Os nove estados que compõe a Amazônia brasileira registraram queda no número de casos de dengue. Ao todo, foram 45,123 mil casos a menos no primeiro bimestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2011, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados esta semana.
Em 2011, os estados da Amazônia registraram 60,242 mil contra 15,119 registros nos dois primeiros meses deste ano. O Amapá apresentou a maior redução, com 98%. No ano passado, 1.267 casos foram notificados no Estado e apenas 25 em 2012.
Em segundo lugar, o Amazonas conseguiu reduzir em 96,3% as incidências de dengue. No ano passado, foram registrados quase 30 mil casos, contra os 1.107 de 2012. O Acre chegou a diminuir 92,3% no período.
Rondônia e Maranhão apresentaram quedas de 56,5% e 75%, respectivamente. Roraima (34,8%) e Pará (51,5%) apresentaram os menores índices de redução dentre os estados da Amazônia.
Na contramão das diminuições de casos registrados, dois estados tiveram um aumento significativo. Em Tocantins, os casos aumentaram em 138,4%,na comparação com o primeiro bimestre do ano passado. Foram 1.969 casos em 2011 para 4.695. No Mato Grosso o crescimento foi de 52,4% – passou de 1.981 para 3.019 pessoas infectadas.
Em todo o País, a redução chegou 66% nos casos (gerais) da doença. Apesar disto, 91 municípios estão em risco de surto e outros 256, em alerta. O Levantamento de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa/2012) avalia 536 cidades e mostra que 356 delas têm alta presença do mosquito transmissor da dengue. Na Amazônia, 27 municípios estão em ameaça de surto de dengue em 2012, segundo o MS.
O levantamento apontou que nas regiões Norte e Centro-Oeste, a maior presença do mosquito está concentrada no lixo. Já no Sudeste e no Sul, a concentração está nos depósitos domiciliares (pratinhos de plantas, calhas, entre outros locais). No Nordeste, o problema é com os depósitos de águas, principalmente as caixas d’água.
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