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O projeto de universalização do fornecimento de água e esgo-to conta com a ajuda do PAC. |
Cleber Barbosa, para a Revista Diário | Fotos: Samuel Silva
De uns tempos para cá não se fala em outra coisa no país: a falta de água. Diante desse quadro, os amapaenses podem até achar que estão em uma zona de conforto, afinal, na maior bacia hidrográfica do planeta, água tem em abundância. Só que especialista garante não ser uma coisa tão simples, pois as águas barrentas do Rio Amazonas exigem um esforço extra para ser tratada, o que, claro, custa mais ao contribuinte.
A engenheira Patrícia Brito, que é a primeira mulher a assumir o cargo de presidente da Caesa, a estatal de água e esgoto do Amapá, diz que a Lei do Saneamento prevê que o Estado deva prover não apenas o serviço de abastecimento de água como também o esgotamento sanitário. “Estamos diante de um enorme desafio de enfrentar esse déficit de esgoto, que em Macapá chega apenas a 3% a 4% das residências”, diz a executiva.
Ela diz que além do alto custo para tornar potável a água do Rio Amazonas, é preciso enfrentar outro problema: as perdas. Patrícia explica que o Amapá figurou num ranking dos estados que mais jogam água fora. “É preciso explicar que nem toda perda é desperdício, pois perdemos sim alguma coisa da produção com os vazamentos e devido a vida útil da rede, mas o maior gargalo está nas ligações clandestinas e na falta de medidores”, diz a presidente da Caesa.
A média de consumo do brasileiro subiu de 25 m³ para 32 m³ segundo a presidente da Ceasa Patrícia Brito. |
RESPOSTA
A meta é regularizar cerca de 20 mil ligações não cadastradas. Um levantamento aponta que uma família com 4,5 pessoas consome 32 m³ de água. A meta é instalar novos hidrômetros e recuperar a rede para diminuir em 20% as perdas com água tratada. O dinheiro virá de convênios com o governo federal (PAC, BNDES, PAC Funasa). “Casa R$ 1 investido em saneamento economiza R$ 4 na saúde”, diz ela.
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A estação de captação de água da Caesa utiliza água barrenta
do Rio Amazonas, em Macapá.
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