sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Jipeiro do Amapá recebe a taça pelo título no Rally das Savanas

Fazendo pose com o troféu, em frente ao jipe Troller que fez sucesso no Suriname

O piloto José Maria Esteves, o popular Zé Maria da Avicap, recebeu em Macapá sua merecida taça pela conquista do título do Rally das Savanas, na Categoria Internacional. O troféu traz plaqueta identificando o feito histórico do desportista, que é associado do Jeep Clube de Macapá e futuro presidente da entidade – já eleito por aclamação. Ele falou ao nosso Blog sobre essa inesquecível experiência, afinal jamais havia competido em um rally de regularidade, especialmente a rigorosa prova do Suriname.
Além de Zé Maria, outro piloto brasileiro foi a Paramaribo, capital do Suriname, participar do Rally das Savanas, exatamente o presidente de Honra do Jeep Clube de Macapá, o também empresário Manoel Mandi. Os dois foram para o Suriname sabendo que precisavam de navegadores locais ou gente com experiência na prova. Mandi foi o primeiro a encontrar seu parceiro para a jornada e Zé Maria só conseguiu acertar um navegador exatamente no dia da largada da competição. “Foi então que fomos a uma oficina para instalar o Totem e outros acertos para a prova”, recorda, referindo-se ao jovem Diego, 20, que é estudante universitário.


A prova material do feito histórico: o troféu do Rally das Savanas

A prova começou pontualmente às 21 horas, soltando um competidor a cada minuto, com o jipe Troller de Zé Maria saindo às 21 horas e 51 minutos. No total, foram 98 competidores, divididos em várias categorias. “O rally de regularidade é muito mais navegação do que propriamente velocidade, diria que 70% é mérito do navegador e 30%” mérito do piloto, resume Zé Maria.
Outra característica da mais famosa competição off-road do Suriname é a dureza da prova, que exige muito preparo físico e concentração. “Já na primeira jornada a gente pilota a noite inteira e no outro dia também, só encerrando as etapas às 18 horas”, narra Zé Maria. O piloto explica também que a navegação é em meio a perímetros urbanos e depois nas savanas do Suriname, com muita areia e lama.

As poucas horas de descanço eram em condições rústicas


Pontuação – A regularidade significa cumprir as etapas exatamente dentro do tempo programado pelos organizadores, nem mais e nem menos. “Os melhores desempenhos são daqueles que fazem menos pontos, pois um minuto a mais que se chegue em uma etapa significa um ponto”, explica Zé Maria. Ao final da jornada de três dias, no domingo, Zé Maria e Manoel Mandi embarcaram de volta para o Brasil, deixando de participar da cerimônia de premiação, que aconteceria na quarta-feira. “Foi quando chegamos ao Amapá que soubemos do resultado, dado por um surinamês amigo nosso. Fiquei em primeiro lugar na categoria Internacional e na segunda colocação na classificação geral”, comemora o piloto.

Sark Auto Rally Klub, uma espécie de Jeep Clube do Suriname

Por fim, Zé Maria diz que foi ao Suriname para “se divertir”, sem jamais esperar levar o título, mesmo porque, diz, os amigos da Guiana Francesa alertavam que só os surinameses ganhavam a prova. “Se não desse para competir eu e minha esposa tínhamos decidido assistir a prova e depois emendar uma viagem até a Venezuela, mas já que deu certo a gente só pode estar feliz e comemorar”, diz o piloto, que já faz planos para competir no tradicional Rally Nordestino, o Cerapió, em janeiro, entre os Estados do Ceará e Piauí.

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