O prefeito Roberto Góes (PDT) foi o entrevistado de sexta-feira passada, no programa Luiz Melo Entrevista (Diário FM - 90.9). Ele, que é candidato à reeleição, falou sobre vários setores da administração municipal de Macapá. No geral, o prefeito demonstrou otimismo. Para ele, a gestão da capital vai muito bem, e por isso espera a oportunidade de continuar exercendo o mandato para avançar nos trabalhos que realiza. Roberto Góes minimizou ou usou de eufemismos na dimensão de problemas como Hospital Metropolitano, Restaurante Popular, ressacas e o fraco desempe-nho das escolas municipais com relação às metas do Ideb. Acompanhe trechos da entrevista.
DA REDAÇÃO
Diário do Amapá – Como o senhor espera ga-nhar esta eleição para continuar na Prefeitura Municipal de Macapá?
Prefeito Roberto Góes – Espero continuar na prefeitura para avançar nas realizações executadas nesta minha primeira gestão. Graças a Deus consegui formar a maior coligação que disputa a Prefeitura de Macapá, neste ano. É assim que espero sair vitorioso nesta eleição.
Diário – Macapá dispõe apenas de quatro creches para um grande número de crianças cujos pais são obrigados a trabalhar para sustentar as suas famílias. Como o senhor pretende resolver esta situação?
Prefeito Roberto – A educação sempre foi a menina dos meus olhos. Trabalho na merenda escolar, no reforço da alimentação; 50% das nossas escolas têm café, almoço, janta e cestas básicas como merenda suplementar das férias. COnseguimos também material escolar. E tudo isso nunca aconteceu em Macapá.
Diário – E a questão das creches?
Prefeito Roberto – Quero ainda dizer que o professor do município de Macapá ganha um grande salário, não faz greve. Nossa meta é a escola em tempo integral. Vamos partir para a construção de mais quatro creches, ainda neste ano. Vamos construir muito mais, porém isso tem que ser gradativamente.
Diário – O senhor não se sente incomodado pelo fato do Hospital Metropolitano e do Restaurante Popular estarem aí, sem funcionar?
Prefeito Roberto – O Hospital Metropolitano a gente está trabalhando. Até dezembro ele já deverá estar pronto, e em janeiro vamos inaugurá-lo. Quanto ao Restaurante Popular, já conseguimos fazer todo ele. Agora fazemos licitação pra gente inaugurar. É que o município não tem estrutura para conseguir toda a alimentação, então temos que procurar parceiros.
Diário – Como o senhor avalia as críticas que recebe dos outros candidatos?
Prefeito Roberto – Isso é natural. O candidato Davi foi meu secretário de obras, o vice dele, Allan, foi meu secretário de finanças; o deputado Evandro Milhomen teve participação no meu governo. Todos os candidatos tiveram condições de trabalhar para o bem da cidade. As críticas são coisas normais.
Diário – O que o senhor pretende fazer pelos jovens , muitos deles carentes, e até eleitores de primeira eleição?
Prefeito Roberto – O PDT já mostrou essa marca no governo. Trabalhamos muito com o Amapá Jovem. Mais de 13 mil jovens tinham desse programa oportunidade de emprego. Estamos criando o Macapá Jovem no governo municipal para contemplar inicialmente , já em janeiro de 2013, mais de mil jovens. Vamos fazer parcerias com a classe empresarial para botar esses jovens no mercado de trabalho.
Diário – O senhor falou da educação como a menina dos seus olhos. Mas as escolas de Macapá não atingiram a meta do Ideb...
Prefeito Roberto – Atingimos sim. Estamos acima da média c om algumas escolas, isso desde 2009. Mas temos que fazer melhor, claro. Essa integração alimentar existente nas escolas, implantada por nós, dá ao alunado oportunidade de melhor se desempenhar na sala de aula. O professor do município recebe, parece, o décimo melhor salário do país. A partir de janeiro farei acompanhamento diário, por meio de método virtual, para ver no momento , em tempo real, como o projeto está sendo executado nas escolas.
Diário – Quando Macapá efetivamente começa a fazer coleta seletiva de lixo?
Prefeito Roberto – Já temos esse tipo de coleta. Começamos pelo Cabralzinho. Depois vamos levar para bairros menores. Trabalhamos como a Semur, aterro controlado e com os carapirás. Esse material reciclado vamos passar para eles ganharem dinheiro com isso.
Diário – Mas a coleta de lixo de Macapá é deficiente...
Prefeito Roberto – A cidade produz 250 toneladas de lixo por dia. São sete mil e quinhentas toneladas por mês, novecentas mil por ano. Para isso, temos quinhentos trabalhadores pra limpar, mas uma uma população superior a quatrocentas mil pessoas.
Diário – Qual a sua proposta para a melhoria do centro comercial de Macapá?
Prefeito Roberto – Estamos mudando o Plano Diretor da cidade, gerando emprego e renda; trabalhamos a verticalização com planejamento, estacionamento e tratamento da questão ambiental; temos asfaltamento. Mas é importante o empresário se conscientizar da importância dele para o desenvolvimento da cidade. Na estrada para Fazendinha estamos fazemos, como um gesto municipal, um shopping que vai gerar mais de dois mil empregos, e muita renda.
Diário – O senhor tem uma proposta clara e objetiva para uma solução no que diz respeito ao saneamento básico de Macapá?
Prefeito Roberto – Já buscamos recursos para saneamento básico, água tratada e esgoto, por ocasião do governo Waldez. Deixamos isso e agora o governador Camilo continua; a nossa coleta de lixo é feita, embora reconheça que precisamos aumentar o número de pessoas trabalhando; coletamos lixo também nos distritos, o que antes nunca foi feito. Já provamos que fazemos e vamos fazer muito mais.
Diário – O senhor tem algum projeto voltado para os evangélicos?
Prefeito Roberto – Sim. Não só para os evangélicos, mas para os cristãos. Temos um departamento que trabalha com essa questão; trabalhamos na legalização de igrejas e em muitas outras coisas à classe religiosa.
Diário – Quando a integração será consolidada nas linhas de ônibus?
Prefeito Roberto – Das 36 linhas que temos, 16 já estão integradas. Nossa nova orientação é trabalhar a iuntegração de bairro a bairro, com microônibus, deixando os ônibus para as grandes linhas.
Diário – Quando o povo da ressaca passará a ter melhores condições de vida?
Prefeito Roberto – Trabalhamos nas ressacas, inclusive fazendo passarelas de concreto. Mas o negócio é tirar esse pessoal das ressacas, construindo moradias. Já conseguimos recursos para cinco mil habitações; a Caixa está liberando recursos para construirmos na Àrea do Zelito e Cuba de Asfalto. Nosso sonho é tirar as mais de 30 mil pessoas que moram nas ressacas de Macapá. A luta é difícil, mas temos avançado nessa questão de moradias.
Perfil
Roberto Góes nasceu em Porto Grande e cresceu na colônia agrícola do Matapi, onde permaneceu até os 12 anos de idade. Desde muito cedo teve contato com o empreendedorismo, trabalhando com o pai, Raimundo Góes, em uma madeireira em Macapá. Entrou a política elegendo-se vereador da capital, em 1992, Dois anos depois era eleito deputado estadual. Seu bom desempenho lhe garantiu a reeleição em 1998. Em 2002 conseguiu seu terceiro mandato. Em 2006, o povo do Amapá lhe concedeu novo mandato de deputado estadual, desta vez sendo o mais votado, com 10.641 votos. Hoje ele é prefeito de Macapá e tenta a reeleição.
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