segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Bióloga coloca o Amapá na rota das pragas vegetais e animais


De acordo com análise de risco feita pela bióloga Regina Sugayama (foto), para o Governo da Bahia, o Amapá integra uma rota de entrada para o Brasil de cerca de 104 pragas na área vegetal e 22 na área animal, oriundas de países como Peru, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. Os vizinhos do Amapá na região Norte, Acre, Rondônia, Roraima, Amazonas e Pará, estariam nessa condição, devido fazerem fronteira com as possessões sul-americanas apontadas como de risco.
Segundo matéria publicada pelo jornal Tribuna da Bahia, o perigo se torna maior em função das rodovias que estão sendo construídas na região, interligando os estados entre si e com outros países da América do Sul, a exemplo da estrada transoceânica, que ligará o Pacífico ao Atlântico.
Desde domingo, (26) até o dia 2 de março, uma equipe baiana percorre os estados do Acre, Rondônia, Amapá e Roraima para discutir com os secretários de Agricultura o que está sendo feito nas fronteiras e celebrar com estes estados Termo de Cooperação Técnica “guarda-chuva” relativo à defesa vegetal, animal e inspeção sanitária. “A ênfase com os estados produtores de cacau será a prevenção à monília”, disse o secretário estadual da Agricultura da Bahia, engenheiro agrônomo Eduardo Salles.
Ainda de acordo com declarações do secretário baiano, que é também presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Agricultura, “O problema não é somente dos estados do Norte. É do Brasil e, neste contexto, da Bahia também”. Entre as muitas pragas que estão batendo à porta do Brasil, ele destaca a monília (ou moniliase), que está presente na Colômbia e Venezuela, distante pouco mais de 200 quilômetros de Assis Brasil, no Acre, além o Ácaro Vermelho das Palmeiras e a Mosca da Carambola, inimigos dos citros e das fruteiras.

Cooperação - O secretário Eduardo Salles, que na manhã desta segunda-feira (27) assinou o Termo de Cooperação Técnica com o secretário de Agricultura do Acre, Mauro Jorge Ribeiro, afirmou que “não podemos ser omissos. Nesse momento devemos colocar o “dedo na ferida” porque o efeito destas pragas no território baiano pode causar prejuízos incalculáveis, não só financeiros, mas principalmente sociais”. Ele acrescenta que “não podemos permitir que aconteça com a monília o mesmo que ocorreu com a vassoura de bruxa, que acabou entrando no Brasil e na Bahia, e devastou a região cacaueira”. Ao assinar o termo de cooperação com a Secretaria da Agricultura do Acre, Salles afirmou que quer estabelecer intercâmbios com este Estado, citando entre outras a área de piscicultura, bastante avançada no estado do Norte.
Os estados do Amazonas e Pará também assinarão o termo, em Porto Velho, Rondônia, onde no dia 28 acontecerá a reunião do Conselho Nacional de Secretários de Agricultura, Conseagri, Dessa reunião de trabalho vão participar o diretor de Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura (Mapa), Cosan de Carvalho Coutinho, que fará palestra sobre barreiras sanitária, e um técnico da Ceplac especialista em cacau. A equipe da Seagri, composta, além do secretário, por Paulo Emílio Torres, diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab); Armando Sá, diretor de Defesa Vegetal da Adab, e a engenheira agrônoma Catarina Cotrim de Mattos Sobrinho, coordenadora regional da Adab em Itabuna, na região cacaueira, vai verificar in loco a situação in loco e fará palestra sobre o Plano de Contingenciamento da Moniliase desenvolvido pela Bahia e parceira com o Mapa/Ceplac.

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