Produtores locais observam a demonstração do engenheiro Fabrício Zavanella |
A fazenda Bela Vista, no município de Santana (AP) foi palco
de uma experiência inovadora para a melhoria da produção na pecuária e na
agricultura do Amapá. Trata-se da apresentação do projeto “Farm Control”, que
prevê a utilização de drones para diversas ações de controle e monitoramento da
safra, redução de perdas, controle de pragas e doenças, planejamento de ações
de drenagem e irrigação, além de proporcionar mapas e relatórios além da
efetiva fiscalização do gado e pastagem.
O projeto é da empresa paulista Bembras Agro, que estava
representada pelo engenheiro agrônomo Fabrício Zavanella. No Amapá, a parceira
comercial é a HB Company, do empresário amapaense Joezer Chagas. “Ficamos muito
satisfeitos com essa tecnologia, que é o de mais moderno em termos de
agricultura inteligente e chega em boa hora até pelo momento de expansão do
agronegócio no Amapá”, diz Jesus Pontes, presidente da Acriap (Associação dos
Criadores do Amapá).
Falando à reportagem, o Zavanella disse que essas novas
ferramentas estão sendo empregadas com sucesso em propriedades rurais do estado
de São Paulo – onde fica a sede da empresa – mas também no Paraná e no Rio
Grande do Sul. “Alguns de nossos clientes atuam na área de planejamento
agrícola, mas aqui no Amapá com o apoio de diversos parceiros estamos buscando
o emprego do projeto também na pecuária e na agricultura que vem crescendo
bastante aqui no estado”, disse ele.
O drone testado no Amapá é um contraste na paisagem rural da propriedade visitada |
A soja
Para a APROSOJA/AP, a expansão da soja no Brasil começa
mesmo nos anos 1970, quando a indústria de óleo começa a ser ampliada. O
aumento da demanda internacional pelo grão é outro fator que contribui para o
início dos trabalhos comerciais e em grande escala da sojicultura. Assim, a
ampliação dos plantios de soja no Brasil sempre esteve associada ao
desenvolvimento rápido de tecnologias e pesquisas focadas no atendimento da
demanda externa. Com efeito, na década de 70 a soja já era a principal cultura
do agronegócio nacional: a produção havia passado do 1,5 milhão de toneladas em
1970 para mais de 15 milhões de toneladas em 1979.
É importante notar que essa ampliação desde esse início
esteve intrinsecamente ligada aos investimentos no aumento de produtividade, e
não necessariamente de área (que de 1,3 milhão de hectares passou para 8,8
milhões de hectares na década). Os índices de produtividade nesse período
saíram do patamar de 1,14 t/ha para 1,73 t/ha. E um dos importantes agentes
desse processo de evolução da sojicultura brasileira foi a Embrapa, que tem
desenvolvido desde esse período novas cultivares adaptadas às condições climáticas
das regiões produtores, como o Centro-Oeste. A Embrapa Soja foi criada em 1975,
e a partir da década de 90 várias agências de pesquisa começam a surgir para
atuar no segmento.
A agricultura
Segundo a EMBRAPA/AP, a exploração agrícola é a atividade
praticada em 65% das propriedades, o que corresponde a 17% do total da área
ocupada com o segmento da agropecuária. No Amapá, assim como na maioria dos
Estados da Região Norte, predomina a agricultura migratória de subsistência,
com a utilização da mão-de-obra familiar e recursos financeiros próprios. A
principal cultura explorada é a mandioca, sendo a de maior importância
sócio-econômica para o pequeno agricultor. Outras culturas anuais como feijão,
milho e arroz são exploradas em menor escala e visando somente o consumo
familiar. Existem também no Amapá o cultivo de hortaliças, principalmente de
espécies folhosas (alface, repolho, couve, coentro, cebolinha e salsa), cultivo
de alguns tubérculos (macaxeira e batata doce) e a exploração de pequenos
pomares com culturas frutíferas como laranja, limão taiti, maracujá, mamão,
banana e abacaxi, sendo estas duas últimas de grande aceitação por parte dos
locais.. A pequena propriedade do Estado tem como principal característica a
baixa produtividade das culturas, fruto do uso de práticas agrícolas
inadequadas, reduzindo deste modo a oferta de produtos e tendo como
conseqüência a elevada importação de alimentos para suprir as necessidades do
mercado interno (Trecho literal da notícia extraída no site da Embrapa.
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