Ativistas do Greenpeace postaram na página oficial da organização notícia dando conta de uma provável desistência da multinacional BP em prospectar petróleo e gás natural no Amapá. Segundo a publicação,foi a pressão popular da campanha do Greenpeace e a consequente maior exigência do Ibama que teriam forçado a mineradora australiana a rever seus planos. "Mas a ameaça ainda continua", diz o Greenpeace.
Ainda de acordo com a entidade, já seriam mais de 1,8 milhão de pessoas que querem as petrolíferas fora da região dos Corais da Amazônia., daí comemorarem a provável decisão da mineradora desistir de duas áreas exploratórias na Bacia da Foz do Amazonas, que havia arrematado por mais de R$ 30 milhões, segundo notícia divulgada pela agência E&P. "Isto já é uma grande vitória. A BHP é nada menos que uma das donas da mineradora Samarco, que destruiu a bacia do Rio Doce em 2015", reforça a Ong.
Pesquisas
A agência de notícias do setor aponta a pressão da campanha do Greenpeace para essa desistência, e eles esperam agora que outras petrolíferas sigam o mesmo caminho. Os projetos de exploração na Foz do Amazonas vêm enfrentando forte resistência de ambientalistas e uma demanda grande de dados e informações por parte do Ibama. Os licenciamentos são acompanhados por organizações de preservação ambiental, entre elas o próprio Greenpeace, devido à descoberta de uma área – de ao menos 9,5 km² – dominada por um raro recife de corais, capaz de sobreviver nas águas turvas do Amazonas. No começo do ano, a ONG iniciou uma campanha de mobilização contra a exploração de petróleo na região intitulada ‘Defenda os Corais da Amazônia’.”
Apesar da especulada desistência da australiana BHP, as demais empresas, a francesa Total e a britânica BP, ainda insistem em perfurar nessa região. "Que pode ser destruída em caso de um derramamento de óleo. Esperamos que o Ibama rejeite a licença ambiental", afirma Thiago Almeida, da campanha "Defenda os Corais da Amazônia".
A própria E&P informa que a Total prevê iniciar a mobilização de uma sonda no terceiro trimestre deste ano para começar a perfurar o primeiro poço no primeiro trimestre de 2019. Ao todo, a empresa quer abrir nove poços em cinco blocos de exploração.
Outro lado
A reportagem procurou a Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá, atrás de um posicionamento. O diretor de atração de investimentos, José Molinos, disse desconhecer tal informação e pediu mais prazo para uma manifestação oficial, pois a Agência Amapá acaba de passar por uma substituição em sua diretoria, daí a nova gestora, Tânia Miranda, ainda não ter todas as informações de seu antecessor, Eliezir Viterbino. Manteremos você internauta informado a respeito.
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