Moisés Souza propõe mobilização política para salvar CEA

Autoridades estaduais e federais do Amapá durante audiência no Senado sobre o caso CEA

O presidente da Assembleia Legislativa do Amapá, deputado Moisés Souza (PSC), propôs nesta quarta-feira (8) em Brasília, a mobilização da classe política do Amapá para garantir a melhor alternativa para o caso da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA). O parlamentar participou de um encontro com o presidente do Senado Federal, o senador José Sarney (PMDB-AP), além de integrantes da Bancada Federal, coordenada pelo deputado federal Evandro Milhomen (PCdoB-AP).

Participaram da reunião também os deputados federais Sebastião Bala Rocha (PDT), Fátima Pelaes (PMDB), Vinícius Gurgel (PR), Davi Alcolumbre (DEM) e Janete Capiberibe (PSB), além dos senadores Randolfe Rodrigues (PSol) e João Capiberibe (PSB). Os parlamentares do Amapá fizeram um relato sobre os últimos acontecimentos e sobre as perspectivas de federalização da CEA.

Moisés Souza disse que do jeito que está posto, todos os cenários não são favoráveis aos interesses do Estado. “O pior que poderia acontecer seria a caducidade ou a privatização, o que ninguém aqui deseja, então a melhor alternativa é a federalização, mas dentro de critérios que não prejudiquem ainda mais a estatal”, ponderou o presidente da AL.

A preocupação de Souza tem seus motivos, pois as discussões até agora colocadas a respeito da federalização estariam condicionando do pagamento da bilionária dívida da estatal energética do Amapá o que poderia ser feito a partir de um empréstimo junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). “Fazer um empréstimo dessa monta para sanear a CEA até é plausível, mas depois disso ainda ser obrigada a federalizá-la não me parece algo aceitável, o patrimônio é do povo do Estado do Amapá”, disse Souza.


Após o encontro, as lideranças propuseram um novo encontro, desta feita com a presença do governador do Estado. O senador José Sarney disse que a mobilização política defendida por Moisés Souza é importante, mas as regras do setor elétrico estariam impondo limitações para o atendimento da demanda do Amapá. “Temos que ir até a Presidente Dilma”, disse Sarney, que disse irá trabalhar para agendar que esse encontro com a mandatária do país aconteça o mais breve possível.