terça-feira, 10 de setembro de 2013

Criador de dieta polêmica, Dr. Dukan explica o regime que está fazendo o mundo emagrecer

Reprodução
A Duquesa Kate Middleton e a cantora Jennifer Lopez foram algumas das celebridades que adotaram a dieta do Dr. Pierre Dukan

O nutricionista francês, Dr. Pierre Dukan, revolucionou o mundo das dietas ao publicar o best-seller Eu Não Consigo Emagrecer, em que apresentou o método Dukan de emagrecimento. A promessa de perder o peso que você quiser e nunca mais recuperá-lo encantou pessoas em todos os continentes. E a melhor parte, você conquista a silhueta com a qual sempre sonhou “comendo sem restrições”.

A dieta alcançou a fama mundial ao ser adotada e elogiada pela Duquesa de Cambridge, Kate Middleton. O método do médico francês baseia-se em quatro fases: ataque, transição, consolidação e estabilização. Nas primeiras etapas, o cardápio é reduzido basicamente à proteína pura. Os outros alimentos são introduzidos com o passar do tempo e à medida que o marcador da balança começa a diminuir.

No Brasil, a dieta do Dr. Dukan já caiu no gosto das brasileiras. Existe até mesmo uma página em português na qual a pessoa pode calcular seu peso ideal e basear-se nele para estabelecer as metas a serem alcançadas com o regime.

Em entrevista exclusiva ao R7, o nutricionista Dr. Pierre Dukan falou sobre seu método inovador, sobre as polêmicas que se envolveu e deu dicas de como o brasileiro pode fazer a dieta Dukan se encaixar em seus hábitos alimentares.

R7: A que o senhor atribui o sucesso e a inovação da sua dieta? 
Dr. Pierre Dukan: Atribuo o sucesso da dieta justamente à inovação. E que essa inovação é uma nova maneira de emagrecer. As pessoas vêm sofrendo com o sobrepeso, o que mostra que os métodos tradicionais de emagrecimento não funcionam. E o problema é que acreditam que emagrecer é fácil. Uma afirmação totalmente errônea. Emagrecer é difícil e ainda mais difícil do que emagrecer é manter o peso. E por isso que desenvolvi um método simples, eficiente e o menos doloroso possível, já que contém muita proteína. O que funciona muito na dieta é o fato dela ser composta por quatro estágios que permitem atingir o peso ideal semana após semana. E dentro desse método, qualquer um pode emagrecer. Foi um método que comecei a construir há 40 anos, não foi uma descoberta de um dia para o outro. Todos os pacientes que fizeram as quatro fases da dieta falaram que ficaram satisfeitos com o emagrecimento. Existem no mundo muitas pessoas que fizeram dietas e que de fato emagreceram, mas não conseguiram manter o peso. A minha dieta permite emagrecer e conservar o peso perdido. 

R7: A que o senhor atribui, cada vez mais, o crescimento das pessoas obesas e com sobrepeso no mundo? 
PD: O sobrepeso a uma doença de civilização. A sociedade de hoje é fundamentalmente econômica e a regra fundamental da sociedade é o crescimento. Essa vida de consumo é baseada na publicidade, no marketing, nos pacotes e nos níveis de opinião e tudo isso incita a sociedade a consumir. Há outro fenômeno que vem sendo acompanhado nos últimos trinta anos. A sociedade está muito voltada às telas de televisão, de computador, de celulares, de cinema, e isso acaba causando um estresse, uma frustração na vida. E para se recompensar, a pessoa se volta para os alimentos, principalmente para os alimentos ricos em carboidratos e açúcares. 

R7: Especificamente no caso do Brasil, o senhor diz que é preciso comer menos arroz e feijão, um dos pratos mais tradicionais do país. Por quê? 
PD: Eu só aconselho o brasileiro e não comer arroz e feijão nas duas primeiras fases do emagrecimento, que são as fases de emagrecimento do método. Já na terceira fase eles podem comer arroz e feijão, eu prefiro que o consumo de arroz integral e feijão seja realizado a partir da terceira fase e somente duas vezes por semana. E quando eles já chegarem na quarta fase, aquela que é para o resto da vida, eu aconselho comer arroz e feijão um dia sim, um dia não. 

R7: Para o senhor, por que é tão difícil seguir uma dieta regrada? 
PD: A maioria das pessoas, entre 80% e 90%, consegue fazer as duas primeiras fases e emagrecer. E é verdade que a partir da terceira fase existem pessoas que começam a abandonar e, sobretudo, na quarta fase (estabilização), as pessoas abandonam completamente pela dificuldade da vida cotidiana. Pode ser problemas de vários fatores: sentimentais, doença... Eles estão sempre precisando se consolar com alimentos calóricos. E é por isso que ele estabeleceu uma fase de estabilização com três regras fundamentais que não são difíceis de serem seguidas. 

R7: Qual o motivo das pessoas desejarem tanto emagrecer atualmente? 
PD: As pessoas têm quatro motivações fundamentais que as levam a querer emagrecer. A primeira é estética e sedução. A segunda é o bem estar. Caminhar mais facilmente, ter mais flexibilidade, não ficar transpirando o tempo todo, se sentir bem dentro da roupa, e até mesmo na relação sexual, quando você é gordo demais não se sente bem. Quando a gente é muito gordo, tudo se torna difícil. A terceira é a saúde. A gente começa a querer emagrecer devido à saúde a partir de 45 anos, e isso é para prevenir doenças cardíacas e diabetes. A última motivação é a motivação da norma, ou seja, de ser como os outros. E para não chegar ao lugar e ter todos os olhares voltados para você. 

R7: No fim do ano passado, a Associação de Nutricionistas Britânicos disse, em comunicado, que não há ciência nenhuma por trás de seu método. E, além disso, o senhor foi investigado pela Associação Médica Francesa por dar declarações polêmicas e ter lucrado muito com a medicina. São acusações justas? Como o senhor responde a essas críticas? 
PD: A maioria das criticas vem de médicos nutricionistas que defendem os interesses deles e, inclusive, os interesses econômicos. Porque uma pessoa vai gastar dinheiro em um tratamento médico, se ela pode comprar um livro pagando pouco e emagrecer sozinha? Isso gera revolta. Os métodos seguidos anteriormente não puderam prevenir nem curar esse aumento de peso da sociedade. Na França, na Espanha e na Rússia, eu mesmo já formei muitos médicos para utilizar meu método. Eu poderia fazer a mesma coisa no Brasil. Se os médicos brasileiros quiserem, eu vou gratuitamente produzir o seminário para eles poderem atender no Brasil utilizando o método Dukan.

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