sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ibope divulga primeira pesquisa da eleição no Amapá




- O Ibope e a Rede Amazônica divulgaram hoje à noite o resultado da primeira pesquisa para a disputa ao Governo do Estado. Lucas Barreto (PTB) aparece com 25%; Jorge Amanajás (PSDB) tem 24%; Pedro Paulo (PP) tem 19%; Camilo Capiberibe (PSB) com 17%; Genival 1%; não sabem/não opinaram 9%; brancos/nulos 4%.

- Já para o Senado, os números do Ibope apontam para a liderança de Waldez Góes (PDT), com 51%; Gilvam Borges (PMDB) é o segundo mais citado, com 41%; João Capiberibe (PSB) tem 29%; Papaléo Paes (PSDB) tem 19%; Randolph Rodrigues (P-Sol) tem 17%; Marcos Roberto (PT) tem 2%; não sabem/não opinaram 16%; brancos/nulos 8%.

José Sarney: O segredo do sono


O professor Sidarta Ribeiro, da UFRN, deixou a cabeça de todo mundo confusa. É que, por experiência pessoal, descobriu que estudar demais dá um sono danado. Resolveu fazer um curso de imersão total de inglês e, à proporção que estudava, o corpo reagia e dormia mais. Chegou ao marco de 16 horas.
Eu, que tenho insônia desde os 30 anos, fiquei grilado. É que o professor concluiu que dormindo é que se aprende, sonhando é que se fixa na memória o que se aprendeu.
Fiquei sem saber por que tinha aprendido tanta coisa ao longo da vida, se minha experiência era estar sempre acordado e me envaidecendo da memória de elefante que eu julgava ter e a que o tempo tem se encarregado de arrancar as grandes orelhas e a tromba.
Aí me deu de também fazer teorias. Para dormir sempre fui ajudado pelas minhas diazepinas; será que essas, que dizem prejudicar a memória, podem, ao contrário, ajudá-la e ao sono?
A Bíblia está cheia de sonhos desvendados e muitas vezes Deus falou com o profetas no sono e aos santos, em sonhos acordados, deu visões do paraíso.
Não só os homens mas os bichos dormem e sonham sem precisar aprender inglês. Meu avô tinha um cachorro, Seu Beti. Na hora da sesta, deitava-se e ficava latindo baixinho, intermitente e todos diziam: "Está sonhando". Meu tio Ferdinand respondia: "E é com carne e osso". No Nordeste há um ditado que diz, quando uma pessoa é dorminhoca, que "dorme mais do que gato de pensão". É que nestas hospedagens caseiras sempre existe um gato dormindo debaixo da mesa ou na cozinha.
A verdade é que eu que não durmo e tenho uma inveja danada desses dormidores, inclusive do gato.
Mas, folclore à parte, os neurocirurgiões cerebrais descobriram agora uma neuronavegação que permite entrar em qualquer zona da cabeça, mesmo em áreas de difícil acesso, e "fazer maravilhas", como dizia Cervantes da catedral de Sevilha. É claro que isso vem dos novos equipamentos de precisão que permitem uma pontaria exata para realizar os milagres.
E, com essas novas descobertas sobre o sono, o sonho, dormir, acordar, ir às áreas de ódio, de amor, de sexo, de guerra, de bolivarianos, de bem, de mal, de ficha suja e limpa, não haveria um novo campo para a política?
Os tribunais condenariam os diversos tipos de transgressões a uma cirurgia de precisão indo aos pontos responsáveis por condutas indesejáveis. Ou então, mandar que sejam gatos de pensão ou fazer boi dormir.
Talvez não tivéssemos essa guerra de fronteira Venezuela-Colômbia ou a impugnação do nome do Muricy Ramalho para técnico da seleção.

O escritor e ex-presidente da República José Sarney, escreve às sextas-feiras no jornal Folha de São Paulo e aos domingos no Diário do Amapá

jose-sarney@uol.com.br

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Físico apaixonado pelo Amapá morre aos 58 anos no Rio de Janeiro


Faleceu ontem no Rio de Janeiro aos 58 anos de idade, o professor Marcomedes Rangel Nunes, que era pesquisador do Observatório Nacional, também na Capital Fluminense. Ele sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral), do tipo hemorrágico e não resistiu. Nos últimos anos, ele viajava com freqüência para o Amapá pois se dizia apaixonado pela localização de Macapá na Linha do Equador e percorreu o Estado de carro várias vezes.
Aos 58 anos, o professor Marcomedes deixa esposa e três filhos. Ele era físico e trabalhava há 40anos no Observatório Nacional do Rio de Janeiro e há 10 anos vinha fazendo divulgação científica do Fenômeno do Equinócio, e teve várias arquivos científicos divulgados em revistas, blogs e na imprensa nacional e internacional sobre o Fenômeno do Equinócio com destaque no Amapá.
Além de ter recebido o título de Cidadão Amapaense pela Assembléia Legislativa do Amapá, ele queria guardar para a posteridade suas pesquisas sobre o Amapá em setembro, quando pretendia lançar um livro sobre toda a história do Marco Zero do Equador. O corpo foi velado na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro e seu enterro foi realizado no fim da tarde, no Memorial do Carmo.
Entusiasmo - O sítio arqueológico da cidade de Calçoene, no interior do Estado, marcou profundamente as viagens de Marcomedes pelo Amapá. Ele defendia que o local pode ter sido um grande calendário solar construído por civilizações antigas há mais de mil anos. Descoberto pelo naturalista Emilio Goeldi (1859-1917) no início do século passado, o sítio abriga pedras monolíticas estrategicamente posicionadas no solo.
Com ajuda de estudantes do curso de turismo do Centro de Educação Profissional do Amapá (Cepa), o físico mapeou o local e descobriu uma relação entre o sítio e o fenômeno natural do equinócio. "Uma das pedras é uma chapa de granito de 3 metros com uma abertura no centro com cerca de um palmo de diâmetro. Há outra pedra direcionada justamente em relação a essa. Provavelmente, o sítio era usado pelos povos antigos para saber a época de plantio, colheita, chuva e seca", disse, à época, o professor Marcomedes.
Para Marcomede, os monumentos encontrados em Calçoene - comparáveis a Stonehenge, na Inglaterra, o mais conhecido círculo de pedras do mundo -, podem ter sido formas de homenagem aos deuses pagãos ou mesmo observatórios primitivos. "Já conseguimos saber que a luz do Sol é projetada pela abertura de uma das pedras, criando uma bola de luz, que vai bater em outra pedra. A bola de luz se desloca seguindo a linha do Equador", contou o pesquisador.
Em nota, o Governo do Estado e a Secretaria Estadual de Turismo manifestação grande pesar pelo falecimento do professor Marcomedes Rangel.

Afuá recebe 40 mil veranistas


A A sexta-feira de festival iniciou agitada com os preparativos para a apresentação dos camarões Convencido e Pavulagem. Pela parte da tarde houve ensaio do Camarão Convencido no Camaródromo onde foram acertados os últimos detalhes para a grande performance do sábado na Batalha. A programação da noite teve início às 09:00 horas com uma mega apresentação do cantor afuaense Sandro Sandim, que, mais uma vez, mostrou toda a sua capacidade de apresentação em um show que durou mais de duas horas!
Em seguida, houve a Abertura Oficial do XXVIII Festival do Camarão com a presença de autoridades locais e estaduais. O prefeito Mazinho Salomão desejou a todos os visitantes um excelente Festival e disse também que está muito satisfeito com o público que, este ano, superou as expectativas. Após a abertura foi a vez da grande apresentação da noite: Forró do Muído que trouxe um repertório excelente e fez o camaródromo tremer! Outra banda de grande sucesso, Xeiro Verde se apresentou logo em seguida. Dando continuidade, foi a vez da Banda Xamego e por último, para finalizar a noite a cantora Viviane Batidão.
Afuá - Na cidade sobre palafitas, automóvel não tem vez, além das pontes em madeira, a Veneza Marajoara que é assim conhecida, tem praças, arborização e um povo de uma hospitalidade tamanha que atrai turistas do mundo todo.
Um dos atrativos de Afuá é o conjunto de Ilhas que Completam a beleza do lugar. Ilha das Pacas, Baturité, de Jurupari, dos Porcos, Conceição, Caldeirão e Queimada, além é claro da Ilha dos Camaleões, localizada a 25 minutos de voadeira da sede do município onde o IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente realiza o Projeto “Quelônios da Amazônia”, visando a reprodução de tartarugas e tracajás. Através do Projeto, Rios, Lagos e Igarapés do Estado do Pará foram povoados com mais de três milhões de filhotes dessas espécies.
Conhecer as Ilhas de Afuá e passear num fim de tarde belíssimo por alguns dos maravilhosos rios marajoaras como o Charapucú, Afuá, Jurará, Camaianim, além de visitar as praias dos Camaleões, das Madeiras, Muruquara e das Pacas é, com certeza, algo inesquecível.
Colaborou: Patrick Chagas e Prefeitura Municipal de Afuá.

Programação de XXVIII Festival do Camarão
DIA: 22 de julho (quinta-feira)
16:00 H. BICIATA
20:00 H. RAUL E BANDA
22:00 H. ZÉ MIGUEL E AMADEU CAVALCANTE
00:00 H. REGINALDO ROSSI
02:00 H. SANDRO SANDIM
DIA: 23 de julho (sexta-feira)
20:00 H. SANDRO SANDIM
22:00 H. ABERTURA OFICIAL DO FESTIVAL
23:00 H. FORRÓ DO MUÍDO
01:00 H. BANDA XEIRO VERDE
03:00 H. BANDA XAMEGO
DIA: 24 de julho (sábado)
12:00 H. JÚNIOR BELLO (pagode)
14:00 H. RAUL E BANDA
16:00 H. RAINHA DO FESTIVAL DO CAMARÃO
17:00 H. KELLY MEL
19:00 H. 6ª BATALHA CAMAROEIRA
22:00 H. FORRÓ DO MUÍDO
00:00 H. VIVIANE BATIDÃO
02:00 H. BANDA XEIRO VERDE
04:00 H. BANDA FUZAKA
DIA: 25 de julho (domingo)
12:00 H. JÚNIOR BELLO (PAGODE)
14:00 H. BANDA SEDUÇÃO
16:00 H. CONCURSO MISTER CAMARÃO
18:00 H. BANDA FUZAKA
20:00 H. PINDUCA E BANDA
22:00 H. CANTOR DUDÚ NOBRE
00:00 H. KELLY MEL
02:00 H. VIVIANE BATIDÃO
04:00 H. BANDA XAMÊGO



Turismo



Festival do Camarão - A pequena cidade sem automóveis foi mais uma vez invadida especialmente por amapaenses que adoram se esbaldar na festa marajoara

Popó: "Tem artista passando fome no Amapá"


Ele é polêmico, falante, direto para não dizer contundente, mas também é um batalhador da causa cultural. De ator autodidata a presidente do Conselho Estadual de Cultura, João Porfírio Freitas Cardoso, o Popó, agora faz planos para editar novos tempos para a política cultural do Amapá. Na bagagem, traz as experiências de ter sido parlamentar, diretor e produtor teatral, além de muitas histórias para contar, que o credenciam a lançar uma visão crítica sobre como vê o atual estágio de desenvolvimento da cultura local. Nessa entrevista exclusiva comcedida ao Diário do Amapá, Popó demonstra visão macro mas também a habitual metralhadora verbal sobre o que considera atraso e morosidade para uma distribuição das verbas públicas para a cultura. Acompanhe os principais trechos da conversa mantida ontem com o jornalista Cleber Barbosa.


Diário do Amapá - O senhor acaba de assumir a presidência do Conselho Estadual de Cultura, teve a primeira semana de atuação, portanto, então o que já é possível dizer sobre como encontrou esse importante colegiado?

João Porfírio - Bem, nós já entramos no conselho sabendo que iríamos fazer os conselheiros. O nosso primeiro ato foi tomar pé do regimento interno, das re-soluções e agora a nossa briga é pela criação do Fundo Estadual de Cultura, uma luta nossa de alguns anos. Esse fundo vai democratizar a cultura do Estado do Amapá, pois a gestão dele será feita por um comitê paritário, com seis membros do poder público e seis membros da sociedade civil eleitos pelos segmentos culturais. Depois nós queremos que esse conselho atenda a uma proporcionalidade da população do Estado, ou seja, Macapá que tem o maior contingente populacional vai receber a maior fatia, Santana que tem o segundo maior contingente, receberá a segunda maior fatia e assim sucessivamente.

Diário - Com isso o senhor espera movimentar o segmento cultural nos municípios?

Porfírio - Isso significa dizer que o dinheiro está muito concentrado em Macapá e com essas medidas esses recursos irão se democratizar pelo Estado do Amapá como um todo. Cutias vai receber sua parcela, assim como Itaubal (do Piririm) vai receber a sua parcela, Pedra Branca também, enfim, todos os municípios vão poder ter recursos e acessar o Fundo através de edital para poder realizar suas políticas culturais a nível de município.

Diário - Como vai se dar a composição financeira desse fundo? Dá para projetar o valor global desses recursos?

Porfírio - Existe uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) no Congresso Nacional, que é a PEC 150, já aprovada na Câmara e que já está no Senado, na Comissão de Educação, que tem tudo para ser aprovada na próxima legislatura, pois já é um compromisso do Go-verno Federal, que destina 1,5% do orçamento federal, 1,5% do orçamento estadual e 1% dos governos municipais. Por aí você percebe que o orçamento do Amapá chegaria a quase R$ 32 milhões para a área cultural. Mas nós aceitamos que esse repasse seja feito de uma forma progressiva. O governo do Estado entraria com 0,5% este ano, 1% no ano que vem e em 2012 entraria com o teto de 1,5%.

Diário - Como isso pode ser garantido desde já?

Porfírio - Nós não podemos ser intransigentes hoje. O país ainda se encontra em certa crise, mas nós temos que tratar a cultura como a gente trata as estradas, como a gente trata a educação, como trata a saúde. Nos grandes países como a Inglaterra, a França e outros, só cresceram porque também investiram no setor cultural. Não se pode pensar em turismo sem se pensar em cultura, assim como não se pode pensar em educação sem se pensar em cultura e turismo. Então nós acreditamos que criando esse aparelho nós vamos democratizar e dar cidadania aos artistas amapaenses.

Diário - E depois disso, qual o próximo objetivo a ser alcançado com o novo Conselho Estadual de Cultura na coordenação?

Porfírio - O próximo ponto é trabalharmos para a reformulação da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Essa lei financiou em cinco anos apenas dois projetos. Tem que ter uma dedicação e uma força tarefa em cima dela. Nós queremos reformulá-la e para isso estou conversando com a secretária de Cultura do Rio (de Janeiro), assim como com o secretário de Cultura de Minas (Gerais), onde as duas leis funcionam. Queremos trazê-los aqui para fazermos um grande fórum esta-dual no mês de agosto ou setembro para a reformulação da lei. Queremos também trazer para este avento as áreas de patrocínio de grandes empresas no Brasil como a Petrobras, que é a maior pagadora de impostos no Amapá através da Petrus.

Diário - Qual é a estratégia para atrair esses investimentos?

Porfírio - Nós não podemos nos dar ao luxo de perder entre R$ 6 milhões a R$ 8 milhões por ano da Lei de Incentivo à Cultura porque a classe artística não consegue acessar essa renúncia fiscal no Estado do Amapá. Depois disso queremos trabalhar o sistema estadual de Cultura, que passa pela lei, passa pela Secretaria Esta-dual de Cultura, que está criada, passa pelo conselho paritário, que também está criado, e passa pelo Fundo Esta-dual de Cultura. Além disso, queremos criar o Plano de Cultura. Depois que nós resolvermos tudo isso, nós vamos começar a pensar em fazer uma grande política cultural no Estado do Amapá. Aí nós vamos fechar um ciclo de legislação.

Diário - Como isso pode ser garantindo exatamente num ano como o de 2010, que é de transição de um go-verno para outro?

Porfírio - Nós não podemos ter no Amapá política de governo, mas sim ter política de Estado, porque o governante quando termina o seu mandato ele sai e leva essa política. O outro que entra acha que o antecessor fez tudo errado. Mas se for uma política de Estado, quem entrar vai ter que cumprir essa política de Estado. Pode mudar os atores, mas a política é a mesma, ou seja, ele teria que cumprir o 1,5% do orçamento para o Fundo (Estadual de Cultura). Depois disso nós vamos descer para os municípios.

Diário - Como isso pode ser operacionalizado sem incorrer em invasões de competências?

Porfírio - Nós vamos realizar dezesseis audiências públicas nos municípios, chamando prefeitos, vereadores, a classe produtora toda para conversarmos, para criar o sistema e o plano municipal de cultura, envolvendo fundo, leis, conselho paritário e tudo, aí, meu amigo, o Amapá vai ter uma grande explosão cultural. Vai ter vontade política para fazer as coisas.

Diário - Pelas projeções que o senhor faz presidente, dá para dizer que o orçamento do Fundo Estadual de Cultura será maior do que as verbas que a Secretaria Estadual de Cultura administra hoje?

Porfírio - Claro que vai. O orçamento da Secretaria Estadual de Cultura hoje é de R$ 7,8 milhões, o que significa dizer que nós vamos ter quase seis vezes mais esse valor. Só para se ter uma idéia, no ano passado foram executados em nome da Cultura do Amapá R$ 19 milhões, mas apenas R$ 8 milhões passaram pelos cofres da Secretaria de Estado da Cultura, pois os outros R$ 11 mi-lhões passaram direto do cofre da Seplan (Secretaria Estadual do Planejamento) para outros eventos direto, então significa que nós estamos investindo mais em evento nacional do que na política cultural local, então esse dinheiro não está rodando aqui, está indo embora. Sabemos que R$ 1 investido em cultura são R$ 4 que voltam para o Estado. Imagina a Ivete Sangalo quando passa por aqui, quanto ela gasta aqui? Nada, pois leva todo o di-nheiro para gastar na Bahia ou no Rio de Janeiro onde ela mora. Gasta nos seus jatos, comprando, entendeu? É isso.

Diário - O senhor fala de um jeito como se dissesse que boa parte dos recursos para a cultura fossem embora então?

Porfírio - Vou só te falar uma coisa: no Amapá tem artista que passa fome. Nós precisamos colocar primeiramente a panela de pressão das pessoas para funcionar, fazer com que as pessoas possam ter direito a cidadania, comprar seu sapato, comer num restaurante, enfim, receber pelo que faz. Nós temos grandes artistas neste Estado que vivem de pires na mão, que vivem mendigando. Aí vem alguém e diz "vou te dar para te ajudar", mas ninguém precisa de ajuda não, a gente quer é vender o nosso trabalho.

Diário - A gente pode ter uma sobreposição de atribuições entre a Secretaria de Cultura e o Conselho de Cultura, com a conseqüente migração das demandas de uma para outra?

Porfírio - Nós sabemos os nossos papéis. A Secretaria de Estado da Cultura tem o seu papel e nós temos o nosso. Nós somos parceiros da Secretaria de Cultura hoje, certo? Nós vamos conversar intransigentemente com a Secretaria. Vamos conversar, dialogar com a Se-cretaria, assim como conversar e dialogar com a classe produtora, pois somos um elo entre a Secretaria e a classe produtora. Nós não queremos sobrepor nada, pois que-remos trabalhar de mãos dadas para resolvermos os pro-blemas da cultura do nosso Estado, que é sério, é cruel, pois o orçamento é desigual, pois há investimentos mais em outras áreas deixando a cultura em último plano. Nós não podemos aceitar isso e o governador Pedro Paulo tem dito que é o governante dos desafios então vamos propor a ele mais este desafio que é a criação do Fundo, que acho ser o grande desafio hoje deste governo para a área cultural.

Diário - Nessa hora em que o senhor sugere a formulação de uma política de Estado o Amapá vive uma campanha eleitoral em sua plenitude, então como consolidar todos esses projetos?

Porfírio - Nós da classe produtora estamos propondo uma campanha à parte: vote em
quem apóie a cultura. Nós vamos "pinhar" essa cidade com isso. Todo cantor que for se apresentar vai dizer "só vote em quem apóie a cultura"; o ator vai dizer isso, todo mundo que faz cultura nesse Estado vai falar isso, em todas as entrevistas vamos sempre bater nisso, de votar em quem apóie a cultura.

Diário - O senhor fez essa ressalva em relação aos artistas de fora, em detrimento às dificuldades que os artistas locais estariam enfrentando. É uma posição de quem é contra a vinda de atrações nacionais entre nós ou entende ser importante o intercâmbio com outros re-presentantes?

Porfírio - Nós temos que buscar as grandes parcerias, que estão nos maiores editais do Brasil. O governo federal lançou sete editais recentemente. Estou deixando na Federação de Teatro que eu presidi, R$ 1,3 milhão em projetos aprovados, sendo que R$ 800 estou deixando com o apoio da bancada federal, que o presidente Sarney, o senador Gilvam e o deputado Milhomen ajudaram, para o Festival Nacional de Teatro que vai acontecer aqui em novembro com 17 companhias de 17 Estados brasileiros. Nós temos outro festival com a Prefeitura de Macapá que é uma emenda do senador Gilvam para mais um festival a nível local, com 7 companhias de fora e 7 companhias do Amapá. Então por aí dá para perceber que a gente tem que sair do Amapá e buscar os recursos lá fora. Além disso, há ainda uma série de editais que estão sendo lançados e uma grande parte da classe produtora está se inscrevendo, por isso nós queremos criar no Conselho um Telecentro, para que os artistas possam ir lá e acompanhar seus projetos, assim como os secretários de cultura, que estão perdendo muitos recursos a nível nacional, pois está faltando muita orientação e vontade política para nós resolvermos essas lacunas que existem.


Perfil


O atual presidente do Conselho Estadual de Cultura, João Porfírio Freitas Cardoso, é casado, pai de dois filhos, tem 43 anos de idade, nasceu em Gurupá (PA) mas mudou-se para o Amapá aos 5 anos de vida, indo morar em Santana. Estudou em escolas públicas e iniciou dois cursos superiores (Direito e Publicidade e Propaganda). Começou a militar na cultura como ator amador com o Grupo de Teatro da Paz (Grutepaz) para depois fazer teatro em Estados como Roraima e Amazonas. Tornou-se diretor e produtor teatral, tendo sido presidente da Federação Amapaense de Teatro Amador e conselheiro por 18 anos da Confedera-ção Brasileira de Teatro Amador, onde exerceu vários cargos, inclusive o de presidente. Em 1989 foi eleito vereador pelo município de Santana, aos 21 anos de idade. Depois foi secretário de Cultura de Santana e desde a última segunda-feira tomou posse como presidente do Conselho Estadual de Cultura do Amapá.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Coluna Argumentos (6 de julho)


Esforço concentrado

Começa hoje o mutirão para fechar o semestre de votações no Congresso Nacional em relação às matérias le-gislativas consideradas prioritárias. A partir da próxima semana, o foco do Senado e da Câmara dos Deputados deverá ser a votação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2011, sem o qual não pode haver recesso.

Saúde mental

Um acordo mediado pelo Ministério Público selou uma parceria entre a Secretaria de Saúde do Estado e o Iapen para disponibilizar uma sala adequada para atendimento dos apenados com distúrbios mentais e a presença de agentes treinados para a segurança dos profissionais da saúde. Presos sim, mas com direitos e garantias, diz a lei.

Maioridade do ECA

Mesmo contestado por muitos, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, está completando 20 anos. Para a secretária da ação social de Santana, Helena Colares, é o maior instrumento em favor das crianças e adolescentes, e foram garantidos os direitos dos menores que antes não tinham uma lei específica.

Turbinando

A Associação de Artesãos Maracá e Cunani, composta por 28 membros, localizada no Ramal do Pequiazal, em Mazagão, recebeu do Senai-AP, em parceira com o Sebrae, doação de um torno elétrico para produção de peças em miniatura (linha de souvinirs) em argila. A partir desse equipamento se iniciam os testes e o Sebrae estará desenvolvendo o layout das embalagens para compor a linha completa de apresentação do produto para comercialização.

UM ALERTA


A dengue não está mais ocupando o espaço no noticiário como ocupou no início de 2008 e 2009. Porém, essa sensação de que diminuiu a incidência de casos de dengue no Brasil é falsa. Foi o alerta feito pelo senador Papaléo Paes (PSDB-AP), ontem em Brasília, quando divulgou que houve no país 447.769 casos registrados da doença no primeiro trimestre de 2010.

Saúde

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) disponibiliza um boletim com dicas para os consumidores identificarem medicamentos verdadeiros. A embalagem sempre traz indicações de segurança, como a ‘raspadinha’, que fica em uma das laterais da caixa. Conferir o lacre e comprar o remédio somente em farmácias ou drogarias é outra dica importante.

Troca na PM

Acontecerá hoje às 9 horas, no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Estado, solenidade de transmissão de cargo de comandante-geral da corporação. Deixa o posto o coronel PM Marcos Vasconcelos da Cruz, que passará o cargo ao também coronel da PM Walter Soares de Oliveira, que era o chefe do Gabinete Militar da Defesa Social. Dizem que mais trocas de função virão nos próximos dias. Ajustes da máquina.

Nem sinal

Terminou em Caiena o encontro entre Brasil, Guiana Francesa e Suriname para debater questões relacionadas às políticas de fronteira. O Amapá enviou 50 pessoas para o evento mas até hoje não se vê notícia sobre o desfecho da viagem, ou mesmo uma notícia sobre o que ocorreu por lá. Tomara que algo de bom tenha resultado tudo isso.

Gozação: “Te vi lá”

A banda baiana Parangolé fez show no Sambódromo no domingo, abrindo oficialmen-te a programação de verão no município de Macapá. Agora o que chamou a atenção foi a quantidade infinitamente menor de homens do que as mulheres na festa. Puro machismo, afinal o bom era ir para ver as meninas. E ainda tinha amigos tirando onda: “Te vi lá”. Então ele foi, né?



Pré-Sal em pauta

Dentre as matérias que podem ser votadas nestas terça e quarta-feira em Brasília, destaca-se o PLC 309/09, que autoriza a União a criar uma estatal para gerir os contratos de partilha de produção e comercialização de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos na área do pré-sal, sob novo modelo de partilha proposto pelo governo.

Parangolé marca a abertura do Macapá Verão 2010


O evento aconteceu no domingo (4), com show do Parangolé, no sambódromo. A Prefeitura de Macapá em parceria com o Governo do Estado e o bloco malagueta trouxe pela primeira vez a Macapá a banda baiana que já é sucesso em todo o Brasil com músicas como ‘Rebolation’, ‘Balacobaco’, ‘Todinha’, ‘Favela’, entre outras.
Com 13 anos de estrada, a banda vem se destacando no cenário da música nacional e internacional. O grupo é liderado pelo talentoso e animado vocalista Léo Santana, que já carrega títulos como o de melhor cantor, melhor banda e música do carnaval baiano.
O Parangolé conta com uma produção diferenciada, repertório, balé, cenário e figurino diversificado o que abrilhanta ainda mais os shows. A banda tem quatro dos seus sucessos entre as músicas mais pedidas e mais tocadas nas rádios amapaenses e de todo o Brasil e entre as primeiras da internet.
O público prestigiou o evento com a troca de 2 kg de alimento não perecível para arquibancada e pista, e uma lata de leite na área vip. No evento foram arrecadados 4 ( quatro) toneladas, que serão entregues a programas sociais da PMM.
“A banda trouxe toda alegria baiana para contagiar Macapá, com um repertório animadíssimo, com músicas que já são sucesso em todo o Brasil. Estamos na segunda edição do Macapá Verão de nossa administração. É uma amostra do esforço que a prefeitura promove no mês de julho, no período das férias para desenvolver ainda mais o nosso turismo”, disse José Augusto da coordenadoria de cultura de Macapá.
O Macapá Verão: A Festa do Sol inicia suas programações no próximo final de semana nos principais balneários da cidade e distritos.

ASCOM/PMM
Andréia Freitas

Notícias do Governo do Amapá

GOVERNO DO AMAPÁ PREPARA NOVOS POLICIAIS MILITARES

Arraiá no Meio do Mundo é encerrado com show e premiação

Seed realiza capacitação para diretores de escola em Macapá

Comunidade de Igarapé do Lago recebe reforço na segurança

Construção do muro de arrimo do Aturiá começa este mês

Donas de casa são beneficiadas com curso de informática





NÚCLEO DE JORNALISMO INSTITUCIONAL



Rodiney Santos da Silva

Gerente do Núcleo de Jornalismo Institucional

Coordenadoria de Comunicação

Secretaria de Estado da Comunicação

21015765 / 99022264 / 91482320

Atendimento de plantões cresce 35% em Macapá

Dados do Departamento de Média Complexidade da Prefeitura de Macapá apontam um alto crescimento nos atendimentos de plantões médico nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Atualmente o município conta com 150 médicos, sendo 53 plantonistas que foram contratados na atual gestão.
Um comparativo realizado entre o ano de 2008 e 2009 mostra um crescimento elevado nos atendimentos de consultas médicas. Em 2008, a média era de 19.363 consultas/mês. Em 2009 houve um acréscimo de 21%, totalizando 22.442 consultas/mês. Já nos primeiros cinco meses de 2010, os números apontam um crescimento de 35% em procedimentos realizados em relação a 2008, o que indica 81 mil procedimentos/mês.
O aumento no atendimento é reflexo de uma série de medidas tomadas pela atual administração, que além de ampliar o número de médicos plantonistas, também ampliou o horário de atendimento, estendendo o horário das UPAs para funcionamento 24 horas e das UBSs para 18 horas. Esses fatores trouxeram agilidade no atendimento colocando a disposição da população serviços de saúde com qualidade e rapidez.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Eduardo Monteiro, o aumento dos plantões dilui a demanda de atendimentos no município. “Estamos fazendo um trabalho voltado para o bem estar da população. Com os plantões ampliamos os atendimentos, o que facilita para quem precisa ser atendido em horários alternativos ao comercial”, afirma.
Investimentos – A Prefeitura de Macapá investe constantemente em reforma, ampliação e construção de Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Pronto Atendimento. Além da estrutura física, as unidades contam com um número maior de profissionais de saúde aptos para atender a população com eficiência e agilidade.

Natália Platon – 8129-2166
Assessora de Comunicação – SEMSA/PMM

Sebrae Itinerante registra 41 novos empreendedores individuais


Por Ana Barbosa

A Caravana Sebrae Itinerante esteve nos municípios de Serra do Navio e Pedra Branca do Amapari, a ação durou quatro dias, dois em cada cidade e ofereceu 18 oficinas, cinco palestras e 31 consultorias empresariais, o que resultou em 450 atendimentos.
A Caravana do Sebrae é uma ação do Projeto Interiorização do Atendimento no Amapá, que visa descentralizar o atendimento da sede do Sebrae, levando informações, capacitações, palestras, consultorias, oficinas manuais e registro de empreendedores individuais.
Percorrendo lugares em que não existe uma Unidade de Atendimento do Sebrae, a escolha dos destinos da Caravana acontece por meio de planejamento, pois no início de cada exercício das atividades anuais da Instituição é elaborado o calendário de execução das ações e são realizadas avaliações de quais municípios foram atendidos e quais ficaram faltando para o ano seguinte. De acordo com a coordenação, a prioridade é para os que não foram contemplados, objetivando, sempre, fomentar o empreendedorismo das micro e pequenas empresas, que é a missão do Sebrae.
No mês de junho, os municípios contemplados foram os de Serra do Navio e Pedra Branca do Amapari. Cinco colaboradores do Sebrae se deslocaram para os dois destinos. Em Serra do Navio, os trabalhos foram realizados no barracão da Igreja Católica da cidade. Ali, foram realizados 209 atendimentos, sendo eles, quatro palestras direcionadas ao empreendedor individual e 18 oficinas de capacitação, em média com 20 a 25 vagas por turma. Já no município de Pedra Branca do Amapari, a Caravana se instalou no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), neste, o total foi de 241 atendimentos, com 18 oficinas e uma palestra para o empreendedor individual.
Segundo Cynthia Pereira, coordenadora da ação Caravana Sebrae Itinerante, antes da chegada dos colaboradores do Sebrae nos municípios há mobilização nas rádios e pré-inscrição. Os cursos são gratuitos, porém, em contra partida, o participante doa 1kg de alimento não perecível, para, ao final da Caravana, ser entregue à uma entidade de cunho social.
“Esta edição da Caravana foi excelente, bastante proveitosa e focada no empreendedor individual. Desde o início do projeto, já visitamos praticamente todos os municípios do Estado do Amapá e, por onde já passamos, sempre fomentamos o empreendedorismo e a economia local, para tanto, surge a figura do empreendedor individual. Assim podemos contribuir para a legalização desses trabalhadores que já produzem suas peças a partir das habilidades adquiridas nas oficinas e cursos da Caravana”, disse Cynthia.
Se referindo à ação de registro dos empreendedores individuais, que foi realizada pela primeira vez, nestas edições de Serra do Navio e Pedra Branca, o resultado foi 41 novos empreendedores que saíram da informalidade.
Neste primeiro semestre, a Caravana Sebrae Itinerante já percorreu, além de Serra do Navio e Pedra Branca, Pracuúba, Santana, Porto Grande e Ferreira Gomes. Em julho, a Caravana se estabelecerá na capital do estado, Macapá, realizando parceria com o projeto Seama Comunidade, da Faculdade Seama, ofertando cursos, oficinas, capacitações e consultorias.

Serviço:
Sebrae no Amapá:
Unidade de Marketing e Comunicação: (96) 3312-2832
Call Center: 0800 570 0800
(06/07/2010)
Denyse Quintas
Analista da Unidade de Marketing e Comunicação
e-mail: denysequintas@ap.sebrae.com.br
Tel. (96) 3312.2832 / 9113.9793

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Coluna Argumentos, domingo e segunda-feira





Tombamento


O senador José Sarney (PMDB-AP) e o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida, fizeram a inclusão do maior e mais preservado monumento militar do Brasil, a Fortaleza de São José de Macapá, na lista de monumentos candidatos ao título de patrimônio histórico da humanidade.

Patrimônio

Considerado um dos maiores e mais bem preservados monumentos militares do Brasil, construída em meados do século XVIII, foi incluída em lista a ser encaminhada à Unesco, de monumentos candidatos ao título de patrimônio histórico da humanidade. A notícia foi dada ao presidente José Sarney,em audiência no Senado com a direção do Iphan.

Equilíbrio

Pelas regras da eleição, os candidatos a reeleição como parlamentares e governadores, terão que dar garantias ao chamado equilíbrio do pleito, no que diz respeito a aparições na mídia. Depois que a campanha for às ruas, as entrevistas terão que ser agendasas também com os concorrentes. É a igualdade.

Uma vitória

A procuradora-geral do Estado, Luciana Melo, foi o personagem da semana ao divulgar que a direção do jornal goiano O Popular decidiu se retratar publicamente pelas ofensas ao Estado do Amapá que foram feitas com a publicação de um artigo do jornalista Rogério Borges. Para escapar da ação ci-vil pública e da multa que lhe seria imposta, compensações.

Apertando

O procurador-geral do Ministério Público Estadual, Iaci Pelaes dos Reis, disse que a instituição vai encampar uma verdadeira força-tarefa para disciplinar o horário de funcionamento de bares e boates em Macapá. Ele, que é evangélico, conta com o apoio do novo titular da Divisão de Diversões Públicas da Polícia Civil, o delegado Ericlaudio Alencar.

Ele é assim

O técnico da Argentina, Diego Maradona, teve uma discussão acalorada com torcedores alemães após o fim da partida que marcou a eliminação argentina da Copa do Mundo. A equipe perdeu para a Alemanha por 4 a 0, na Cidade do Cabo. Aparentemente xingado por alemães que estavam atrás do banco de reservas argentino, Maradona se aproximou e começou uma discussão até que Dalma, uma de suas filhas, pediu calma.

Alívio de rival

Em Macapá, não se tem notícia de nenhuma colônia argentina, portanto o que se viu ontem com a eliminação da Argentina da Copa foi uma enorme sensação de “alívio” e “consolo” aos brasileiros. “Nós perdemos, mas em compensação eles [os argentinos] também já voltaram para casa”, dizia uma senhora dentro de uma loja no Centro da cidade.

Prêmio e consolo

Tem um grupo de amapaenses que apesar da derrota do Brasil puderam ter uma alegria com a Copa do Mundo. Foram os vencedores de uma promoção da Federação Amapaense de Futebol e a Prefeitura, que premiou as melhores decorações das ruas da cidade. A alemeda Calçoene, no Cabralzinho, foi a primeira, com a Avenida Ana Nery em segundo. Parabéns!

Nosso forte

Erguido estrategicamente na foz, pela margem esquerda do rio Amazonas, a Fortaleza de São José de Macapá exerceria várias funções estratégicas: impedir por esta via, a entrada de navios invasores; defender, abrigando no seu interior, moradores da vila de São José de Macapá, caso sofressem ameaça de assédio estrangeiro.

EIS A NOVA TAINÁ


A pequena índia Wirandu Tembé, da aldeia Tekohãw, de Paragominas (PA) foi a escolhida para ser a estrela do filme Tainá 3. Mediante um processo de seleção com mais de 1000 crianças de seis estados do Brasil, a seleção foi concluída numa votação pela internet, que culminou com a escolha da menina de 5 anos, que nunca tinha saído da aldeia e sequer falava português.

“Respeito não se impõe mas nesse caso foi necessário”

LUCIANA MELO - A procuradora-geral do Estado atuou na defesa dos interesses do Amapá







A jovem advogada Luciana Melo está a menos de um ano no cargo de procuradora-geral do Estado, mas o episódio envolvendo o processo movido contra um jornal de Goiás que ofendeu a honra do povo amapaense serviu para que todos pudessem conhecer mais sobre ela e um grupo de novos procuradores do Estado, que estão imbuídos do propósito de defender os interesses da sociedade amapaense. O jornal se comprometeu a se retratar das ofensas, fazendo publicar em suas páginas matérias positivas sobre o Amapá, em oito edições do jornal O Popular. Para a chefe da Procuradoria do Estado, foi um resgate a tradições que deixaram aos amapaenses um legado de amor à terra, sua história e conquistas. Luciana Melo também esclarece que assim como Estado teve a iniciativa de processar o jornal, o Ministério Público também poderia te-lo feito. Não há concorrência, diz ela, apenas um complementa o trabalho do outro. Confira a seguir os principais trechos da entrevista exclusiva concedida ontem pela procuradora ao Diário do Amapá.
Diário - Nesse caso envolvendo o jornal O Popular algumas pessoas se perguntam por que coube a Estado, através da Procuradoria Geral comprar essa briga pelos amapaenses?

Luciana Melo - Uma das atribuições que acho de fundamental importância para a Procuradoria Geral do Estado é exatamente a defesa da sociedade amapaense, então dois órgãos poderiam, em tese, entrar com a ação: uma a Procuradoria Geral do Estado e a outra o Ministério Público Estadual. A Procuradoria agiu mais rápido e entrou primeiro com a ação, pois não justificaria ter duas ações contra o jornal, em relação ao mesmo fato.

Diário - Qual o objetivo da ação, ou seja, o que ela buscava conseguir de fato?

Luciana - Nós entramos com a ação na defesa do interesse maior, de direito coletivo, então acionamos judicialmente em nome do Governo do Estado, que se manifestou através de seu órgão jurídico e que defende o seu interesse e o interesse da sociedade. É essa a missão da Procuradoria e foi por isso que nós entramos com a ação.

Diário - Qual é o principal conflito neste caso, como ele pode ser medido ou mensurado, ou seja, como essa ofensa afetou ao chamado interesse coletivo?

Luciana - A ofensa é o dano moral coletivo, especificamente a identidade da sociedade amapaense que foi ferida, por um critério de discriminação federativa, porque o Amapá é um Estado da Federação então o mesmo tratamento deve ser dado a todos os Estados. A reportagem com a manifestação do jornalista não foi feliz, ela foi agressiva nesse sentimento da identidade da sociedade amapaense, então a gente interpôs a ação que nem chegou a ser julgada, pois o próprio jornal nos procurou, inclusive, vendo que realmente que estava errado, então queria encerrar logo a demanda com a negociação.

Diário - Então a proposta de se fazer um acordo foi iniciativa do próprio jornal?

Luciana - Exatamente, quem procurou para fazer o acordo foi o jornal O Popular, que logo de início reconheceu o erro e propôs a compensação em favor do Amapá.

Diário - E quais foram as bases de desse acordo para compensar o Amapá pela exposição negativa do povo, de sua identidade, enfim, dessa enorme divulgação negativa?

Luciana - Não seria uma compensação exatamente. No agravo, dissemos que o jornalista publicou o tal artigo no blog e no jornal, que fez a sua parte e publicará durante oito dias, sendo quatro domingos e quatro quartas-feiras, as informações do Estado possam ser veiculadas notícias referentes aos seus negócios, ao seu comércio, a sua cultura, a sua realidade, então assim, tanto o jornal como o jorna-lista em seu blog.

Diário - O próprio jornalista Rogério Borges procurou depois se desculpar, afirmando que na verdade o artigo que escreveu poderia ser uma grande brincadeira, tanto que fora publicado na página de va-riedades do jornal. O que a senhor achou disso?

Luciana - Não concordo com isso. Ele tentou fazer uma retratação, mas a gente não entendeu assim. A retratação soou cínica, para usar um apalavra um pouco pesada, não seria nem essa a palavra exata, mas a verdade é que não achamos adequada a suposta retratação, para o nível da agressão sofrida no início. Então a ação foi bem genérica, relacionada ao jornal e ao jornalista, de modo que quando o jornal procurou para fazer a negociação, entrar num acordo, o jornalista também entrou e assinou junto os termos da negociação.

Diário - O que o Estado entende que deva ser preponderante nessas reportagens sobre o Amapá, ou seja, o que deve ser mais marcante nessas reportagens que o jornal irá publicar?

Luciana - O que a gente entende como mais re-levante é demonstrar a realidade do povo amapaense, divulgando a nossa cultura, os nossos negócios, o nosso dia a dia, a existência de uma identidade do povo amapaense, a nossa diversidade também. A única coisa que não será veiculada, pois essas reportagens serão preparadas por um grupo de técnicos do Go-verno para pegar as informações a serem repassadas à Secom (Secretaria Estadual da Comunicação) para que ela possa trocar as idéias com os jornalistas, pois o campo é esse, mas a única coisa que não vai poder ser veiculada é a questão político-partidária, até pela vedação do período eleitoral e nem de privilégios a determinadas pessoas, pois aí fere a impessoalidade. De resto, tudo mais que for de interesse do Estado, caberá notícia positiva do Amapá, objeto de divulgação.

Diário - Como cidadã, o conteúdo daquele texto a ofendeu de que forma procuradora?

Luciana - Vou falar uma coisa, eu não sou de amapaense de nascimento, pois foi nascida em Brasília, mas vim para cá em 1979, portanto desde meus seis anos de idade em moro aqui no Amapá, então a minha formação é daqui, a minha família é daqui, as minhas raízes são daqui, eu vivo aqui, eu trabalho aqui, então eu também me senti ofendida, pois me sinto parte integrante da sociedade amapaense que tão bem me acolheu e tão bem me trata até hoje. Então eu vejo como uma obrigação que eu tinha na condução da Procuradoria Ge-ral do Estado em defender a sociedade, pois o meu cargo me obriga a fazer isso. É essa a missão da Procuradoria, portanto a gente não podia prevaricar e se omitir num momento tão importante para nós, que pode até não ser para outros, mas eu achei que para a sociedade amapaense isso era fundamental, pois era a defesa do Estado do Amapá, de todo um povo.

Diário - A Procuradoria já tinha atuado em casos semelhantes a esses doutora Luciana?

Luciana - Não dessa envergadura. A Procuradoria está hoje com uma identidade, uma postura diferente, pois uma ação mais direta, mais positiva, não diria nem mais autônoma e independente, mas a gente está conseguindo atuar de forma mais incisiva depois do concurso público. Os procuradores são todos muito bem preparados e a gente está realmente tendo uma visão mais técnica e mais prática das situações que acontecem no Estado. Você tem uma liberdade um pouco maior para fazer a defesa do Estado com um pouco mais de liberdade.

Diário - Esse tipo de episódio faz com que a sociedade possa conhecer um pouco mais sobre o apa-relho do Estado, pois há quem compare a atuação dos procuradores do Estado com a dos procuradores da República. Qual a diferença?

Luciana - Os procuradores da República são um órgão ministerial, integram o Ministério Público Fede-ral. É como se fossem os procuradores e promotores de Justiça aqui no Estado. A nossa atuação [de procuradores do Estado] se assemelha a do advogado da União, que são os profissionais do Direito que defendem a União. A mesma coisa é aqui no Estado, onde a Procuradoria Geral do Estado seria o órgão de advocacia do Estado, de defesa da sociedade e do Estado do Amapá. Então essa atribuição de defesa dos interesses da sociedade ela ficou um pouco mais apagada, pela atuação na defesa dos interesses individuais, que é feita pelas Defensorias Públicas, quando as pessoas precisavam de um advogado gratuitamente para defendê-las. O Ministério Público é o fiscal da lei, mas a defesa específica é atribuição da Procuradoria do Estado, que é como se fosse um grande escritório de advocacia e defende os interesses do Estado e de toda a sociedade. É essa a nossa missão, é esse o nosso papel.

Diário - Não vamos então editar nenhuma competição, digamos assim, entre a Procuradoria do Estado e o Ministério Público, não é mesmo?

Luciana - Não! Absolutamente, pelo contrário, o Ministério Público, tanto o Estadual quanto o Federal, são grandes parceiros da Procuradoria do Estado, numa relação muito positiva. A Constituição Federal esta-belece bem claramente as atribuições de cada órgão, de cada instituição dessa, tanto a Constituição Federal como a Constituição do Estado, então as atribuições são muito bem demarcadas, portanto não há uma concorrência, mas eu diria que no momento ocorre uma complementação, inclusive.

Diário - Há alguns anos atrás, um outro jornal, só que mineiro, chamado Hoje em Dia, também publicou um artigo semelhante a este do jornal goiano, su-gerindo a venda do Amapá para se estabelecer aqui um Estado palestino. A senhora tem conhecimento sobre os desdobramentos do caso, já que quem processou o veículo foi o Ministério Público Estadual?

Luciana - Não, não tenho conhecimento especificamente, tanto é assim que o Ministério Público Estadual poderia ter entrado com ação nesse episódio, mas nós interpusemos mais rapidamente então não justificava, como falei anteriormente, duas ações sobre o mesmo fato. Nesse caso que você relatou, a Procuradoria Geral do Estado certamente não atuou, pois senão eu teria conhecimento da medida lá na Procuradoria, mas se foi o Ministério Público Esta-dual eu desconheço qualquer desenrolar desse processo pois não passou pela gente, que não fomos autores nem parte da ação.

Diário - Para fechar procuradora, o que ficou desse episódio todo envolvendo o jornal de Goiás, seria a marcação de uma posição firme do Amapá, ao estilo daquela frase 'respeito é bom e eu gosto'?

Luciana - É mais ou menos isso sim, porque o acordo visou não enriquecer, não era fazer dinheiro, mas exatamente demonstrar o respeito que o Estado do Amapá merece, que a sociedade amapaense merece, pela grandeza que a nossa sociedade tem, as suas vitórias, os avanços corporativos, nós temos políticos muito bons, uma realidade muito boa, uma tradição, uma história, nós temos um legado, que deve ser respeitado sim, no passado e para o futuro. Então é mais ou menos assim: se você não defende o que tem, vai permitindo, permitindo, aí cria realmente um desrespeito. Tudo bem que respeito não se impõe, mas nesse caso foi necessário ser imposto.


Perfil


A procuradora Luciana Lima Marialves de Melo tem 37 anos de idade, é solteira, nasceu em Brasília e mudou-se para Macapá em 1979, onde parte de sua família já morava, Foi aluna de escola pública e sua primeira formação foi no Magistério, pelo antigo Instituto de Educação do Território do Amapá (IETA). Graduou-se em Direito pela Universidade da Amazônia (Unama) e fez pós -graduação em Direito Público pela Universidade Estácio de Sá (Rio de Janeiro) e pela OAB-AP. Foi corregedora-fiscal da Secretaria Estadual da Fazenda e corregadora-geral da Procuradoria Geral do Estado; também ocupou o cargo de subprocuradora-geral da Prog e desde abril deste ano assumiu o posto maior do órgão.

Quem será o campeão da Copa?





Muita gente achou que a zebra havia feito todas as suas vítimas na Copa do Mundo da África do Sul e que Brasil e Argentina fariam a final do mundial. Ledo engano, pois duas das principais favoritas também já voltaram para casa e agora a pergunta é sobre quem pode levantar a taça em Johannesburgo no próximo domingo. Agora somente quatro seleções podem conquistar o título: Alemanha, Espanha, Holanda e Uruguai.
Para os analistas da Copa, que costumam analisar os resultados apenas em cima de estatísticas e supremacia dos continentes, fica a triste constatação de que os europeus chegaram em maior número às semi-finais do torneio, com três do Ve-lho Mundo, contra apenas uma seleção sul-americana.
Aliás, sobre a nossa América do Sul, o continente nunca chegou tão longe com o número de representantes que passaram da fase classificatória este ano, com o Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, estando entre os oito melhores colocados da competição. Os demais foram a Alemanha, Espanha, Holanda e Gana. Pelo retospecto em todas as Copas, o equilíbrio é total entre sul-americanis e europeus, pois cada continente possui nove títulos no currículo.
Currículo - Pela América do Sul, já foram campeões o Brasil (5 vezes), a Argentina (2 vezes) e o Uruguai (2 vezes); pela Europa, jpá ergueram a taça a Itália (4 vezes), a Alemanha (3 vezes), a França (1 vez) e a Inglaterra (1 vez). Isso significa que quem vencer a copa da África do Sul também leverá seu continente à liderança nessa briga particular entre América e Europa.
O Brasil, que gaba-se de ser o único país a ter parcipado de todas as copas até agora, também vai continuar sendo o maior ganhador do torneio, pois seus cinco títulos (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002) não serão alcançados tão cedo, apesar da proximidade da Itália, que tem 4 títulos mas já voltou para casa em 2010. Corre por fora a Alemanha, que se for campeão este ano, será também tetra e ficaria a um título de se igualar ao Brasil como as maiores vencedoras de Copa do Mundo.

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