Unidade da mineradora Anglo American: venda permitirá companhia focar no projeto Minas Rio, onde vem enfrentando custos maiores e atrasos em licenças
Londres - A Anglo American e a Cliffs Natural Resources chegaram a acordo para vender operação de minério de ferro no Amapá à Zamin Ferrous por uma quantia não revelada.
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A Anglo comprou o controle da mina em 2008, da MMX, de Eike Batista, como parte da aquisição do projeto Minas Rio por 5,5 bilhões de dólares. No entanto, a mina no Amapá foi considerada como ativo não essencial e colocada à venda oficialmente no ano passado, como parte da revisão mundial que a mineradora vem fazendo em seu portfólio.
A venda anunciada nesta sexta-feira, que aumenta os ativos de minério de ferro da Zamin na América Latina, permitirá à Anglo se focar no projeto Minas Rio, onde a companhia vem enfrentando custos maiores e atrasos em licenças.
"Essa transação será de uma importância maior para as ações da Anglo se for seguida por outras revisões nos ativos de minério de ferro que ela tem no Brasil", afirmaram analistas do JPMorgan Chase, acrescentando que os investidores provavelmente receberão bem um acordo estratégico para a Minas Rio.
A Anglo informou em novembro que o projeto Minas Rio provavelmente não vai custar menos que 8 bilhões de dólares, ante estimativa mais recente da mineradora de 5,8 bilhões de dólares, que já estava duas vezes acima das previsões iniciais.
A mina no Amapá tem capacidade de expansão, de acordo com a Zamin, que é dona de unidade de processamento de minério de ferro Zamapá, no mesmo Estado, mas as operações enfrentam limitações como restrição ao tamanho de cargueiros que atende o projeto.
A Zamin, no entanto, afirma que a compra permitirá produzir 45 milhões de toneladas por ano, em termos de grupo, em cinco anos.
"A Zamin está fazendo esta compra em uma boa hora, já que os preços do minério de ferro estão se recuperando após o colapso em meados de 2012 e a confiança da indústria está renovada", disse o fundador da companhia, Pramod Agarwal.
Uma avaliação interna da Anglo em 2011 definiu valor ao projeto no Amapá em 1,5 bilhão de dólares, o que significa que os 70 por cento da Anglo valem pelo menos 1 bilhão, mas esse valor pode ter caído diante do preço menor do minério de ferro e menores perspectivas de crescimento da China.
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A mina no Amapá tem capacidade de expansão, de acordo com a Zamin, que é dona de unidade de processamento de minério de ferro Zamapá, no mesmo Estado, mas as operações enfrentam limitações como restrição ao tamanho de cargueiros que atende o projeto.
A Zamin, no entanto, afirma que a compra permitirá produzir 45 milhões de toneladas por ano, em termos de grupo, em cinco anos.
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