segunda-feira, 16 de abril de 2012

“Se o Lucas for candidato a prefeito terá o nosso incondicional apoio”

DAVI ALCOLUMBRE – Ele foi o mais jovem vereador e depois de três mandatos de deputado quer concorrer a prefeito.
Davi Alcolumbre (DEM) foi sabatinado ontem no rádio, na série especial de entrevistas com os pré-candidatos a prefeito de Macapá e além de demonstrar a maturidade dos mais de 12 anos de mandatos consecutivos desde vereador a deputado federal, com seus planos e leituras dos grandes problemas da cidade, também surpreendeu muita gente ao falar que só existe uma possibilidade de recuar nas pretensões de viabilizar sua candidatura nas convenções: que o amigo e aliado Lucas Barreto decida também concorrer este ano, caso em que Davi anunciou que retiraria sua pré-candidatura para fechar chapa com Barreto. Essa e outras declarações importantes sobre como seria seu relacionamento com o governador Camilo Capiberibe você acompanha a seguir no resumo dos principais trechos da entrevista concedida ao jornalista Cleber Barbosa.

“Mas tenho caminhado muito pela cidade, conversado com as pessoas e o que a gente mais ouve por aí é reclamação de que as pessoas estão comendo poeira no verão e lama no inverno. Portanto é preciso tocar um arrojado plano de asfaltamento para nossa cidade, isso é uma prioridade”

CLEBER BARBOSA
PARA O DIÁRIO

Diário do Amapá – O senhor já havia sido pré-candidato a prefeito de Macapá em 2008, mas na reta acabou recuando e decidiu apoiar Roberto Góes, com o seu partido indicando o vice na chapa, que foi Helena Guerra. Dá para explicar o porquê dessa decisão deputado?
Davi Alcolumbre – Naquele momento a gente tinha construído em nome do partido a pré-candidatura, mas não se constrói uma candidatura para prefeito sem alianças. Você não viabiliza primeiramente tempo na televisão para a propaganda eleitoral. A gente tinha feito uma aliança com o PSDB primeiramente e com o PPS que seriam duas legendas que nos davam tempo de tv necessário para viabilizar uma campanha que pudesse minimamente se comunicar com a população. Mas faltando trinta dias para o início da campanha eleitoral o deputado Jorge Amanajás, presidente do PSDB, nos procurou para dizer que o PSDB e o PPS estariam saindo da aliança que garantia a minha coligação para disputar a eleição para prefeito de Macapá, mas com o desejo de unificar o grupo político para que a gente pudesse vencer as eleições.


Diário – E o senhor decidiu então aceitar a proposta de formar um chapão?
Davi – A gente ficou praticamente inviabilizado sem a coligação, sem tempo de tv, sem uma coligação proporcional para vereadores que viabilizasse essa caminhada. Houve o desejo do PDT manifestado através do prefeito Roberto Góes, próprio PPS e do PSDB, em nome do deputado Jorge Amanajás, que foi o grande coordenador daquela campanha para a eleição do prefeito Roberto, para que a gente pudesse fazer a indicação do vice na chapa encabeçada pelo PDT. A gente reuniu o partido, as lideranças e as pessoas que estavam construindo a pré-candidatura e discutimos se sairíamos sós ou na aliança que poderia ser vitoriosa. O grupo decidiu, pois nós tínhamos uma pesquisa que apontava a liderança da então vereadora Helena Guerra, que era muito forte em Macapá e que precisava dar um toque feminino na chapa de Roberto Góes.


Diário – Seu projeto teve que ser adiado então?
Davi – A gente não chega a lugar nenhum sozinho. O nosso sonho foi frustrado sim naquele momento, quando a gente tinha praticamente todo organizado o plano de governo, a pré-candidatura montada faltando trinta dias para a campanha, mas eu acredito que tudo que deus faz é bem feito. A gente abriu mão daquela pré-candidatura naquele momento, compusemos a chapa com a vereadora Helena Guerra e vencemos as eleições.


Diário – E agora deputado, o senhor chega como para essa pré-candidatura a prefeito?
Davi – Agora não cabe isso mais [o recuo]. Porque tem uma orientação do partido a nível nacional para que a gente possa ter em Macapá e em outras capitais do Brasil uma candidatura viabilizada para a eleição majoritária da Capital.


Diário – É uma decisão do partido, afinal é importante para uma grande legenda assumir administrações de capitais como a nossa, mas e o senhor, quer mesmo ser prefeito?
Davi – Olha, o povo de Macapá me deu oportunidade em 2000 de ter sido o vereador mais votado naquele momento. Eu tive 2.317 votos, fui o mais votado e também o mais jovem vereador daquela legislatura, ou seja, quando a gente fala no ano 2000 isso significa rapidamente falar em 12 anos atrás. Passadas as eleições municipais eu aprendi, convivi e conheci Macapá a fundo. Sou macapaense, trabalhei muito, sou de uma família de empresários e enveredei pelo campo da política porque achava que precisava dar uma parcela de contribuição para melhorar a vida das pessoas.


Diário – Mas depois de ser vereador chegou a Câmara Federal e não saiu mais, digamos assim. O que foi preponderante para isso?
Davi – Exatamente, já são quatro mandatos consecutivos. Devo agradecer a população amapaense, Macapá inicialmente e depois no estado todo, pois vieram três mandatos para a Câmara Federal, sendo que nas últimas eleições em 2010 eu tive quase 15 mil votos. Tenho certeza de que o reconhecimento da população vem nas urnas, então se nós estamos a doze anos tendo o aval do povo amapaense para continuar representando o Amapá no Congresso Nacional e na política do estado, isso me credencia para que eu possa deixar o meu desejo de governar Macapá na mão da população de Macapá.


Diário – Qual a maior prioridade para Macapá uma vez o senhor sendo eleito prefeito da cidade?
Davi – Olha, são muitos problemas, sem dúvida. Mas tenho caminhado muito pela cidade, conversado com as pessoas e o que a gente mais ouve por aí é reclamação de que as pessoas estão comendo poeira no verão e lama no inverno. Portanto é preciso tocar um arrojado plano de asfaltamento para nossa cidade, isso é uma prioridade que está relacionada a outros problemas, como a saúde da população.


Diário – Como deveria ser o relacionamento do senhor uma vez prefeito de Macapá, com o Governo do Estado, na pessoa do governador Camilo Capiberibe?
Davi – O governador foi eleito legitimamente pelo povo do Amapá e eu respeito a democracia. Mas entendo que há muitas dificuldades no Governo do PSB, mas isso não pode dar o direito, por decisões políticas, pessoais ou partidárias, romper com o governador. A Prefeitura de Macapá não pode prescindir de ter o apoio do Estado. As portas da Prefeitura estarão abertas para que o Governo possa fazer as obras e a parceria com a Prefeitura de Macapá.


Diário – Na eleição de 2008 quando o senhor tentou disputar a Prefeitura de Macapá os partidos que buscou aliança foram o PSDB e o PPS, mas ultimamente o senhor tem sido com freqüência acompanhado de Lucas Barreto, do PTB. Como andam os entendimentos com ele e seu partido?
Davi – Como já falei anteriormente, não se constrói uma candidatura a uma Prefeitura de qualquer estado sem alianças partidárias. Eu tive a felicidade nessa caminhada de poder ter o ombro e os aconselhamentos de duas pessoas importantes no Amapá, que são o presidente do PTB, o deputado Eduardo Seabra, que foi meu colega deputado federal e que me ensinou muito em Brasília, um batalhador na questão educacional no estado, sua bandeira de luta; o segundo é o dpeutado Lucas Barreto, um amigo nosso e da família a muitos anos, uma grande liderança política que eu respeito muito, como homem, como cidadão e pai de família, além de como homem público. Ele é um exemplo de seriedade, de trabalho e de humildade acima de tudo.


Diário – Isso tudo para dizer o que em relação a política de alianças para a eleição deste ano?
Davi – Eu tive a felicidade de ver no jornal Diário do Amapá há cerca de dois meses atrás uma declaração do deputado Lucas dizendo que tinha o desejo de apoiar o deputado Davi como seu pré-candidato se pudesse escolher. Ele disse que se não for candidato a prefeito optava entre os nomes postos para a eleição da Prefeitura de Macapá pelo meu nome. Fiquei muito feliz com essa declaração e procurei o Lucas e o Seabra, além de outras lideranças do PTB e conseguimos fazer uma aliança onde a gente possa viabilizar nossa candidatura.


Diário – E qual deve ser a cara dessa aliança, deputado?
Davi – A partir do momento que você tem uma liderança, um partido político que nas últimas eleições teve quase 48% dos votos de todo o estado para governador do Amapá, ou seja, foram 150 mil votos, não conseguiu vencer, mas tenho certeza de que o estado estaria melhor se estivéssemos sob o comando do deputado Lucas Barreto. O eleitor não quis assim e talvez queira em outra oportunidade que isso aconteça. Isso para dizer que essa declaração do Lucas, uma liderança que todas as pesquisas apontam com índices elevadíssimos para prefeito de Macapá deixa essa aliança DEM-PTB ou PTB-DEM consolidada. Estamos tentando viabilizar outros partidos para essa aliança, mas quero deixar aqui publicamente o recado para os eleitores de Macapá. Quero o bem desse município, quero trabalhar por Macapá, busco isso a todo dia, mas que fique claro que assim como o Lucas disse que se não fosse candidato nos apoiaria, da mesma forma eu digo que se ele optar em ser o candidato a prefeito de Macapá nessa aliança com o DEM ele terá o nosso integral apoio para esse projeto.


PERFIL

David Samuel Alcolumbre Tobelem, ou apenas Davi Alcolumbre, nasceu em Macapá no dia 19 de junho de 1977. É empresário e deputado federal. Foi vereador em Macapá de 2001 a 2003. Em 2002 foi eleito para a Câmara dos Deputados sendo reeleito em 2006 e depois em 2010, com quase 15 mil votos. É filiado ao DEM, partido do qual faz parte do Diretório Nacional e também do Conselho Político do movimento jovem. Em 2009 licenciou-se do mandato para assumir o cargo de secretário municipal de Obras de Macapá.

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