Por Cleber Barbosa
Quando o Brasil apareceu na ordem do dia para o mundo sendo anunciado como sede de uma conferência internacional sobre o meio ambiente, a Rio 92, teve quem torcesse o nariz para nós, como que dizendo “pô, que moral esses caras têm para falar em defesa do meio ambiente?” É que os projetos minerais, a baía de Guanabara poluída, a Amazônia sendo devastada, Cubatão, o rio Tietê, os emissários de esgoto, enfim, tinha um monte de coisa que era um tiro no pé.
Mas o evento aconteceu e os países participantes, ou a maioria deles, acabou se comprometendo a diminuir os ataques à camada de ozônio e deixar nosso pobre planeta respirar um pouco melhor. Grandes potências como Estados Unidos e China, entretanto, continuaram sendo os maiores vilões nessa história de fazer um “fumacê” do mal.
Nesse tempo todo, vira e mexe aparece um cientista ou um ambientalista mais realista e dispara alertas no sentido de que as mudanças climáticas provocadas pela ação criminosa do homem sobre o meio ambiente. Coisas do tipo derretimento das calotas polares, aumento do nível dos oceanos, cidades ameaçadas, coisas que são bem melhor exploradas pela indústria cinematográfica.
Só que as imagens e efeitos de computador das telonas passaram a ser vistas também nos canais de notícias do mundo inteiro, nos jornais, em sites de notícia e nas filmadoras amadoras de personagens de grandes catástrofes mundiais, como terremotos, furacões, ciclones, deslizamentos de encostas por aqui, um soterramento acolá, passando por chuvas demais ou estiagem prolongada.
Agora o mais novo capítulo teve como locação o querido Japão, um país lindo, rico e carismático. Parte de seu território foi varrido ontem por um tsunami no Oceano Pacífico, causado por um poderoso terremoto, que está entre os seis mais fortes da história. Mas será que foi apenas um fenômeno natural? O homem não teve participação nenhuma neste sinistro? Tenho minhas dúvidas.
Há quem acredite que seja o próprio Criador, na bronca pela série de cagadas daquele que seria sua imagem e semelhança sobre a Terra. O ser humano, diferenciado dos demais viventes do planeta azul por ser racional, dotado do que se convencionou chamar de inteligência, está perdendo a oportunidade de usufruir da perfeição divina, da maior de todas as obras, que é a vida na natureza.
E então? Qual a explicação para tudo isso? O título deste texto sugere que é uma resposta da natureza. Nos meus argumentos cheguei a sugerir que foi o próprio Deus. Se a natureza é divina, concebida por Deus, então é ele mesmo que mais uma vez mexeu na regra deste reallity show e apimentou mais as coisas para ver como nos saímos administrando o livre arbítrio que ele tanto defende.
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