O deputado Evandro Milhomen (PCdoB-AP), como coordenador da Bancada Parlamentar amapaense, é um dos principais plantonistas, em Brasília, de tudo o que diz respeito ao estado que se prepara para em poucos anos alcançar o status de competir com o resto do país em desenvolvimento econômico. Nessa labuta, ele elege como bandeiras de luta permanentes a construção de obras estruturantes como rodovias, aeroporto, Porto de Santana, banda larga e energia elétrica. Isso sem descuidar da visão macro que tem do Brasil como um país que vai bem em ações de governo, mas que precisa dar mais atenção às necessidades prementes da população. Acompanhe parte da entrevista do deputado Milhomen dada com exclusividade ao Diário do Amapá.
Diário – O que o senhor acha, deputado: Natan Donadon, de Rondônia, está na cadeia, condenado pelo STF. O pessoal do mensalão terá o mesmo destino?
Milhomen – Não poderia emitir opinião se terá ou não, embora o julgamento de Donadon seja também por acusação à corrupção por desvio de oito milhões de reais. Ele passou 13 anos para poder cumprir essa condenação. Com relação ao mensalão, ela tem um tempero político que deve trazer ainda muitos debates. Eu tenho dúvida porque acho que se passou por cima de muitas etapas pra chegar às condenações. Não deveria ser dessa forma. Muitos não cumprian mandatos. Então não cabia ao STF logo fazer o julgamento em última instância. O desembargador Luiz Carlos, aqui, disse que houve exagero na hora de instrumentalizar o processo do mensalão – saiu-se da primeira possibilidade pra última. Houve um procedimento fora da normalidade do Supremo. O que diz o Direito é a presunção da inocência e não a presunção da culpa. Você tem que provar que a pessoa é culpada, não ela que tem que provar que é inocente, e esse fato é muito importante porque eu vejo que qualquer pessoa pode se vítima de um processo como esse, sem poder ter direito de cumprir as fases da defesa. Então não tenho muita certeza se acontecerá o mesmo com os que foram envolvidos nesse processo do mensalão, comparando com o caso Donadon.
Diário – O PCdoB é da base de apoio do governo federal do Partido dos Trabalhadores. PT, o grande responsável pela indignação dos brasileiros. Isso não incomoda os comunistas?
Milhomen – Não. Eu tenho um entendimento diferente. Não acho que o PT é o grande responsável por isso. Nós temos um histórico neste país construído pelo PT nesses dez últimos anos em que melhorou a vida de muita gente, de milhares de pessoas. Um programa vitorioso, embora tenhamos esses problemas de saúde, educação e mobilidade urbana. Temos por outro lado um país em crescente geração de emprego, o que sempre foi um grande problema para nós. Ontem mesmo eu vi dados do Sine dizendo que houve crescimento de 30% neste semestre. Hoje o país vive uma estabilidade econômica, embora com a ameaça de inflação, mas para quem viveu inflação de 80%, isso é bom. A economia mundial está em crise permanente desde 2009. Precisamos entender que isso reflete no país, porque o Brasil também depende dos outros países. Dizer que o Brasil hoje está um caos, não é verdade. Estamos bem, apesar dos problemas que enfrentamos. Nós do PCdoB somos aliados do governo, como outros partidos também são. Emtão não é p PT que governa sozinho, mas um conjunto de partidos, e creio que essa grande mobilização nacional só fez um favor a quem governa: chamar a atenção – olha, estou dizendo que não está bom, mas podemos melhorar.
Milhomen – Não. Eu tenho um entendimento diferente. Não acho que o PT é o grande responsável por isso. Nós temos um histórico neste país construído pelo PT nesses dez últimos anos em que melhorou a vida de muita gente, de milhares de pessoas. Um programa vitorioso, embora tenhamos esses problemas de saúde, educação e mobilidade urbana. Temos por outro lado um país em crescente geração de emprego, o que sempre foi um grande problema para nós. Ontem mesmo eu vi dados do Sine dizendo que houve crescimento de 30% neste semestre. Hoje o país vive uma estabilidade econômica, embora com a ameaça de inflação, mas para quem viveu inflação de 80%, isso é bom. A economia mundial está em crise permanente desde 2009. Precisamos entender que isso reflete no país, porque o Brasil também depende dos outros países. Dizer que o Brasil hoje está um caos, não é verdade. Estamos bem, apesar dos problemas que enfrentamos. Nós do PCdoB somos aliados do governo, como outros partidos também são. Emtão não é p PT que governa sozinho, mas um conjunto de partidos, e creio que essa grande mobilização nacional só fez um favor a quem governa: chamar a atenção – olha, estou dizendo que não está bom, mas podemos melhorar.
Diário – Que leitura o senhor faz da queda de popularidade da presidente Dilma?
Milhomen – Considero a queda da popularidade da presidente Dilma por esse evento das manifestações, principalmente pela falta de diálogo. Quando Lula dirigia o país, tínhamos um governo que debatia com a sociedade. O Lula conversava com as conferências nacionais; tinha um Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social que reunia mensalmente para discutir o país; também o Conselho Político que reunia com o Presidente da República para discutir a situação política. A presidente Dilma deu um corte na relação direta com a sociedade. As conferências comandadas por ela não têm sido frequentes; o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social não se reuniu mais, e o Conselho Político se juntou agora com esse problema da crise. Então a popularidade que a presidente tinha pela ação de governo foi sufocada por um grito de insatisfação, tanto que quano você olha a queda na pesquisa do ótimo e bom, a maior parte dessa número migra para o regular, onde ela sobe para 48%. As pessoas estão nessa expectativa de ficar aguardando o que vai acontecer. Eu creio que a presidente precisa conversar mais com a sociedade, através das conferências, ações, dos fóruns, precisa dialogar por meio do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
Milhomen – Considero a queda da popularidade da presidente Dilma por esse evento das manifestações, principalmente pela falta de diálogo. Quando Lula dirigia o país, tínhamos um governo que debatia com a sociedade. O Lula conversava com as conferências nacionais; tinha um Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social que reunia mensalmente para discutir o país; também o Conselho Político que reunia com o Presidente da República para discutir a situação política. A presidente Dilma deu um corte na relação direta com a sociedade. As conferências comandadas por ela não têm sido frequentes; o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social não se reuniu mais, e o Conselho Político se juntou agora com esse problema da crise. Então a popularidade que a presidente tinha pela ação de governo foi sufocada por um grito de insatisfação, tanto que quano você olha a queda na pesquisa do ótimo e bom, a maior parte dessa número migra para o regular, onde ela sobe para 48%. As pessoas estão nessa expectativa de ficar aguardando o que vai acontecer. Eu creio que a presidente precisa conversar mais com a sociedade, através das conferências, ações, dos fóruns, precisa dialogar por meio do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
Diário – Como está a bancada parlamentar amapaense em Brasília. Unida ou com rusgas?
Milhomen – Quando você trata de mandatos legitimamente constituídos pelo voto da sociedade, você tem a independência de cada parlamentar e o seu interesse particular, individual na atividade política. Dizer que não existem rusgas, sempre existem, porque sempre têm interesses que se cruzam, mas a bancada, na sua quase totalidade, tem dado um exemplo muito bom de unidade naquilo que interessa ao Amapá. Sempre que chamados, os companheiros e companheiras estão prontos para atender a necessidade do novo povo. A bancada tem estado presente, deixando de lado questões ideológicas ou partidárias, e se debruçado em atender o chamado da sociedade, seja através dos governos estadual ou municipais, ou de entidades civis constituídas.
Milhomen – Quando você trata de mandatos legitimamente constituídos pelo voto da sociedade, você tem a independência de cada parlamentar e o seu interesse particular, individual na atividade política. Dizer que não existem rusgas, sempre existem, porque sempre têm interesses que se cruzam, mas a bancada, na sua quase totalidade, tem dado um exemplo muito bom de unidade naquilo que interessa ao Amapá. Sempre que chamados, os companheiros e companheiras estão prontos para atender a necessidade do novo povo. A bancada tem estado presente, deixando de lado questões ideológicas ou partidárias, e se debruçado em atender o chamado da sociedade, seja através dos governos estadual ou municipais, ou de entidades civis constituídas.
Diário – Atualmente, quais são as principais bandeiras de luta conjuntas dos deputados federais e senadores amapaenses?
Milhomen – Ainda bem que conseguimos avançar com as bandeiras permanentes, mas que já estão em processo de conclusão. Temos que fazer com que o Amapá esteja preparado para nos próximos anos assumir o desenvolvimento social com o crescimento da economia. Para isso, precisamos que as obras estruturantes estejam prontas: rodovias, aeroporto, Porto de Santana, energia, banda larga. E isso tudo está em andamento, em consonância com o que temos feito no Congresso Nacional.
Milhomen – Ainda bem que conseguimos avançar com as bandeiras permanentes, mas que já estão em processo de conclusão. Temos que fazer com que o Amapá esteja preparado para nos próximos anos assumir o desenvolvimento social com o crescimento da economia. Para isso, precisamos que as obras estruturantes estejam prontas: rodovias, aeroporto, Porto de Santana, energia, banda larga. E isso tudo está em andamento, em consonância com o que temos feito no Congresso Nacional.
Perfil...
Entrevistado. Evandro Costa Milhomen, nascido em 21 de abril de 1962, no histórico Formigueiro de Macapá, é sociólogo de formação acadêmica e deputado federal de quatro mandatos. Está na Câmara Federal desde 1999. Antes, foi eleito vereador da capital, tendo exercido apenas dois anos de mandato em virtude de logo ascender ao cargo de deputado federal com expressiva votação. Evandro Milhomen tem intensa atividade partidária, antes no PSB e agora no PCdoB. O deputado, entre as suas lutas parlamentares, defende melhores posições e oportunidades na sociedade para a população afrobrasileira e que o esporte e a cultura cumpram com as suas finalidades de formar melhores cidadãos.
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