Segundo dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), é nas operações que envolvem situações do dia a dia que os brasileiros se saem melhor. Nas questões de categoria quantidade, que levavam em conta perguntas sobre dinheiro, proporções e aritmética e também jogos, finanças e preparo de refeições, os estudantes obtiveram os melhores resultados.
Apesar do desempenho dos jovens brasileiros na disciplina ser inferior ao da média dos integrantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE): 377 e 490, respectivamente, a comparação da disciplina com situações cotidianas deveria ser mais explorada para melhorar o desempenho dos estudantes. É o que defende o professor da Universidade Federal do Amapá (Unifap), Rafael Pontes, atual secretário estadual da Ciência e Tecnologia.
O professor explica ainda que, dessa forma, os estudantes podem vislumbrar a matemática em diversas atividades: desde operações domésticas, como calcular o troco de compras, mas também em situações mais complexas como a utilização da geometria usada pelos engenheiros na construção de prédios. A matemática também está presente no desenvolvimento de tecnologias, na arte, na música e na pintura, defende o professor.
"A formação de professores ainda é muito pautada em fórmulas e teoria, e isso se desconecta do mundo mais pragmático. Mas quando traz para a realidade de jogos, computador, celular, o aluno não vai mais se assustar", defende. "Tem de mudar a linguagem e tornar a matemática mais próxima da realidade social que se vive hoje."
Uma das ferramentas que podem ser utilizadas pelos professores é o Banco Internacional de Objetos Educacionais, do Ministério da Educação. A plataforma traz recursos aos professores em diversas mídias para atrelar a tecnologia ao ensino e torná-lo mais desafiador e atrativo aos estudantes.
Fonte: Governo do Brasil, com informações do Ministério da Educação
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