terça-feira, 31 de outubro de 2017

AMAPÁ | Governo diz em coletiva que CGE sabia das fraudes e denunciou tudo à PF

Aspecto da entrevista coletiva de representantes do Governo do Estado | Foto: Bruce Barbosa
Cleber Barbosa
Da Redação

O Governo do Estado foi rápido no gatilho e tratou de dar um posicionamento oficial a respeito da "Operação Senhores da Fome", deflagrada na manha de hoje pela Polícia Federal em Macapá. Em uma entrevista coletiva no auditório da CGE (Controladoria Geral do Estado), o governo disse que já sabia das irregularidades no contrato em questão e que após a abertura de um procedimento administrativo repassou todas as informações aos organismos de controle, como a própria Polícia Federal, além dos Ministérios Públicos Estadual e Federal.
A entrevista reuniu os titulares da própria CGE, Otni Miranda, da SEED, Gorete Souza, além do procurador-geral do estado em exercício, Antônio Clésio dos Santos. Eles disseram que foi a própria Controladoria do Estado quem comprovou o que chamaram de "impropriedades" e "inconsistências" no processo de aquisição de alimentos da merenda escolar junto à Agrocoop (Cooperativa Agroindustrial de Produção de Alimentos do Estado do Amapá).

Merenda
A secretária Gorete Souza disse que a cooperativa deveria fornecer os gêneros da merenda escolar do programa federal da Agricultura Familiar e do Empreendedor Familiar Rural. "Mas assim que identificamos problemas na execução deste convênio abrimos uma sindicância e o resultado foi repassado aos organismos de controle, resultando no afastamento dos envolvidos", disse ela.
Já o controlador geral, Otni Alencar, disse no dia 20 de maio de 2016 a CGE oficiou a então secretária Conceição Medeiros e determinou a suspensão imediata da execução e dos pagamentos daquele contrato. "A partir daí iniciamos um procedimento administrativo escola por escola, ouvindo 150 diretores no curso das investigações, quando comprovamos as irregularidades e passamos a adotar medidas para aumentar o controle interno e aumentar a transparência", disse Alencar.
O representante da PROG no evento, o procurador do estado Clésio Santos, disse que o contrato mantido com a cooperativa previa três repasses e quando as irregularidades foram descobertas a Seed iria fazer o pagamento da segunda parcela. "Mas a Procuradoria tomará todas as medidas necessárias visando o ressarcimento daquilo que efetivamente já tiver sido pago e também adotamos medidas não só para estancar como para impedir que tais práticas voltem a ocorrer", concluiu.

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