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A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (ABERT) publicou hoje a nova versão de seu relatório sobre violações à liberdade de expressão no Brasil. De acordo com o documento, em 2017 foram registrados 82 casos de violência não-letal, que envolveram 116 profissionais e veículos de comunicação, além do assassinato de um jornalista.
Em relação ao ano de 2016, houve redução de 50% no número de assassinatos e 52,32% nos casos de violência não-letal. Mas, para Paulo Tonet Camargo, presidente da associação, os números apresentados continuam mostrando que há uma incompreensão da atividade jornalística no Brasil.
“Além dessa falta de compreensão do trabalho exercido pela imprensa, há a questão da impunidade e a pouca eficiência do sistema punitivo do Brasil. A redução é válida, mas isso não significa que devemos comemorar. Enquanto tiver um jornalista assassinado, nós temos que repudiar com veemência”, disse.
Entre os casos de violência não-letal registrados, as agressões são as mais comuns e representam 42,68%. A publicação informa que nesses casos os principais alvos foram os profissionais de TV, jornal e rádio. Já os autores das agressões foram, principalmente, os ocupantes de cargos públicos. Em seguida, estão populares.
A lista segue com ameaças (12,19%), censura (7,31%), ofensas na internet (7,31%), detenções (6,09%), intimidações (4,87%), roubos/furtos (4,87%), ofensa (4,87%), ataques/vandalismo (4,87%), atentados (3,65%) e assédio sexual (1,21%).
O relatório ainda lembra que, conforme a Repórteres Sem Fronteiras, o Brasil ocupa a posição de número 103 no ranking mundial de liberdade de imprensa. O primeiro da lista é a Noruega. Países da América do Sul ocupam melhores posições: Argentina é o 50º, Chile o 33º e Uruguai é o 25º colocado.
A íntegra do relatório pode ser acessada no site da ABERT (clique aqui).
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