segunda-feira, 9 de junho de 2014

TESOURO INCALCULÁVEL: Templo de observação dos povos antigos

A descoberta de uma estrutura física, que parece incorporar conhecimentos da astronomia, sugere que esses índios pré-colombianos que habitavam as terras onde hoje é Amapá seriam bem mais sofisticados do que se suspeitava.
Cleber Barbosa
Editor de Turismo

Localizado a sete quilômetros do município de Calçoene, no interior do Estado, um sítio arqueológico conhecido como “Stonehenge do Amapá” é um tesouro de valor ainda incalculável. Os mais entusiasmados defendem que poderá virar um museu a céu aberto e com visitações regulares. O local tem 127 rochas dispostas em formato circular e pelo que apontam os primeiros estudos era um observatório astronômico de antigos povos indígenas. O sítio será um museu e parque arqueológico cujo projeto de construção está a cargo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Segundo os pesquisadores do sítio arqueológico, as ruínas existem há mil anos. A descoberta do lugar aconteceu em 2005; no ano seguinte, começaram as escavações e pesquisas. Em 2009, o Iphan contratou uma equipe para elaborar o projeto e que vai contar com estrutura de visitação com coleções arqueológicas.
Durante a pesquisa, os arqueólogos descobriram que a área foi desmatada para a construção do círculo de pedras e que está relacionado ao solstício de inverno, um fenômeno celeste. O projeto defende a ideia de devolver as peças que foram achadas nas escavações para o seu lugar de origem, para compôr o acervo do museu.
A construção do museu ajudará a manter o local preservado para futuras gerações. “Embaixo do solo ainda existe muito para estudar e é justamente isso que queremos garantir”, comentou a arqueóloga, Mariana Petry. A construção do parque arqueológico e do museu – ambos ainda sem nome definido – na cidade de Calçoene está orçada em R$ 5 milhões.
Solstício
O círculo de Calçoene foi apelidado de Stonehenge do Amapá em referência ao famoso sítio arqueológico na Inglaterra. Um dos blocos de pedra do círculo megalítico está posicionado de maneira que o Sol, durante o solstício de inverno do hemisfério Norte (em 21 de dezembro), fique a pino sobre o bloco, eliminando sua sombra. A posição desta rocha em questão diminui o tempo da projeção de sombras durante todo o dia.
O alinhamento de um dos blocos de rocha com o solstício de dezembro levou os pesquisadores a acreditarem que o local tenha sido um observatório astronômico, com resquícios de uma cultura avançada. Entre esses povos, acredita-se, podem estar os Maias, que com sua capacidade de fazer cálculos deram e ainda dão contribuições inestimáveis para a ciência e a astronomia.
Fonte: Portal Amazônia

Templo para a observação dos céus e do ‘rei-sol’


Os arqueólogos estimam que esse sítio tenha sido construído por volta de 1000 a 2000 anos atrás. No entorno desse monumento megalítico existem sítios de sepultamento que demonstram rituais complexos, com poços funerários.

Os antropólogos sabem, há muito tempo, que os índios da Amazônia, assim como muitos outros povos antigos, eram excelentes observadores dos astros. Entretanto, a descoberta de uma estrutura física, que parece incorporar esses conhecimentos, sugere que esses índios pré-colombianos seriam bem mais sofisticados do que se suspeitava.

Esse monumento megalítico, por suas dimensões, poderia ser um observatório astronômico e centro ritualístico. Isso significaria, por exemplo, uma organização social mais complexa, com uma população maior do que normalmente são as sociedades indígenas da Amazônia, que normalmente usam barro e madeira em suas construções.

Detalhes deste que pode ser considerado um grande achado arqueológico nacional

O sítio arqueológico, já conhecido pela comunidade científica desde os anos 1950, constitui-se de pelo menos 127 rochas dispostas em formato circular, no topo de uma colina, como se fosse um verdadeiro templo, ou uma praça. Supõe-se que tenha sido construído como um antigo observatório astronômico pelos antigos povos indígenas que habitavam a região. O círculo megalítico tem 30 metros de diâmetro, com pedras de granito com até 4 metros de comprimento. Assemelha-se a um outro círculo megalítico encontrado na Guiana Francesa, cuja datação indica ter mais de 2000 anos de idade. O círculo de Calçoene foi apelidado de "Stonehenge do Amapá", numa referência à Stonehenge, na Inglaterra. As escavações no local, executadas por arqueólogos, estão sendo feitas desde 2006. Baseando-se nas características de fragmentos cerâmicos encontrados nas redondezas do sítio arqueológico, arqueologistas estimam que a idade do mesmo esteja entre 500 e 2000 anos.

Um dos blocos de pedra do círculo megalítico foi posicionado de maneira que o Sol, durante o solstício de inverno do hemisfério norte, que ocorre em torno do dia 21 de dezembro, fique a pino sobre este, de maneira que sua sombra desapareça. Além disso, o posicionamento desta rocha é tal que a projeção de sombras durante todo o dia é diminuta. É este alinhamento de um dos blocos de rocha com o solstício de dezembro que levou os arqueologistas a acreditar que o local tenha sido no passado um observatório astronômico, e que ao observar o círculo megalítico de Calçoene está na verdade a contemplar os resquícios de uma cultura avançada. Isso significa que até hoje é possível ver na prática aquilo que os antigos observavam lá.

CURIOSIDADES

- O Parque Arqueológico do Solstício, localizado no interior do município de Calçoene, no litoral norte do Amapá, é um sítio arqueológico de arte rupestre de interesse histórico e turístico conhecido por abrigar o Observatório Astronômico de Calçoene.
- O Parque Arqueológico de Calçoene, é um Círculo Megalítico Pré-Colombiano no Amapá.

2.000
Idade estimada do sítio arqueológico de Calçoene, que seria usado pelos antigos para a observação do rei sol.

O REI-SOL

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