sexta-feira, 9 de março de 2012

Risco de aftosa tira do Amapá exposição de gado promovido pela Venezuela


A FEGAVEN (Federación Bolivariana de Ganaderos y Agricultores de Venezuela) realiza no sábado, 10 de março, às 9h, no auditório do Edifício Palácio da Agricultura, a “FEGAVEN: EXPORTAÇÃO 2012”, com objetivo de apresentar o processo de exportação de animais vivos do Pará visando o melhoramento genético do gado criado na Venezuela. O evento contará com a presença do presidente Balsamino Belandria e sua equipe. Especula-se que o Amapá teria sido sondado para receber o evento, mas riscos de aftosa tiraram a festa de Macapá.
Na ocasião, os convidados serão recebidos por Gastão Carvalho Filho, diretor da Boi Branco, uma das principais exportadoras de gado em pé do país e responsáveis pelo sucesso desse setor do agronegócio paraense.
As exportações de gado em pé são um nicho de mercado e importantes porque garantem maior equilíbrio de preços e, consequentemente, mais renda para os produtores, diz ele. “Com renda, o pecuarista busca produtividade e maior conservação ambiental de suas propriedades”, afirma o diretor da Boi Branco.
A qualidade dos rebanhos bovino e bubalino paraense já está sendo utilizada pelo governo venezuelano para o melhoramento genético do gado criado na Venezuela, cujo presidente, Hugo Chávez, tem dentre suas principais metas para 2012 torná-lo auto suficiente em carne e leite . É com esse objetivo, que o evento irá demonstrar todo o processo e embarques do porto de Vila do Conde rumo aos estados venezuelanos. Todo o rebanho exportado é oriundo de fazendas do Marajó - onde é forte a tradição bubalina - e do nordeste paraense e está sendo levado para fazendas estatais daqueles estados venezuelanos, onde existem centros de genética animal.
Segundo Manuel Vadell, conselheiro da embaixada da República Bolivariana da Venezuela, a iniciativa pretende tornar a Venezuela autossuficiente em carne e leite é comandada pessoalmente pelo próprio presidente Hugo Chávez. 'O que o nosso presidente diz é que devemos utilizar o dinheiro do nosso petróleo para produzir comida, garantir um consumo nacional de alimentos seguro para os 28 milhões de venezuelanos. Hoje, mais da metade do consumo de carne na Venezuela ainda vem de outros países, como a Brasil, porque o governo anterior ao de Hugo Chávez não se preocupou em proteger e ampliar nossos rebanhos', explica Manuel.

História

A exportação do boi vivo paraense teve início em 2005, quando os governos europeus tinham decidido retirar o subsídio do boi em pé, que era de US$ 200 por cabeça. Por suas condições geográficas e pela qualidade do seu rebanho, isso tornou o Pará o lugar mais atrativo para o Líbano, onde 75% do consumo de carne são de boi vivo. Depois, foi a vez da Venezuela se interessar pelo nosso rebanho. Hoje, os números da exportação do boi vivo criado no Pará impressionam. Não só pelas suas cifras obtidas, mas também pelo seu desempenho na geração de empregos direto e indiretos, incentivando com que os produtores se preocupassem em produzir gado cada vez com mais qualidade. Resumindo: a exportação do nosso boi verde vivo decididamente otimizou a cadeia produtiva da pecuária paraense.

Geração de empregos e investimentos
A exportação de gado em pé, no contexto social e econômico, aparece como uma alternativa de diversificação de serviços e investimentos, por exemplo, nos setores portuário e de insumos, sem falar na geração de outros postos de trabalhos indiretos.
É indiscutível também a quantidade de empregos diretos e indiretos gerados, por exemplo, na indústria de insumos, que inclui os segmentos de produção de sementes, defensivos, fertilizantes, medicamentos, suplementos minerais, rações, produtos para reprodução, maquinários e equipamentos, entre outros, como já demonstrado.
Estes postos não são perdidos com as exportações de bovinos vivos. A contrário. Em decorrência das exportações de bovinos vivos, não há redução de empregos, visto que os elos do setor que mais geram riqueza (insumos e produção pecuária) são estimulados, , gerando uma maior agregação de valor (produção de insumos) e renda para o país.
Também são gerados empregos diretamente relacionados às exportações de bovinos vivos, por exemplo, nos portos por onde são embarcados os animais: mão de obra portuária, nas áreas de pré embarque, compra de animais, transporte, responsáveis técnicos, fiscais, despachantes, etc.
Os postos de empregos gerados antes da porteira e dentro da fazenda não são perdidos com as exportações de bovinos vivos.
Novos postos de trabalhos são gerados indiretamente, sem falar no ganho para a agricultura da região, pensando do lado da produção de alimentos. Os ganhos para o setor são em cadeia.
A venda de bovinos vivos para a exportação no Pará tem feito com que o pecuarista potencialize seus lucros. Este valor é agregado ao pecuarista e, consequentemente, para a indústria de insumos. É fato que quando a pecuária vai bem, a indústria de insumos também ganha, pela possibilidade do pecuarista investir em tecnologia.
O sucesso da indústria de insumos, em termos de produção, vendas, receitas e geração de empregos, está diretamente relacionado à renda do pecuarista.
Esses ganhos são convertidos em investimentos produtivos, através do uso intensivo de insumos e da adoção de estratégias de produção como, por exemplo, o sistema de integração lavoura pecuária e a engorda em confinamento ou semiconfinamento.
Além disso, novos investimentos e demandas também surgem no Pará, como maior exportador de gado em pé.

Serviço

FEGAVEN: Exportação 2012
Sábado, 10/03 | 9:00
Auditório do Edifício Palácio da Agricultura
(Travessa Dr. Moraes, 21 – 1º andar)
Assessoria de Imprensa
Lorena Daibes
Neka Minssen
(91) 8119 7910/ 9912 9004
lorenadaibes@gmail.com

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