quarta-feira, 30 de agosto de 2017

ENTREVISTA | “Encontrei uma nova classe média na beira dos rios no interior do Amapá”

Um conceituado especialista no mercado financeiro internacional, o paulistano Carlos de Colon, esteve visitando o Amapá durante a semana, a convite de uma fábrica de palmitos de açaí instalada em Santana. Mais do que conhecer o processo industrial, ele percorreu rios e igarapés da região para entender melhor uma verdadeira revolução que ocorre em meio às comunidades ribeirinhas a partir da industrialização dos produtos dos açaizais que grassam por aqui, como o fruto e o palmito do açaí, que está ganhando as mais exigentes clientelas de restaurantes nacionais e europeus.
Depois de obter todas as informações que precisava, mas antes de retornar a São Paulo, onde reside, Carlos de Colon conversou com o jornalista Cleber Barbosa, com exclusividade para o Blog.


Cleber Barbosa
Da Redação

Blog – Como surgiu a oportunidade do senhor visitar o Estado?
Carlos
– Sou muito amigo do doutor Cláudio Guimarães, que é proprietário da fábrica de palmito King Of Palms [em Santana] e conheço-o há muitos anos, já viajamos juntos a muitas outras partes do mundo e recentemente estive com ele em Belém, quando me fez o convite para vir aqui ao Amapá para conhecer alguns aspectos da cultura local.

Blog – Como o que exatamente?
Carlos
– A primeira foi visitar algumas comunidades ribeirinhas e devo dizer que fiquei impressionado, de certa maneira meus conceitos de antes foram todos mudados, se provaram errados. Eu pensei que iria chegar em uma comunidade mais carente, mais simples, pois tínhamos a impressão de quem mora na beira dos rios eram comunidades empobrecidas, em dificuldades, mas eu encontrei diria um grupo de pessoas que se pode até se considerar como uma nova classe média, empreendedores que conseguiram fazer de seu ambiente um negócio.

Blog – Daí chama-los de empreendedores?
Carlos
– Exatamente, mas me refiro basicamente ao açaí, tanto o fruto como a extração do palmito, de uma maneira que diria até fantástica, onde eles não só fazem de um jeito que se conserva, que se preserva a mata, enfim, tem toda essa parte ecológica e da sustentabilidade, mas ao mesmo tempo consegue gerar uma renda muito boa.

Blog – Daí o senhor ter dito que foi preciso rever conceitos?
Carlos
– Sim, eu visitei casas na beira do rio, no meio do mato de uma qualidade que não pensei que iria encontrar, bem pintadas, bem mobiliadas, com televisão moderna, todo mundo com barco com motor, pessoas onde os pais e os avós são realmente muito humildes e alguns casos analfabetos, mas onde os filhos e os netos estão cursando escola, indo para a faculdade, se formando em áreas diversas, engenharia, letras, o que seja, onde as pessoas, os pais de família estão tocando negócios do açaí com um nível de entendimento das coisas bem sofisticado.

Blog – Os chamados empreendedores mesmo, no meio da floresta, não é?
Carlos
– Isso, alguns já tem a mentalidade de empresários mesmo, de microempresários. A única coisa que falta é ter acesso a mais ferramentas, mais acesso a capital para que desenvolvam negócios maiores. Eu realmente fiquei muito impressionado com isso.

Blog – Então pelo que o senhor diz, essas pessoas que anteriormente tinham tudo para sair de lá decidem ficar, pois possuem uma qualidade de vida bem razoável e motivos para permanecer lá?
Carlos
– Sim, isso ficou muito claro. Eu acho que vindo de São Paulo e conhecendo várias outras cidades grandes particularmente aqui no Brasil onde você vê comunidades que migraram de outras regiões, as pessoas diria simples como mencionei a primeira geração aqui, que foram para as grandes cidades e não conseguiram se adaptar e vivem em condições de vida muito difíceis e em alguns casos miseráveis, aqui por causa do açaí, que dá uma boa situação financeira, a pessoa tema a oportunidade de continuar a morar no lugar que ela quer morar, o lugar de onde ela é, em condições excelentes, boas mesmo, o que faz com que eles não precisem, não sejam forçados a migrar.

Blog – O senhor ouviu relatos desta natureza, corroborando desse raciocínio?
Carlos
– Sim, eles dizem “não precisamos todos mudar para a cidade porque nosso filho precisa ir para a escola”, não, manda o filho para a escola, se necessário para um colégio interno e continuam lá com uma qualidade de vida boa, que lhe provê e que lhe permite fazer coisas em comum. Nós fomos a casa de um ribeirinho onde os filhos vão para um colégio interno [Escola Família] e ficam fora duas semanas, na escola, voltam para casa por alguns dias e depois voltam para a escola. Isso é possível porque existe condição econômica para isso. Isso foi um sinal muito positivo porque com certeza existem outras áreas no Brasil onde a priori seriam situações que existe dificuldades, mas que se você pudesse dar condições para a pessoa se desenvolve em sua própria região, criar seu negócio, você não teria muitos dos problemas sociais que enfrentamos hoje nas cidades grandes.

Blog – São os fundamentos da sustentabilidade e que norteiam, pelo que a gente tem notícia, o processo industrial da fábrica de palmito do seu amigo Cláudio Guimarães?
Carlos
– Sim, sim, eu acho que a King of Palms tem feito um trabalho muito consciente nesses anos todos, pois a empresa foi fundada em 1954 e está aqui no Amapá desde a década de 1970, em trabalhar junto com as comunidades ribeirinhas para que elas tenham os mecanismos de viver bem. O doutor Cláudio trabalhou muito para que eles entendam os conceitos modernos de administração, de responsabilidade na produção, entendam de como medir as coisas e como fazer tudo isso de maneira sustentável para melhorar a produtividade e consequentemente sua renda.

Blog – Isso tudo já é uma realidade, o senhor chegou a fazer essa constatação?
Carlos
– Visitando essas comunidades você vê como eles pensam, eles são muito conscientes de que se manejar bem o açaizal a produção vai melhorar, com isso o açaizeiro vai ser mais saudável e porque a produção é melhor eles vão receber mais dinheiro, enfim, fica aquele círculo virtuoso mesmo.

Blog – E desmistificando talvez essa questão que tanto já se falou no passado, de que a indústria do palmito poderia ameaçar os açaizais, dizimando a floresta nativa?
Carlos
– Pois é, muito pelo contrário. Bem, existiu lá no passado no Sul do Brasil um certo tipo de palmito que foi colhido e que existiu a devastação porque foi feito diria sem nenhuma racionalidade, mas do jeito que ele é feito aqui não. Como o açaizeiro tem várias estirpes, quando você o poda você está simplesmente melhorando a qualidade da planta, pelo contrário, a atividade do caboclo é positiva para a floresta. Isso é uma coisa que para dar crédito ao crédito, não foi uma coisa que o doutor Cláudio ensinou, mas sim uma coisa que os índios já sabiam e o caboclo já sabia.

Blog – E que está perpetuando.
Carlos
– E que está perpetuando mesmo. Estamos utilizando digamos a inteligência nativa para fazer a coisa certa só que de uma maneira mais sistemática e organizada dando oportunidade para o caboclo vender seu produto achando os mercados fora daqui do Amapá, tanto no Brasil como no exterior para que possa gerar riqueza nisso.

Perfil…

Entrevistado. Carlos Camargo de Colon nasceu em São Paulo, tem 43 anos de idade e é casado com uma inglesa. Possui formação acadêmica como Bacharel em História, pela renomada Universidade Columbia, de Nova Iorque, mas acabou especializando-se em mercado financeiro, tendo atuado por muitos anos no poderoso Morgan Stanley Banks, o que lhe levou a trabalhar em Londres, Nova Iorque e São Paulo. Hoje atua como consultor financeiro e também decidiu investir na abertura de uma editora de livros na capital paulista, a Editora Corvara. Durante a semana visitou Macapá, Santana, Mazagão e redondezas de Afuá (PA) a convite da direção da fábrica King of Palms, localizada no Igarapé da Fortaleza, em Santana.

INTERNACIONAL | Presidente Michel Temer escreve artigo sobre sua viagem à China

Em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, o presidente Michel Temer escreve sobre sua visita à China e a busca por criar uma política externa universalista, voltada para o desenvolvimento.
A parceira sino-brasileiro irá aumentar nossa competitividade, gerar emprego e renda para os brasileiros!

China: uma visita em três tempos

Michel Temer,
O Estado de S.Paulo


Estou a caminho da China, a convite do presidente Xi Jinping. Uma vez mais, colocarei a diplomacia presidencial a serviço de uma política externa universalista, voltada para o desenvolvimento do Brasil e das reais prioridades de nosso povo.

Será uma visita em três tempos – consagrados às relações bilaterais, à atração de comércio e investimentos e à reunião de Cúpula do Brics.

No primeiro deles, em Pequim, realizarei visita de Estado dedicada a estreitar os laços entre o Brasil e a China. Por alguns anos, ainda vice-presidente, tive o privilégio de copresidir a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação, a Cosban. Essa experiência deixou-me esta profunda convicção: a parceria entre o Brasil e a China é verdadeiramente estratégica – e não apenas para os dois países, mas também para o mundo.

É estratégica para os dois países porque Brasil e China têm muitos interesses complementares e muitas posições comuns. A nossa é relação de benefícios mútuos, de uma virtuosa reciprocidade. O Brasil é fornecedor confiável e seguro de alimentos e insumos de grande relevância para o desenvolvimento chinês. É, também, opção confiável e segura para tantas empresas chinesas que buscam destino para seus investimentos.

Nos encontros com as autoridades chinesas, entre as quais o presidente Xi Jinping e o primeiro-ministro Li Keqiang, aprofundaremos ainda mais esse relacionamento econômico-comercial e exploraremos novos meios para aproximar nossas sociedades. Afinal, é preciso que mais brasileiros conheçam a China, que mais chineses conheçam o Brasil. Procuraremos formas de facilitar vistos, de aprofundar a cooperação cultural, de incentivar o turismo.

E a parceria sino-brasileira é estratégica, também, para o mundo. Em cenário internacional marcado por incertezas, o Brasil e a China têm atuado em defesa do livre comércio, têm sido vozes firmes contra medidas protecionistas. Recordo as palavras do presidente Xi, que, no Fórum Mundial de Davos, afirmou que “perseguir o protecionismo é como trancar-se numa sala escura: o vento e a chuva podem até ficar do lado de fora, mas também bloqueiam-se a luz e o ar”.

Do mesmo modo, defendemos, ambos os países, em diferentes temas de alcance global, a via do multilateralismo. É firme nosso compromisso com o Acordo de Paris sobre a mudança do clima, com o respeito às regras da Organização Mundial do Comércio. Essas coincidências demonstram que somos mais do que dois grandes países unidos por interesses compartilhados: são várias as frentes em que atuamos como forças em favor da estabilidade do sistema multilateral. Forças que são ainda mais significativas em contexto de tendências isolacionistas e fragmentadoras.

Um segundo tempo da viagem à China será a interação com lideranças empresariais, que fazem ou querem fazer negócios com o Brasil. Terei duas grandes oportunidades para isso: em Pequim, em seminário organizado pelo governo brasileiro; e em Xiamen, no Fórum Empresarial do Brics.

Em Pequim, estaremos com empresários chineses. A China é, desde 2009, nosso maior parceiro comercial. Entre 2006 e 2016, a corrente de comércio nada menos que triplicou – de US$ 16 bilhões para mais de US$ 58 bilhões. No primeiro semestre de 2017 a China foi o principal destino de nossas exportações – correspondeu a quase um quarto do valor exportado pelo Brasil. Além disso, empresas chinesas têm feito investimentos expressivos em nosso país, em setores como infraestrutura, energia, mineração, eletrônicos, telecomunicações, automóveis, máquinas de construção.

Ainda maior que a dimensão atual de nosso relacionamento econômico é seu potencial. No seminário em Pequim, apresentaremos o novo Brasil que se descortina com as reformas que temos levado adiante, com a recuperação de nossa economia. Dotadas de marcos regulatórios racionais e previsíveis, as parcerias para investimentos lançadas por nosso governo oferecem múltiplas oportunidades – portos, aeroportos, rodovias, linhas de transmissão, entre outros setores. São projetos fundamentais para nossa competitividade, que geram empregos e renda, que garantem melhores serviços à população. Queremos que empresas chinesas, com sua reconhecida excelência nessas áreas, sejam partícipes do momento modernizador que vive o Brasil.

Em Xiamen, manterei contatos com investidores não apenas chineses, mas também de outras grandes economias, que têm demonstrado renovado interesse pelo Brasil. Será mais um momento para expor as possibilidades que se abrem com a retomada de nosso crescimento.

Finalmente, o terceiro tempo. Participarei, ainda em Xiamen, da IX Cúpula do Brics, quando me reunirei com os líderes de Rússia, Índia, China e África do Sul. Estenderemos nosso diálogo, ainda, a mandatários de países convidados – Egito, Guiné, México, Tajiquistão e Tailândia.

Na cúpula, assinaremos acordo para aproximar nossos setores produtivos ao Novo Banco de Desenvolvimento – instituição criada pelos Brics que já aprovou 11 projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em diferentes países, inclusive no Brasil. Avançaremos, ainda, em iniciativas concretas propostas pelo Brasil em áreas como saúde pública, aviação regional e cooperação em inteligência.

Em setembro de 2016, era a China o destino de minha primeira viagem como presidente. Naquela ocasião, falamos a nossos interlocutores dos planos que tínhamos para superar a crise que herdáramos. Passado um ano, os resultados estão aí: a inflação está novamente sob controle, os juros estão em queda consistente, a economia recuperou sua credibilidade, as oportunidades de negócios se multiplicam, os empregos começam a voltar.

O Brasil que vai agora à China é um país mais confiante. Um país que já avançou muito e que tem rumo certo para seguir avançando ainda mais.

Leia o artigo na íntegra http://bit.ly/2vrjRRf


TURISMO | Sete mil profissionais já confirmaram presença na ABAV Expo 2017

A menos de um mês da abertura, a 45ª ABAV Expo Internacional de Turismo & 48º Encontro Comercial Braztoa já contabiliza a inscrição de sete mil visitantes. A maior e mais importante feira de negócios do Turismo no Brasil ocorre este ano de 27 a 29 de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo.
O credenciamento segue gratuito até o dia 22 de setembro e pode ser feito diretamente no site http://www.abavexpo.com.br, onde também é possível se inscrever para as atividades da Vila do Saber, espaço da feira voltado à capacitação e difusão do conhecimento. 
São mais de 60 palestras divididas em quatro eixos - Gestão, Inovação, Segmentação e Tecnologia - e outras duas áreas: uma para realização de Debates e Mesas Redondas e outra dedicada ao tema Produtos e Destinos.
Profissionais credenciados antes da publicação da grade podem voltar ao portal www.abavexpo.com.br, acessar o campo restrito com seu login e senha e clicar na aba Vila do Saber. Nessa área obterão a programação completa com datas e horários e poderão efetuar a inscrição nas atividades de seu interesse. Com lugares limitados, as seis arenas já somam 1.851 inscrições. 
O credenciamento direto na feira terá um custo de R$ 70.  Associados ABAV têm direito à gratuidade permanente (para inscrições antecipadas ou diretamente nos dias do evento), além de cinco ADs 90 por CNPJ, que garantem descontos em voos para os profissionais localizados fora da capital paulista.

Saiba mais
O que: 45ª ABAV Expo Internacional de Turismo & 48º Encontro Comercial Braztoa
Quando: Dias 27, 28 e 29 de setembro, das 12h às 20h
Onde: Expo Center Norte, Pavilhões Vermelho e Verde
Mais informações e inscrições: http://www.abavexpo.com.br/credenciamento/

Sobre a ABAV Nacional
Reconhecida como uma das principais entidades de turismo no Brasil, com crescente força política, a ABAV Nacional está presente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. Sua base é composta por três mil empresas associadas, entre agências de viagens, operadoras e consolidadoras, que juntas respondem por cerca de 80% de toda a movimentação de vendas do setor no país.
A entidade tem sua imagem fortalecida por meio de iniciativas do seu Instituto de Capacitação e Certificação (ICCABAV), na promoção de cursos, palestras, estudos e convênios de cooperação, e na gestão e curadoria do Congresso ABAV de Turismo – âncora da Vila do Saber, o espaço dedicado ao conhecimento e à capacitação profissional integrado à programação da ABAV Expo. 
Globalmente é a única entidade da América Latina integrada à World Travel Agents Association Alliance (WTAAA) e é cofundadora do Fórum Latino-Americano de Turismo (Folatur).

Sobre a ABAV Expo
Realizada pela ABAV Nacional, a ABAV Expo é a maior e mais importante feira de negócios de Turismo do Brasil. O evento contribui de maneira decisiva para a consolidação de negócios entre empresas dos cinco continentes e favorece toda a cadeia produtiva global do Turismo, ao atrair a participação massiva de agentes de viagens e outros profissionais do setor, dos mais diversificados nichos de mercado, além de compradores convidados, nacionais e internacionais.
Entre os expositores estão companhias aéreas brasileiras e estrangeiras; os mais expressivos operadores de turismo; empresas de cruzeiros marítimos e de segmentos especializados, como Corporativo, MICE (Meetings, Incentives, Conferences, Exhibitions), Luxo e LGBT; os principais meios e redes de hospedagem; locadoras de veículos; equipamentos turísticos, e fornecedores de soluções de tecnologia voltadas ao setor, além de representações de destinos e órgãos oficiais de turismo. 
Organizada pela Promovisão, a 45ª ABAV Expo Internacional de Turismo & 48º Encontro Comercial Braztoa agrega em sua programação o Congresso ABAV de Turismo (Vila do Saber), e a Ilha Corporativa Abracorp. Este ano, a feira será realizada de 27 a 29 de setembro, no Expo Center Norte (SP).

INDÚSTRIA | Ibama nega licença para exploração de petróleo na Costa do Amapá

A presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) Suely Araújo, confirmou no início da noite desta terça-feira (29) que, após análise do parecer técnico do órgão sobre o pedido da Total E&P foi constatada uma série de pendências na solicitação e que, por isso, não há condições de aprovar o requerimento. Segundo o parecer, a empresa deixou de apresentar dados detalhados de itens como medidas mitigadoras ou indicadores relacionados à interferência com mamíferos aquáticos e tartarugas, além de parâmetros que possam ser utilizados para o monitoramento do impacto.

Em seu despacho, assinado na segunda-feira, ela afirmou que há pendências obre a atuação da empresa em casos de vazamentos, além de falta de esclarecimentos sobre a modelagem de dispersão de óleo: “Esses pontos são considerados cruciais para subsidiar a decisão sobre a licença ambiental em tela. A modelagem de dispersão de óleo, por exemplo, não pode deixar qualquer dúvida sobre os possíveis impactos no banco de corais e na biodiversidade marinha de forma mais ampla”.

De acordo com o parecer, “a ausência dos elementos acima destacados constitui impeditivo para a emissão da licença” e que ainda é preciso resolver “a lacuna quanto às tratativas internacionais relacionadas aos potenciais riscos transfronteiriços no licenciamento da perfuração marítima e a interlocução com Guiana Francesa, Suriname, Guiana e Venezuela, além de alguns arquipélagos caribenhos”.

Em maio deste ano o Ministério Público Federal no Amapá (MPF/AP) recomendou ao Ibama que suspendesse os estudos para a exploração de petróleo na foz do rio Amazonas até que fossem avaliados os impactos da atividade na barreira de corais existente na região. O MPF entende que a licença pedida pela Total E&P do Brasil não levou em consideração o importante ecossistema existente no recife de corais da foz do rio Amazonas. A exploração em área próxima, sem o estudo de impacto ambiental adequado, pode trazer prejuízos irreparáveis a este bioma único e pouco conhecido. A região tem sido tema de manifestações da organização ambiental Greenpeace.


OPINIÃO | Notas da coluna ARGUMENTOS, quarta-feira, dia 30 de agosto de 2017.


Costas

Pesquisa A Dor no Cotidiano, realizada por Advil com o apoio do Ibope Conecta, traz dados inéditos sobre como o brasileiro lida com a dor e o que faz para tentar evitá-la. Dores nas costas e musculares podem acabar com uma boa postura corporal no dia a dia.

Terminal

Das 57 privatizações para aliviar o rombo das contas públicas, que incluem 18 aeroportos – os mais lucrativos da Infraero – o terminal aeroportuário de Macapá ficou de fora. É deficitário, diz a Infraero.

Agilidade

Aí a pergunta que fica é: qual a vantagem de ter o nosso aeroporto privatizado? Amigo (a), poderia dar respostas mais rápidas às demandas, mais moderno, funcional e com mais capacidade operacional.

Agro

O Amapá caminha para erradicação da mosca da carambola, segundo afirma a Diagro, órgãos responsável pela defesa e inspeção agropecuária no estado. José Renato Ribeiro é quem chancela o programa.

Na conta

Deputado Cabuçu congrega 10 municípios para receber R$ 3,1 milhões em recursos federais para custeio ao Piso da Atenção Básica (PAB). Recursos são de emendas do parlamentar, referentes a 2017.

Oficial

Olha aí o documento histórico que poderá dar mais dignidade a pelo menos 70 mil pessoas residentes do chamado Vale do Jari, que compreende os municípios de Laranjal do Jari e Vitória do Jari. Trata-se do licenciamento da obra de pavimentação do trecho sul da BR 156, uma das obras mais aguardadas por lá.

Estrada

Saiu a licença de instalação do Ibama para que o DNIT possa iniciar as obras de pavimentação do trecho sul da BR 156, trecho que vai de Macapá a Laranjal do Jari. O anúncio foi feito pelo juiz federal João Bosco Soares, em entrevista ao radialista Luís Melo. Jari, penhoradamente, agradece.

História

Considerada uma das rodovias federais mais antigas em construção no país, a BR 156 já teria consumido quase 80 anos desde que o marechal Cândido Rondon a projetou, como fator de integração da Amazônia Setentrional. São aproximadamente 800 km entre Laranjal do Jari e Oiapoque, fronteira com a Guiana Francesa.

O cara

João Bosco é um magistrado diferenciado que a Justiça Federal possui no Amapá, por sua postura proativa, que ele entende ser até mais eficaz que propriamente o mister de julgar conflitos que cheguem à 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Amapá. Mandou bem, de novo.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

BR 156 | Juiz federal anuncia licenciamento para asfaltamento darodovia Macapá-Jari


Saiu a licença de instalação do Ibama para que o DNIT possa iniciar as obras de pavimentação do trecho sul da BR 156, trecho que vai de Macapá a Laranjal do Jari. O anúncio foi feito nesta terça-feira (29) pelo juiz federal João Bosco Soares, em entrevista ao radialista Luís Melo. Trata-se de uma antiga demanda da população amapaense que vive na região do chamado Vale do Jari, que compreende os municípios de Laranjal do Jari e Vitória do Jari – região com aproximadamente 70 mil pessoas.
Fac-símile com os originais da Licença de Instalação emitido pelo Ibama
Considerada uma das rodovias federais mais antigas em construção no país, a BR 156 já teria consumido quase 80 anos desde que o marechal Cândido Rondon a projetou, como fator de integração da Amazônia Setentrional. São aproximadamente 800 quilômetros entre Laranjal do Jari, na divisa do Amapá com o Pará, e Oiapoque, na fronteira do Brasil com a Guiana Francesa, dos quais 500 quilômetros já estão asfaltados.

Um olhar
O juiz João Bosco é um magistrado diferenciado que a Justiça Federal possui no Amapá, por sua postura proativa, que ele entende ser até mais eficaz que propriamente o mister de julgar conflitos que cheguem à 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Amapá. Ele teve destaca atuação para a resolução do impasse sobre os licenciamentos das obras de pavimentação da BR 156, fato este reconhecido pelo próprio secretário da Setrap, Jorge Amanajás, que também participou da entrevista no rádio hoje cedo.
O documento do Ibama também lista as condicionantes para o licenciamento da obra na BR 156
A obra do trecho sul da rodovia federal foi dividida em quatro lotes, sendo que o lote 1 está a cargo do Estado, através de convênio de delegação do DNIT com a Setrap. “Será um trecho de 62 quilômetros entre o quilômetro 21 (entroncamento com a BR 210) até a comunidade do Vila Nova, que nós agora vamos emitir a Ordem de Serviço para a empresa começar a mobilização e instalar o canteiro de obras”, anunciou Amanajás.
Os demais trechos, serão divididos entre o próprio DNIT, que irá licitar os lotes 2 e 3, e o Exército Brasileiro, que ficará responsável pelo lote 4, por convênio, tocando a obra com a tradicional unidade 8º BEC (Batalhão de Engenharia e Construção), cuja sede fica em Santarém (PA). A obra de pavimentação do trecho sul da BR 156 tem um custo estimado em pouco mais de R$ 200 milhões.

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SAÚDE | Pesquisa aponta que má postura é principal causa de dores nas costas e musculares

A terceira edição da pesquisa A Dor no Cotidiano, realizada por Advil com o apoio do Ibope Conecta, traz dados inéditos sobre como o brasileiro lida com a dor e o que faz para tentar evitá-la. Quando o assunto são as dores nas costas e musculares, os participantes do estudo afirmam que manter uma boa postura corporal no dia a dia (58% e 38%, respectivamente) é a principal atitude para impedir que os incômodos apareçam. Além disso, para evitar as dores musculares, praticar atividade física regularmente é uma atitude importante para 37% dos participantes. Já para prevenir a dor de cabeça, os entrevistados procuram manter uma boa noite de sono (46%) e controlar o estresse (45%).
A pesquisa mostrou também que as dores mais frequentes entre a população brasileira seguem os mesmos padrões da edição anterior, realizada em 2016. Dos entrevistados, 76% dizem ter tido dor de cabeça pelo menos uma vez nos últimos três meses, 65% afirmam terem tido dor nas costas e 63% relatam ter tido dores musculares em outras partes do corpo.
O presidente da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), Irimar de Paula Posso, explica que, a fim de evitar a dor, é fundamental conhecer o próprio corpo e respeitar seus limites. “Praticar exercício regularmente, com moderação e acompanhamento profissional, é importante para se proteger das dores nas costas e musculares e uma ótima maneira de ter mais qualidade de vida”, destaca.

Baixa
Maior causa de afastamento do trabalho, a dor nas costas é a mais frequente entre os participantes da pesquisa, tanto em 2016 quanto em 2017: dos entrevistados que sofrem com o incômodo, 65% sentem essa dor pelo menos uma vez por semana. Ano passado, o percentual registrado foi de 64%. “Fazer atividades repetitivas ou ficar muito tempo na mesma posição – sentado, de pé ou dirigindo, por exemplo – podem ser causas de dor nas costas. A orientação é utilizar móveis ergonômicos e calçados adequados, além de movimentar-se periodicamente e alongar-se”, ressalta o especialista. O uso prolongado do celular, com a cabeça baixa, excesso de peso e o próprio envelhecimento também contribuem para a frequência das dores nas costas.
As dores musculares, entretanto, também são bastante constantes. Entre os que têm dores musculares, 57% sentem pelo menos uma vez por semana. As principais causas apontadas pelos participantes da pesquisa para as dores musculares são má postura (58%) e excesso de exercício (56%). Na sequência, os motivos citados são gripes ou resfriados e excesso de trabalho ou estudo, com 48% e 42%, respectivamente.
Quando analisados por faixa etária, o estudo mostra que quanto mais jovens mais as pessoas tendem a associar excesso de exercício e gripes e resfriados a dores musculares. Os mais velhos, ao contrário, destacam-se por associar a falta de exercício à dor muscular. “As dores decorrentes dos exercícios físicos podem ser causadas por seu excesso, mesmo quando a pessoa está condicionada, ou pela prática de movimentos que o corpo não está acostumado, ainda que sejam atividades cotidianas, como varrer a casa ou subir escadas”, explica Posso.

Para aliviar a dor
Ter consciência do próprio corpo e buscar atitudes que ajudam a evitar a dor é fundamental para ter bem-estar no dia a dia. Sabemos, porém, que, de vez em quando, a dor pode aparecer. Para esses momentos esporádicos, o uso de um analgésico é a solução. A pesquisa mostrou que os principais fatores que levam os entrevistados a confiarem em uma marca de analgésicos são a qualidade e a eficácia (50%), seguidos pela indicação do médico (25%).
“Com o dia a dia cada vez mais agitado, muitas vezes, não podemos parar nossas atividades por causa da dor. Assim, Advil pode ser um aliado para o alívio rápido, já que é um analgésico com ação rápida a partir de 10 minutos” destaca a diretora de Marketing da Pfizer Consumer Healthcare, Cristina Viana da Fonseca. O medicamento é facilmente absorvido pelo organismo devido à inovadora tecnologia da cápsula líquida. Há nove anos no mercado brasileiro, Advil é indicado para o alívio das dores de cabeça, nas costas e musculares.

Metodologia da pesquisa
Conduzida pelo Ibope Conecta em parceria com Advil, a terceira edição da pesquisa A Dor no Cotidiano foi elaborada para entender como os brasileiros lidam com as dores musculares, nas costas e de cabeça, e o quanto estão dispostos a modificar comportamentos que possam causar o incômodo.
A pesquisa contemplou 1.954 entrevistas, realizadas pela internet com homens e mulheres, acima dos 16 anos, das classes ABC, em todo país, com base proporcional à da população de internautas do Brasil. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais com 95% de confiança.

AVIAÇÃO | Aeroporto de Macapá fica de fora do leilão de privatizações do governo, diz Infraero

Aeroporto Internacional de Macapá | Foto: Infraero
O governo federal anunciou na semana passada 57 privatizações para aliviar o rombo das contas públicas. Na lista estão 18 aeroportos, entre eles os de Congonhas e do Recife, dois dos mais lucrativos da Infraero. E se a regra é vender apenas aqueles que estão no azul, o terminal aeroportuário de Macapá ficou de fora, pois segundo a própria Infraero ele é deficitário.

Mas entregar à iniciativa privada alguns dos aeroportos lucrativos da Infraero pode não ser a melhor alternativa para os cofres públicos, segundo o próprio presidente da Ifraero. Antônio Claret de Oliveira, atravessou ofício ao ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella Lessa, alertando que privatizar aeroportos poderá gerar gastos extras de mais de R$ 3 bilhões por ano ao governo federal e manterá a estatal no vermelho por mais de 15 anos, com um déficit de cerca de R$ 400 milhões anuais, segundo avaliação feita na semana passada pela própria Infraero.

A informação do ofício enviado pelo presidente da estatal,acabou vazando para a imprensa, segundo reportagem do jornalista Ricardo Gallo, do G1 de São Paulo.

Em Macapá, o Blog procurou a Superintendência da Infraero, mas a titular Keyla Paula de Moraes, informou que não poderia dar mais informações a respeito desse tema, que está a cargo da direção da estatal, em Brasília.

Entre as consequências da privatização, segundo Antonio Claret de Oliveira, então:

- Absorção de mais de 1.600 funcionários dos blocos de aeroportos a serem concedidos. Isso porque acordo trabalhista assegura estabilidade até 2020 dos empregados e, historicamente, 80% dos funcionários de aeroportos concedidos decidem manter-se na Infraero;
- Fluxo de caixa negativo de cerca de R$ 400 milhões anuais, durante mais de 15 anos;
- Comprometimento do orçamento da União em mais de R$ 3 bilhões por ano para manutenção do custeio da estatal

A Infraero contesta ainda um dos argumentos do governo: de que a venda dos 49% da participação da empresa nos aeroportos já concedidos (Guarulhos, Brasília, Galeão, Confins e Viracopos) compensaria parte das perdas da estatal. Para a Infraero, há dúvidas se o mercado tem interesse em comprar essa participação.

Incertezas
Então diante de todo esse quadro e sabendo que o Aeroporto de Macapá não dá lucro, a pergunta que não quer calar é como será o seu futuro? Sim, pois a própria obra de ampliação do terminal, iniciada em 2004 jamais foi concluída, daí as dúvidas a respeito de quando será entregue à população.  

Com informações do G1.

AGRONEGÓCIO | Amapá caminha para erradicação da mosca da carambola, anuncia Diagro

Desde 2015, os índices de captura da Mosca da Carambola no Estado do Amapá sofrem queda considerável. A Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro) monitora oito municípios (Macapá, Mazagão, Porto Grande, Ferreira Gomes, Pedra Branca do Amapari, Serra do Navio, Cutias e Itaubal) por meio do Programa Nacional de Erradicação da Mosca da Carambola, coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). No primeiro semestre deste ano foram capturadas 3.678 moscas, segundo dados da Diagro referentes aos municípios acompanhados.

Este quantitativo é 86% menor que os índices referentes ao mesmo período do ano de 2016, que foram superiores a 26 mil capturas. Em 2015, os dados foram ainda maiores: 47 mil insetos capturados de janeiro a julho.

Monitoramento e combate

A chefe da Unidade de Sanidade Vegetal da Agência, Júlia Braga, explica que apesar do nome, a praga não ataca somente a carambola, mas também acerola, taperebá, tangerina, manga, goiaba, laranja, caju, tomate, jaca, jambo e outros frutos.

“O trabalho desempenhado pela Diagro consiste em atividades de monitoramento de armadilhas que estão instaladas em pontos estratégicos e atividades de combate, que por sua vez, consistem na pulverização das plantas hospedeiras, coleta de fruto e aplicação de técnicas de aniquilamento de machos”, explica Braga.

Júlia esclarece ainda que os demais municípios do Estado também são monitorados, mas com ações a cargo do MAPA. Todos os dados das ações desenvolvidas pelo Governo do Estado são compilados e enviados ao Ministério, periodicamente.

Na semana passada, técnicos da Diagro participaram de uma reunião no Estado do Pará, que contou com a presença de todos os atores envolvidos, na Região Norte, com o plano de erradicação da mosca. O momento foi de compartilhamento de informações sobre o cenário regional e de nivelamento de ações para a erradicação da praga. Representantes do Departamento de Sanidade Vegetal do MAPA também estiveram presentes.

Erradicação

O diretor-presidente da Agência, José Renato Ribeiro frisa que os dados positivos são reflexo do trabalho intenso e contínuo desempenhado pelo Estado. Uma das premissas do programa, acrescenta ele, é também impedir que os frutos hospedeiros da mosca saiam do Amapá para outros lugares do país que são livres da praga.

“Temos equipes que atuam de forma permanente nas áreas portuárias, no aeroporto e nas fronteiras do nosso Estado para impedir a saída de frutos contaminados. Com isso, caminhamos cada vez mais para perto do objetivo, que é erradicar a mosca da carambola no Amapá”, enfatizou, complementando que os produtos encontrados nestes locais prontos para sair do Estado são retidos, conforme a legislação, para que não haja a disseminação da mosca, que vive apenas 126 dias, mas é capaz de colocar entre 1.200 e 1.600 ovos neste período.

Mosca da carambola

É uma espécie de mosca das frutas, originária do sudeste asiático. Por volta da década de 80 entrou no continente sul-americano pelo Suriname. Chegou até a Guiana Francesa, e em 1996 foi identificado o primeiro foco no Brasil, no município de Oiapoque, Estado do Amapá.

Esta é uma praga exótica classificada como quarentenária presente, ou seja, possui ocorrência restrita e está sob controle oficial tanto no Amapá quanto em Roraima. Sua presença pode ocasionar sérios prejuízos para a fruticultura nacional, gerando entraves e restrições na exportação de frutos no país, pois uma vez contaminados, se tornam visualmente menos atrativos e têm a durabilidade comprometida. Contudo, a praga não oferece riscos à saúde humana.


RENCA | Governo anula decreto de extinção de reserva no Amapá e edita novo texto

Ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, explicou que decreto ajuda no combate aos garimpos ilegais | 
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Para reforçar o compromisso com a proteção ao meio ambiente, o governo vai publicar um novo decreto sobre a extinção da Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca). O texto regulamenta a exploração mineral onde não houver unidades de conservação, terras indígenas, ou seja faixa de fronteira. O documento saiu em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

Nos locais onde há sobreposição com áreas protegidas, a autorização de pesquisa mineral, a concessão de lavra, a permissão de lavra garimpeira, o licenciamento, e qualquer outro tipo de direito de exploração minerária ficam proibidos.
De acordo com o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, o decreto tem o objetivo de deixar as regras mais claras, sobretudo porque o texto anterior causou “confusão”. “O novo texto deixa firme a posição de que não pode ter exploração em unidade de conservação”, explicou.

Mais fiscalização
Para o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, qualquer confusão causada pelo decreto anterior fica, agora, solucionada. “Havia uma reserva para exploração de cobre que não envolvia reserva indígena ou ambiental. Essa reserva foi ampliada para outros minerais, sem ferir um metro quadrado de reserva indígena ou ambiental”, explicou.
Antes da extinção da reserva mineral, havia exploração ilegal na área, lembrou Padilha. Com o decreto, o governo vai poder fiscalizar e punir quem estiver fora da lei, além de ter a possibilidade de liberar verba suplementar para fiscalização e para fechar os garimpos ilegais.

Fonte: Portal Planalto

OPINIÃO | Notas da coluna ARGUMENTOS, terça-feira, dia 29 de agosto de 2017.


Estrada
 
O governo do Estado pretende chegar ao final deste ano com 80% das obras de alargamento da Duca Serra concluídos. Para isso, vem intensificando os serviços ao longo da rodovia. Esta semana, imprima asfalto no trecho de 400 metros em frente ao Iapen.

Era hora
 
As obras de alargamento (ou duplicação) da Duca Serra avançam em direção ao município de Santana. Há duas semanas, equipes de trabalho seguem com os serviços de terraplanagem nos dois lados da pista.

Agro
 
Novidade no agronegócio. Trata-se de um Dia de Campo na Fazenda Angélica, dia 16 de setembro, a cargo do criador Daniel Steinbruch, que apresentará carne de gado japonês da raça Wagyu.

Blog
 
O ano de 2017 tem sido desafiador à pecuária brasileira. Margens de lucro mais estreitas desafiam a criatividade do pecuarista e premia aqueles mais ousados e criativos. Mais em cleberbarbosa.net.

Viterbino
 
“Aos ambientalistas de plantão que se dizem defensores da Amazônia, deveriam é não olhar para o próprio umbigo ou seus interesses ambientais e mundiais, mas olhar para as pessoas que aqui vivem”.

Renca
 Mais confusão por aqui. Em ação ajuizada ontem (28), o Ministério Público Federal no Amapá (MPF/AP) pede à Justiça Federal concessão de tutela de urgência para suspender os efeitos do Decreto nº 1942 de 22/8/2017 que extingue a Reserva Nacional do Cobre e seus Associados (Renca). Assunto ainda vai render muito.

Icomi
 
Em comunicado, a ICOMI diz ter cumprido mais uma etapa do longo processo para obter os licenciamentos e retomar suas atividades no Amapá. Depois do DNPM e do IMAP, agora foi a Prefeitura de Serra do Navio, que emitiu a Certidão de Anuência autorizando as operações da empresa.

Volta
 
O diretor executivo da Icomi é o engenheiro Marcelo Velazquez, um dos técnicos mais respeitados do mercado da mineração, formado pela tradicional Universidade Federal de Ouro Preto – pioneira brasileira na formação de engenheiros – e com passagens por Vale, Rio Tinto, Anglo American e Zamin Ferrous.

Rito
 
O licenciamento já venceu etapas importantes, desde o acordo judicial celebrado em 2013 com a mediação do Ministério Público Estadual. A Icomi já recebeu do Ministério das Minas e Energia a Portaria Ministerial nº 480/2016, ratificando a Licença de Operações do IMAP.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

MINERAÇÃO | Icomi anuncia ter obtido licenciamentos no DNPM, IMAP e Prefeitura

O prefeito de Serra do Navio Elson Belo e o diretor da Icomi, Marcelo Velazquez
Em comunicado feito nesta segunda-feira (28), a Indústria e Comércio de Minérios S.A. (ICOMI) diz ter cumprido mais uma etapa do longo processo para obter os licenciamentos e retomar suas atividades no Amapá. Depois do DNPM e do IMAP, agora foi a Prefeitura de Serra do Navio, que emitiu a Certidão de Anuência autorizando as operações da empresa no município. O documento foi entregue na última quarta-feira (23) durante audiência pública realizada na Câmara de Vereadores.

A Icomi esteve representada por seu diretor executivo, o engenheiro Marcelo Velazquez, um dos técnicos mais respeitados do mercado da mineração, formado pela tradicional Universidade Federal de Ouro Preto – pioneira brasileira na formação de engenheiros – e com passagens por Vale, Rio Tinto, Anglo American e Zamin Ferrous.

Além da população local, os vereadores e o prefeito de Serra do Navio Elson Belo, participaram da audiência pública, ocasião em que puderam fazer perguntas e questionar o executivo da Icomi a respeito de como será essa volta da empresa ao município e ao mercado internacional.

O processo de licenciamento já venceu etapas importantes, desde o acordo judicial celebrado em 2013 com a mediação do Ministério Público Estadual. “Nós já recebemos do Ministério das Minas e Energia a Portaria Ministerial nº 480/2016, ratificando a Licença de Operações do IMAP, a nossa L.O. datada do último dia 11 de agosto, culminando agora com a Anuência do município de Serra do Navio”, diz o diretor.

Leia também:


Tjap nega pedido da Ecometals a ter posse de área da Icomi em Serra do Navio


Desembargador diz que Ecometals não tem legitimidade para requerer manganês 


“Serra do Navio e o Amapá são sim viáveis, por isso a Icomi está de volta”



De acordo com a publicação do MME no Diário Oficial da União nº 248, de 27 de dezembro de 2016, neste primeiro momento, a Icomi está licenciada para proceder o “aproveitamento das pilhas e bacia de rejeitos da susbtância manganês”, considerados produtos da lavra ocorrida na área do Processo nº 003.264/1953, por força da Decisão Judicial proferida na Apelação Cível nº 2005.31.00.000418-9/AP.

A empresa informou ainda que com a conclusão dos trabalhos de licenciamento, estará retomando também todas as contrapartidas de interesse do município e do estado, que foram objeto do acordo judicial mediado pelo Ministério Público do Estado do Amapá (MPAP).


RENCA | MPF/AP quer suspensão dos efeitos do decreto de extinção da Reserva de Cobre


Em ação ajuizada nesta segunda-feira, 28 de agosto, o Ministério Público Federal no Amapá (MPF/AP) pede à Justiça Federal concessão de tutela de urgência para suspender os efeitos do Decreto nº 1942 de 22/8/2017 que extingue a Reserva Nacional do Cobre e seus Associados (Renca). O MPF/AP defende que a medida adotada pela Presidência da República, além de contrariar a Constituição Federal, põe em risco a preservação do meio ambiente e fere direitos fundamentais dos amazônidas, em especial o direito à consulta prévia.
Na ação, o MPF/AP argumenta que, embora a instituição da Renca tenha tido o objetivo de proteger o patrimônio mineral da União, não há dúvidas de que também criou uma área de proteção ambiental qualificada, devido à função conservacionista de recursos naturais que possui. O órgão ressalta que, a partir da Constituição Federal de 1988, as áreas de proteção ambiental passaram a ter regime jurídico próprio para supressão ou alteração. Assim, a extinção via Decreto presidencial “representa invasão da competência legislativa do Congresso Nacional, dado que apenas a este caberia desafetar ou restringir os limites de uma unidade de conservação, por meio de lei específica”.
A extinção da Renca, alerta o MPF/AP: “ameaça a diversidade biológica, o ambiente natural, a integridade das unidades de conservação federal e estadual e o modo de vida dos povos indígenas e população tradicional daquela região, tendo em vista os grandes impactos socioambientais decorrentes de atividades minerárias”. Para o órgão, o Poder Público também não teve cautela quanto a antever os perigos que a extinção da Renca pode ocasionar às unidades de conservação e terras indígenas vizinhas ao permitir a instalação de empreendimentos minerários que notoriamente causam grandes impactos ambientais.
Ao agir à revelia da comunidade e lideranças indígenas locais, a Presidência da República violou o direito de consulta prévia estabelecido pela Convenção 169, da OIT. Nesse sentido, o MPF/AP enfatiza: “o Amapá não é mais um Território Federal, autarquia de natureza especial da União, sobre o qual esta pode livremente dispor. Não é mais possível a instituição de projetos como o da ICOMI (Manganês em Serra do Navio, de 1954-1997), sem que antes toda a população e estâncias políticas, econômicas e comunidade científica local possam intervir”.
O MPF/AP salienta que desconhece caso de efetivo sucesso que alie a atividade minerária à proteção da natureza, restando inegáveis prejuízos à população do entorno e ao meio ambiente local. Portanto, a simples instalação de empreendimento minerário, pesquisa e lavra não significa desenvolvimento econômico e social de uma região.

Ecocídio - Para o MPF/AP, a extinção da Renca viola diversos compromissos internacionais firmados pelo Brasil, configurando-se verdadeiro “ecocídio”, pois causará a destruição em larga escala do ecossistema amazônico, com a maximização da exploração mineral de área preservada. Desde o final do ano passado, o Tribunal Penal Internacional decidiu classificar o ecocídio como crime contra a humanidade.
O entendimento do Direito Internacional foi, portanto, ampliado para proteger adequadamente o meio ambiente. “Assim, a ampliação não planejada de exploração mineral em área de proteção ambiental qualificada na Amazônia, como a Renca, ensejará grave lesão ao meio ambiente e, consequentemente, a toda humanidade”.

Renca - A Renca, instituída por decreto em 1984, corresponde a uma área de aproximadamente 4, 6 milhões de hectares. Quase metade está localizada no sudoeste do estado do Amapá, abrangendo os municípios de Laranjal do Jari, Mazagão, Pedra Branca do Amapari e Porto Grande. A reserva encontra-se encravada em região de inúmeras áreas legalmente protegidas, com destaque para a Terra Indígena Wajãpi, Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, Florestas Nacional do Amapá e Estadual do Amapá, Reserva Extrativista do Cajari, Reserva do Desenvolvimento Sustentável do Uiratapuru e Estação Ecológica do Jari. No Pará, nas Terras Indígenas Rio Paru D'Este e TI Parque Tumucumaque, que congregam as etnias Aparai Wajãpi Wayana, Ararai Katxuyana e Tiryó Wajãpi Wayana.

ESTRADAS | Operários e máquinas iniciam pavimentação da nova Rodovia Duca Serra

Trecho de 400 metros recebe a imprimação, que antecede a pavimentação. Fotos: Maksuel Martins/SECOM
O governo do Estado pretende chegar ao final deste ano com 80% das obras de alargamento da Duca Serra concluídos. Para isso, vem intensificando os serviços ao longo da rodovia.
De acordo com a Secretaria de Estado de Transportes (Setrap), responsável pela execução da obra, a pavimentação do trecho de aproximadamente 400 metros localizado em frente ao Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) deve começar nesta semana.

A preparação do trecho para receber o asfalto começou na última sexta-feira, 25, com a imprimação, um procedimento conhecido como “piche” e que antecede a capa asfáltica. É necessário esperar pelo tempo de cura da imprimação, que leva em média entre 24 e 36 horas para poder iniciar a pavimentação.
O diretor de Produção Industrial da Setrap, Benedito Junior, confirmou que o primeiro carregamento de CAP, material betuminoso essencial para a produção da massa asfáltica, chegou neste fim de semana. “Houve um atraso no início deste trabalho porque tivemos que realizar uma licitação para aquisição deste produto”, destacou.

Terraplanagem

As obras de alargamento da Duca Serra avançam em direção ao município de Santana. Há duas semanas, equipes de trabalho seguem com os serviços de terraplanagem nos dois lados da pista. Os serviços se concentram num trecho de aproximadamente 2km entre os loteamentos Novo mundo e Jardim América.
Outra frente de trabalho vindo de Santana à Macapá deve iniciar nos próximos dias.

Alargamento
Outra frente de trabalho vindo de Santana à Macapá deve iniciar nos próximos dias.
A Rodovia Duca Serra, que liga Macapá ao município de Santana, tem 17 km de extensão que serão totalmente alargados. A primeira etapa, com mais de 3 km, no trecho que inicia próximo à sede do 34° BIS até a entrada da ponte da Lagoa dos Índios, já foi finalizada.
No trecho que corta a Lagoa dos Índios foram concluídos os serviços do rachão, camada de pedras que antecede o aterro para terraplanagem. O governo deve anunciar ainda neste semestre a licitação para a construção das pontes de concreto com 50 metros de extensão no referido trecho.
Concluído e liberado, o trecho de aproximadamente 800 metros localizado entre o Cabralzinho e a Lagoa dos Índios deve receber as sinalizações verticais e horizontais ainda neste semestre. O projeto prevê ainda a construção de uma rotatória neste trecho.

AGRONEGÓCIO | Dia de campo apresentará carne de gado japonês da raça Wagyu

O ano de 2017 tem sido desafiador à pecuária brasileira. Margens de lucro mais estreitas desafiam a criatividade do pecuarista e premia aqueles mais ousados e criativos. Um bom exemplo é o criador Daniel Steinbruch. O jovem empreendedor rural descobriu em um gado japonês a fórmula para desenvolver um negócio próspero, mesmo em tempos de crise. A raça bovina em questão é o Wagyu.
É aquela mesmo que toma cerveja, tem massagem, come arroz e ouve música clássica no Japão. Mas, no Brasil, o manejo é diferente. Em vez de cerveja, arroz e os luxos, capim e ração da mais alta qualidade. Sua carne tornou-se uma iguaria em todo mundo, inclusive por aqui.
Um quilo de carne Wagyu no varejo pode chegar facilmente a R$ 300 nos melhores supermercados brasileiros, que, por sua vez, remuneram à altura  por uma matéria-prima com qualidade. Diferente dos outros bovinos, 60% da gordura corporal do animal é composta por ácidos graxos monoinsaturados, o bom colesterol (HDL).

Evento
A receita de sucesso desse negócio é justamente o que Steinbruch vai mostrar a quem participar do 4º Dia de Campo da Fazenda Angélica e 6º Leilão Kobe Premium, em Americana, no interior de São Paulo, dia 16 de setembro, às 8h.
Ele é um dos poucos pecuaristas do País a verticalizar a cadeia produtiva da carne bovina. Conceito sonhado por uma boa gama de produtores, o termo significa produzir pecuária do “pasto ao prato”.
Para tanto, Steinbruch conclui até o final do ano a construção de um frigorífico, também em Americana, para fazer a desossa e o porcionamento correto da carcaça. Os cortes de Wagyu vão um pouco além daqueles dos açougues.
Desta forma, o jovem pecuarista toma para si as margens de lucro que ficariam com a indústria e o varejo, entretanto, assumindo o desafio da distribuição. No momento, isso não é problema para a Fazenda Angélica. A propriedade de Steinbruch fornece bois para o Programa Kobe Premium.
Diferente de outras dezenas de marcas de carne existentes, ela abate apenas animais puros. Se viu um quilo de carne de Wagyu a R$ 70,00, duvide, pois, o mais provável é que seja proveniente de um animal cruzado com Nelore ou qualquer outra raça.

Produtividade
A pureza racial das linhas Kobe Premium é certificada pela Associação Brasileira dos Criadores de Wagyu, responsável pelos registros do bovino nipônico no território nacional. O rebanho brasileiro é estimado em 3 mil animais vivos.
Com a genética reprodutora, o frigorífico e a distribuição sob controle, falta apenas escala de produção. Daniel Steinbruch abate uma média de 150 animais por ano, ainda pouco perto do objetivo.“Estamos fazendo fertilização in vitro para aumentar o volume, porém, o embrião feito hoje demora quatro anos para ser abatido”, explica o criador. A solução foi criar um programa de fomento do qual qualquer pecuarista interessado que atenda as exigências possa ingressar.
Nesta iniciativa, os parceiros já recebiam preços acima do teto do boi gordo antes mesmo da crise deflagrada no mercado de carne bovina pela Operação Carne Fraca e a delação premiada dos irmãos Batista. “O fornecedor recebe uma remuneração que não seria obtida da forma convencional”, garante Steinbruch.
Ele paga de 1,4 a 2,2 vezes a cotação da arroba do boi gordo por animal. O prêmio varia conforme o grau de marmorização da carne (a gordura formada entre as fibras). Um boi puro Wagyu para corte pode ser adquirido por um valor acima de R$ 7 mil.

Serviço
4º Dia de Campo Fazenda Angélica e 6º Leilão Kobe Premium
Data: 16 de setembro, às 8h
Rodovia Anhanguera – KM 122
Americana/SP
Informações e inscrições: (11) 99950-4574
Cadastros e lances leilão: (11) 4245-4150

OPINIÃO | Notas da coluna ARGUMENTOS segunda-feira, dia 28 de agosto de 2017.

Era hora

Olha que boa pedida para quem curte poesia. Estão abertas as inscrições para o Concurso Nacional Novos Poetas, Prêmio CNNP 2017. Podem participar do concurso todos os brasileiros natos ou naturalizados, maiores de 16 anos.

Regras

Cada candidato pode inscrever-se com até dois poemas de sua autoria, com texto em língua portuguesa. O tema é livre, assim como o gênero lírico escolhido. Serão 250 poemas classificados.

Publicação

A classificação dos poemas resultará no livro Antologia Poética. O certame está entre os mais destacados concursos literários da língua portuguesa. A licença poética através do ineditismo da nova poesia.

Inteligência

Uma empresa brasileira promete trazer comodidade, segurança e busca de melhores cotações em câmbio para os que desejam viajar. A Meu Câmbio desenvolveu uma plataforma web de alta capacidade.

Limite

Ao todo são oferecidas 17 moedas estrangeiras, em mais de 133 cidades atendidas. O pedido é feito pelo site, mas o pagamento é realizado diretamente entre o cliente e a instituição financeira, via transferência.


Música

Cantor Faype aposta no audiovisual para lançamento do primeiro EP. O artista busca conquistar espaço no segmento pop musical. ‘Tringle’ retrata como a arte pode mudar a vida das pessoas. Inovação, criatividade e originalidade são características que o cantor apresenta a cada trabalho.

Censo

O presidente do IBGE, Roberto Olinto Ramos, assinou hoje um convênio entre o Instituto e a Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), com o objetivo de concretizar o apoio das principais organizações e empresas de agropecuária do país às operações do Censo Agro 2017.

Evento

O documento que chancela o Censo foi assinado no fim desta semana, em São Paulo, durante o 16º Congresso da ABAG. Um dos mais tradicionais e importantes encontros do setor, o congresso reuniu mais de dois mil participantes, entre produtores e dirigentes das associações de classe do meio rural.

Artista

Em nova produção, o cantor Faype aposta no audiovisual para lançamento do primeiro EP, intitulado “Tringle”. As três faixas “Tudo pode acontecer”, “Cabeça e coração” e “Só quero você” prometem levar o público a uma história de reflexão. Trabalhado como um curta-metragem.

ENTREVISTA | “Hoje vemos que o jovem, o adolescente, não respeita nem pai e nem mãe”

Um dos mais respeitados policiais do Amapá está de volta à cena. Trata-se do delegado Ronaldo Coelho, que os cronistas policiais chamam de ‘Brabo’. O fato é que este ex taxista reconhece sua popularidade e empatia que goza junto à sociedade, tanto que como um verdadeiro porta-voz da categoria, costuma arrancar aplausos do público que lota o Sambódromo durante dos desfiles cívicos do 7 de setembro, onde experimenta as mais latentes manifestações de apreço e confiança por parte da população amapaense. Mas ele acaba de assumir a titularidade da Delegacia de Acidentes e foi ao rádio passar a limpo a carreira, a violência e as mudanças comportamentais de pais e filhos. Foi no programa Conexão Brasília, falando ao jornalista Cleber Barbosa.

Cleber Barbosa
Da Redação

Diário do Amapá – Acho que foi o repórter policial João Cardoso Neto, o Bolero, quem cunhou a expressão Delegado Ronaldo Brabo Coelho para chamar o senhor. Qual a origem desse apelido?

Ronaldo Coelho – Esse adjetivo veio da minha antiga função, no Grupo de Captura que eu comandava, não é novidade pra ninguém. Mas acho que muito mais do que isso é pelo tom da voz, a maneira de falar espontaneamente e acabei sendo rotulado disso, mas não tem nada disso não, pois não sou nem melhor nem pior do que qualquer delegado que aí está no dia a dia.
Diário – Pelo que a gente sabe, no contato com os acusados, o ralho faz parte também? O senhor chega a dar ralhos meio que didáticos em determinados maus elementos?
Ronaldo – Eu demonstro a minha indignação. Não sei se seria um ralho, mas tem a cultura da mentira que eu não aceito. Mentir em depoimento, eu prefiro então que fique calado! Mas se falar, que fale pelo menos alguma coisa coerente porque a minha indignação é que tem vários depoimentos de alguém, mostrando uma sistemática outra, aí vem o acusado com a maior cara de pau, como eu digo, criar factoides porque alguém está instruindo ele? Aí eu sempre tinha essa linha de reclamar mesmo, de me indignar. E outra coisa, não dizem que a gente também tem que orientar? Mas tem cara que só conhece orientação no tranco! Essa que é a grande verdade.
Diário – E com relação àquela frase “quem não acha pai em casa vai achar na rua, ou é a polícia ou é o bandido”. O que o senhor acha do papel dos pais em evitar que o filho caia no caminho da delinquência?
Ronaldo – O caminho da delinquência está exacerbado hoje e muito latente devido exatamente isso que você falou, a família. Não está se valorizando isso, a gente percebe o respeito que a gente tinha pelos mais velhos como antigamente, o respeito que se tinha por pai e mãe. Hoje temos visto que o jovem, o adolescente não respeita pai e nem mãe. E pior do que isso eu vejo fraqueza em pais e mães ao impor ordem na casa, na educação dos seus filhos. Já cheguei a ver vários pais na delegacia se justificando que o filho não obedece, que o filho não atende e que por isso querem entregar o filho para o Estado criar. Ei, o que é isso? Negativo meu amigo! Quando você tem um filho é para sempre. Teu filho prestando ou não tem que assumir, não pode entregar a educação, não pode passar esse encargo, nem pro Estado nem pra rua. Não! Tem que ter essa sintonia, esse comprometimento.
Diário – Isso se reflete no perfil do bandido?
Ronaldo – Sim, os mais violentos não têm parâmetro nenhum. Você percebe que essas pessoas violentíssimas, principalmente o adolescente, ele tem aversão a pai e mãe, não fala da família e mais do que isso, às vezes quando chega na unidade ou em determinada situação, nas blitze, nas ruas, a gente pergunta: “Quem é teu pai?” E eles “Não avisa ninguém que eu sou só nesse mundo!”. E tem outra, às vezes a polícia faz esse papel de ir avisar o pai ou a mãe e eles dizem “não, não tenho mais filho!”. Quer dizer, é um jogo de empura empura do qual alguém vai pagar essa conta! E quem está pagando sabe quem é? O cidadão comum, o cidadão estruturado, porque aquele que é desestruturado, nós temos percebido isso, têm raiva daqueles que são estruturados e que têm melhores condições.
Diário – Existem muitas pessoas que estudam as causas da violência, no próprio meio acadêmico se vê isso, como o Núcleo de Estudos da Violência da Unifap. Agora um dado concreto é a população carcerária do Amapá, eminentemente jovem. Para um policial experiente como o senhor a que isso se deve?
Ronaldo – Primeiro é pegar o que disse a maior autoridade nessa área da Justiça, que é o ministro José Eduardo Cardozo, que disso preferir a morte do que cumprir pena em nossos presídios. Isso ele falou para o Brasil todo! Ou seja, a penitenciária hoje infelizmente não cumpre o seu papel, a ressocialização não existe, o que existe mais é punição. Hoje se entra lá por um determinado crime e sai escolado em outros! Há necessidade de se debruçar sobre isso, de se quebrar essa lógica da penitenciária. Não é novidade pra ninguém, podem até me criticar, mas dizem que dentro da cadeia tem uma lei específica. Como é que nós vamos falar em ressocialização se o cara chega lá para ser submetido a uma lei da cadeia? Primeiro o Estado tem que ser forte, rígido, para impor a lei dele, a lei geral. É deixar aquele cidadão lá sentir que realmente ele está lá para cumprir a sua pena, mas ter uma dignidade, ao invés de entrar lá e sair digno, entra lá e vira um bicho-fera!
Diário – Dentro dessa visão crítica do senhor, recentemente uma espécie de rebelião na penitenciária local as autoridades apressaram-se em dizer que não houve nenhum tiro dado por agentes do Estado, que os tiros foram dados por detentos, numa disputa pelo controle do tráfico de drogas. Um preso ligou para o rádio e deu entrevista. Quer dizer, armas, drogas, celulares, tem muita coisa errada lá não é?
Ronaldo – Investimentos né? Por exemplo, enquanto você não quebrar a comunicação do preso, que merece ser quebrada, para que ele não tenha esse contato com o mundo exterior, nós vamos estar como se diz, chovendo no molhado. Existem presos, como agora os jornais mostraram, que o “Tourão” foi para Catanduvas (PR), num presídio federal, para ver quantos anos esse homem está na cadeia. Esse é um modelo que eu venho observando como o Tourão que se estabelece na penitenciária e nem quer sair, quer passar a vida toda comandando lá de dentro. É como o modelo do seu Marcola, que comanda o PCC [Primeiro Comando da Capital] em São Paulo. Eles pensam que esse é um estilo de vida e não querem mudar não!
Diário – Tamanha popularidade do senhor já teve pontos mais agudos, como os desfiles do 7 de Setembro, no Sambódromo, quando o senhor teve verdadeira consagração sendo ovacionado pelo público nas arquibancadas. Já pensou em entrar para a política?
Ronaldo – Com relação ao 7 de Setembro eu quero até aqui que possivelmente esse ano eu vou lá e pelo amor de Deus quer for assistir nos receba pelo menos com uma salva de palmas, porque eu quero levar lá aquele policial desmotivado, que para ele sentir do povo lá que a população está apoiando a polícia. Ele certamente sairá de lá revigorado e com o pensamento de justamente vir para cá e trabalhar com mais afinco e com mais determinação. Com relação à política eu sinceramente eu nem penso nessa política partidária porque o debate sobre política está tão rasteiro, mas tão rasteiro, sem conteúdo, que isso me desestimula porque eu queria ver era debates hoje sobre condições melhores, de soluções para esses nossos problemas, de investimentos para que a gente pudesse sair dessa letargia.
Diário – Isso em todos os níveis, é isso?
Ronaldo – Nesse país, a grande verdade é que nós do norte somos discriminados. Eu fui no Rio de Janeiro e vi até teleférico no morro e aqui a gente não avança? Isso é só um exemplo no transporte público, fala-se em metrô no Rio de Janeiro, trem-bala para São Paulo, tudo é pra lá pro sul do país? E nós do norte? Nós temos que ficar nessa mesmice? Sinceramente eu acho que o Governo Federal deve olhar melhor para a população do norte, porque essa alegria de dizer que temos a maior floresta, sim, é o benefício pra nós que estamos aqui? Nós temos que conviver com isso? Em recente pesquisa soube que a captação de esgoto é 3%, fala-se em 1% até, e não avançamos nisso que é o primário? Na outra ponta existem crianças adoecendo de diarreia, o que é isso? Reflexo da falta desses investimentos que o governo federal não faz. Só olha pra nós em época de eleição.
Diário – E com que expectativa o senhor assume esse desafio de conduzir a Delegacia de Acidentes?
Ronaldo – Eu assumo parece aquele jovem que quando chegou aqui em 1994 bateu na porta e se apresentou para ser plantonista, lá na Delegacia do Buritizal. É com esse ânimo que estou reiniciando. Eu brinco que estou iniciando a carreira novamente, quero me reinventar e quem sabe eu consiga desenvolver um grande trabalho aqui até porque eu tenho uma empatia muito grande com a população. Mas eu devo isso à imprensa amapaense, aí eu vou ter que dizer. Tem uns que criticam, mas eu não tenho que criticar em nada os profissionais que estão no dia a dia porque foram essas pessoas que divulgaram o meu trabalho e que me colocaram aí. Foram esse elo com a população amapaense e tenho que agradecer por isso.

RENCA | Em rede social, presidente da Fecomércio faz desabafo a favor da extinção

Eliezir Viterbino
Aos ambientalistas de plantão que se dizem defensores da Amazônia, o que deveriam fazer é não olhar para o próprio umbigo ou somente para os seus interesses ambientais e mundiais, mas deveriam olhar para as pessoas que aqui vivem.
Vocês não me convencem um milímetro de letra em suas palavras superficiais e sem conhecimento enquanto não virem ao Amapá e nos compensarem por tudo o que somos para o mundo.
Além da compensação quanto aos nossos 72% de área preservada, que venham e nos ajudem com nossa população das baixadas que na maioria das vezes vivem em situações sub humanas.
Venham nos defender na nossa urbanização, no tratamento de esgoto e da água e de uma vez por todas, olhem para o Amapá como um lugar que não é só uma mata para ser preservada, mas sim um lugar onde existem pessoas!
PESSOAS, querem que eu soletre?
P E S S O A S!
É como pessoas que somos, queremos oportunidades de trabalho e crescimento.
É muito fácil viver a qualidade de vida que uma Gisele Bundchen vive e de lá do alto de seu mundo ambientalista mas regada a muito luxo e boa vida, ficar num grito populista e irresponsável enquanto não temos o mínimo por aqui.
Será que ela, junto com todos vocês metidos a conhecedores da Amazônia não poderiam mudar um pouco o discurso e nos incluir como gente?
Vocês não poderiam passar uma semana que seja vivendo como vivemos e daí ter um discurso de ajuda que não seja só para o interesse de vocês mesmos?
Será que a Gisele Bundchen, com esse sobrenome puro alemão não poderia bradar ao mundo que é necessário compensar o Amapá e a sua população por tudo que já preservamos?
Aí sim, neste momento em diante, talvez seu discurso possa fazer algum efeito, não somente pra vocês, mas também pra quem vive por aqui, não somente para os Bundchen, mas os Silva, os Souza e tantos outros sobrenomes de gente simples, mas que vivem aqui no nosso Amapá.
Quer saber, vão plantar batatas e nos deixem em paz, se é que vocês sabem plantar alguma coisa ou até mesmo nos deixar em paz!

Eliezir Viterbino



AMAPÁ | Gisele Bündchen critica e governo justifica decreto sobre extinção da RENCA

Após a modelo brasileira Gisele Bündchen criticar o decreto assinado na quinta-feira (24), pelo presidente Michel Temer extinguindo a Reserva Nacional de Cobre e Associadas, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República emitiu uma nota para esclarecer o ato do presidente.

"Como explicita o nome, o que deixou de existir foi uma antiga reserva mineral - e não ambiental. Nenhuma reserva ambiental da Amazônia foi tocada pela medida. A extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca) não afeta as Unidades de Conservação Federais existentes na área - todas de proteção integral, onde não é permitido a mineração", alega o governo

sábado, 26 de agosto de 2017

CULTURA | Abertas inscrições para Concurso Nacional Novos Poetas - Prêmio CNNP 2017.

Estão abertas as inscrições para o Concurso Nacional Novos Poetas, Prêmio CNNP 2017. Podem participar do concurso todos os brasileiros natos ou naturalizados, maiores de 16 anos.

Cada candidato pode inscrever-se com até dois poemas de sua autoria, com texto em língua portuguesa. O tema é livre, assim como o gênero lírico escolhido. Serão 250 poemas classificados.

A classificação dos poemas resultará no livro, Prêmio CNNP 2017. Antologia Poética.  O certame está entre os mais destacados concursos literários da língua portuguesa. A licença poética em pleno exercício, através do ineditismo da nova poesia em sua forma e conteúdo.

A poesia contemporânea, egressa do cotidiano, merecedora das condições de permanência entre o que há de melhor no patrimônio literário brasileiro. Concurso literário e uma importante iniciativa de produção e distribuição cultural, alcançando o grande público, escolas e faculdades.

Inscrições gratuitas
De 05 de junho a 05 de setembro de 2017 pelo site: www.cnnp.com.br

Realização: Vivara Editora Nacional
Apoio Cultural: Revista Universidade

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