sexta-feira, 9 de março de 2018

ENERGIA | Greenpeace 'comemora' desistência da BP em pesquisar petróleo no Amapá

Ativistas do Greenpeace postaram na página oficial da organização notícia dando conta de uma provável desistência da multinacional BP em prospectar petróleo e gás natural no Amapá. Segundo a publicação,foi a pressão popular da campanha do Greenpeace e a consequente maior exigência do Ibama que teriam forçado a mineradora australiana a rever seus planos. "Mas a ameaça ainda continua", diz o Greenpeace.
Ainda de acordo com a entidade, já seriam mais de 1,8 milhão de pessoas que querem as petrolíferas fora da região dos Corais da Amazônia., daí comemorarem a provável decisão da mineradora desistir de duas áreas exploratórias na Bacia da Foz do Amazonas, que havia arrematado por mais de R$ 30 milhões, segundo notícia divulgada pela agência E&P. "Isto já é uma grande vitória. A BHP é nada menos que uma das donas da mineradora Samarco, que destruiu a bacia do Rio Doce em 2015", reforça a Ong.

Pesquisas
A agência de notícias do setor aponta a pressão da campanha do Greenpeace para essa desistência, e eles esperam agora que outras petrolíferas sigam o mesmo caminho. Os projetos de exploração na Foz do Amazonas vêm enfrentando forte resistência de ambientalistas e uma demanda grande de dados e informações por parte do Ibama. Os licenciamentos são acompanhados por organizações de preservação ambiental, entre elas o próprio Greenpeace, devido à descoberta de uma área – de ao menos 9,5 km² – dominada por um raro recife de corais, capaz de sobreviver nas águas turvas do Amazonas. No começo do ano, a ONG iniciou uma campanha de mobilização contra a exploração de petróleo na região intitulada ‘Defenda os Corais da Amazônia’.”
Apesar da especulada desistência da australiana BHP, as demais empresas, a francesa Total e a britânica BP, ainda insistem em perfurar nessa região. "Que pode ser destruída em caso de um derramamento de óleo. Esperamos que o Ibama rejeite a licença ambiental", afirma Thiago Almeida, da campanha "Defenda os Corais da Amazônia".
A própria E&P informa que a Total prevê iniciar a mobilização de uma sonda no terceiro trimestre deste ano para começar a perfurar o primeiro poço no primeiro trimestre de 2019. Ao todo, a empresa quer abrir nove poços em cinco blocos de exploração.

Outro lado
A reportagem procurou a Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá, atrás de um posicionamento. O diretor de atração de investimentos, José Molinos, disse desconhecer tal informação e pediu mais prazo para uma manifestação oficial, pois a Agência Amapá acaba de passar por uma substituição em sua diretoria, daí a nova gestora, Tânia Miranda, ainda não ter todas as informações de seu antecessor, Eliezir Viterbino. Manteremos você internauta informado a respeito.

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