segunda-feira, 6 de novembro de 2017

OPINIÃO | Empresas de minorias nos EUA são uma "arma secreta" para brasileiros por lá

As empresas de minorias têm sido fundamentais para o crescimento da economia americana e o aumento da participação no mercado para empresas que tem como proprietários os seguimentos considerados minoritários.
O Presidente Trump, inclusive, proclamou de 22 de outubro a 28 de outubro de 2017, a Semana Nacional do Desenvolvimento das Empresas de Minoria, pelo reconhecimento às contribuições para a economia americana.
Segundo a casa Branca, há quase 1 milhão de empresas de minorias que empregam por volta de 8 milhões de americanos e estão crescendo mais rapidamente do que as empresas não pertencentes a essa categoria gerando quase 1 trilhão de dólares anualmente ao país.

Praticamente todas as cidades, condados, Estados e grandes empresas tem estímulos à participação das empresas de minorias como fornecedores de produtos e serviços.
As regulamentações federais exigem que pelo menos 23% de todos os dólares federais de contratação sejam concedidos a pequenas empresas, incluindo as de propriedade de mulheres, empresas desfavorecidas e veteranos de guerra com deficiência.
O orçamento de 2017 está girando em torno de U$593 bilhões e deverá aumentar significativamente em 2018 e 2019, criando assim oportunidades de negócios extraordinárias para as pequenas empresas de minorias dos Estados Unidos desta categoria e seus proprietários e funcionários.

Casa Branca 
Algumas companhias de grande porte já estão contratando esse segmento empresarial que dão oportunidades a todos, independentemente de raça, sexo, religião, nacionalidade, idade, orientação sexual, etc.
O Walmart, por exemplo, uniu forças com a WBENC (The Women’s Business Enterprise National Council) para criar um símbolo único para os rótulos de produtos de empresas pertencentes a mulheres fazendo com que as empresas sejam reconhecidas, interna e mundialmente, e impulsionam o crescimento das mesmas. Em 2011, eles investiram 20 bilhões de dólares para as mulheres americanas e também para a pesquisa e recrutamento de mulheres de outros países, inclusive o Brasil, que foi utilizado até o final de 2016.

 A CVS, a maior rede de farmácias americana, analisa a vizinhança para que tenham produtos direcionados às pessoas que estão em sua volta. Uma iniciativa muito inteligente por sinal onde eles reconhecem a importância de ter uma representação local à medida que o negócio vai crescendo criando assim, uma vantagem competitiva.
Segundo o Banco Wells Fargo, os proprietários de empresas de minoria tiveram o maior nível de otimismo em mais de uma década. Essas pessoas estão sendo ouvidas, e melhor ainda, apoiadas nessa nova administração. Em agosto passado, o Presidente Trump se encontrou com um grupo de 100 proprietários de empresas de minoria e pequenos negócios e assumiu o compromisso com eles.
Enquanto algumas pessoas enxergam preconceito e segregação, outras enxergam oportunidades igualitárias a todos e querem ter seu negócio crescendo juntamente com o mercado.
Os brasileiros e brasileiras que tem ou abrem suas empresas nos EUA, tem este importante instrumento para ganhar uma enorme vantagem competitiva na oferta de seus produtos ou serviços para os governos e grandes empresas, pois podem ser considerados como minorias.
Pela ignorância dessa possibilidade é uma verdadeira arma secreta, ainda não utilizada, mas de um enorme poder de fogo para com o mercado Americano.

Carlo Barbieri – Presidente Oxford Group

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