quarta-feira, 30 de junho de 2010

Ops! Milhomen não foi mais anunciado como vice de PP


Vazou a informação antes da Convenção do Partido Progressista (PP) que o candidato a reeleição, o governador Pedro Paulo Dias iria anunciar finalmente o nome do vice em sua chapa. Mas isso acabou não acontecendo. Depois de muita especulação sobre quem seria a mulher escolhida para o posto, já que essa foi a recomendação dada pelo marketeiro da campanha, o que se soube é que seria o deputado federal Evandro Milhomen (PCdoB).
Muita gente contou vantagem (inclusive eu) de que já sabia quem era o vice. Mas o anúncio não saiu e uma nova rodada de conversas deve rolar nesta quinta-feira. Há quem diga que se ele não foi anunciado hoje, é porque não será mais. Aí volta tudo à estaca zero, os programas de rádio vão especular a manhã toda e o Pedro Paulo vai valirozando ainda mais o cargo do seu vice.

Comentário do Cleber: Que saco! Fala logo meu!

Deu na Coluna Amapá (O Liberal)





A realidade da penitenciária

A realidade vivida pelos internos do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) tem sido acompanhada de perto pelo Ministério Público Estadual, que age para executar a lei de execução penal e promover a melhoria das condições de vida dos apenados, por meio de parcerias. Exemplo disso, foi a visita do senador Gilvam Borges (PMDB-AP) ao Iapen, a pedido do promotor de Justiça Marcelo Moraes, da Vara de Execuções Penais. Na ocasião, foi realizada uma reunião com a Direção do complexo e representantes dos apenados, com a finalidade de apresentar ao senador as dificuldades da Instituição. Os problemas foram abordados e outros solucionados de imediato, como a solicitação de atendimento dentário ao Sesi. “Sob a orientação do Ministério Público e da diretoria do Iapen, vou fazer a minha função de senador, buscando recursos financeiros para estruturar os planos das partes”, declarou o senador, que demonstrou satisfação em colaborar com a iniciativa. “Cada um dá a sua parcela de contribuição fomentando o verdadeiro desenvolvimento social daquelas pessoas que estão pagando sua dívida com a sociedade”, completou. Segundo o promotor de Justiça Marcelo Moraes, o que se conseguiu foi chamar a atenção das autoridades para a ocorrência de problemas históricos da Penitenciária. “O procurador-geral de Justiça Iaci Pelaes, sensível ao que estava acontecendo, começou a viabilizar o contato maior com essas autoridades, e por meio desse contato está se possibilitando um grande avanço com esses parceiros, inclusive da iniciativa privada”, disse o promotor, referindo-se a empresas como a urbanizadora Manari, que instalou uma fabrica de tijolos no local para dar oportunidade de emprego aos detentos. Os internos mostraram confianças no trabalho realizado pelo MP-AP, principalmente por ter sido a primeira vez em que receberam autoridades dispostas a ouví-los e ajudá-los. “Nós acreditamos tanto que já fazemos valer a palavra do Ministério dentro do pavilhão. Tem dois pavilhões que já melhoraram muito. Todos se respeitam”, relatou Cley Gomes da Silva, apenado do Iapen.

Não haverá racionamento, diz Papaléo Paes

O senador Papaléo Paes (PSDB-AP) comentou ontem o grave problema de energia no Amapá e a divida de R$ 1,6 bilhão da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA). Para o parlamentar, a crise exige o comprometimento das forças políticas do estado, no propósito de uma solução. A possibilidade de racionamento também fez parte dos debates realizados durante a audiência pública realizada na Assembléia Legislativa. No momento, as previsões são de que os corte aconteçam a partir de novembro nos municípios do interior do estado, poupando a capital. Como se trata de previsão a situação pode ser do que o anunciado e até antecipada, pois no momento Macapá já enfrenta quedas constantes no fornecimento.
A situação deve se agravar com a queda na geração de energia produzida pela hidrelétrica Coaracy Nunes. Durante o inverno chega a 140 MW, porém no verão cai para praticamente a metade, ficando em 78MW. Mesmo com os 110MW de energia produzida pelas termoelétricas somada aos 78 MW da Coaracy Nunes, não será o suficiente para atender a população. A alternativa poderia ser a contratação de novas termoelétricas, porém todo o prazo para a realização do processo de licitação e instalação dos equipamentos não daria tempo.

Nova feira não terá bebida alcoólica

O Prefeito de Macapá, Roberto Góes, reuniu ontem (30) no gabinete civil, com os vendedores de água de coco sobre o uso do espaço na Feira do Coco, na Beira-Rio, que está em fase de conclusão, para comercialização de coco, água de coco e água mineral. Na reunião foi abordado o cumprimento de algumas exigências da prefeitura e do Mistério Público, como manter limpa as áreas de entorno, recolher e acondicionar adequadamente os resíduos e detritos de qualquer natureza para fins de coleta e transporte pela Prefeitura; legalização; horários de funcionamento, a venda de bebidas alcoólicas e outros assuntos para organização e padronização no local. Além disso, algumas reivindicações da categoria para o bom funcionamento da feira também dominaram as discussões.

Coluna Argumentos desta quinta





Fim do mistério

Acabou-se o impasse sobre o nome do vice na chapa do governador Pedro Paulo Dias (PP). Será o deputado fe-deral Evandro Milhomen (PCdoB), que desde a primeira hora formou na base de apoio ao novo governo de PP. Ele foi vereador por Macapá e está no terceiro mandato na Câmara Federal. O anúncio foi ontem na convenção do PP.

Especulações

A escolha do vice de Pedro Paulo dominou as rodadas de apostas políticas durante todo o dia de ontem. Pela manhã, o secretário especial da Governadoria, Benedito Dias, foi a vários programas de rádio e demonstrou que nem ele sabia quem seria o escolhido. “Isso caberá aos dois maiores líderes da coligação, o governador e o senador Waldez”, disse.

Mulheres

Mais uma sobre o vice de PP. Era forte a tendência da escolha de uma mulher para o posto. Maria Góes, Conceição Medeiros, Marí-lia Góes, Vitória Chagas e Anésia Nunes eram as mais faladas, pois caberia ao PDT a escolha. Ser uma mulher era a dica do publicitário Duda Mendonça, mas isso acabou não acontecendo.

Formalização

O Sebrae vem trabalhando incessantemente para atingir a meta de um milhão de empreendedores individuais registrados em todo o país até dezembro de 2010. No Amapá, a meta é de três mil registros. O papel do Sebrae nessa mobilização é o de informar e orientar sobre os benefícios e obrigações do empreendedor individual. Mais ligando 0800-570 0800.

Mais alcance

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio aprovou, na tarde de ontem (30), relatório do de-putado Jurandil Juarez (PMDB-AP) ao Projeto de Lei Complementar 508/2009, que amplia as ações do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltadas ao fomento às exportações de bens e serviços brasileiros.

Escritor

Estimulado por alguns amigos, o jornalista amapaense Renivaldo Costa pretende lançar em agosto o livro “Papo de boteco – crônicas e contos escritos no Bar do Abreu”. Como já conhecemos a boa caneta do polêmico “escritor”, pode acreditar que vem coisa boa para entreter e divertir seus leitores. O material é uma coletânea das crônicas que ele costuma escrever aqui mesmo neste Diário. Imperdível esse.

Fechando
o semestre


Encerrando o semestre, a Assembleia Legislativa do Amapá concedeu, na manhã de ontem (30), o Título de Cidadão Amapaense e concessão do Mérito em Medicina a diversas personalidades, do judiciário, da política, do jornalismo, magistério, medicina, empreendedores, desportistas e pioneiros, que tiveram trabalho de destaque em diversos segmentos do Estado.

Homenagem
e compromisso


Após a entrega do Título de Cidadão e do Mérito em Medicina aos 48 agraciados pelos parlamentares, falou em nome dos homenageados o professor Carlos Scapin. Resumiu que o sentimento em todos que receberam a honraria é de responsabilidade. “E um compromisso com o Estado do Amapá que nos acolheu e nos deu a oportunidade”, disse o empresário.

RAINHA DO AÇAÍ
O Amapá já tem uma rainha do fruto mais badalado da região, o nosso açaí. A Rainha eleita do 2º Fest Açaí foi Sabrina dos Santos que aparece nesta imagem da divulgação oficial do evento. Ela representou a Cooperativa dos Batedores de Açaí (Cooperativa-Cindaçaí). A rainha foi premiada com um cheque no valor de R$1.500, óculos de sol da Òtica Dinis, Roupas da Loja ponto I. Parabéns a ela e um bom reinado.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Coluna Argumentos, desta quarta-feira





Otimismo é isso


O ministro da Igualdade Racial, Eloi Ferreira, disse ontem em Macapá, durante cerimônia na Prefeitura, que não vê a hora de ver o país governado por uma mulher. “Elas estão chegando”, disse ele, para uma calorosa sessão de aplausos puxados pela prefeita em exercício Helena Guerra. Ele também disse rezar para não ter segundo turno.

Há vagas

Eis uma boa notícia. O Governo do Estado lançou ontem à tarde edital para a realização de mais cinco concursos públicos no Amapá, para o preenchimento de 535 no quadro de servidores públicos do Estado, distribuídas na Penitenciária, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e na Secretaria Estadual da Inclusão e Mobilização Social (SIMS).

No Pará

Após mais de um ano de muitas investigações e CPIs sobre a exploração sexual de crianças e adolescentes no Pará, a Justiça decretou a prisão temporária do irmão da governadora Ana Júlia, João Carlos Carepa. Ele é acusado de crime de atentado violento ao pudor contra uma adolescente. Que feio!

Saúde agradece

O deputado federal Bala Rocha (PDT/AP) comemorou a entrega de 90 leitos, adquiridos pelo Governo do Estado para o Hospital de Santana. A aquisição das camas, próprias para a acomodação de pacientes nos setores de emergência e recuperação, a partir da alocação de recursos em uma emenda do parlamentar amapaense, no valor de R$ 800 mil.

Petista na estrada

A deputada federal Dalva Figueiredo (PT-AP) foi à Comunidade do Maruanum, Distrito de Macapá no final de semana, levar uma patrulha mecanizada, um veiculo tipo Saveiro, uma ubá com motor (voadeira), frutos de emenda parlamentar através do Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá – Rurap. Até a reforma do escritório do Rurap de lá saiu.

liberado

Em tempos de controle dos gastos público, está à disposição de estados e municípios a sexta parcela da cota estadual e municipal do salário-educação. Os recursos chegam a R$ 255,6 milhões para as secretarias de educação dos estados e a R$ 245,7 milhões para as dos municípios. O salário-educação destina-se ao financiamento de programas, projetos e ações de financiamento da educação básica pública.

Todos ao TRE-AP

Começam a desembarcar no Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) nos pró-ximos dias os pedidos de re-gistro de candidaturas, após as convenções parftidárias. Até lá meu amigo, é um tal de escreve ata para cá, corrige para lá, rasga tudo, compra outro livro, ver quem faltou assinar e tudo mais. Depois é esperar quem passará pelo crivo da Justiça. A homologação.

De volta ao batente

Notícia distribuída pelo site “Notícias Tucujus” dá conta de que a prefeita de Calçoene, Maria Lucimar Lima (PMDB) se recupera bem de uma cirurgia feita em Fortaleza (CE) e que já está de volta ao município, onde deverá lançar em grande estilo a segunda edição do evento “Goiabal Verão 2010”, que ocorre na renovada praia de água salgada na costa do Amapá.

A NOTA DE SARNEY


“Não concordo com o acordo feito pelo PMDB com o PSDB no Amapá. Todos sabem de minha amizade e lealdade para com o presidente Lula. O meu palanque será o de Dilma Roussef. Vou montar um comitê de todos que a apóiam: PMDB, PTB, PP, PR e outros partidos. Minha posição em nada prejudica o senador Gilvam Borges. Irei pedir aos correligionários e a todos pela sua eleição”, diz Sarney em nota.




Aposentados

O INSS deposita nesta quarta-feira (30) o pagamento da folha de junho para aposentados, pensionistas e demais segurados que ganham até um salário mínimo e tem cartão com final 5, desconsiderando-se o dígito. A folha de junho irá pagar a mais de 27 milhões de benefíciários em todo o Brasil até o dia 7 de julho.

Cruzando o país de moto


SUPERAÇÃO - Além de percorrer vários Estados brasileiros, a viagem de moto permite superar os próprios limites, segundo o aventuireiro





A promoção “Minha Viagem Inesquecível” está de volta ao jornal Diário do Amapá e conta hoje a trajetória de um autêntico aventureiro dos tempos modernos. Trata-se do engenheiro Mivaldo Paz, 44, que trabalha em uma mineradora em Santana. Na semana passada ele retornou de sua programação preferida nas férias: viajar de moto. Esta foi sua oitava viagem de longo trajeto, saindo desta vez de Belo Horizonte em direção a Macapá, com parada em Belém, é claro, de onde a moto seguiu de balsa.
Nosso personagem deste final de semana escolheu uma rota que aumentou o percurso, mas garantiu conhecer as mais belas praias do país, já que visitou uma a uma as capitais dos estados da região Nordeste do Brasil. “Tudo bem que entre as maiores dificuldades estão a falta de fiscalização e de educação de alguns motoristas, mas sem dúvida que esse tipo de viagem é uma aventura inesquecível”, derrete-se Mivaldo.
Entre as principais vantagens deste tipo de aventura, diz o engenheiro, está o contato com outras culturas. “Viajar de moto desperta a curiosidade das pessoas e existe um apoio natural de outros motociclistas, já que existem clubes de moto em quase todo o país”, esclarece Mivaldo.
Mas o grande “barato” mesmo está em superar seus próprios limites, segundo o viajante, pois a cada um dos 500 quilômetros diários que faz em média, permitiram muita reflexão. “Você se encontra com si próprio, pois sem falar com ninguém por tantas horas nos faz viajar rumo ao próprio interior”, filosofa o engenheiro-aventureito.
Retrospecto - No currículo de viagens de moto de Mivaldo Paz, constam duas aventuras internacionais, sendo uma pela região Sul do Brasil até chegar à Argentina e outra pela Costa Leste dos Estados Unidos. No Brasil fez duas vezes o Nordeste inteiro, além de outras duas pela região Sudeste, entre o Espírito Santo e Santa Catarina.
Depois de morar em 13 Estados diferentes, Mivaldo está atualmente morando no Amapá, onde já faz planos para quando a BR-156 estiver totalmente pavimentada. Ele marcou viagem até Ferreira Gomes e Calçoene. “Mas quero ir ao Oiapoque e de lá visitar a Guiana Francesa e, quem sabe, ir mais longe, afinal com a construção da ponte a gente vai querer chegar mais longe, como o Caribe, por exemplo”, conclui o turista.

Segurança


Para quem pensa em viajar de moto, vai aqui uma dica de Mivaldo Paz, um “treicheiro” com muita experiência. Não se pode relaxar nos cuidados com segurança, pois foi exatamente num fim de tarde, quando resolveu tirar o casaco de couro que acabou caindo da moto após um choque com um grupo de vacas na estrada. “Guardo esse ensinamento e uma cicatriz no braço”, diz o piloto, que nunca mais deixou de usar capacete, botas e a roupa de couro em suas longas e prazerosas viagens de moto.

Por onde ir
Em suas andanças pelo país e até pelo exterior, Mivaldo Paz só viaja durante o dia, sem nunca deixar de checar o itinerário no computador por-tátil que carrega na mochila. Ele baixou um programa de rotas e mapas de todas as estradas brasileiras e equipou sua Honra Varadeiro com bauletos, para abrigar sua bagagem.
Um dos roteiros que o engenheiro guarda boas lembranças foi uma viagem batizada por ele como sendo “De ilha a ilha”, já que ele saiu na ilha de São Luís (MA) até a ilha de Florianópolis (SC). “Foi uma viagem para conhecer o interior do país”, diz ele.

“O Brasil e o mundo precisam saber que o Amapá existe”


Depois de sua segunda viagem oficial à Indonésia em menos de um ano, o governador Pedro Paulo Dias de Carvalho garantiu no desembarque que os objetivos iniciais foram alcançados, dando todas as garantias para que se instale no Amapá o poderoso grupo Salim, que detém a primazia na produção mundial de palma, vendem mais miojo que qualquer outro, além de fabricarem cimento e espalharem os maiores “resorts” pelo planeta. Só que o atual governador do Amapá quer mais. Na verdade, Pedro Paulo defende uma mudança no relacionamento do Estado com grandes empreendimentos, exigindo não apenas uma contrapartida ambiental, mas especialmente um retorno social para a mão de obra a ser explorada por quem quer que venha a se instalar no Estado para explorar alguma atividade econômica. Independente das questões político-partidárias, Pedro Paulo foi o personagem da semana, protagonista de um momento histórico que se concretizado pode garantir U$ 1,3 bilhão de dólares em investimentos e mais de 16 mil empregos diretos.

Diário do Amapá - Porque o senhor está empe-nhado em sair do Amapá em busca de recursos em outros Estados e até países, como nessa sua recente viagem à Indonésia?
Pedro Paulo - Nós temos tido um trabalho muito forte para fazer com que o Amapá seja visto pelo Brasil e pelo mundo. Tem gente aqui no próprio país, seja da região Sul ou Sudeste que às vezes nem sabem onde fica o Amapá, então eu na qualidade de governador, de gestor, tenho a obrigação, o dever de estar sempre levando o nome do Amapá para fazer com que as coisas aconteçam da maneira mais rápida aqui no Estado. Reconhecemos que há um número significativo de pessoas aqui no Estado que precisam de emprego, então nós precisamos fazer com que a economia do Amapá cada vez mais possa aumentar, pois temos um processo de imigração muito grande para o Estado, que tem uma taxa de crescimento que é o dobro do resto do país e nós precisamos criar alternativas para o nosso Estado.
Diário - Então esse grupo empresarial da Indonésia é uma aposta do senhor como uma dessas alternativas econômicas?
Pedro - Eu venho conversando com o grupo Sa-lim já há dois anos e conheço a forma com que ele trabalha, ou seja, a maneira como eles desenvolvem suas atividades em vários ramos. Trata-se de um grupo que possui 350 mil funcionários em todo o mundo em várias áreas de atuação. Não poderia ser diferente aqui em nós darmos essa oportunidade para o Estado do Amapá, com esse serviço, esse modelo de gestão que eles empregam no mundo todo. Já estive lá na Indonésia nesses dois anos e agora houve uma definição por parte do grupo em investir no Amapá. Eles fizeram a proposta para que eu fosse na Indonésia exatamente para conversar com a direção do grupo, pois são 32 diretores e eu pude conversar com ele, que bateram o martelo para começar os investimentos em setembro deste ano aqui no Estado do Amapá.
Diário - E qual a previsão iniciam para esse investimento, em termos de geração de emprego e renda, governador?Pedro - Segundo as projeções que eles nos apresentaram para os próximos quatro anos, em 100 mil hectares de plantio de dendê eles criam 16 mil empregos, constroem escolas, hospitais, áreas de lazer, enfim, é um modelo de trabalho com retorno social.
Diário - Eles vão investir no dendê e nós vamos tirar proveito na habitação, é isso?
Pedro - Na geração de emprego e renda. Além dos empregos, eles constroem casas para os traba-lhadores, unidades hospitalares, escolas para os filhos dos trabalhadores, um modelo de administração, de empresa que para nós é interessante sim. Não é aquela que vem só explorar, explorar, sem que as coisas aconteçam, deixando problemas sociais o que nós não queremos e não vamos permitir.
Diário - Não vão permitir e não estão permitindo também não é mesmo?
Pedro - Ontem, por exemplo, eu conversava com a direção da Amcel (Amapá Florestal e Celulose Ltda.), uma empresa que está aqui há mais de trinta anos, com 306 mil hectares de terras, mas emprega apenas 700 pessoas e que as estradas estaduais e federais utilizadas por eles estão extremamente desgastadas por aquelas carretas enormes. Nós queremos fazer com que o Amapá seja respeitado. O Estado quer parcerias com as empresas, quer gerar empregos, mas o mundo mudou e é necessário hoje que os empreendimentos tenham retorno ambiental e social também.
Diário - Quantos empregos o senhor espera que esses novos investidores possam gerar no Amapá?
Pedro - Pelo planejamento estratégico deles que me foi apresentado, eles pretendem investir no Amapá nos próximos dez anos em torno de U$ 1,3 bi-lhão (de dólares), mas nos primeiros quatro anos serão U$ 400 milhões (de dólares) para o plantio de 100 mil hectares de dendê. Isto tudo nos deixou extremamente contentes pelo interesse deles pelo agronegócio, mas substancialmente pelo fato deles mexerem com outras atividades, como cimento, montadoras de carros, com a produção de macarrão, aliás, na verdade eles são os maiores produtores de miojo do mundo. Eles também mexem com "resorts" [hotéis de alto luxo], aliás, os melhores resorts do mundo são deles. Os maiores torneios de golfe do mundo, normalmente, acontecem nos resorts deles. Mas o interesse deles pelo Amapá tem a ver também pela localização geográfica do nosso Estado.
Diário - Mas de onde veio esse interesse, como foi despertado? Houve alguma incursão do seu go-verno ou foi só por nossa localização geográfica?
Pedro - Sabemos que a produção de palma se dá muito bem 10 graus acima, dez graus abaixo da Li-nha do Equador. Se você for verificar no mapa vai ver que a Indonésia fica vai ver que ela está do outro lado do mundo, mas exatamente na mesma direção do Amapá, esse é o ponto principal. Eles também são cortados pela linha que divide o mundo. Lá a temperatura é a mesma daqui, um clima tropical. Esse grupo Salim detém a liderança mundial, a maior experiência, eles possuem as melhores sementes de palma do mundo são eles que produzem.
Diário - Então diante de tantas semelhanças geográficas porque eles valorizam a localização geográfica do Amapá?
Pedro - É que através do Amapá eles podem entrar no mercado norte-americano e também na Europa, então eles observam o que o Amapá tem. Um dos diretores, que trabalha na Holanda, foi muito claro: o Amapá tem água, o Amapá tem energia e tem terra para plantar, então eles olham o Amapá com grande potencial para produção das muitas atividades deles.
Diário - O Amapá fará a sua parte que é criar as condições para atrair os investimentos externos, claro, cedendo também as terras para que esse plantio seja feito, então o processo de reversão das terras da União para o Estado está concluído?
Pedro - Essa é uma das questões que nós estamos trabalhando no Imap [Instituto do Meio Ambiente e Ordenamento Territorial], que tem um papel importantíssimo nisso tudo, afinal nós temos aqui produtores que estão há trinta ou quarenta anos e uma determinada área mas que não tem o título dessa terra. Então paralelamente a tudo isso nós estamos contratando uma empresa que vai ajudar a fazer a legalização dessas terras. Houve a transferência das terras da União para o Estado mas nós temos ainda uma série de etapas a cumprir, mas estamos fazendo isso paralelamente, pois o primeiro ponto para nós fazermos essa legalização fundiária é a questão do georreferenciamento, que já foi iniciado. Evidentemente que nós não podemos fazer tudo da noite para o dia, mas é importante dizer que nós estamos avançando nessa área. É uma determinação nossa para a equipe de governo para que a gente possa legalizar não só essas terras que eles têm interesse de comprar, mas porque eles querem a documentação delas.
Diário - Correndo tudo bem nesse sentido, com a empresa se instalando, plantando a palma, nós vamos produzir aqui matéria-prima ou nós vamos processar essa matéria-prima aqui no Amapá?
Pedro - Enquanto eu estiver governador sim. Eu disse que o mundo mudou e por conta dessas mudanças todas o Amapá também mudou. Nós não aceitamos mais nenhuma empresa que venha para cá investir simplesmente para nós produzirmos matéria-prima, nós queremos verticalizar. O que foi acertado com eles foi que para cada 100 mil hectares eles vão ter uma indústria de beneficiamento de dendê.
Diário - Algumas pessoas poderiam dizer que isso tudo está acontecendo e o senhor teve a sorte de cair exatamente no seu colo a chegada de um grupo poderoso como o Salim exatamente no seu período de governo. Foi sorte mesmo ou fruto de alguma gestão feita por seu governo?
Pedro - Primeiro que esse empreendimento é fruto exatamente de uma articulação e eu tenho dito que o Brasil precisa conhecer o Amapá e eu tenho levado o nome do nosso Estado onde quer que eu ande. A revista Exame da semana passada publicou uma matéria que dizia "Eles estão chegando", referindo-se a vinda de investidores chineses ao Brasil. Então eu levei essa revista para o presidente do grupo, o senhor Antony Salim, agora nessa viagem à Indonésia, que ficou ainda mais entusiasmado e disse para mim o seguinte: "Eles estão indo mas nós também estamos indo para o Brasil". Então essa possibilidade de eles virem para cá requer dos nossos técnicos amapaenses e do Governo do Estado como um todo, que todos nós façamos o nosso dever de casa.
Diário - E que providências seriam essas, governador?
Pedro - Nós temos instrumentos excelentes para atrair esses investidores. Nós temos a ZPE [Zona de Processamento de Exportação], nós temos a Zona Franca Verde, nós temos a Área de Livre Comércio, então o que nós precisamos fazer é utilizar esses instrumentos. Além disso, nós temos o Manual do Investidor, que dá uma série de vantagens principalmente no que diz respeito a compra de equipamentos com isenções de ICMS e uma série de outras vantagens. Então neste últimos dois anos eu tenho andado, fui a Paris, sempre levando o nome do Estado do Amapá, falando das nossas vantagens comparativas, da localização geográfica, a quarenta minutos de vôo de Caiena, a uma hora e meia de Aruba, a quatro horas de Miami, a oito horas de Paris, isso tudo para dizer que as pessoas precisam conhecer mais sobre o Amapá, que não é longe, pois o Brasil começa aqui.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Senado aprova Estatuto da Igualdade Racial


Por acordo partidário, com votação simbólica dos líderes, o Plenário do Senado aprovou no início da noite, em sessão extraordinária, o Estatuto da Igualdade Racial. O projeto, que tramitou por sete anos no Congresso, será enviado imediatamente à sanção do presidente da República. O Senado suprimiu um artigo que previa cotas para negros nas universidades federais e escolas técnicas públicas. O projeto havia sido votado no início da tarde pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde também houve acordo. A proposta (PLS 213/03) foi apresentada em 2003 pelo senador Paulo Paim (PT-RS). No Plenário, apenas o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), relator da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, explicou as mudanças que fez na proposta, por meio de supressão, fruto inclusive de negociação com o senador Paulo Paim (PT-RS), representando os movimentos raciais e a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).
Com a supressão de trechos, a matéria não precisa retornar ao exame dos deputados. Demóstenes Torres, que relatou a matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), foi indicado pelo presidente do Senado, José Sarney, para apresentar parecer em nome das outras comissões por onde a matéria tramitou. No seu parecer, a palavra "raça" foi substituída por "etnia". Demóstenes ponderou que a ciência já mostrou que não há raça negra, branca ou amarela, mas sim raça humana. "A diferença entre dois homens de cor diferente, conforme a ciência, não chega a 0,005 por cento", disse. Demóstenes informou ainda que decidiu suprimir as expressões "cotas raciais", por entender que devem existir cotas sociais. A questão está sendo tratada em outro projeto. Demóstenes informou ainda ao Plenário a supressão de um artigo inteiro que previa incentivos fiscais para as empresas que mantivessem em seus quadros até 20% de negros. Para ele, o incentivo acabaria se tornando inócuo, pois todas as companhias acabariam reivindicando o benefício. "Assim, poderíamos provocar atrito entre a população negra e a branca pobre", opinou.


Ele também recusou um item que previa a inscrição, nos partidos políticos, de 10% de candidatos negros. Demóstenes Torres disse acreditar que o Estatuto da Igualdade Racial contenta os movimentos sociais e mantém todas as possibilidades de adoção de ações afirmativas em favor da população negra. Para ele, tais ações devem ser tomadas de forma pontual, "e não de maneira genérica, como estava no projeto", e sua adoção "poderia acirrar a questão racial no Brasil". A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) disse que pretendia, pela votação de destaques em separado, manter o texto que previa tratamento específico, na saúde pública, para negros, especialmente gestantes negras. Mas, em função do acordo, abriu mão dessa ideia. Já a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) anunciou que, apesar do acordo, iria se abster na votação, pois defende as cotas para negros. Ao concluir a votação, o presidente do Senado, José Sarney, lembrou que foi um dos primeiros parlamentares a apresentar projeto prevendo a introdução de cotas raciais no país.


Eli Teixeira / Agência Senado

Papaléo pede a eleitores que examinem o passado dos candidatos


Em discurso nesta segunda-feira (14), o senador Papaléo Paes (PSDB-AP) pediu aos eleitores que façam escolhas conscientes. De acordo com o parlamentar, a melhor maneira de se atingir esse objetivo é preceder o voto de uma análise cuidadosa do passado político do candidatos, das suas realizações, mas também do seu caráter.
Papaléo aconselhou o eleitor a buscar informações que o capacitem a decidir se o candidato é ou não é corrupto. Dessa forma, não dependerá da ação da Justiça para se proteger dos maus governantes. O parlamentar observou que ainda há dúvidas sobre a validade da Lei da Ficha Limpa. No entender dele, o parecer emitido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é de que a Ficha Limpa valerá somente para o candidato que tiver cometido crime após a sanção daquele texto, em 4 de junho.
O projeto Ficha Limpa, aprovado no dia 19 de maio no Senado e sancionado pelo presidente Lula no dia 4 de junho, impede candidaturas de pessoas condenadas pela Justiça, em decisão colegiada, por praticarem crimes de corrupção, abuso de poder econômico, homicídio e tráfico de drogas.
- Mais importante que as propostas, é saber quem está por trás delas - alertou Papaléo, referindo-se a conversa que teve neste fim de semana com eleitora do seu estado. Conforme o relato do senador, ela própria lamentou que belas promessas acabem não se concretizando, findas as eleições.
Para que o eleitor se conscientize da necessidade de ter um papel ativo, o parlamentar do PSDB sugeriu a mobilização de agentes sociais da Igreja Católica e outras organizações religiosas.
- Façam a pregação que a lei é a formalidade de um processo do qual o povo é o responsável - defendeu.
No entender de Papaléo, o político não se transforma em corrupto após ser eleito. Esse comportamento criminoso já faria parte da personalidade do candidato. Daí a responsabilidade de quem vota.

Apartes

Em aparte, o senador Augusto Botelho (PT-RR) disse que ainda é comum se ouvir no nordeste e em Rondônia o lema do "rouba, mas faz".Embora, recriminando esse dito e a aprovação a ele, Botelho admitiu que aconselha os eleitores a aceitarem o dinheiro de quem tenta lhes comprar votos, mas ao mesmo tempo os orienta a votarem em outros candidatos que considerem honestos. O parlamentar do PT é de opinião que o dinheiro recebido nesses casos pertence ao contribuinte, e é como se fosse uma devolução dos impostos pagos.
De todo modo, condenou quem desvia verbas públicas:
- Por menor que seja o valor roubado - 1% de emenda parlamentar ou da merenda escolar - trata-se de roubo da mesma maneira.
O oportunismo dos candidatos, potencializado por campanhas sofisticadas, deve ser filtrado pelo bom senso dos eleitores, de acordo com o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), outro aparteante de Papaléo. Ele recomendou aos cidadãos que votam a investigação da trajetória política dos candidatos, das obras que realizou e dos bens que adquiriu, para ver se são compatíveis com a renda declarada.
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) também aparteou Papeléo. E repudiou a opinião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a Ficha Limpa. Segundo a citação feita pelo senador paranaense, o presidente previu que, com base na nova lei, a oposição adotaria "o discurso do moralismo", o que "não levaria a lugar nenhum". O parlamentar apelou aos tribunais para que acelerem os julgamentos de processos em que os candidatos figurem como réus, de modo que os condenados fiquem impedidos de disputar o pleito de outubro deste ano. Para o parlamentar, a nova lei colocou em discussão um tema crucial para a administração pública e a estabilidade do processo político, uma vez que o julgamentos procedidos pela Justiça Eleitoral depois da posse dos eleitos têm gerado perda de mandatos e dúvidas sobre quem deve assumir os postos de governador e prefeito.

Belo Monte

Papaléo Paes comentou ainda notícia publicada no jornal O liberal, de Macapá, sobre a Usina de Belo Monte no Rio Xingú (PA), chamando a atenção para o desastre ecológico que está em marcha, com a destruição de parte da floresta, sem a garantia de que toda a energia prometida será realmente gerada. O senador assinalou o ponto de vista expresso pelo coordenador da Campanha de Energias Renováveis do Greenpeace, Ricardo Baitelo, segundo o qual o projeto de Belo Monte está sendo "enfiado goela abaixo" da população, quando há outras possibilidades de geração de energia, como a eólica e a de biomassas".
Da Redação / Agência Senado

Sarney elogia gestão de Waldez Góes no Amapá


O senador José Sarney (PMDB-AP) elogiou no Plenário, nesta quarta-feira (16), a gestão do ex-governador do Amapá Waldez Góes, afirmando que foi capaz de unir forças políticas, por seu "temperamento e espírito público" e fez uma administração pacífica. Waldez Góez, disse o senador, procurou governar em comum acordo com a bancada de deputados federais e senadores do Amapá, elaborando um plano de governo e realizando grandes obras.
- Por dever de lealdade e, ao mesmo tempo, um testemunho de verdade, quero dizer que ele realizou uma obra política reconhecida por todos os amapaenses e por toda a classe política do Amapá. Ele promoveu a paz entre todos aqueles que transformavam a luta política no nosso estado numa guerra - disse o senador.
Sarney salientou que durante os quase oito anos de mandato, o ex-governador estimulou o desenvolvimento da zona de livre comércio e da zona de processamento de exportação no estado, apoiou linhas de financiamento para construção de estradas no interior do Amapá e o aumento do emprego.
Ao elogiar a atuação de Waldez Góes, Sarney informou que o ex-governador deixou o cargo para se candidatar a uma vaga no Senado.

domingo, 6 de junho de 2010

A violência está relacionada ao consumo, diz bispo católico

Depois de passar uma década atuando no sul do Pará, nos difíceis anos dos conflitos pela reforma agrária, o italiano Pedro Conti, foi designado para ser o bispo de Macapá, uma comunidade que o acolheu com a habitual hospitalidade tucuju, mas que também aprendeu a respeitar as lições de vida espiritual do atual dirigente dos católicos amapaenses. Forjado no contato muito próximo das comunidades interioranas, do convívio com os problemas urbanos e sobretudo no diálogo permanente com seus pares na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o bisco Conti também não hesita em ir à sua santidade o papa Bento XVI em Roma, com o fez em abril deste ano, na chamada “Visita Ad-Limina”. Dom Pedro também esteve em Brasília, na assembleia geral da CNBB, ocasião em que tratou dos mais atuais temas da igreja, como os remanescentes conflitos rurais, a violência, os casos de desvio de conduta de padres e, é claro, das estratégias para continuar a missão evangelizadora da maior igreja do mundo.

"Não é que gostamos de criticar, mas é porque enxergamos o bem maior para todos. Certos desvios, desonestidades, não são tolerados em uma sociedade que deveria ser regida pelo Direito e não pelo interesse corporativo ou individual"

Diário do Amapá - O senhor acaba de participar de uma importante reunião em Brasília, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Qual o principal foco desse encontro, dom Pedro?

Pedro Conti - O primeiro assunto foi a palavra de Deus, pois estávamos esperando a chamada Exortação Apostólica que o papa sempre faz após o Sínodo dos Bispos, que aconteceu em outubro de 2008, então geralmente um ano depois vem a exortação, que ainda não chegou, por isso nós os bispos do Brasil acabamos não fazendo o documento da confe-rência episcopal, que depois resultaria na carta do papa. Nós achamos mais prudente e correto esperar primeiro essa carta do papa para depois aculturar, vamos dizer assim, a carta do para em nossa realidade no Brasil.

Diário - Mesmo assim o encontro dos bispos produziu um documento final, uma espécie de carta?

Pedro - Resolvemos fazer uma mensagem onde lembramos o valor da palavra de Deus, porque é bonito, estamos na campanha do milhão de bíblias, da leitura dela, dessa missão continental que a Conferência de Aparecida propôs para toda a América Latina. A igreja hoje deve ter a coragem de anunciar. O lema é ser discípulos e missionários, ou seja, ao mesmo tempo ser discípulo e escutar a palavra mas também ser missionário, que comunica essa palavra, senão a fé morre conosco. Devemos acreditar que é uma boa notícia, que deve ser retransmitida.

Diário - Então o que deveria ser o tema principal da conferência acabou não ocorrendo devido ao atraso no envio do documento do Vaticano?

Pedro - Exatamente, mas durante a Visita "ad-limina" (visita ao Vaticano) que eu também tive a graça de participar, com outros bispos do Norte 2 (Pará e Amapá), nós estivemos com o papa e cobramos dele a exortação, em abril, quando o papa falou que estava pronta, só que não chegou ainda, por isso vamos ter paciência e aguardar. Logo que chegar nós auto-rizaremos como assembléia o Conselho Permanente da CNBB para elaborar um documento que faça o que nós não conseguimos fazer lá em Brasília. Esse documento trará novidades, pois sabemos que cada papa tem a sua sensibilidade, como por exemplo, a última carta que ele escreveu sobre economia. Claro que continua o ensino social da igreja, mas cada papa vai tentando atualizar, com alguma proposta, alguma dica, uma maneira de ver as coisas e enfrentar os problemas, fruto da inspiração do Espírito Santo, neste momento da história, com este papa, com esta igreja.

Diário - O fato do papa ter escrito essa carta sobre economia tem alguma relação com a escolha do tema da Campanha da Fraternidade deste ano, pela CNBB, que também trata das questões relacionadas à economia?

Pedro - Propriamente o tema já estava escolhido, pois era uma campanha ecumênica, agora o fato de ter saído a carta do papa permitiu também ter algumas citações no documento da campanha da fraternidade.

Diário - Voltando então ao encontro de Brasília, como os bispos retornaram para suas dioceses, sob o ponto de vista da missão, da motivação para continuar a missão?

Pedro - Um outro tema que dominou os debates foram as Comunidades Eclesiais de Base, as famosas CEB's. Claro que os tempos mudaram, não são mais os anos 70, 80, mas nós reconhecemos que as CEB's estão vivas e alguns bispos do norte, inclusive eu, foram lá defender as CEB's pela simples razão de que as nossas igrejas vivem das Comunidades Eclesiais de Base. O que seria da nossa igreja se não tivéssemos as CEB's espalhadas nas ilhas, no interior, nas beiras dos rios, nos caminhos da mata, todas essas comunidades onde está o povo, apesar de todas as dificuldades de ser alcançado, mas que recebe o trabalho de evangelização e testemunho da fé.

Diário - O senhor falou nas CEB's relembrando os anos 80, o que nos faz lembrar de sua passagem pelo Sul do Pará, onde viveu tempos difíceis mas de vitórias importantes no trabalho especialmente durante as lutas pelas terras não é mesmo?

Pedro - É, eu cheguei no sul do Pará em 1996. O último mártir de Rio Maria foi em 1991, o famoso Expedito, por isso eu herdei um pouco daquela atmosfera que era de respeito pelas lutas pela terra. Eu digo isso, infelizmente, tenho que usar essa linguagem que não é nem muito fraterna nem evangélica, mas o direito a propriedade nem sempre é visto como um compromisso social, uma obrigação social. Esta é a doutrina social da igreja, ou seja, a propriedade particular não é propriamente minha. É minha, mas deve estar também a serviço dos outros, pois a terra é um daqueles bens que se é bem usada dá vantagens, dá lucro, como o agronegócio e companhia, mas também dá sustento a quem vive na terra.

Diário - Mas do ponto de vista pessoal, como foi viver essa experiência?

Pedro - Graças a Deus não teve mais mártires depois daqueles anos difíceis, mas continuava a luta no campo, agora pelo trabalho que fosse escravo ou degradante, pois tinham trabalhos que não configuravam escravidão, mas que eram degradantes, pois as pessoas eram levadas lá para trabalhar e nem sempre eram respeitadas, as condições eram mínimas, com famílias inteiras. Por isso quero dizer que as comunidades espalhadas pelo interior, sobretudo onde a agricultura é fonte de sustento para as famílias, que se enraízam na terra, essa é uma luta muito grande que não se façam também os pequenos da terra um comércio, do lucro e não do sustento digno da própria vida. É um trabalho bonito e vamos ver se no Amapá também, nos assentamentos e tudo mais, são para os agricultores ou quem quer trabalhar na terra.

Diário - Não há mais mártires, como o senhor disse, mas ainda há muitas demandas pela distribuição das terras. Como a igreja vem acompanhando tudo isso?

Pedro - É não tem mais mártires, mas tivemos ainda a irmã Doroth, que foi assassinada exatamente um dia antes que eu chegasse aqui no Amapá, em 2005, por isso vou lembrar desta data a vida inteira. Mas exatamente é ter uma visão grande, ampla, bonita, positiva, enfim, cheia de esperança a respeito da reforma agrária. Claro, repito, que cada vez me convenço mais, que ela deve ser feita com quem quer traba-lhar na terra. Quem quer ganhar um chão para depois ganhar mais e mais, até acabar dependendo do governo através dos vários fomentos que recebem por aí, não serve para a reforma agrária e não vai produzir também nada.

Diário - Sempre que a igreja eleva o tom das críticas, seja nessa questão das terra, seja na política partidária mesmo, a classe política torce o nariz, seja pela fala do bispo, pela homi-lia de um padre em uma determinada comunidade. Como a igreja encara esse papel de ajudar na conscientização política, especialmente em dias de movimento pelos fichas limpas?

Pedro - Esse foi outro tema que tomou um bom tempo dos debates da assembléia da CNBB. Um das polêmicas foi sobre os direitos humanos, onde a igreja também tem algo para defender, pois é a vida. O próprio Conselho da CNBB fez um documento sobre a política, pois a tentação é que cada vez que acontece um escândalo, uma complicação, uma desonestidade, aí logo se faz uma denúncia. O próprio presidente da CNBB disse que o perigo é cair no denuncismo, e a igreja fica aí como se fosse... a...

Diário - A palmatória do mundo?

Pedro - Não é porque é muito mais do que isso. Ser consciência crítica. Não é que gostamos de criticar, mas é porque enxergamos o bem maior para todos. Certos desvios, desonestidades, não são tolerados em uma sociedade que deveria ser regida pelo Direito e não pelo interesse corporativo ou individual. Daí o excelente documento do Conselho Permanente da CNBB sobre a política, que fala sobre a reforma do Estado, da reforma até das eleições, enfim, tantas coisas bonitas que percebemos que é urgente fazer, para não deixar o que é público nas mãos de poucos e não ter praticamente participação do povo. Se vota a cada quatro anos e depois sabe lá, pois é como entregar um papel em branco. Isso não é bom, nem para os políticos eleitos, nem para o povo, que acaba se desinteressando e não participando, que não é só fiscalizar e dizer o que queremos. E que os políticos entendam que recebem o mandato do povo, então o mandato não é deles que não podem fazer o que bem entenderem.

Diário - Outro tema da atualidade é a violência. Recentemente o caso da chacina de uma família inteira dentro de casa deixou a sociedade amapaense chocada, assustada mesmo, tanto que as pessoas estão redobrando os cuidados com a segurança. O senhor como chefe da igreja católica aqui no Estado pode transmitir que tipo de mensagem?

Pedro - Eu soube disso quando estava em visita pastoral pelo interior, mas achei tudo muito triste. Mas nós não devemos perder a esperança, pois se a humanidade fosse perdida e não tivesse mais jeito como se pode pensar, Jesus Cristo não teria vindo para nos salvar, quer dizer, pagou caro este amor com a humanidade, que foi à cruz, deu a vida para nos ensinar o caminho do amor. É daí que nós temos que começar. Digo isso como um apelo a todos nós. Que os pais falem de paz para os seus filhos. Que os vizinhos vivam em harmonia com os outros. De outro lado também temos essa cobiça desenfreada pelo dinheiro, do ganho, de querer passar por cima do outro, então também temos que nos educar também devido à circunstância histórica do planeta Terra que também que é esse consumo, esses gastos, que não vai ser sempre assim. Teremos que vi-ver uma vida mais simples, mais sóbria também que é mais salutar e redescobrir aqueles valores perdemos um pouco.

Diário - Coisas do capitalismo, o senhor diria?

Pedro - É assim: achamos que estamos realizados quando compramos alguma coisa, quando temos muitos bens, mas a paz não se realiza com os bens. A paz e a convivência fraterna se realiza com a capacidade justamente de ver no outro não um inimigo, mas um amigo. Eu sei que é difícil, pois às vezes se paga isso com a vida. Acabei de ler no noticiário que foi assassinado a facadas um bispo na Turquia, então quer dizer a violência está no mundo inteiro e por vezes até contra pessoas que supostamente trabalham pela paz. Vamos unir as forças, com a família, com a educação, pelos meios de comunicação, enfim, precisamos pensar muito bem as coisas, reavaliar, e isso passa pelas igrejas, para que todas elas falem da paz.

Diário - Uma publicação recente analisa os casos envolvendo desvios cometidos por padres fazendo uma relação também com os casos envolvendo policiais pelo mundo, alegando que se trata de uma minoria ínfima em relação ao contingente que segue as regras. Esse tema também foi tratado na assembléia da CNBB em Brasília?

Pedro - Foi e ocupou até bastante tempo. Não tanto pelo número, que graças a Deus não é excessivo, mas justamente porque temos que tratar esses casos, e o papa nos deu o exemplo, no sentido de que não é papel da igreja somente defen-der, entre aspas, os padres que podem ter feito isso ou de alguma forma tentar resolver o problema dos padres. O que o papa sugere é olhar com mais carinho as vítimas disso. É preciso que a igreja se coloque porque é a mãe de todos e não só porque o padre faz parte da corporação, digamos assim que está errado, mas é só para o povo entender. Os outros também são filhos de Deus e foram as vítimas, infelizmente, em situações quando eram crianças, mas que marcaram a vida inteira. A igreja deve mostrar nesse momento não apenas a vontade de arrancar o joio, digamos assim, pela raiz, se libertando disso, mas di-zer aos padres e a todos os consagrados também que estão no caminho errado. Sobretudo devemos manifestar o carinho, a solidariedade, a paciência, o amor e o acompanhamento com todos esses casos.

Diário - Houve algum indicativo sobre as melhores formas de prevenção para esse tipo de problema?

Pedro - Percebemos também que existem problemas psicológicos muitas vezes, então a prevenção deve começar na escolha dos candidatos ao sacerdócio, é possível, mas a igreja também deve ser prudente, não pode achar que é fácil, infelizmente, são situações onde a pessoa que está envolvida ela sofre também por causa disso e às vezes não se controla. Por isso tem que ser honestos e saber que essas pessoas também colaborem, reconhecendo as suas dificuldades. É uma dificuldade também, fazer o que, e as pessoas devem admitir isso. A igreja deve acolher maternalmente ou paternalmente esses nossos irmãos que também são sofredores e também quem foram as vítimas que sofreram por causa desses abusos.


Perfil


"O Italiano Piergiuseppe Conti, que no Brasil assina Pedro José Conti, nasceu na cidade de Brescia, no dia 10 de outubro de 1949, filho de um operário e de uma dona de casa. Teve apenas uma irmã e foi ordenado padre no dia 12 de junho de 1976, sendo um padre diocesano, ou seja, não integrava o PIME (Pontifício Instituto de Missões Estrangeiras). Mas acabou desembarcando no Brasil, mais particularmente na Amazônia, no dia 11 de novembro de 1983, designado para atuar em Bragança, no Pará, onde atuou por 11 anos. Foi consagrado bispo no dia 18 de fevereiro de 1996, passando a atuar em Conceição do Araguaia, também no Pará. Em 2005 foi transferido para a Diocese de Macapá, após o falecimento do titular dom João Rissati."


Termina o Ciclo do Marabaixo


AApós dois meses de festejos encerra neste final de semana o Ciclo do Marabaixo 2010 com a derrubada dos mastros da Santíssima Trindade e Divino Espírito Santo e a escolha dos festeiros de 2011. No bairro Laguinho o Ciclo iniciou no Domingo de Páscoa com o Marabaixo da Ressurreição e seguiu com o corte dos mastros nas matas do quilombo Curiaú, missas, novenas, rodadas de marabaixo até o amanhecer e levantamento dos mastros enfeitados com ramos ao raiar do dia.
A festa centenária é realizada dentro da tradição e este ano a Associação Folclórica Raimundo Ladislau comemora duas conquistas, conseguiu resgatar o respeito da Igreja Católica reatando os laços com a coordenação da paróquia São Benedito após um mal entendido em 2009 que impediu que as imagens fossem colocadas no altar, e ainda a união dos quatro grupos que realizam o Ciclo na capital. “Conseguimos nos unir e isso é muito importante para que a nossa cultura não fique somente nos livros, somos todos parentes dos negros antigos que lutaram contra muitos preconceitos para manter viva essa tradição”, fala Danniela, presidente da Associação e bisneta de Mestre Julião Ramos, um dos primeiros moradores do Laguinho.
No domingo, chamado na tradição de Domingo do Senhor, às 17 horas começa a festa com rodadas de marabaixo na Casa da Tia Biló com toques de caixas, fogos e distribuição de caldo e gengibirra. Como manda a tradição, às 18 horas os mastros são derrubados a som dos “ladrões” e caixas de marabaixo. O festeiro do próximo ano é quem pega uma das bandeiras que ficam no alto dos mastros. A festa termina à meia-noite. A casa da Tia Biló fica na rua Ge-neral Rondon, entre Mãe Luzia e Nações Unidas.
Tradição - No Amapá, o Ciclo do Marabaixo é comemorado todos os anos por grupos tradicionais organizados que trabalham para manter vivas as tradições da raiz herdada dos ancestrais. O ciclo inicia no mês de abril e encerra no mês de junho. Durante este período diversos eventos serão realizados. Em homenagens a páscoa e o dia do trabalhador.

Gengibirra, Marabaixo e Pororoca SP

Visitantes que foram conhecer as opções de pacotes de viagem para o Amapá no 5º Salão do Turismo, realizado no Anhembi, em São Paulo, encantaram-se com os sabores do Estado. Uma grande fila se formou no stand do Amapá para a degustação da Gengibirra. Logo depois, no palco principal, o público acompanhou a roda de Marabaixo, no ‘Marabaishow’.
A secretária de Estado do Turismo, Ana Célia Brazão do Nascimento, ficou satisfeita com o resultado apresentado no stand Amapá. “Conseguimos mostrar ao público os nossos melhores atrativos e a procura está superando nossas expectativas”, falou animada.
O stand do Amapá, montado em formato de palafita, se destacou entre os mais visitados no espaço da região Norte. Um dos motivos de curiosidade dos visitantes foi a exposição sobre a Pororoca (fenômeno natural produzido pelo encontro das correntes fluviais com as águas oceânicas, com ondas que chegam a 6 metros de altura). O fenômeno foi exibido em vídeos, incluindo gravações do surfista Sérgio Laus, enfrentando as ondas da pororoca.
Destaque também para a degustação típica da terra tucuju, na qual reinaram absolutos a farinha de tapioca, mujica de camarão e o bombom de cupuaçu. O Stand do Amapá conseguiu reunir o que há de melhor da culinária amapaense, bem como o artesanato, fotos dos igarapés, dos animais, do povo e dos principais pontos turísticos do Estado do Amapá.
O Governo do Estado do Amapá teve como parceiros no 5º Salão do Turismo a Prefeitura Municipal de Macapá, através da Coordenadoria Municipal de Turismo (Comtur), Sebrae/AP, Amapá Convention & Visitors Bureau “Meio do Mundo”, Abav/Amapá, Singtur/AP.

* Colaboraram: Mariléia Maciel e Bianca Castro (GEA)

Coluna Argmentos, deste domingo







Reação
O senador José Sarney (PMDB-AP) defende veemente seu principal projeto na política internacional quando presidiu o país: o Mercado Comum do Sul (Mercosul), que reúne Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Reação a críticas feitas por José Serra. Disse que o Mercosul deveria ser inserido nos programas de todos os pré-candidatos.

Recepção
O governador Pedro Paulo e sua esposa Denise foram os anfitriões ontem de almoço oferecido a jornalistas, por ocasião da passagem do Dia do Jornalista (1º de junho). Ele ainda arrumou tempo para participar de evento em Porto Grande pela manhã e depois usou um helicóptero para chegar mais rápido e se confraernizar com profissionais da imprensa.

Mulher
Dito pelo próprio governador que a jornalista Cléia Lima, atual secretária estadual da Comunicação tem sim dado conta do recado nessa dura missão de repercutir a agitada agenda de compromissos do novo inquilino do Setentrião. Na verdade foram muito poucas mulheres a ocuparem esse posto no Amapá.

Até segunda
A enfermeira Kelly Araújo, secretária-geral do Conse-lho de Saúde de Macapá, é quem preside a comissão eleitoral para a escolha da nova diretoria da entidade. Ela foi ao rádio ontem dizer que até segunda-feira podem ser recebidos pedidos de associações para poder votar e ser votado, no processo de eleição das 16 vagas no conselho.

MENINO PRODÍGIO

Esse garoto com cara séria tem apenas nove anos de idade, responde pelo nome de Bruno, é aluno de escola pública muni-cipal e é filho de empregada doméstica e vendedor. Mas foi uma das maiores revelações no Campeonato Brasileiro de Karatê Escolar, que aconteceu no Distrito Federal. Voltou de lá com três meda-lhas no peito e uma enorme vontade de vencer na carreira.

Azedaram
As relações entre PSDB e DEM no Amapá, tudo por conta de diferenças para a escolha do vice na chapa do tucano Jorge Amanajás (PSDB) na corrida pela sucessão estadual. O PMDB, de Gilvam Borges, pulou para a barca do “Reitor” mas quer a vaga do imediato (vice). Os Democratas, por sua vez, deram uma de Romário: “Chegou agora e quer a janela”.

Nova baixa
Depois de anunciar com pompa e circunstância o evento de adesão à candidatura tucana ao Setentrião, o dirigente do PRTB, Hildegar Gurgel, confirmou apoio a Amanajás mas foi adiantando que na proporcional não haverá coligação. Agora ninguém quer saber de correr o risco de servir como “bucha” para eleger (ou reeleger) figurões que dão as cartas nos maiores partidos. Revolta dos nanicos, declarada.

Voz e voto
A atual presidente da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagem) no Amapá, a empresária Rosângela Lima está ansiosa para organizar a ida também de empresários do Amapá para a rodada de encontros em Caiena. Ela quer garantir poder de voz para o setor do turismo nessas discussões sobre transportes e trocas comerciais entre Guiana Francesa, Suriname e Brasil.

A fala do bispo
Você que nos lê saberia escrever corretamente o nome italiano do bispo de Macapá, dom Pedro José Conti? Eu também não sabia. Em italiano, o chefe da igreja assina Piergiuseppe Conti. Ele é nosso entrevistado de domingo neste Diário e em uma conversa franca fala dos temas mais atuais da igreja católica e avalia o recente encontro da CNBB em Brasília.



Na pauta


O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), anunciou para esta semana, a data para início da discussão do Projeto de Lei do Senado (PLS) 156/09 que reforma o Código de Processo Penal (CPP), aprovado nesta terça-feira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O texto que reforma o CPP é fruto do trabalho de uma comissão de juristas, que preparou um anteprojeto em 2008.

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