Ele está marcando seus dois mandatos à frente da Reitoria da Universidade Federal do Amapá (Unifap) por grandes resultados do ponto de vista de aporte de recursos federais para tocar obras de expansão e reformas do Campus de Macapá, bem como da interiorização das atividades da Universidade. José Carlos Tavares chega ao auge da carreira científica falando em entrar para a política partidária, afinal é um dos quadros tradicionais do Partido Comunista do Brasil, o PC do B, e cita vários casos de outras universidades pelo país, onde ex-reitores e outros técnicos oriundos das academias viraram representantes políticos fortes, assim ajudando a essas universidades a se tornarem verdadeiras potências, especialmente em estados como Minas Gerais e São Paulo.
Diário do Amapá – O senhor tem trabalhado muito nessa articulação com a Bancada Federal, e assim conseguido alocar recursos importantes para a universidade, não é mesmo?
José Carlos Tavares – Sem dúvida. O ano de 2012 foi um ano que considero extremamente positivo em relação à implementação de emendas pelos deputados e senadores dentro da Unifap e nós conseguimos até o último dia de dezembro de 2012 liberar para aplicar essas emendas nas licitações realizadas, então foi um sucesso, pois temos obras significativas que nós já vamos dar a ordem de serviço a partir do dia 20 de janeiro.
Diário – Então até 30 de dezembro o senhor ainda estava em Brasília lutando para garantir a liberação desses recursos?
Tavares – Exatamente, para se ter uma ideia no último dia financeiro do ano nós conseguimos, no último momento, a liberação do recurso financeiro para o empenho da obra da moradia estudantil, uma obra que me perturbava muito particularmente porque era uma promessa minha de campanha na última eleição para reitor e eu não queria sair antes de implementá-la na Unifap.
Diário – Essa moradia estudantil é a famosa Casa do Estudante. É isso?
Tavares – Isso mesmo, será uma grande obra para 100 estudantes, com apartamentos bem atualizados em termos de arquitetura moderna, inclusive com o projeto arquitetônico sendo cedido pela Universidade Federal de Goiás, que acabou de inaugurar há três meses a moradia de lá, então é o mesmo projeto. Tenho certeza de que quando ficar pronto vai beneficiar muitos estudantes, principalmente aqueles do interior do nosso Estado.
Diário – Mesmo com esse investimento a Universidade também está presente em alguns municípios do interior do Estado, não é mesmo?
Tavares – Sim, inclusive estamos com uma grande obra no município de Oiapoque, que em julho vamos fazer o primeiro vestibular para dez cursos para lá. Infelizmente nós estamos com essa obra atrasada, pois acho que a empresa que ganhou a licitação não imaginava a dimensão da obra, orçada em R$ 7 milhões e está muito lenta. Estamos pegando pesado na averiguação da realização dessa obra, pois essa infraestrutura vai ter que ficar pronta para julho, por conta do vestibular e até porque já realizamos um concurso público para Oiapoque agora em janeiro vamos abrir o edital para a contratação de professores e também técnicos administrativos num total de quase 200 vagas.
Diário – Onde mais a universidade está presente no interior do estado?
Tavares – Nós já temos um campus no município de Mazagão, e no fim de 2012 também fomos contemplados com um edital do Ministério da Educação para a implantação do curso de Ciências Agrárias em nível de licenciatura para aquela unidade. Com isso nós também ganhamos 15 vagas para professores e cinco para técnicos administrativos. Esses resultados me deixam extremamente feliz porque é algo que nós precisamos e pelo qual eu batalho desde 2006, quando assumi a universidade. Então quero agradecer ao deputado Bala Rocha e à deputada Dalva Figueiredo, pois com os recursos que eles conseguiram nós vamos licitar e começar a construção da obra do Campus de Porto Grande e do Campus de Tartarugalzinho.
Diário – Tem todo um trabalho de muita articulação também, não é?
Tavares – Infelizmente o processo de liberação de vagas permanentes para professores e técnicos dá-se de maneira extremamente lenta porque o processo não depende só do Ministério da Educação, mas nós vamos trabalhando.
Diário – Passa por aprovação do Congresso Nacional?
Tavares – Exatamente, passa por lá para efetivar a Universidade em todos esses municípios, então também possivelmente ainda neste primeiro semestre vamos estar implantando via EAD (Educação à Distância) cursos já de graduação no município de Amapá, isso já está bem adiantado. Uma emenda também do deputado Bala Rocha vai garantir a reforma e a ampliação do Campus de Amapá.
Diário – E a quantas anda o projeto de implantação do Centro da Biodiversidade Brasil e França, que foi lançado pelos presidentes Lula e Sarkozy, lá na fronteira da Guiana?
Tavares – Bem, o Campus Binacional do Oiapoque já existe, pertence à Universidade Federal do Amapá, mas infelizmente eu tenho que dizer que o único projeto que foi para frente desse projeto do ex-presidente Lula, do Centro Franco-Brasileiro da Biodiversidade é o campus de Oiapoque. O próprio Ministério da Educação está cobrando muito para efetivação o mais rápido possível deste Campus, pois a partir dele e já com a liberação de recursos para a obra, aumentaram também as relações com a Guiana Francesa.
Diário – Do ponto de vista da universidade, é isso?
Tavares – Sim, temos diversas ações de parceria com a Guiana Francesa, inclusive uma parceria implantada pelo atual Governo do Estado, com o governador Camilo Capiberibe lançando um edital junto com o IRD, um instituto de pesquisa francês, e vários projetos da Unifap foram implantados juntamente com os franceses, entre eles o Mestrado em Ciências Farmacêuticas, o único mestrado internacional aprovado no âmbito da Caps, que regulamenta os programas de pós-graduação.
Diário – Os mandatos na universidade são de quatro anos, o que até ajuda a implantação dos projetos. O senhor está no segundo mandato. É isso?
Tavares – Sem dúvida. Eu te falo que já estou num processo de despedida, em 2014 eu saio posso dizer que todos os nossos projetos planejados estamos consolidando e ainda lançando em torno de mais dez obras que irão consolidar o nosso projeto para o gerenciamento da Unifap nesses dois mandatos.
Diário – O senhor já ensaiou algumas vezes entrar para a política partidária. Abandonou esse projeto?
Tavares – Não, ao contrário, agora eu comecei 2013 fortalecido para isso. Eu sempre falo que a Universidade Federal do Amapá é semelhante a outras Universidades Federais e necessita de um representante. Que seja eu ou qualquer outro membro da Universidade. Eu, com a boa relação que tenho com os nossos congressistas em Brasília, quando houve uma dedicação por parte de muitos deputados como a deputada Janete Capiberibe, o deputado Bala Rocha, a deputada Dalva Figueiredo, além do ex-senador Papaléo Paes e do ex-senador Gilvam Borges que me ajudaram muito. Para se ter uma ideia, em Minas Gerais, onde são mais de 100 deputados federais, as universidades de lá possuem em torno de 20 deputados federais e o que se observa é que as universidades mineiras são uma grande potência, porque esses deputados captam recursos para as universidades.
Diário – O senhor é filiado a algum partido político?
Tavares – Sim, ao Partido Comunista do Brasil, o PC do B.
Diário – Então a pista é que o senhor pode concorrer a deputado federal. É isso?
Tavares – Possivelmente, vamos ver.
Perfil..
José Carlos Tavares – Sem dúvida. O ano de 2012 foi um ano que considero extremamente positivo em relação à implementação de emendas pelos deputados e senadores dentro da Unifap e nós conseguimos até o último dia de dezembro de 2012 liberar para aplicar essas emendas nas licitações realizadas, então foi um sucesso, pois temos obras significativas que nós já vamos dar a ordem de serviço a partir do dia 20 de janeiro.
Diário – Então até 30 de dezembro o senhor ainda estava em Brasília lutando para garantir a liberação desses recursos?
Tavares – Exatamente, para se ter uma ideia no último dia financeiro do ano nós conseguimos, no último momento, a liberação do recurso financeiro para o empenho da obra da moradia estudantil, uma obra que me perturbava muito particularmente porque era uma promessa minha de campanha na última eleição para reitor e eu não queria sair antes de implementá-la na Unifap.
Diário – Essa moradia estudantil é a famosa Casa do Estudante. É isso?
Tavares – Isso mesmo, será uma grande obra para 100 estudantes, com apartamentos bem atualizados em termos de arquitetura moderna, inclusive com o projeto arquitetônico sendo cedido pela Universidade Federal de Goiás, que acabou de inaugurar há três meses a moradia de lá, então é o mesmo projeto. Tenho certeza de que quando ficar pronto vai beneficiar muitos estudantes, principalmente aqueles do interior do nosso Estado.
Diário – Mesmo com esse investimento a Universidade também está presente em alguns municípios do interior do Estado, não é mesmo?
Tavares – Sim, inclusive estamos com uma grande obra no município de Oiapoque, que em julho vamos fazer o primeiro vestibular para dez cursos para lá. Infelizmente nós estamos com essa obra atrasada, pois acho que a empresa que ganhou a licitação não imaginava a dimensão da obra, orçada em R$ 7 milhões e está muito lenta. Estamos pegando pesado na averiguação da realização dessa obra, pois essa infraestrutura vai ter que ficar pronta para julho, por conta do vestibular e até porque já realizamos um concurso público para Oiapoque agora em janeiro vamos abrir o edital para a contratação de professores e também técnicos administrativos num total de quase 200 vagas.
Diário – Onde mais a universidade está presente no interior do estado?
Tavares – Nós já temos um campus no município de Mazagão, e no fim de 2012 também fomos contemplados com um edital do Ministério da Educação para a implantação do curso de Ciências Agrárias em nível de licenciatura para aquela unidade. Com isso nós também ganhamos 15 vagas para professores e cinco para técnicos administrativos. Esses resultados me deixam extremamente feliz porque é algo que nós precisamos e pelo qual eu batalho desde 2006, quando assumi a universidade. Então quero agradecer ao deputado Bala Rocha e à deputada Dalva Figueiredo, pois com os recursos que eles conseguiram nós vamos licitar e começar a construção da obra do Campus de Porto Grande e do Campus de Tartarugalzinho.
Diário – Tem todo um trabalho de muita articulação também, não é?
Tavares – Infelizmente o processo de liberação de vagas permanentes para professores e técnicos dá-se de maneira extremamente lenta porque o processo não depende só do Ministério da Educação, mas nós vamos trabalhando.
Diário – Passa por aprovação do Congresso Nacional?
Tavares – Exatamente, passa por lá para efetivar a Universidade em todos esses municípios, então também possivelmente ainda neste primeiro semestre vamos estar implantando via EAD (Educação à Distância) cursos já de graduação no município de Amapá, isso já está bem adiantado. Uma emenda também do deputado Bala Rocha vai garantir a reforma e a ampliação do Campus de Amapá.
Diário – E a quantas anda o projeto de implantação do Centro da Biodiversidade Brasil e França, que foi lançado pelos presidentes Lula e Sarkozy, lá na fronteira da Guiana?
Tavares – Bem, o Campus Binacional do Oiapoque já existe, pertence à Universidade Federal do Amapá, mas infelizmente eu tenho que dizer que o único projeto que foi para frente desse projeto do ex-presidente Lula, do Centro Franco-Brasileiro da Biodiversidade é o campus de Oiapoque. O próprio Ministério da Educação está cobrando muito para efetivação o mais rápido possível deste Campus, pois a partir dele e já com a liberação de recursos para a obra, aumentaram também as relações com a Guiana Francesa.
Diário – Do ponto de vista da universidade, é isso?
Tavares – Sim, temos diversas ações de parceria com a Guiana Francesa, inclusive uma parceria implantada pelo atual Governo do Estado, com o governador Camilo Capiberibe lançando um edital junto com o IRD, um instituto de pesquisa francês, e vários projetos da Unifap foram implantados juntamente com os franceses, entre eles o Mestrado em Ciências Farmacêuticas, o único mestrado internacional aprovado no âmbito da Caps, que regulamenta os programas de pós-graduação.
Diário – Os mandatos na universidade são de quatro anos, o que até ajuda a implantação dos projetos. O senhor está no segundo mandato. É isso?
Tavares – Sem dúvida. Eu te falo que já estou num processo de despedida, em 2014 eu saio posso dizer que todos os nossos projetos planejados estamos consolidando e ainda lançando em torno de mais dez obras que irão consolidar o nosso projeto para o gerenciamento da Unifap nesses dois mandatos.
Diário – O senhor já ensaiou algumas vezes entrar para a política partidária. Abandonou esse projeto?
Tavares – Não, ao contrário, agora eu comecei 2013 fortalecido para isso. Eu sempre falo que a Universidade Federal do Amapá é semelhante a outras Universidades Federais e necessita de um representante. Que seja eu ou qualquer outro membro da Universidade. Eu, com a boa relação que tenho com os nossos congressistas em Brasília, quando houve uma dedicação por parte de muitos deputados como a deputada Janete Capiberibe, o deputado Bala Rocha, a deputada Dalva Figueiredo, além do ex-senador Papaléo Paes e do ex-senador Gilvam Borges que me ajudaram muito. Para se ter uma ideia, em Minas Gerais, onde são mais de 100 deputados federais, as universidades de lá possuem em torno de 20 deputados federais e o que se observa é que as universidades mineiras são uma grande potência, porque esses deputados captam recursos para as universidades.
Diário – O senhor é filiado a algum partido político?
Tavares – Sim, ao Partido Comunista do Brasil, o PC do B.
Diário – Então a pista é que o senhor pode concorrer a deputado federal. É isso?
Tavares – Possivelmente, vamos ver.
Perfil..
Entrevistado. José Carlos Tavares Carvalho concluiu Doutorado em Fármacos e Medicamentos (São Paulol), pela Universidade de São Paulo, em 1998. Realizou Estágio de Pós-doutoramento na FU-Ifp (Berlin-Alemanha). Atualmente é reitor da Universidade Federal do Amapá, membro titular da Academia Nacional de Farmácia, ocupando a Cadeira nº 47; membro da Comissão da Farmacopeia Brasileira, vice-presidente da Unamaz, membro da Câmara Técnica de Fitoterápicos da Anvisa - MS (Catef), coordenador do Comitê de Apoio a Políticas de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. Publicou 110 artigos especializados e 136 trabalhos em Anais de Eventos. Possui 5 Livros publicados e três capítulos de livros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Contribua conosco!