quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Ilha de Santana é cenário para filme Tainá 3


A floresta aqui é muito bonita, tem verdes diferentes, as locações da oca do Tigê e da grande árvore são belíssimas, e é aqui no Amapá que a história começa e termina

A rotina dos moradores da Ilha de Santana mudou desde o dia 17, com o início da segunda e última fase das filmagens do longa-metragem Tainá 3 - A Origem. A equipe do filme grava no Amapá até dia 26, e é aqui que serão rodadas cenas fundamentais da história. A primeira etapa das filmagens ocorreu entre os meses de julho e meados de agosto nas localidades paraenses de Alter do Chão, localizada a 32 quilômetros de Santarém, no Pará.
"Filmar no Amapá está sendo ótimo, temos um filme que é 100% externa, então precisamos contar com a ajuda da natureza para não atrasar as gravações, não temos como controlar isso. A floresta aqui é muito bonita, tem verdes diferentes, as locações da oca do Tigê e da grande árvore são belíssimas, e é aqui no Amapá que a história começa e termina", do-cumenta a diretora do filme, Rosane Svartman, referenciada pelo trabalho realizado durante anos no programa Casseta e Planeta, da Rede Globo.
Na Ilha de Santana, além da equipe do filme, composta por 62 profissionais, foram contratadas mais 40 pessoas para trabalhar na etapa de produção e filmagem. Foi mão de obra local, por exemplo, que ajudou a equipe de arte a confeccionar o material necessário para construir as paredes da oca do vô Tigê. "O apoio que estamos recebendo para fazer as gravações aqui e a floresta são fundamentais para nosso trabalho, a população também nos acolheu muito bem e durante esse mês estamos gerando emprego", conta o diretor de produção, Pingo.
O terceiro filme sobre a indiazinha Tainá conta sobre a origem da guerreira, que foi encontrada pelo vô Tigê, interpretado pelo ator Grancindo Júnior, aos pés da grande árvore. "Tainá 3 é um filme sobre a origem da Tainá, a busca de quem ela é filhe, de onde veio, e nessa trajetória vive aventuras que faz com que ela se torne a guerreira que o público viu em Tainá 1", conta a diretora Rosane Svartman.
As aventuras são protagonizadas pela índia Tainá e a menina Laurinha, que juntas vão combater o contrabandista de madeira da região, Vítor, interpretado por Guilherme Berenguer. "Este é o meu primeiro vilão, as pessoas estão acostumadas a me ver como mocinho das histórias", comenta o ator, que precisou ter um cuidado especial para montar o personagem, já que contracena com crianças e a produção é voltada para o público infantil.
Para o ator, o filme trouxe a oportunidade de fazer coisas diferentes. "Algumas cenas foram realmente difíceis, mas não por se tratar de um vilão, mas por precisar realizar coisas que nunca tinha feito antes", afirma. A presença de Guilherme Berenguer na pequena e pacata Ilha de Santana mudou o cotidiano das pessoas, principalmente das fãs, que esperavam por qualquer oportunidade para pedir autógrafos ou fotografar, e esse carinho do público também marcou o ator. "Sem dúvidas trata-se de um projeto que já marcou muito a minha carreira, pois proporcionou eu conhecer e viver coisas emocionantes", relata.

As revelações mirins

A saga da produção do filme começou para encontrar a nova atriz que viveria a indiazinha defensora da natureza. Após dois anos e meio de procura, produtores do escolheram a indía Wiranú Tembé, de cinco anos, que vive em uma aldeia da etnia tembé, nos arredores de Paragominas, no Pará. Como o português não é sua principal língua, Wiranú precisou de ajuda das colegas para se comunicar.
A atriz Eunice Bahia, que representou Tainá nas duas versões já lançadas do filme, chegou a comentar que a escolha foi acertada, pois quando olha para Wiranú se vê quando tinha seis anos. A pequena Wiranú é realmente perfeita para o papel da pequena guerreira, corajosa e esperta como Tainá. A índia corre pelo set, sobe em árvores, atua como quem brinca.
"Ela vai ser uma das maiores descobertas de atriz para cinema que eu já vi na minha vida, ela tem uma presença cênica, uma inteligência de atriz que é raro descobrir, a cada dia aprende mais", garante Gracindo Júnior, que pela primeira vez esteve no Amapá.
O renomado ator conta que se interessou muito em fazer o filme, pois o roteiro, apesar de dirigido para o publico infantil, é altamente ecológico, fala de uma possibilidade de vida em convivência com a natureza, "não essa coisa alucinada de lutar por dinheiro e poder, que é possível uma vida melhor, e que os indígenas provam a cada dia como é viável ter essa relação".
Outra atriz mirim que tem destaque em Tainá 3 é Beatriz Santos Noskoski, que interpreta Laurinha, menina da cidade que contará com a ajuda de Tainá para salvar o avô das mãos de Vítor (Guilherme Berenguer). Beatriz também passou por seletivas, concorrendo com mais de três mil candidatas.


O filme é uma produção da Sincrocine Produções Cinematográficas e deve chegar às telas em janeiro do ano que vem.

Um comentário:

  1. É ótimo a idéia de gravação no Amapá, mas por viver nesse Estado, mais precisamente em Santana,sei que os municípios precisam ser divulgados como realmente são, mostrando seus problemas, e não só sua natureza. É isso que o povo amapaense precisa,é isso que o Brasil todo necessita ver.

    Thais Dias, 15 anos

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