal de Macapá. Ela marcou época como cerimonialista e zelosa assessora parlamentar. Deixa o marido, David, e filhos arrasados com esse lamentável passamento.

Caos
Em assembleia realizada ontem, pilotos e comissários de voo decidiram decretar Estado de Greve contra a Reforma Trabalhista que tramita no Congresso. Uma nova assembleia na quinta-feira poderá ratificar a paralisação, caso não haja recuos no texto do projeto de lei.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

COMIDA DE HOTEL | Golden Tulip reformula cardápio para atender os mais exigentes paladares

Karaague crocantes cubos de frango com gengibre e shoyu ao molho de geleia e pimenta | Foto: Joel Gonzalez 
Quem viaja a São Paulo normalmente quer também aproveitar a gastronomia cosmopolita que a cidade oferece. E quem se hospeda no Golden Tulip Paulista, na região da Avenida Paulista, nem precisa sair do hotel para provar um cardápio variado com um bom custo x benefício. O restaurante All Seasons (www.restauranteallseasons.com.br) acaba de reformular seu cardápio. A nova carta traz as opções de pratos divididos entre Especiais, Entradas, Primeiro Prato, Segundo Prato e Sobremesas.
A chef Márcia Micheli foi a consultora na sessão de vegetarianos e criou a moqueca de caju com arroz colorido com cúrcuma e salsinha (R$ 59) e o escondidinho de jaca com farofa crocante (R$ 49).
A experiente equipe que comanda a cozinha da casa sob a batuta de Vicente Cerqueira e Márcio Ogawa incluiu ainda sugestões como o ravioloni de gema, espinafre, ricota, manteiga de escargot e azeite trufado (R$ 46) e o polvo grelhado com batata, abacaxi, manga e rúcula (R$ 59) na seleção de Primeiro Prato. O risoto de champignon com frutos do mar, creme de abóbora e tela de parmesão (R$ 62) e o darne de salmão grelhado, fondue de alho poró com molho de champagne e caviar (R$ 79) figuram entre as opções de Segundo Prato.
Moqueca de Cajú Com arroz colorido com cúrcuma e salsinha | Foto: Joel Gonzalez 
O Filé Wellington, que é tradição na casa, permaneceu no cardápio e figura no Menu Confiance (R$ 120 para duas pessoas) que é servido sempre no jantar com opções de entrada, prato principal e sobremesa.
Para fortalecer seu caráter de cozinha variada, o restaurante incluiu uma seção de pratos orientais no cardápio principal que é servido de segunda a sexta-feira. O arroz com curry, carne, legumes ao molho de curry (R$ 42) e o Karaague–cubos crocantes de frango com gengibre e shoyu ao molho de geleia de pimenta – (R$ 22) fazem parte dessa seleção.
A seção de sobremesas também tem novidades como o crocante de nougatine com mousse de chocolate ao leite e salada de frutas vermelhas (R$ 22) e o petit gateau com chocolate branco, avelã e limão siciliano com sorbet de cardamomo (R$ 26). Além disso, o comensal pode escolher seis sabores de macarons (R$ 30)  da La Pâtisserie para compartilhar.
O novo cardápio conta com uma versão no tablet na qual os clientes podem visualizar as fotos dos novos pratos.
Ravioloni de gema, espinafre, ricota na manteiga de escargot, azeite de trufa negra | Foto: Joel Gonzalez 
Sobre o All Seasons – Há 17 anos é uma das principais casas da cena gastronômica dos jardins. Localizado no lobby do Golden Tulip Paulista Plaza, na Alameda Santos, foi considerado Melhor Variado pela revista Veja Comer e Beber nas edições de 2000-2001 e 2002-2003, além de figurar entre os melhores restaurantes de hotel nos prêmios da revista Gula em 2005 e 2006. Na cozinha, uma equipe afinada que trabalha junta há mais de uma década garante a qualidade e o requinte dos pratos que chegam à mesa. De segunda a sexta-feira, o almoço fica por conta de um buffet variado com diversas opções de pratos frios e quentes. Já no jantar, o cardápio apresenta sugestões com inspiração na cozinha internacional e é ideal para jantares românticos. Aos domingos, um longo e completo brunch é convidativo para desfrutar sem pressa. Os drinques, servidos sob o pé direito com mais de 12 metros de altura, saem do Lounge Bar, que fica logo ao lado. E as sobremesas do cardápio são da La Pâtisserie Café e Delícias, localizada no mesmo piso.
All Seasons Restaurant
Alameda Santos, 85 – Jardins – São Paulo – SP
Informações e reservas pelo (11) 2627-1336
www.restauranteallseasons.com.br

ECONOMIA | Amcel Florestal anuncia entrada no mercado de grãos no Amapá.

O mercado de grãos no Amapá acaba de ganhar mais um investidor de peso. A Amapá Florestal e Celulose (Amcel), uma das maiores empresas em operação no Estado, anunciou que já fez o plantio experimental de soja em 100 hectares de uma área de cerrado pertencente ao grupo corporativo.
A notícia foi confirmada nesta segunda-feira, 24, durante reunião com o governador amapaense, Waldez Góes, para apresentação de novos membros do empreendimento: o diretor-presidente, Masayuki Akyiama; diretor vice-presidente, Iuji Naruse; diretor operacional, Yoshikasu Kume; e gerente de operações, Isaac Bando. Eles foram conduzidos pelo diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá (Agência Amapá), Eliezir Viterbino.
Instalada no Amapá há mais de 40 anos, a Amcel produz, processa e exporta cavaco de eucalipto – matéria-prima destinada à indústria de celulose, usada para fabricação de papel, entre outros produtos. Agora, o grupo corporativo quer abrir caminho no mercado de grãos.
Góes ressaltou que o governo incentiva empresas que demonstram interesse em se instalar no Estado, ou que já atuam no mercado local, a ingressar na produção de alimentos. “A Amcel passa agora a compor uma das grandes estratégias de desenvolvimento econômico do Amapá, que é a produção de alimentos, não só para o consumo interno, mas também para exportação, importação, ou como base de matéria-prima para o processo de industrialização do Estado”, avaliou o governador.
Segundo o gerente de operações da Amcel, Isaac Bando, o planejamento é que a empresa invista para o plantio de 20 mil hectares de soja. Ele revelou, ainda, que a empresa também estuda entrar no setor energético, com vistas à geração a partir do processamento de biomassa.
Também participaram do encontro os secretários de Estado de Desenvolvimento Rural, Hélio Dantas, de Meio Ambiente, Marcelo Creão, e de Governadoria, Renilda Nascimento, além do procurador-geral do Estado, Narson Galeno.

“Deus fez tanto por mim, como o país que me fez nascer e a vida que me permitiu”

Nesta segunda-feira, o ex presidente do Brasil e senador pelo Amapá completa 87 anos de idade, com muita lucidez, serenidade, diplomacia e uma incontestável liderança, que fazem de seu escritório, em Brasília, onde mora, um ponto de convergência para todas as correntes políticas, culturais e populares, seja do estado em que nasceu, o Maranhão, seja do Amapá, que ele representou por 24 anos no Congresso Nacional, ou até do exterior. E para entender como o próprio José Sarney faz uma leitura dessa longeva carreira, o Diário do Amapá resgata hoje sua mais recente entrevista a jornalistas de Brasília, da Agência Senado. No mais puro estilo ‘pergunte o que quiser’, Sarney fala de tudo um pouco, como seus maiores feitos, conquistas históricas e até o lado ‘desestimulante’ da política. Acompanhe a seguir.

Por Cleber Barbosa
Da Redação

Pergunta – Como o senhor avalia seus mandatos como senador?
José Sarney – Sempre tive a preocupação com a atualização, com a modernização e com o apoio científico aos trabalhos do Senado. Na década de 1970, fui presidente do Ipeac [Instituto de Pesquisa e Assessoria do Congresso], que visava oferecer assessorias competentes à atividade parlamentar. O Ipeac era o responsável pelos trabalhos da Casa, convocando a inteligência nacional para dar apoio ao Congresso. Assuntos como energia nuclear, hidrelétricas e abertura democrática estavam entre os trabalhos do instituto. Ainda como senador, em 1993, eu propus a informatização do Senado. Foi constituída uma comissão, da qual eu era membro, e o resultado foi a criação da Secretaria Especial de Informática do Senado Federal (Prodasen).

Pergunta – Qual a herança que o senhor deixou como presidente do Senado?
Sarney – Como presidente, minha preocupação com a modernização se redobrou. Depois de assumir a Presidência, acho que entramos na era da modernidade do Senado. Parecia que o Senado ainda estava no século 19, pois não havia o conhecimento das mudanças significativas que a sociedade da informação trouxe para o mundo. Sempre houve a preocupação com a transparência, pois a modernidade traz um novo interlocutor, que é a opinião pública, que se manifesta por meio da mídia, das redes sociais ou pelas organizações civis. Com isso, nós achamos que o Senado devia se atualizar para ter sua presença diante da opinião pública. Daí, houve a criação da Secretaria Especial de Comunicação Social com a TV, a Rádio, o Jornal e a Agência Senado. Serviços como o DataSenado, a Ouvidoria, o e-Cidadania e o Alô Senado vieram assegurar uma transparência cada vez maior da Casa. Também destaco a informatização das sessões e da frequência dos senadores, as notas taquigráficas em tempo real na internet e o [site de busca de legislação] LexML. Na área administrativa, houve o incremento dos cursos do ILB [Instituto Legislativo Brasileiro] e a aquisição de livros raros para a Biblioteca, além dos programas Pró-Equidade e Senado Verde. Tudo isso mostra a revolução que ocorreu no Senado e como a Casa se modernizou.

Pergunta – A vida política do senhor é muito extensa. Já foi deputado, governador, senador e presidente da República. Além disso, é empresário e membro da Academia Brasileira de Letras. O senhor se considera realizado ou falta algo a conquistar?
Sarney – Todo homem chega ao fim da vida com uma certa frustração, não das coisas que fez, mas pelas coisas que deixou de fazer. Quando a gente entra na política, é pelo desejo de melhorar a sorte de seu município, de seu estado, de seu país, e até de melhorar a sorte da humanidade. Essa é a grande vocação da política. E sempre fica uma frustração por ainda não ter conseguido todas essas coisas. Na realidade, eu fico meio decepcionado quando vejo que todas as ideias políticas difundidas no mundo prestaram menos serviço ao povo do que [Alexander] Flemming, com a penicilina, [Albert] Sabin, com a vacina contra a paralisia, ou as inovações de [Thomas] Edison ou [Steve] Jobs. Sempre fica a ideia de que ainda há alguma coisa por fazer. Quando Deus fez o mundo, não o fez com tudo perfeito, mas deixou o homem com a capacidade de cada dia melhorar um pouco. Eu sou um otimista com a humanidade, e acho que haverá um dia em que o homem vai conseguir aquilo que [Thomas] Jefferson chamava de “a busca da felicidade”. Isso será daqui a milênios, mas vai acontecer. O exercício da política implica, naturalmente, controvérsia e antagonismo.

Pergunta – Ao longo da sua trajetória política, o senhor teve de lidar com denúncias de irregularidades. De que forma o senhor convive com essas denúncias e as críticas? 
Sarney – A política é cruel, lida com a crueldade. O embate político não tem limites. A primeira coisa que muitos fazem [na política] é tentar desqualificar o adversário. Então se inventa tudo e se é submetido a todas as injustiças. Quanto mais responsabilidade, mais se é combatido. Isso faz parte da prática e da instrumentação política. Isso é terrível pra quem faz política e desmoraliza a atividade política. Por isso, o povo julga tão mal os políticos. São os próprios políticos que constroem esse julgamento. Quanto a mim, como eu sei que são inverdades, eu lido como se fosse com uma terceira pessoa. Eu lido com absoluta tranquilidade. Eu sou cristão e Deus me deu essa graça. Deus já fez tanto por mim – como o país em que ele me fez nascer e a vida que ele me permitiu construir, tanto na literatura quanto na política – e ele me pede uma coisa apenas: “Perdoai os vossos inimigos”. Por que eu vou negar isso a ele? Então eu perdoo e fico tranquilo, numa boa. Na história do Brasil, muitos sofreram muitos ataques. Rui Barbosa, Joaquim Nabuco, muitos presidentes. Mas eu vejo que tudo isso passa. Os excessos que a imprensa constrói, o tempo destrói.

Pergunta – Quando o senhor completou 82 anos, em 2012, passou por um susto. Teve de ser internado, para tratar do coração. É natural que, neste momento da vida, a morte se torne um assunto delicado. O senhor tem receio da morte? De que forma lida com a ideia da morte?
Sarney – O corpo começa a dar sinais, algumas peças começam a ficar com a validade vencida (risos). Eu até escrevi um poema, Homilia do juízo final, em que eu termino dizendo: “Tenho um encontro com Deus. / – José! onde estão tuas mãos que eu enchi de estrelas? / – Estão aqui, neste balde de juçaras e sofrimentos.” Juçara é outro nome para o açaí.

Pergunta – Nos vários cargos que o senhor exerceu, qual foi o momento mais difícil?
Sarney – Foi quando me ligaram de madrugada, avisando que eu iria assumir a Presidência da República (Em março de 1985, Sarney assumiu a Presidência depois de Tancredo Neves ter sido internado com problemas de saúde. Tancredo viria a morrer em junho daquele ano, e Sarney seguiu como presidente até 1990). Não conhecia o ministério nem o programa de governo. Todos diziam que a democracia iria morrer nas minhas mãos. Mas não morreu. Pelo contrário, floresceu. Eu convivi com grandes homens públicos. Cada um tem o seu tempo, e corro o risco de terminar fazendo alguma injustiça. Mas, se eu tivesse que apontar aquele de quem mais sinto falta, seria de Tancredo Neves.

Pergunta – Nos seus vários mandatos, há algo que o senhor considere que seja o seu legado político para o Brasil?
Sarney – Eu destaco a transição democrática, pois depois a democracia se consolidou no país, e os programas sociais, que tanto bem fazem para o povo brasileiro. Depois de ser presidente, tive a felicidade de ver todas as classes sociais chegando à Presidência da República, colaborando com a vida do país. A República começou com os barões do café, passou pelos militares, pelos bacharéis e tivemos um operário como presidente. Hoje, temos uma mulher na Presidência. Há país mais democrático que o Brasil? Há exemplo maior do que esse? Isso foi fruto de um trabalho que passou pelas minhas mãos. Quando fui presidente da República (1985-1990), houve uma mudança de foco. A prioridade era apenas econômica e eu coloquei a causa social na pauta da política brasileira. Todos esses programas que hoje foram ampliados começaram naquele tempo. Com o Plano Cruzado (1986), tive a coragem de colocar minha cabeça a prêmio, com o congelamento de preços. Procuramos outro caminho que levou ao Plano Cruzado, ao Plano Verão, ao Plano Collor e até ao Plano Real. O Plano Real, já naquele tempo, esteve em nossas mãos, mas não havia mais tempo para implementá-lo, pois estava deixando a Presidência da República. Essas conquistas me fazem muito orgulhoso de minha vida pública. Na minha vida, a orientação sempre foi procurar ajudar, construir, unir e buscar a paz.

Perfil…
Entrevistado. José Sarney de Araújo Costa faz amanhã 87 anos de idade, é advogado, jornalista e escritor. Começou a vida política ainda estudante do Colégio Liceu, em São Luís (MA), tendo depois chegado a suplente de deputado, até vencer eleição para a Câmara Federal; em 1966, se elegeu governador do Maranhão e depois senador. Nos anos 1980 se engajou na campanha pelas eleições diretas e pouco depois compôs como vice a chapa vitoriosa do presidente Tancredo Neves, que faleceu antes da posse. Sarney assumiu as rédeas do país e conduziu o período da redemocratização, da Constituinte e da volta das eleições diretas para Presidente. Depois foi eleito senador pelo Amapá, por três mandatos consecutivos. Não disputou nova reeleição.

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