Presidente da Diagro-AP, o médico veterinário José Renato Ribeiro | Foto: Joelson Plheta/DA |
A mudança de status ocorre sete meses depois que o Amapá passou da classificação de alto risco para médio risco. O diretor-presidente da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária (Diagro), José Renato Ribeiro, explica que o governo não mediu esforços para garantir a vacinação dos rebanhos e conscientizar os produtores sobre a importância das mudanças de status. “Para alcançar este resultado, houve várias ações estratégicas, entre elas a capacitação de servidores e o investimento em tecnologia para que regiões de difícil acesso fossem alcançadas”, afirmou Ribeiro.
O diretor-presidente aponta campanhas e ações de controle de trânsito de animais, melhorias nas investigações de suspeitas de doenças, controle de cadastro de propriedades, fiscalizações volantes, acompanhamento em matadouros, como medidas essenciais efetuadas pelo governo para a obtenção do certificado. A Campanha Estadual de Vacinação contra a Febre Aftosa foi iniciada em setembro e concluída em novembro, seus dados serão computados até 10 de dezembro. A meta é atingir 98% de cobertura. Segundo a Diagro, dados preliminares apontam que 91% da meta foi atingida, superior ao mínimo estabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) que é de 90%.
Benefícios
Ele destaca que ao se tornar uma zona livre de febre aftosa, o Amapá poderá preparar-se para comercializar carne nos mercados nacional e internacional, uma vez que possui uma posição geográfica privilegiada, devido a fronteira com a Guiana Francesa. “O certificado é um primeiro passo para que o Amapá possa fazer investimentos neste sentido”, afirmou.
Outro benefício é o incremento no valor das fazendas do Estado, das terras e dos animais. Além disso, os pecuaristas poderão investir em técnicas para melhoria genética do rebanho, como a inseminação artificial em bovinos.
Ribeiro frisa que, para manter o Amapá como uma área livre de febre aftosa, as campanhas de imunização continuarão em 2018 e 2019, por uma questão de controle e segurança. “O objetivo é suspender oficialmente a vacina em 2020”, pontuou.
Ribeiro acrescenta que a expectativa é que, em maio de 2018, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) faça o reconhecimento internacional da condição sanitária do Amapá.
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