O blog realizou levantamento de políticos de grande expressão no Amapá, mas que agora estão sem mandato eletivo. De maneira geral, todos estão mais voltados às famílias apesar de ainda usufruírem de popularidade, mas o que chama a atenção mesmo é a necessidade –compulsória – do despojamento de ex-ocupantes dos cargos mais influentes e que por conta disso, vinham com o peso de penduricalhos pomposos como seguranças, ajudantes-de-ordens, assessores, motoristas, secretárias além do assédio da imprensa e de populares. Veja alguns casos.
Annibal Barcellos
O ex-governador do Território Federal do Amapá, primeiro governador eleito do Estado do Amapá, foi também deputado federal, prefeito e também vereador de Macapá. Ele tinha o hábito de fazer “rondas” matinais pela cidade, um hábito que mantém até os dias atuais, o que levou o atual prefeito Roberto Góes a designá-lo como Ouvidor Municipal. Mas o velho lobo do mar e da política é considerado influente até hoje. Tem mais de 90 anos de idade e uma memória tida como semelhante a de um elefante.
Waldez Góes
Outro ex-governador do Amapá que está aos poucos retomando as agendas públicas, como dirigente maior do Partido Democrático Trabalhista, o PDT. A idéia agora é armar as estratégias para ser oposição ao governo do PSB e também manter os mandatos que já possui na Assembleia Legislativa, nas Prefeituras e Câmara Municipais e na Câmara dos Deputados. Mas a vida fora do poder tem lá suas adaptações. A família Wadez Góes teve que alugar uma casa assim que deixou a Residência Oficial e somente no mês passado foi possível retornar à casa original, no bairro do Muca. No Carnaval, a numerosa família foi de van alugada para Ferreira Gomes.
Pedro Paulo Dias
Um dos mais controversos ocupantes do Setentrião, pois os analistas dizem que tinha tudo para ter uma “vida tranqüila” como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). É que mesmo sem ter sido testado nas urnas uma única vez encabeçando uma candidatura, decidiu romper com parte do grupo político liderado pelo ex-companheiro Waldez Góes e lançou-se candidato a governador. Médico conceituado, como chefe do Executivo não teve nem tempo para mostrar serviço. Foi o quarto colocado nas eleições de 2010 e recentemente fora visto pescando em Ferreira Gomes. É que pela manhã atua como coordenador do Programa Saúde da Família (PSF) para os municípios de Porto Grande e Ferreira Gomes.
Jorge Amanajás
Era tido como uma dos mais bem preparados candidatos a governador nas eleições passadas, mas o ex-presidente da Assembleia Legislativa talvez precisasse de mais tempo e também romper com as amarras do passado nebuloso que o Poder Legislativo local já viveu para que a sociedade lhe confiasse um mandato no Setentrião. Fora do poder e ainda sem ter dado uma explicação plausível para uma suposta renúncia no final do mandato, deve voltar a dar aulas. Mas sem abandonar a política pois há quem o queira candidato a prefeito ou deputado federal. Agora é comum vê-lo dirigindo o próprio carro pelas ruas da cidade.
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