Além dos cuidados básicos com a qualidade do material genético utilizado e a nutrição adequada, uma preocupação recorrente no período é em relação à saúde das matrizes. Se uma vaca repete cio constantemente, nem sempre é pelo fato de não ter emprenhado. Ela pode estar sofrendo da Síndrome Reprodutiva dos Bovinos (SRB).
Enfermidades deste gênero causam uma queda considerável na produção de bezerros, sem entrar em estatísticas oficiais. “Muitas das doenças da SRB causam abortos e morte das reprodutoras, mas outras são decorrentes da absorção do embrião, gerando perdas invisíveis aos olhos do tratador”, alerta a médica-veterinária Bibiana Carneiro, Counter Manager da Tecnovax do Brasil.
Veterinária Bibiana Carneiro |
O problema é que nem sempre elas apresentam sintomas ou sinais clínicos evidentes, transferindo à vacinação a forma mais eficaz de controle. Considerando a cotação do bezerro desmamado na praça de São Paulo, que é referência para todos os estados do Brasil, que em julho apresentou média de R$ 1.009,00, ter um aumento de 5% no índice de nascimentos da propriedade, por exemplo, elevaria a rentabilidade do pecuarista de maneira substancial.
No exemplo citado, um produtor que aumentasse a taxa de prenhez das matrizes de 80% para 85% teria cinco bezerros a mais a cada 100 vacas inseminadas ou expostas à monta natural. Em um rebanho de 500 matrizes significaria 25 bezerros extras. Com o preço cotado a R$ 1.009,00, o criador teria R$ 25.225,00 adicionados ao caixa para aplicar em melhorias na fazenda.
Estimativas do setor apontam que a sanidade animal representa somente 3% dos custos totais de produção, com o valor da vacina já embutido neste investimento. Também é necessário ressaltar que as doenças infecciosas são responsáveis por até 50% das perdas na gestação.
Tecnologia
Com o adjuvante o Pilatus GHA500®, uma tecnologia também desenvolvida pela Tecnovax com o objetivo de maximizar a resposta imune, cessam-se as indesejadas reações inflamatórias.
A recomendação é que bezerras sejam vacinadas a partir dos quatro meses de idade, com reforço 30 dias após a primeira dose, porque, após a contaminação, o herpesvírus da IBR acomete o animal por toda a vida. Considerando a tendência de as fêmeas entrarem em reprodução em algum momento da vida, a prevenção do aborto é sempre mais barata do que adiar a vacinação e ter de conviver com uma vaca-problema. O reforço vacinal é feito cerca de 15 dias antes do animal entrar em serviço. Touros também devem ser imunizados.
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