O terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Macapá |
Cleber Barbosa
Da Redação
Brasileiros que residem na Guiana Francesa receberam a
informação essa semana de um suposto “rebaixamento” de categoria do Aeroporto
de Macapá, que teria perdido a condição de terminal internacional. Uma
passageira da Azul – única companhia aérea brasileira a operar voos para Caiena
– disse ter ouvido essa informação na capital da Guiana Francesa, dos próprios
funcionários da empresa, diante de questionamentos a respeito da falta de voos para a capital do Amapá. Em Macapá, a representação local da Empresa Brasileira
de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) nega peremptoriamente essa notícia.
A reportagem ouviu a atual superintendente da Infraero em
Macapá, Keila Paula de Moraes, que garantiu a permanência do terminal amapaense
como um aeroporto internacional. “Continuamos com essa categoria, tanto que os
serviços de aduana permanecem em pleno funcionamento, atendendo inclusive a
aviação executiva internacional e tudo o que precisa ser internado no Brasil a
partir de Macapá”, disse a representante da Infraero.
Já na Polícia Federal, o Superintendente Regional, delegado
Raimundo Soares de Freitas, falou à reportagem por telefone – ele está de
férias – a respeito do assunto e também assegurou que os serviços a cargo da PF
também permanecem inalterados no aeroporto. “Nossos plantões ocorrem
normalmente, a cargo da delegada Tainá, que é a chefe do setor de controle
internacional dos voos”, disse ele.
Enquanto o novo terminal não é entregue a Infraero providenciou um sistema modular de embarque e desembarque |
Trajetória
A história do Aeroporto de Macapá, que foi rebatizado em abril
de 2009 como Alberto Alcolumbre em homenagem a um grande empresário local, começou a ser escrita na década de 1930 durante a Segunda
Guerra, quando o governo dos Estados Unidos buscou composição com o Brasil para
construção de bases aéreas militares. No ano de 1943, na época do antigo
Território Federal do Amapá, o então governador Janary Nunes, convidou o coronel
Belarmino Bravo, da Força Aérea Boliviana, para fundar o Aeroclube de Macapá,
para desenvolver, basicamente, atividades na área social e recreativa.
Com a instalação do Serviço de Aeronáutica (Saer), em 1953,
composto por um hangar, um avião Bonanza Beechcraft A 36 e um campo
de pouso, a sistematização de frequência de voos ficou consolidada. O avião foi
adquirido com o objetivo de atender com mais rapidez a cobertura dos serviços
administrativos do governo e, ao mesmo tempo, auxiliar a população no
transporte de medicamentos para o interior ou de pessoas doentes para Belém do
Pará.
No ano de 1956 foi criado no Aeroclube do Macapá, o curso de
piloto de aeronaves. Em 1958, ocorreu a transferência das atividades
aeroportuárias do campo de pouso então existente na Avenida FAB para a atual
base do Aeroporto Internacional de Macapá. O Aeroporto Internacional de Macapá
– Alberto Alcolumbre passa à administração da Infraero em março de 1979.
Vista parcial da sala de embarque do aeroporto de Macapá |
Várias melhorias foram realizadas no aeroporto como a troca
do piso e do forro, além da reforma de sanitários do terminal de passageiros em
2012. No ano seguinte, os trabalhos continuaram com a construção de módulos
operacionais para as salas de embarque e desembarque, a revitalização da
fachada e a ampliação do terminal de passageiros e do pátio de aeronaves. As
reformas possibilitaram o aumento da capacidade de passageiros de 750 mil para
2,1 milhões por ano.
Maquete eletrônica sobre como poderá ficar o novo aeroporto de Macapá |
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