sexta-feira, 27 de julho de 2012

Candidato à reeleição afirma que Macapá cresce acima da média nacional


ELEIÇÕES 2012
A série de entrevistas do programa Olimpio Guarany em parceria com o jornal a Gazeta, em Macapá,  iniciou segunda (23) na TV Tucuju (canal 24) com o candidato Roberto Góes da coligação “Construindo e Gerando Emprego” (PDT – PP – PMDB – PSL – PSC – PR – PSDC – PHS – PSD – PT do B), escolhido por sorteio. Além de perguntas dos apresentadores, o candidato respondeu a questionamentos da população sobre a cidade.
Roberto Góes durante a entrevista
Perfil
Candidato à reeleição, Antônio Roberto Góes da Silva, 46, é natural do município de Porto Grande (AP). Cresceu na Colônia Agrícola do Matapi onde permaneceu até 12 anos de idade. Ao chagar à Macapá iniciou os estudos na escola Estadual José de Anchieta e já trabalhava com o pai Raimundo Góes numa madeireira. Começou a carreira política como vereador de Macapá em 1992. Dois anos depois foi eleito deputado estadual reelegendo-se em 1998, 2002 e 2006. Se perfil desportista o fez ser eleito presidente da Federação Amapaense de Futebol (FAF).
Programa Olimpio Guarany (POG) – Como candidato a reeleição, o senhor encontra dificuldade para administrar a cidade e a se dedicar a campanha ao mesmo tempo?Roberto Góes (RG) – Consegui montar uma boa equipe de secretários e chefes de gabinete, para me ausentar da Prefeitura e passar a responsabilidade da parte administrativa para eles. Tenho certeza que, tanto a parte administrativa do município como a relação política que eu tenho com a comunidade, me dá motivação para continuar trabalhando. Não é fácil administrar uma cidade com poucos recursos e conseguimos fazer isso com o compromisso que temos. Talvez essa divisão de tarefas de campanha e administrativa seja uma vantagem dos outros candidatos em relação a mim. Isto porque, eles têm só a agenda política para se preocupar. E eu não.
POG – Como o senhor pretende atender à população que tem crescido principalmente para a zona norte de Macapá?RG – Macapá cresce acima da média nacional mais de 5,5% ao ano. Tanto na zona norte quanto na zona sul, ela tem crescido bastante. Para atender à população, descentralizamos a administração com a criação da sub-prefeitura da zona norte e da zona sul. Com isso, temos um planejamento estratégico continuado para a recuperação dos bairros, com limpeza e asfaltamento. Mas precisamos intensificar essas ações em bairros como Brasil Novo, Novo Horizonte, Açaí, que precisam de uma atenção especial. Trabalhamos agora na inauguração do projeto das casas do Buriti, fizemos todo o recapeamento daquela área. A cidade não para, ela tem problemas todos os dias, as chuvas não param, o mato cresce. A gente sempre tem que estar trabalhando ativamente. Mas tanto, alguns bairros da zona norte como também da zona sul, em especial, o Zerão, Fazendinha e Universidade precisam de ações da Prefeitura.
Povo – O que será feito da ponte Sergio Arruda que já está caindo. Vão derrubar, vão fazer outra pra desafogar o trânsito da zona norte?RG – O nosso projeto é criar outras vias alternativas, principalmente pela rodovia do pacoval que é uma rodovia que vai atender bastante a população que transita nesse trecho. Também estamos aguardando a conclusão da rodovia norte-sul que sai da zona norte pra Macapá.
POG – O senhor não acha que, com a abertura da rodovia norte-sul, a rodovia Duca Serra, que seria o único canal de trânsito para a zona sul, não ficaria também congestionada?RG – Temos que trabalhar principalmente na duplicação de algumas vias na cidade. Com a facilidade em adquirir veículos, haverá sempre a necessidade de duplicar vias, ampliar o trânsito. Essa realidade não é só de Macapá. Ouço relatos de prefeitos que administram cidades do tamanho do nosso município e também maiores e, o problema é o mesmo. Temos muitos veículos circulando numa cidade que precisa ser organizada. Quando assumi a Prefeitura tínhamos 70 mil, hoje esse número subiu para 110 mil veículos. Estamos cobrando estacionamento das empresas e dos prédios públicos e privados que estão sendo construídos.
Povo  O que senhor vai fazer para melhorar o esporte da juventude?RG – Incentivamos o esporte dentro das escolas municipais, e estamos melhorando as praças públicas para que o cidadão possa, desde jovem, se identificar com o esporte. As academias ao ar livre, vêm demonstrando um grande potencial para o esporte. Estamos com um projeto de ampliação dessas academias para outros bairros e também nos distritos, com o acompanhamento de um personal para cuidar tanto da área da educação física, quanto da saúde do cidadão.
POG – Como pretende executar as ações no município com orçamento reduzido?RG – A Prefeitura está trabalhando com um orçamento de 500 milhões e o estado com um orçamento de quase 4 bilhões. Temos um orçamento reduzido para uma população que vem crescendo anualmente – 70% da população amapaense mora em Macapá. Quase 90% dos empregos gerados no Estado é em Macapá. Mais de 90% dos impostos arrecadados no Estado é proveniente do município. E continuamos enfrentando dificuldades para executar as ações, porque o governo não repassa para a Prefeitura a arrecadação de impostos garantidos constitucionalmente, como o ISS. Mesmo assim, vamos continuar trabalhando com o recurso que temos disponível para atender a população.
POG – Macapá, assim como várias capitais não tem calçadas apropriadas para a população fazer caminhadas. Existe alguma proposta de melhorar o calçamento nas vias públicas?RG – Temos licitados mais de 10 quilômetros de calçada. Estamos guardando o recurso pra executar. Enquanto isso, trabalhamos na frente da cidade no trecho que vai do complexo do Araxá até o Parque do Forte eliminando calçadas destruídas. Estamos apresentando um projeto em Brasília que contempla a interligação da calçada do centro comercial com o Parque do Forte chegando ao Araxá.
Povo – Quando irão ajeitar a rua principal do bairro Pantanal onde passa o ônibus e as outras ruas de Macapá? O risco de atropelar pedestre e ciclista para se desviar dos buracos é grande, sem falar que amargamos prejuízo concertando nossos veículos.RG  A falta de recursos que o Estado deixa de passar para o município, atrapalhou um pouco a recuperação da malha viária. Mas conseguimos implementar uma nova usina de asfalto que está funcionado no Distrito Industrial. Estamos recuperando uma usina no bairro do Muca e vamos intensificar essas ações. Temos planejado asfaltar 30 quilômetros até o final do ano. E esses 30 quilômetros foram distribuídos em vários bairros, entre eles o Pantanal.
POG – No início do seu mandato o senhor planejou desenvolver uma ação para que os cidadãos pudessem registrar seus imóveis, como forma de gerar receita por causa da falta de recursos. Qual a dificuldade para atingir esse objetivo?RG – Principalmente problema de pessoal. Tínhamos um topógrafo que pediu demissão porque passou em concurso de nível federal. Estamos trabalhando no lançamento de edital para a realização de concurso público para contratar novos servidores para o município. Em no próximo mês vamos inaugurar um centro de referência para legalizar terrenos. Temos mais de 100 mil lotes para serem legalizados. Esse projeto levou três anos e meio para ser elaborado. Trata-se de uma parceria público-privada que envolve o Ministério Público Estadual, Tribunal de Justiça, Associação Comercial e Industrial do Amapá (ACIA), Prefeitura, Cartórios de Imóveis e instituições bancárias que irão financiar a legalização do terreno do cidadão. Não tínhamos estrutura para atender quem procurava o município para regularizar o seu imóvel.
Povo – Quais as suas propostas para a construção de casas populares?RG – Temos vários projetos de habitação em andamento. Tem o bairro Forte com 600 casas, o Buritizal II com 2.140 casas. Cuba de asfalto com mais 1000 moradias. A ideia da Prefeitura é continuar indo além da entrega de casas populares, como foi com o Conjunto Mucajá. E participar ativamente da vida do cidadão com assistência social.
POG – A Prefeitura vem perdendo recursos com a falta de licenciamento ambiental. Como o senhor pretende resolver essa questão?RG – Não só no meio ambiente, mas as ações de outras áreas também ficam comprometidas com a descentralização e municipalização pelo pacto federativo. O estado recebe recurso federal, mas o município fica com a menor parte e com a responsabilidade maior. Existe muita vaidade por parte do governo do Estado em relação à Prefeitura e acredito que seja mesmo para atrapalhar a administração municipal. Tudo o que diz respeito à Prefeitura vamos continuar executando. E queremos avançar cada vez mais.

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