terça-feira, 17 de julho de 2012

Ricardo Noblat (O Globo) repercute imbróglio entre AL e MP do Amapá


POLÍTICA

Amapá: Salários acima do permitido, preços superfaturados

Pelo menos três funcionários da Procuradoria Geral do Amapá recebem há pelo menos dois anos salários acima do teto constitucional.
Em junho último, a Assembléia Legislativa do Estado pediu ao Tribunal de Justiça regional o afastamento da procuradora geral, Ivana Cei, por improbidade administrativa.
De acordo com documentos colecionados pelos deputados, apesar das restrições legais, Ivana Cei autorizou o pagamento de salários que em alguns meses chegaram ao dobro do constitucionalmente permitido, que hoje é de R$ 26.723,13.
Os dados obtidos pelos deputados mostram, por exemplo, que o ex-procurador geral do Amapá, Márcio alves, chegou a receber R$ 62.705,82 de salário bruto. Além disso, seus colegas Afonso Gomes Guimarães e Silvia Canela que já chegaram a embolsar mais de R$ 50 mil por um mês de trabalho.
Outro fato que chamou a atenção da Assembléia Legislativa foram os gastos do Ministério Público local com material de expediente e almoxarifado.
Foram encontrados indícios de fraudes.
O Ministério Público pagou R$ 5,61 por pacote de 250g de café em pó, mais que o dobro do preço praticado pelo mercado.
Cerca de 7,5 toneladas de açucar foram compradaos a R$ 8,50 o quilo, 450% acima do valor normal.
A guerra de acusações entre Ministério Público Estadual e Assembléia Legislativa ocupa as machetes de jornais do Amapá nos últimos meses.

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