domingo, 18 de abril de 2010

Fotógrafo Johnny Sena prepara livro sobre Amapá



Sena entrou para o rol dos poucos fotógrafos a registrar uma imagem do Topaza Pérola, o maior beija-flor de que se tem notícia, o Brilho de Fogo

Os Caminhos do Amapá na Amazônia. Este é o título do livro do repórter-fotográfico Johnny Sena, um dos mais conceituados profissionais da fotografia no Amapá. Dono de um currículo digno dos grandes fotógrafos do país, ele trabalha agora para juntar os melhores registros da intocada natureza amapaense para a publicação que poderá alavancar as discussões sobre a vocação para o ecoturismo no Estado.
Johnny Sena diz que ao longo dos mais de vinte anos de carreira viu suas imagens fazendo parte do acervo de agências de notícias, sites, jornais, revistas e órgãos públicos que ajudaram a divulgar seu trabalho, mas ao mesmo tempo foram se-parados. “Foi daí que surgiu a idéia de juntar boa parte desses registros e publicar o livro”, diz Sena.
Versatilidade - O repórter Johnny Sena atuou em alguns dos principais jornais do país, como Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro, e Amazonas em Tempo, em Manaus. “O chamado fotojornalismo é algo muito dinâmico, que nos proporciona vivenciar novas experiências todos os dias, conhecendo a realidade das ruas, a cultura, as diferenças, enfim, muita informação num espaço de tempo curto, entre uma reportagem e outra”, ensina.
Mas o que veio a fascinar ao experiente fotógrafo e cunhou uma nova faceta a seu trabalho foi atuar junto à natureza. “Virei um ensaísta, uma outra ramificação da fotografia que não necessita de tanta dinâmica, mas que é igualmente apaixonante”, revela. Ele chega a passar meses dentro de um ambiente natural, com a infra-estrutura mínima necessária para montar um ponto de espera para registrar um animal, pessoas ou apenas esperar o lento pôr-do-sol para clicar o tom de cor ideal.
Johnny Sena aproveitou que uma irmã viajou para a Guiana Francesa para enviar ca-lendários com imagens típicas da natureza que o Amapá possui. “Foi um grande sucesso, pois os franceses até pediram mais material. Isso nos motiva a tocar o projeto do livro, pois tenho certeza de que também terá boa aceitação”, avalia. Sena recebeu entre várias honrarias, um prêmio da Unesco, em Nova York, no Concurso “Em algum lugar do mundo”, por imagem de uma garotinha no lago do Curiaú. Entre outros feitos, ele conseguiu entrar para o rol dos poucos fotógrafos a registrar uma imagem do Topaza Pérola, o maior beija-flor de que se tem notícia, o Brilho de Fogo, em Serra do Navio.



ONDE IR

- Foi na região do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque que Johnny Sena teve as mais ricas experiências com a fauna e a flora intocada que o Amapá possui. Nos rios Anacuí e Amapari ele permaneceu semanas fotografando para matérias de jornais e revistas especializados, logo depois da criação do parque.

- As baterias da etapa amapaense do Circuito Brasileiro de Surfe na Pororoca, no rio Araguari, foram algo marcante na vida de Sena, que inclusive aumentou o leque de conhecimento do fotógrafo junto aos grandes nomes do esporte e da fotografia pelo Brasil e no exterior.

- Foi nos inúmeros encontros com índios pelo interior da Amazônia que Sena aprendeu o verdadeiro espírito de como preservar a natureza e respeita-la. “Os índios são os verdadeiros ambientalistas, os guardiões da floresta”, ensina.



O QUE COMER

- Para quem se dispõe a ser um aventureiro de plantão, como o fotógrafo Johnny Sena, comer e beber são duas coisas que exigem cuidados especiais. “Sabemos que nem sempre é possível comprar água mineral por aí, portanto levo sempre um cantil e pílulas especiais de hipoclorito, para o caso de ter que usar água da floresta”, ensina o profissional.

- Como bom amazônida, diz gostar de peixe, um alimento considerado como “universal” onde quer que se ande. “Mas temos o melhor preparo aqui na Amazônia, sem dúvida. Os turistas que experimentam do nosso peixe saem falando maravilhas a seus compatriotas”, diz.

- Mas Johnny Sena diz que em termos do conhecimento dos povos tradicionais da floresta, é preciso respeitar. “A gente está vendo aos poucos a medicina tradicional se curvar diante do que o caboclo do mato detém de conhecimento ao longo de séculos convivendo com a mãe Natureza, algo para deixar re-gistrado”, encerra.

Um comentário:

  1. Olá, preciso do contato urgente do Jonnhy...abraços..alexandre fonseca
    www.retratandoaluz.blogspot.com

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