Médicos veterinários do serviço público e da iniciativa
privada estão reunidos nesta terça-feira (22) no auditório da Superintendência
Federal de Agricultura do Amapá, para a abertura de um ciclo de palestras
promovido em parceria com a Diagro (Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do
Amapá). Convidado a abrir o evento, o professor Cícero Pitombo, docente da
Universidade Federal Fluminense (UFF) e também presidente do Conselho Regional
de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro.
O presidente da Diagro, José Renato Ribeiro, disse que problemas com
infecções de casco envolvendo tanto bovinos quanto bubalinos é sempre muito
importante ser discutido entre os técnicos do setor. “Especialmente do ponto de
vista da defesa sanitária animal, pois nos diagnósticos as equipes se deparam
com lesões nas patas dos animais, ou nos cascos, para que isso não desencadeie de
imediato uma notificação em se pensando de doenças mais graves”, diz.
A Diagro entende que esse preparo e atualização levará os
veterinários a encarar com mais cautela, observando detidamente ao fazer uma
avaliação clínica visando uma acurácia maior no diagnóstico. “E a partir daí
desencadeando uma resposta imediata do serviço oficial veterinário do estado”,
complementa o diretor da Agência.
Intercâmbio
Falando à reportagem, o professor Cícero Pitombo disse ser oportuno
agora que o Amapá desponta fortemente para o agronegócio estar preparado para
as chamadas “doenças dos dígitos”, que já são a terceira maior causa de
prejuízos econômicos da pecuária de leite. “Você não perde o animal, mas tem
uma baixa produtividade, diminuição de peso, aumenta o intervalo entre partos,
o animal sente dores então acaba não se alimentando direito, enfim, uma doença
que por ser silenciosa e se não for devidamente tratada pode sim resultar do
óbito”, alerta Pitombo.
O especialista integra um Grupo de Estudos que obteve tanta
relevância em suas pesquisas que levaram a essa padronização mundial da
nomenclatura das enfermidades de cascos. Ele destaca ainda que devido à
diversidade de manejo na pecuária nacional, associada às particularidades do
clima, sugerem adaptações na nomenclatura. “Daí a importância de estar aqui no
Amapá, onde se tem muita tradição na criação de búfalos, portanto considero
também uma oportunidade para trocas de experiências, já que o nosso grupo de
estudos tem uma experiência grande em bovinos e nós queremos agora avanças nos
estudos de bubalinos”, concluiu.
O professor Cícero Pitombo realiza sua primeira visita ao
Amapá e diz estar verdadeiramente encantado pela experiência, principalmente
ter tido contato com o Rio Amazonas.
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